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  • O Ministério da Educação recebeu nesta quinta-feira, 14, em Brasília, a visita de 33 alunos de escolas particulares da cidade de São Paulo. Os estudantes vieram em excursão à capital federal para conhecer de perto o funcionamento dos Três Poderes, além da arquitetura e o plano urbanístico de Brasília. Durante a parada no Ministério da Educação, os adolescentes, do segundo ano do ensino médio, com idade entre 16 e 17 anos, participaram de uma ampla apresentação com servidores sobre o funcionamento das estruturas do MEC, e tiraram dúvidas relacionadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

    A coordenadora geral de valorização, saúde e bem-estar dos profissionais de educação, Mara Ewbank, destacou que a visita dos alunos foi uma excelente oportunidade para apresentar as ações que o MEC desenvolve em todos os níveis da educação. “Nossa principal ação foi mostrar para esses jovens de escolas privadas, que o governo não está parado, que as coisas estão sendo pensadas, estão sendo discutidas”, afirmou. “É um mundo novo para eles. Estar dentro do Ministério da Educação, ouvindo os interlocutores que trabalham pensando essas ações, teve uma forte contribuição”, concluiu a coordenadora.

    O professor Wisley João Pereira, coordenador geral de ensino médio do MEC, afirmou que a interação com os alunos permitiu o esclarecimento de várias questões sobre a Base Nacional Comum Curricular e o Novo Ensino Médio, como o poder de escolha dos alunos sobre as disciplinas à serem estudadas no ensino médio. “O nosso ensino hoje não gera nos estudantes a autonomia de escolhas, e não trabalhamos essas habilidades socioemocionais de fazer escolhas. A intenção é mudar isso, e preparar o jovem para pensar naquilo que ele tem de melhor capacidade e competências, para que ele desenvolva essas habilidades especificas e já comece a fazer suas escolhas”, destacou.

    Estudantes de escolas particulares de São Paulo visitaram o MEC e tiveram uma aula sobre o funcionamento da pasta (Foto: Luís Forters/MEC)Para o estudante João Vitor Domingues, de 16 anos, a proposta do Novo Ensino Médio vai permitir que os seus estudos sejam mais direcionados à profissão que ele escolheu para o futuro. “O ato de escolher já começa a trazer mais responsabilidade para a minha vida. É mais como: ah, estou indo para a escola porque vou aprender a matemática que eu tanto quero para a engenharia, e começar a fazer os cálculos que eu não faria normalmente”, argumentou.

    Segurança – Um dos assuntos abordados pelos estudantes durante a visita foi sobre a preocupação da pasta em relação à segurança nas escolas. Uma referência ao ataque desta quarta-feira, 13, na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, que deixou 10 mortos, entre alunos do ensino médio e funcionários, além do proprietário de uma loja próximo ao local.

    Wisley Pereira defendeu que esse tema deve ser debatido conjuntamente com todas as instituições de ensino, respeitando a realidade de cada localidade. “Um sentimento de segurança para uma escola no estado do Piauí necessariamente precisa ser diferente de um projeto de São Paulo, como aconteceu em Suzano, porque as relações dessas comunidades são diferentes. Então cabe ao Ministério da Educação respeitar o pacto federativo, mas apoiar esses projetos e discutir as políticas de segurança”, concluiu.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O secretário de Educação Básica do MEC, Manuel Palácios, se reuniu nesta quarta-feira, 6, com representante da Associação Nacional de História (Anpuh) para debater a colaboração da entidade ao texto da Base Nacional Comum Curricular. Além da Anpuh, outras entidades representativas de professores e especialistas também estão colaborando com a construção da base e vêm sendo recebidas pelo Ministério da Educação.

    De acordo com o secretário, ficou decidido que a Anpuh vai contribuir com a indicação de especialistas para o grupo dos leitores críticos, em que especialistas no ensino de cada conteúdo deverão apresentar considerações finais sobre a proposta preliminar. “Tivemos uma reunião muito produtiva e positiva, e a Anpuh participará desse processo, revisando a proposta preliminar da área de história. A Anpuh também deverá encaminhar uma lista de historiadores que devem ser trazidos para esse processo de elaboração por meio da função de leitor crítico”, explicou.

    Para a presidente da Anpuh, Maria Helena Rolim Capelato, a associação tem muito a oferecer para a discussão dos conteúdos na área de história. “Nós vamos fazer uma série de reuniões com as regionais até o final de fevereiro e vamos apresentar uma proposta para a Base Nacional Comum Curricular”, afirmou. “É importante a existência de uma base comum, a proposta é estabelecer os parâmetros para como discutir determinadas questões importantes no estudo da história”, concluiu.

    Base – A Base Nacional Comum Curricular é uma das estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para melhorar a educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o médio. Em setembro, o Ministério da Educação apresentou a proposta preliminar que vem sendo discutida por meio de sistema virtual, permitindo a participação da comunidade escolar e da sociedade civil, que podem oferecer contribuições ao texto.

    O portal é uma ferramenta para a construção democrática da Base Nacional Comum Curricular, com ampla consulta à sociedade. As contribuições podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino ou de movimentos e organizações da sociedade civil. Também podem ter caráter geral ou tratar pontualmente de cada tema. O prazo é até 15 de março.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Promovido pelo CNE, encontro em Olinda reuniu profissionais da educação e sociedade civil, que puderam apresentar sugestões sobre o documento (Foto: Gil Menezes/Secretaria de Educação de Pernambuco)

    A segunda das cinco audiências para discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ocorreu nesta sexta-feira, 28, em Olinda (PE). O encontro é promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e reuniu profissionais de educação e da sociedade civil, que puderam apresentar sugestões e ponderações sobre o documento.

    “Este debate agora é fundamental, e a audiência pública representando o Nordeste nos traz todas as impressões críticas e contribuições para aprimorarmos o documento. Ainda temos mais três audiências e um debate interno no CNE, mas a expectativa é aprovar o texto até novembro deste ano”, disse o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, presente ao evento. Entre os pontos levantados durante o debate em Pernambuco, estiveram a educação infantil e o ensino da língua portuguesa. Rossieli destacou que, de modo geral, o documento tem tido aprovação da maioria dos especialistas da área.

    O conselheiro do CNE e presidente da comissão bicameral que analisa o texto, César Callegari, falou da importância da sociedade em auxiliar o conselho na organização da Base, que vai orientar os currículos da educação básica brasileira e definir os direitos de aprendizagem. “Este é um documento da maior importância, com repercussões para os próximos vinte anos. O MEC preparou um documento que foi entregue ao Conselho Nacional de Educação e é importante que a Base Nacional saia enriquecida com estas contribuições”, acrescentou.

    O documento da Base Nacional Comum Curricular que está em avaliação agora no CNE será norteador da elaboração dos currículos das escolas públicas e privadas de educação infantil e ensino fundamental de todo o país. Após as audiências, o CNE vai preparar um parecer sobre a BNCC e um projeto de resolução. Ambos serão encaminhados ao MEC.

    Uma vez que o texto final seja homologado, terá início o processo de formação e capacitação dos professores e o apoio aos sistemas de educação estaduais e municipais para a construção e adequação dos currículos escolares. De acordo com Rossieli Soares, a expectativa é que a parte voltada ao ensino médio seja definida ainda este ano, para que estados e municípios possam construir os currículos em 2018 e o documento chegue às escolas, na prática, em 2019.

    A primeira audiência pública foi realizada em Manaus, no início de julho. Os próximos encontros ocorrerão em Florianópolis (11 de agosto), São Paulo (25 de agosto) e Brasília (11 de setembro).

    Assessoria de Comunicação Social


  • Manaus será a primeira cidade a sediar audiência pública sobre o texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), submetido pelo Ministério da Educação (MEC) ao Conselho Nacional de Educação (CNE). A audiência acontece em 7 de julho. Depois da capital amazonense, audiências serão realizadas em outras quatro cidades das diferentes regiões: Recife, Florianópolis, São Paulo e Brasília. Um site foi lançado nesta segunda-feira, 19, pelo CNE, para orientar quem deseja participar das audiências: cnebncc.mec.gov.br.

    No site, estão reunidas informações sobre a participação nas audiências. Estarão presentes aos encontros instituições convidadas pelo Conselho, além de pessoas interessadas. Na plataforma é possível entender o que são as audiências, conhecer as regras para a participação e os prazos de inscrição, saber como se cadastrar ou enviar documentos com contribuições e comentários à Base, além de consultar todos os documentos de referência da BNCC (cadernos técnicos, guia de leitura, estudo comparativo entre a segunda versão e aquela entregue ao CNE).

    Para o evento em Manaus, as inscrições dos convidados podem ser feitas de hoje até o dia 22 de junho. Entre 26 e 29 de junho, o site receberá inscrições do público geral. Todos precisam se cadastrar para confirmar a presença nas audiências. As cinco audiências públicas terão, ainda, transmissão ao vivo na internet para aqueles que quiserem acompanhar os debates à distância. Informações sobre as transmissões também estarão disponíveis no site.

     A Base – A BNCC é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação básica. A Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, em todo o Brasil. Ela vem sendo discutida desde 2015 em articulação e colaboração com estados, Distrito Federal e municípios, e foi entregue ao CNE em 6 de abril. O documento encaminhado pelo MEC ao Conselho Nacional de Educação refere-se à educação infantil e ao ensino fundamental. A proposta referente ao ensino médio será encaminhada posteriormente.

    Primeira reunião será realizada em Manaus. Em seguida, os encontros acontecerão em quatro capitais das diferentes regiões (Arte: ACS/MEC)

    A partir de agora, o Conselho, órgão normativo do sistema nacional de educação, vai apreciar a proposta da BNCC e produzir um parecer e um projeto de resolução que deverá ser homologado pelo MEC, para se transformar, então, em norma nacional. Durante essa apreciação, o CNE vai promover audiências públicas, uma em cada região do país, para que a sociedade possa voltar a oferecer sugestões ao texto. As audiências não são deliberativas, mas parte do processo de debate e construção da Base Nacional Comum Curricular.

    O CNE no processo de preparação da Base – O Conselho acompanha os debates sobre a Base desde 2016. Uma comissão bicameral, formada por 19 conselheiros da Câmara de Educação Superior (CES) e da Câmara de Educação Básica (CEB), ambas do CNE, observaram as diversas ações que o MEC promoveu entre diferentes segmentos envolvidos com a educação básica, nos níveis federal, estadual e municipal, além das universidades, escolas, ONGs, professores e especialistas em educação. A comissão bicameral é presidida pelo conselheiro César Callegari e os conselheiros Joaquim José Soares Neto e Francisco Soares dividem a relatoria da comissão.

    Embora não exista um prazo para que o CNE emita parecer sobre a BNCC, a expectativa é que em outubro o projeto de resolução formulado pelo órgão esteja pronto, e que em novembro ele possa ser votado pelo Conselho Pleno (CP) do Conselho Nacional de Educação. Após isso, o documento será encaminhado ao Ministério da Educação para homologação e, assim, entrar em vigor.

     As audiências – Confira as cidades e as datas das audiências sobre o texto da Base Nacional Comum Curricular:

    1. Região Norte
      Data: 07 de julho de 2017
      Local: Manaus (AM)
    2. Região Nordeste
      Data: 28 de julho de 2017
      Local: Recife (PE)
    3. Região Sul
      Data: 11 de agosto de 2017
      Local: Florianópolis (SC)
    4. Região Sudeste
      Data: 25 de agosto de 2017
      Local: São Paulo (SP)
    5. Região Centro-Oeste
      Data: 11 de setembro de 2017
      Local: Brasília (DF)
      (*) O calendário das audiências públicas pode sofrer modificações. O site trará informações atualizadas. Acompanhe.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Conselho Nacional de Educação aprovou nesta sexta-feira, 15, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo que estabelece com clareza os processos essenciais que os alunos devem desenvolver em cada etapa da educação básica brasileira, assegurando os seus direitos de aprendizagem. O documento segue para homologação do ministro da Educação, Mendonça Filho. Com a norma, o Brasil terá pela primeira vez uma BNCC do ensino fundamental, que servirá de parâmetro para a construção dos currículos pelas escolas e redes de ensino.

    “Com a BNCC, o Brasil se alinha aos melhores e mais qualificados sistemas educacionais do mundo, que já se organizam em torno de uma base comum”, destacou o ministro Mendonça Filho, ao explicar que o texto aprovado no CNE passará por revisão técnica e análise jurídica no MEC antes da homologação. “Vamos entregar aos brasileiros um texto plural e contemporâneo, que terá papel crucial na melhoria da qualidade e da equidade da educação no Brasil”, garantiu o ministro.

    A BNCC foi construída ao longo de mais de três anos, sob a coordenação do MEC e com a colaboração de milhares de educadores, especialistas e acadêmicos de todas as regiões do país.

    “A base é um avanço histórico para a educação brasileira e certamente vai contribuir para reduzir as desigualdades educacionais e promover a qualidade das aprendizagens”, avaliou a secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro. “Para isso, o MEC será parceiro permanentes dos estados e municípios. São as escolas, as redes de ensino e os professores os grandes protagonistas da implementação. ”

    O ministro Mendonça Filho destacou: “Com a BNCC, o Brasil se alinha aos melhores e mais qualificados sistemas educacionais do mundo, que já se organizam em torno de uma base comum” (Foto: Luiz Fortes/MEC)

    Todas as escolas e redes de ensino deverão adaptar e rever os seus currículos em 2018 para iniciar a implementação da base em 2019 e até 2020. Os professores receberão formação para conhecer em profundidade o documento e haverá a adequação necessária do material didático. “A base é um passo decisivo para a melhoria da educação infantil e do ensino fundamental para o aperfeiçoamento do material didático, dos programas de formação continuada de professores e das ações do MEC de apoio aos estados e municípios”, afirmou o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Silva.

    Os ajustes mais recentes feitos à base apreciada pelo CNE trouxeram avanços expressivos em áreas como tecnologia e língua portuguesa. O documento enfatiza a compreensão e produção de novas tecnologias digitais de informação e comunicação. Outro item de destaque foi o aprimoramento da progressão em língua portuguesa, com detalhamento dos objetivos a serem alcançados desde a fase inicial de alfabetização até o fim do ensino fundamental e o aumento gradativo da complexidade das habilidades a serem desenvolvidas. 

    Veja mais fotos da reunião do Conselho Nacional de Educação:

    Reunião do Conselho Nacional de Educação (CNE)

    Cronologia – A implantação de uma Base Nacional Comum Curricular está prevista na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996). A primeira versão da BNCC foi divulgada pelo MEC em setembro de 2015 e recebeu 12 milhões de contribuições. Em maio de 2016, foi lançada uma segunda versão, incorporando o debate anterior.

    Após nova rodada de debates, que contou com a participação de 9 mil professores em seminários do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) realizados em todas as unidades da federação, o MEC preparou uma terceira versão, encaminhada ao CNE em abril de 2017. Ao longo deste ano, o conselho ainda promoveu cinco audiências públicas regionais para colher mais sugestões.

    O documento a ser homologado pelo ministro Mendonça Filho reflete a diversidade do panorama educacional brasileiro e os desafios a serem enfrentados na construção de uma educação de qualidade como direito de todos.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Representantes do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação (CNE) se reuniram na manhã desta quinta-feira, 9, para tratar do andamento dos trabalhos da etapa de educação infantil e ensino fundamental da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Também foram discutidas as propostas de aperfeiçoamento na terceira versão do documento.

    “A Base tem sido uma prioridade e temos dezenas de especialistas trabalhando ao mesmo tempo. O documento do ensino fundamental nos toma uma atenção especial neste momento e estamos tendo reuniões diárias com o CNE e com os diversos atores para tratar dela. Estão sendo feitos ajustes, aperfeiçoamentos e melhorias”, comentou o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, durante entrevista coletiva.

    O secretário informou que durante todo o mês de novembro haverá conversas com CNE, para avaliar as colaborações oriundas das audiências públicas. “Estamos sistematizando todas as contribuições que foram dadas, localizando quem são os atores e identificando se é algo que tem a ver com a educação básica. Temos modificações, mas não é uma nova versão; não será grande o suficiente para dizer que mexemos substancialmente na estrutura. São aperfeiçoamentos, pois é o documento mais complexo e importante da educação em décadas.”

    Secretário Rossieli Soares informa que, durante todo o mês de novembro, MEC e CNE vão avaliar colaborações oriundas de audiências públicas (Foto: Luís Fortes/MEC)

    Entre as propostas consideradas, destacam-se a incorporação das tecnologias nas diversas partes da BNCC e as sugestões do grupo de trabalho étnico-racial do CNE. Outro ponto em destaque é a explicitação dos critérios de organização e progressão no componente língua portuguesa, incluindo a sistematização da alfabetização nos dois primeiros anos do ensino fundamental. A proposta de aperfeiçoamento inclui, ainda, o componente ensino religioso na BNCC.

    A Base é resultado do diálogo constante entre o MEC e o CNE para aprimoramento e ajustes do documento, considerando contribuições recebidas durante as audiências públicas realizadas pelo CNE em todas as regiões do país. “Temos estabelecido um diálogo com o MEC de pontos ouvidos nas audiências públicas, para que o MEC possa fazer sua avaliação. Nessas audiências, vários tópicos foram apresentados e eles têm sido trabalhados a partir de comissões do Conselho. Então, estamos muito alinhados e trabalhando em conjunto”, destacou o presidente do CNE, Eduardo Deschamps.

    A construção da BNCC segue rigorosamente o cronograma estabelecido e pactuado desde o início. Prevista na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014, a BNCC foi elaborada pelo MEC, em articulação e colaboração com os estados, o Distrito Federal e os municípios, e encaminhada ao CNE, que realizou cinco audiências públicas em diferentes regiões do país. “O cronograma está em dia e o que foi planejado está sendo cumprido. Temos um mês de trabalho ainda, mas o Conselho está em dia e o ministério vai dar todo apoio para que se conclua no prazo”, complementou Rossieli Soares.

    O resultado dessas audiências, em forma de contribuições de diversos segmentos da sociedade, serve de subsídio para que o CNE elabore parecer e projeto de resolução da BNCC, que, uma vez homologada pelo ministro da Educação, se transforma em norma nacional. O CNE, entre as atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao ministro da Educação, é responsável pela apreciação da proposta da Base e por emitir parecer e resolução para sua implantação.

    O objetivo é a elaboração de um documento normativo que reflita necessidades, interesses, diferenças e pluralidade do panorama educacional brasileiro e os desafios a serem enfrentados para a construção de uma educação de qualidade como direito de todos. O MEC mantém interlocução permanente e produtiva com o CNE e confia na conclusão da tramitação do documento para que a BNCC seja homologada neste ano.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vai orientar as matrizes de referência dos exames e avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Além disso, servirá para reformular a formação de docentes. O documento – que será referência obrigatória para a elaboração dos currículos de educação básica – foi entregue pelo Ministério da Educação ao Conselho Nacional de Educação (CNE) na manhã desta quinta-feira, 6.

    As mudanças nas matrizes de referência do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) passam a valer a partir de 2019. “Quem manda na avaliação é o currículo. Com o impacto da BNCC nos currículos, todas as matrizes também serão adequadas”, explica a presidente do Inep, Maria Inês Fini, que integrou o comitê gestor da Base.

    A BNCC estabelece conteúdos essenciais e competências que as crianças e adolescentes deverão desenvolver na educação básica. O documento atual trata exclusivamente da educação infantil e do ensino fundamental; a parte referente ao ensino médio será apresentada nos próximos meses.

    Com a entrega da versão final, o CNE deve debater e elaborar parecer e projeto de resolução sobre a Base, que só entrará em vigor depois que a manifestação do conselho for homologada pelo Ministério da Educação.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define que a alfabetização das crianças deverá ocorrer até o segundo ano do ensino fundamental, com o objetivo de garantir o direito fundamental de aprender a ler e escrever. O documento que vai nortear a educação básica em todo o país foi entregue pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, ao Conselho Nacional de Educação (CNE), nesta quinta-feira, 6, em Brasília.

    "A gente está gerando mais equidade, mais oportunidades às crianças mais pobres do Brasil. A classe média, por exemplo, consegue ter a criança alfabetizada numa idade anterior à média das escolas públicas”, ressaltou o ministro. “À medida que geramos essas diretrizes pela fixação desse comando na BNCC, estamos assegurando o mesmo direito a todas as crianças. A boa alfabetização é a chave do sucesso para toda a vida educacional de crianças e jovens."

    A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães Castro, reforça que a Base não define novos conteúdos e, sim, as habilidades a serem desenvolvidas no processo de aprendizagem. “Pela BNCC, espera-se que o aluno aprenda nesses dois anos iniciais com quantas e quais letras se escreve uma palavra”, afirmou.

    Atualmente, as crianças devem ser alfabetizadas até o terceiro ano do ensino fundamental. “Esse é o processo mais complexo: efetivamente passar a compreender que a escrita representa a fala”, explica a professora Zuleika de Felice Murrie, redatora de linguagens da BNCC. Segundo ela, a conclusão da alfabetização apenas no terceiro ano não tem dado certo e muitos estudantes chegam ao quarto ano sem o conhecimento necessário para seguir os estudos.

    Habilidades – Por apresentar de maneira objetiva as habilidades que devem ser desenvolvidas no primeiro e no segundo ano, a BNCC dá condições para que os professores avaliem o nível de desenvolvimento dos alunos e definam estratégias adequadas de ensino.

    Conforme o texto apresentado ao CNE, o aprendizado da escrita requer habilidades cognitivas e motoras, o que necessita prática, independente do meio utilizado – lápis, borracha e papel ou teclado do computador. Pelo documento, é considerado fundamental que o aluno faça diferenciação entre a escrita e outras formas gráficas de expressão, assim como é necessário o entendimento de que o princípio que regula a escrita é a correspondência entre letra e som.

    “Nesses dois primeiros anos, a ideia é que se faça a consolidação [do conhecimento], porque hoje tem a pré-escola obrigatória e essas questões da escrita já começam a ser desenvolvidas na educação infantil. A criança já virá com uma bagagem maior do que vem hoje para o ensino fundamental”, observa Zuleika.

    Competências - A BNCC estabelece conteúdos essenciais e competências que as crianças e adolescentes deverão desenvolver na educação básica. O documento atual trata exclusivamente da educação infantil e do ensino fundamental. As mudanças nas matrizes de referência do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) passam a valer a partir de 2019. Com a entrega da versão final, o CNE deve debater e elaborar parecer e projeto de resolução sobre a Base, que só entrará em vigor depois que a manifestação do conselho for homologada pelo Ministério da Educação.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O Comitê Gestor da Base Nacional Curricular Comum e Reforma do Ensino Médio está reunido em São Paulo nestas segunda-feira, 9, e terça, 10, para concluir a versão final do documento que vai balizar o ensino fundamental em todo o país. Ajustes finais, inclusão das análises críticas e a revisão de cada área fazem parte da intensa agenda de trabalho.

    A secretária executiva do MEC e presidente do comitê, Maria Helena Guimarães de Castro, explica que ainda estão sendo recebidas sugestões. “A reunião de hoje [9] discutiu as sugestões dos leitores críticos e os redatores apresentaram a versão final de cada área. Até o fim de janeiro teremos uma rodada de seminários com várias entidades, como Consed [Conselho nacional de Secretários de Educação], Undime [União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação] e especialistas”, disse.

    Além da secretária executiva do MEC, participam do evento os demais membros do comitê: os secretários de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, e de Educação Superior, Paulo Baroni; as secretárias de Articulação com os Sistemas de Ensino, Regina de Assis, de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Ivana de Siqueira, e de Educação Profissional e Tecnológica, Eline Neves Braga Nascimento, além da presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Inês Fini.

    O comitê foi criado em julho, para acompanhar o processo de discussão da segunda versão preliminar da Base. Vai encaminhar ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a proposta final do documento, além de contribuir com subsídios para a reforma do ensino médio.

    O documento final vai definir o conjunto de conhecimentos e habilidades que os alunos devem adquirir e desenvolver em cada etapa de ensino e em cada ano escolar. A Base servirá de documento orientador para que sistemas e redes de ensino desenvolvam os próprios currículos.

    Para o ensino médio, será proposta uma nova formatação, que terá como diretriz a diversificação da oferta para possibilitar aos jovens diferentes percursos acadêmicos e profissionalizantes de formação.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A Base Nacional Comum Curricular vai estabelecer o que estudantes da educação básica têm o direito de aprender (foto: João Bittar/MEC – 28/11/07)A educação brasileira tem nesta quarta-feira, 2, uma data significativa. É o dia da mobilização nacional em torno da Base Nacional Comum Curricular (BNC). Apresentada em setembro deste ano, a proposta preliminar vem sendo discutida publicamente por meio de sistema on-line. Toda a comunidade escolar e a sociedade civil podem dar contribuições ao texto.

    Com pouco mais de 4 milhões de contribuições aos objetivos de aprendizagem, a Base tem se mostrado, em pouco tempo, um dos movimentos mais bem-sucedidos em torno da educação. Desde setembro, até a última semana de novembro, 137 mil pessoas já se cadastraram na categoria indivíduos, a maioria professores. Ele optaram por participar também de forma individual. Escolas somam, segundo os dados mais recentes do sistema, mais de 21,3 mil. As entidades, que dão sugestões por meio da categoria organizações, são 1.830.

    A BNC proposta segue as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais e, ao final do processo de discussão pública, vai estabelecer o que os alunos da educação básica – que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o médio – têm o direito de aprender. A mobilização já vem acontecendo nos estados e municípios, mas o chamamento nacional em dezembro serve para reforçar junto aos professores, diretores, alunos e pais a importância de participar da construção coletiva do documento.

    “A importância de uma mobilização de caráter nacional vai no sentido de a gente ter, de fato, uma articulação dos entes federados e ter um alinhamento de ações, de trabalhos, no sentido de conseguirmos a maior quantidade possível de contribuições para a discussão da Base Nacional Comum Curricular”, enfatiza o diretor de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Ítalo Dutra. O sistema on-line está aberto para sugestões.

    Campanhas – A fim de sensibilizar todos os envolvidos na discussão, até 2 de dezembro o MEC fará campanha nas redes sociais e nas rádios, lembrando da mobilização nacional pela BNC. Na página da BNC na internet está disponível material de apoio, com sugestões e orientações para as ações nas escolas.

    Assessoria de Comunicação Social

    Matéria republicada com alterações

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  • O ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, compareceu à audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, nesta terça-feira, 26, para falar sobre as diretrizes e os programas prioritários de sua pasta. Acompanhado de secretários e assessores, o ministro especificou para senadores e deputados, brevemente, os sete pontos que o governo considera centrais para melhorar a educação brasileira.

    Para o ministro Ricardo Vélez, o primeiro ponto-chave para a educação é a política nacional de alfabetização. “Seguindo o discurso do presidente (Jair Bolsonaro), precisamos inverter o triângulo da educação. Hoje o ensino superior tem precedência orçamentária sobre a educação básica. Isso precisa mudar. Não é rápido, não é fácil, mas precisamos dar os primeiros passos. Por isso, escolhemos a elaboração de uma política nacional de alfabetização como nossa meta prioritária nestes 100 primeiros dias de governo”, afirmou.

    Segundo o ministro, a má qualidade da alfabetização compromete todo o sistema de ensino em suas diferentes etapas e níveis. “Por que alfabetização? Porque ela é a cesta básica da educação. O Brasil, sistematicamente, tem apresentado índices muito ruins de alfabetização. Precisamos rever isso. O mais grave é que a falta de acesso à escola não é o principal motivo de as crianças não serem alfabetizadas”, continuou ele.

    Enfrentamento – De acordo com o ministro, as crianças vão à escola e, mesmo assim, não são alfabetizadas por vários motivos. Por isso foi criada, segundo ele, a Secretaria de Alfabetização (Sealf). “É um problema complexo, que exige enfrentamentos em diferentes frentes. Tanto é que criei uma secretaria específica para a questão da alfabetização.”

    Ricardo Vélez disse ainda que, em 2003, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados divulgou o relatório Alfabetização infantil: os novos caminhos, elaborado por um grupo de trabalho composto por eminentes cientistas e pesquisadores e em 2007 foi publicada uma segunda edição desse documento. “Esse relatório apresentou conclusões importantes. A principal delas era de que, no Brasil, as políticas e práticas de alfabetização, bem como a formação dos professores alfabetizadores, não acompanhavam o processo científico e metodológico que nas últimas décadas do século 20 ocorreu no campo do ensino e aprendizagem da leitura e da escrita.”

    Segundo ele, poucos anos depois, em 2011, a Academia Brasileira de Ciências publicou um documento chamado Aprendizagem Infantil: uma abordagem da neurociência, economia e psicologia cognitiva. “Na parte três, que se intitula Métodos de alfabetização, faz-se referência a alguns países que modificaram suas políticas públicas para a alfabetização com base nas evidencias científicas mais recentes, como Finlândia, França, Inglaterra, Estados Unidos, Austrália e Israel. Em todos eles, verificou-se um progresso significativo na aprendizagem da leitura e da escrita. Não queremos reinventar a roda. Vamos ter humildade e fazer o que o mundo está fazendo com sucesso”, afirmou.

    O ministro afirmou também que o Brasil é signatário da Organização dos Estados Americanos (OEA), que publicou, em 2018, o Guia Interamericano de Estratégias de Redução de Desigualdade Educativa, que elenca, com base em várias evidências científicas, recomendações que estão sendo incorporadas à política nacional de alfabetização. “Por exemplo: é um fato científico bem estabelecido que aprender a ler bem requer cinco coisas destacadas pelo National Reading Panel. Primeiro: compreender o princípio alfabético. Segundo: aprender as correspondências entre grafemas e fonemas. Terceiro: segmentar sequências ortográficas de palavras escritas em grafemas. Quarto: segmentar sequências fonológicas de palavras faladas em fonemas. Quinto: usar regras de correspondência grafema-fonema para decodificar a informação. Assim, a Política Nacional de Alfabetização terá em alta consideração as evidências e os critérios da ciência cognitiva da leitura, conforme a vontade expressa do senhor presidente da República na sua mensagem ao Congresso Nacional", concluiu.

    Ao lado do presidente da Comissão de Educação, senador Dário Berger, o ministro defendeu a alfabetização como meta prioritária do governo (Foto: Luís Fortes/MEC)

    BNCC – De acordo com Ricardo Vélez, o segundo ponto é a Base Nacional Comum Curricular. “Voltemos nossa atenção agora para a educação básica como um todo. A Base Nacional Comum Curricular é um documento com mais de 500 páginas, extenso, fruto de muita discussão e anos de trabalho. Mas palavras impressas no papel não bastam para que o ensino tenha real qualidade e como diz Fernando Pessoa: “livros são papéis pintados com tinta”. Mas na realidade, na sala de aula, a base precisa ser compreendida e complementada pelas contribuições das redes estaduais e municipais”, disse ele.

    O ministro aproveitou para convidar todos os gestores e professores a tornarem a Base Nacional Comum Curricular um documento vivo. “O que significa criticá-lo, adaptá-lo e entendê-lo no contexto das localidades. O MEC não é um leviatã centralizador. Não é essa a proposta da Base. Para este ano de 2019 está prevista a formação de professores e a revisão dos projetos pedagógicos das escolas, conforme os novos currículos da educação infantil e do ensino fundamental. Para o ensino médio está prevista a elaboração dos novos currículos alinhados à própria Base Nacional Comum Curricular e aos referenciais para os itinerários formativos.”

    Segundo o ministro, o terceiro ponto trata da educação básica. "É importante lembrar que em breve o formato do Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb) será rediscutido. Os principais atores da educação brasileira, como o FNDE, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) precisam ser ouvidos. É um tema central para fortalecermos os municípios e, assim, fazer valer a orientação do presidente: 'mais Brasil, menos Brasília'. Sabemos que há inúmeras desigualdades regionais no Brasil. O Fundeb cumpre um papel fundamental no financiamento da educação dos locais mais vulneráveis. A distribuição de recursos deve ser justa e inteligente para beneficiar aqueles que mais precisam”, afirmou.

    Ensino médio – Segundo ele, o quarto ponto é o novo ensino médio. "Quanto ao ensino médio, é necessário torná-lo atrativo aos jovens, aproximando-os das realidades práticas do trabalho. Mas um trabalho que supere lógicas fordistas. Hoje é para o empreendedorismo, para a criatividade que temos que formar os jovens. O fortalecimento do quinto eixo formativo do novo ensino médio é estratégico para isso. Uma educação profissional e tecnológica robusta é o que marca as economias mais avançadas atualmente. Precisamos de um ensino médio moderno, em diálogo com novas tecnologias.  A rede federal, com seus mais de 600 campi pelo Brasil, pode ser indutora de um ensino médio vocacionado para a produção de tecnologia, atendendo as reais demandas do setor produtivo e da sociedade.”

    Já o quinto ponto é a escola cívico-militar. "Avançando para outro ponto importante no âmbito da educação básica, destaco a criação, na Secretaria de Educação Básica (SEB), da subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares. Durante a campanha, o presidente Bolsonaro destacou o desejo de ver difundido o modelo de escola de alto nível com base nos padrões de ensino e gestão empregados nos colégios militares. Experiências já em andamento em diversos estados brasileiros têm mostrado que a presença de militares no espaço escolar é algo bem-visto pelas famílias. Os indicadores de aprendizagem melhoram e ocorre redução da criminalidade. A adesão ao programa de escolas cívico-militares no MEC será voluntária. Ou seja, o governo federal respeitará a autonomia dos entes federados”, afirmou Ricardo Vélez.

    O sexto ponto trata da educação especial. “Já para fortalecer a educação especial, criamos uma nova secretaria, a Semesp, Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação, que possui duas diretorias voltadas para a educação especial. A Diretoria de Acessibilidade, Mobilidade, Inclusão e Apoio a Pessoas com Deficiência e a Diretoria de Política de Educação Bilíngue Surdos. Daremos continuidade e apoio à política nacional de educação especial. Priorizaremos a formação de tradutores de intérpretes de libras. Nosso mote é: 'nenhum brasileiro para trás'", disse o ministro.

    E por último, o sétimo ponto, que é a formação de professores. "É indispensável falar de um tema pelo qual tanto tenho apreço: a formação de professores. Como professor, sei dos desafios e dos aspectos inglórios da nossa profissão. Nem sempre o professor recebe o reconhecimento merecido. Tornou-se frequente no Brasil saber de casos de professores agredidos verbalmente e até fisicamente por alunos. Isso é muito triste. Tornaram-se urgentes medidas que assegurem a disciplina dentro das escolas e a promoção de uma cultura de respeito e valorização da dignidade do professor.”

    De acordo com o ministro, a valorização do professor vai além do salário. “O que os professores querem hoje? Trabalhar em um ambiente salubre e ver seus alunos aprenderem. Também querem ter oportunidades de aprimoramento profissional. Vamos investir na formação inicial e continuada de professores, cabendo à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) o papel central nesse processo. É assim, valorizando alunos, professores e demais atores da educação brasileira, que construiremos bases sólidas e duradouras para o desenvolvimento humano e econômico do país”, concluiu.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O secretário de Educação Básica do MEC, Manoel Palácios (segundo da esquerda para a direita) defende que o Congresso participe da discussão (Foto: SEB/MEC)No dia de mobilização nacional em torno da Base Nacional Comum Curricular (BNC), a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados promoveu debate sobre o tema com a presença do secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Manoel Palácios.

    Palácios destacou a importância da participação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na discussão. “Os temas que estão sendo debatidos têm uma dimensão muito especializada, muito próxima à cultura profissional da educação básica, que diz respeito a professores, a quem atua na educação básica e na formação de professores”, destacou.

    Segundo o secretário, a participação da representação política, de deputados e senadores, é bastante importante, sendo uma oportunidade de troca de ideias para que todos estejam unidos na proposta final. “A Base Nacional Comum é uma exigência do Plano Nacional de Educação, que foi aprovado pelo Congresso Nacional, por unanimidade, e é muito natural que o Congresso seja uma parte desse processo, que seja sempre informado do que está sendo feito e preste seu apoio à iniciativa”, completou.

    O dia 2 de dezembro foi escolhido como o Dia Nacional da Base Nacional Comum Curricular (BNC) como um chamamento nacional para reforçar a importância da construção coletiva do documento final, envolvendo professores, diretores, alunos e pais. “O grande objetivo é fazer com que todo o país preste atenção na proposta da base e discuta o tema. Vamos definir os objetivos de aprendizagem para todos os estudantes da educação básica até o final do ensino médio”, ressaltou.

    Durante todo o dia 2 de dezembro, secretários municipais e estaduais, com a colaboração do MEC, estarão mobilizados para dar suporte às discussões nas escolas, com professores e alunos, sobre a proposta preliminar.

    Além do Prof. Manoel Palácios, estiveram presentes o presidente da Comissão, Deputado Saraiva Felipe; a deputada professora Dorinha Seabra Rezende; Anna Helena Altenfelder, superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas sobre Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec); Ana Inoue, representante do Instituto Acaia, e membros da Frente Parlamentar de Educação.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O ministro da Educação, Mendonça Filho, reuniu-se nesta quinta-feira, 19, com representantes do comitê gestor da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para acompanhar os ajustes finais na redação da última versão do documento que vai balizar o ensino fundamental em todo o país. A definição da Base, segundo ele, é um dos maiores desafios para a melhoria da qualidade da educação brasileira.

    “O trabalho está muito bom”, definiu o ministro, que cumpriu agenda na secretaria de Educação do estado de São Paulo. “Fico muito feliz em constatar a seriedade e a qualidade do que está sendo feito pela Base”. Mendonça Filho exaltou o trabalho dos membros do comitê, criado em julho do ano passado para acompanhar o processo de discussão da segunda versão preliminar do documento.

    A secretária executiva do MEC e presidente do comitê, Maria Helena Guimarães de Castro, explicou que a BNCC é uma referência nacional e obrigatória para todos. “Ela se desdobra na adaptação dos currículos estaduais e municipais e nas escolas, que deverão considerar 100% da Base”.

    Ministro Mendonça Filho reúne-se em São Paulo com membros do comitê responsável por acompanhar a discussão e redação da Base Nacional Comum Curricular; documento recebe ajustes finais (foto: Rafael Carvalho/MEC)

    O papel do governo federal, segundo a secretária, é promover a melhoria da qualidade, garantindo a unidade e preservando a autonomia dos entes federados. Para os sistemas de ensino estaduais e municipais e as escolas, ela afirma que “o primeiro e grande desafio é adaptar seus currículos conforme as orientações da BNCC e implementá-la por meio da elaboração de um plano de ação e gestão curricular”.

     

    Alfabetização – Também nesta quinta-feira, 19, o ministro Mendonça Filho se reuniu com organizações sociais para discutir a melhoria da alfabetização no país. O encontro reuniu especialistas em educação infantil, educação básica e correção de fluxo na trajetória escolar.

    Mendonça Filho lamentou a situação atual da educação brasileira, citando os resultados mais recentes do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), divulgado no fim do ano passado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Do ponto de vista de desempenho e qualidade, os indicadores colocam o Brasil em uma posição vergonhosa”, disse o ministro.

    O levantamento constatou que o Brasil está estacionado há dez anos entre os países com pior desempenho. “Isso mostra um alarme que já tocou faz tempo e que a gente precisa desativar”, afirmou Mendonça Filho. O ministro reafirmou, ainda, a necessidade de que sejam adotadas providências efetivas de mudanças estruturantes na educação brasileira.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação realiza nos dias 29, 30 e 31 de março reunião de trabalho com os assessores e especialistas responsáveis pela primeira versão da Base Nacional Comum Curricular. O encontro estabelece diretrizes para a construção do segundo texto.

    O texto da Base abrange desde a educação infantil até o final do ensino médio e a primeira versão do documento ficou disponível para leitura até o último dia 15. Recebeu mais de 12 milhões de contribuições de instituições, educadores e público em geral. A previsão é de que ainda no mês de abril a segunda versão seja apresentada aos gestores estaduais e municipais de educação.

    A Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio foi um dos temas debatidos na reunião desta quarta-feira, 30. De acordo com a coordenadora do grupo de assessores e especialistas da Base, Hilda Micarello, foi discutido o encaminhamento para o ensino médio que o MEC vai dar à segunda versão da Base a partir dos processos de entendimento acordados com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). “O Consed fez uma proposta inicial para esse documento da Base. E a Secretaria de Educação Básica, em diálogo com o conselho, chegou a um formato que esse documento deverá ter, e na reunião de hoje nós estamos discutindo com o grupo responsável pela elaboração da proposta esse formato”, explicou.

    Para a coordenadora, o processo de construção da Base ainda tem um longo caminho a ser percorrido e novas discussões ainda serão feitas a partir da segunda versão do documento. “Com a segunda versão, a condução dos debates ficará por conta dos estados.  A proposta vai ser entregue aos estados e eles vão conduzir a discussão delas do modo como acharem que é mais produtivo. O MEC receberá o produto desses 27 processos de discussão”, disse Micarello. “Além disso, nós continuaremos a discutir com o grupo de leitores críticos que se manifestaram com relação a primeira versão”, concluiu.

    A Base está prevista em lei, no Plano Nacional de Educação (PNE), e deverá fixar conteúdos mínimos que os estudantes devem aprender a cada etapa da educação básica, da educação infantil ao ensino médio, mas deixa espaço para que estados, municípios e escolas definam os seus currículos. A expectativa é que o documento seja entregue ao Conselho Nacional de Educação até junho deste ano. A intenção é diminuir as desigualdades educacionais e melhorar a qualidade da educação no país.

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    Assessoria de Comunicação Social

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  • Todas as escolas de educação infantil e de ensino fundamental devem seguir o documento já a partir deste ano


    Larissa Lima, do Portal MEC

    A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que define os direitos de aprendizagem de todos os alunos das escolas brasileiras. Neste ano, as instituições de educação infantil e de ensino fundamental devem implementar as diretrizes em seus currículos. Desde 2018, o investimento do Ministério da Educação (MEC) no projeto foi de mais de R$ 200 milhões. A base completa pode ser acessada aqui.

    Como define a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), o documento norteia a formulação dos currículos dos sistemas e das redes de ensino dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A orientação estabelece conhecimentos, competências e habilidades que devem ser desenvolvidos por todos os estudantes ao longo da escolaridade básica.

    Na prática, a BNCC pretende que o aluno vá além do conteúdo tradicional de sala de aula. A ementa sugere que o estudante desenvolva competências éticas, humanas e técnicas para ser capaz de refletir, analisar, comparar situações, além de utilizar o conhecimento na prática, por meio das tecnologias disponíveis.

    “Não é simplesmente aplicar o currículo, é desenvolver algumas competências com esses alunos para que daqui para frente possam ter o seu o projeto de vida, desenvolvam o seu empreendedorismo. Isso não faz de uma hora para outra”, explicou o secretário de Educação Básica do MEC, Jânio Macedo.

    O texto é importante também porque aumenta, de maneira responsável e adequada, o rigor e a exigência para professores e alunos, considerando documentos curriculares anteriores ou redes que não possuíam referenciais.

    A base é uma parceria entre o MEC, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). As 27 unidades da Federação já possuem referenciais curriculares alinhados à BNCC. Os municípios com redes de ensino não vinculadas aos estados trabalham na padronização do currículo. O MEC atua como apoiador nessa adequação.

    Com a BNCC, o ministério pretende dar um salto de qualidade na educação brasileira. “Em 2030, nós queremos que o Brasil seja referência na educação básica na América Latina”, afirmou o secretário. O MEC acompanha a implementação da base nos estados e municípios. O objetivo citado por Janio Macedo é o mote principal do Compromisso Nacional pela Educação Básica, lançado em julho de 2019.

    Recursos – Desde 2018, o MEC investiu mais de R$ 200 milhões para apoiar a revisão dos documentos curriculares, a formação continuada de professores, a compra de materiais didáticos já adaptados e a elaboração de avaliações padronizadas.

    Formação de professores – Duas medidas foram tomadas para assegurar que os professores ministrem de acordo com a base. Primeiro, o Conselho Nacional de Educação (CNE) e o MEC aprovaram e homologaram as diretrizes para a formação de professores alinhadas à BNCC. Além disso, a pasta atua em uma mobilização pelos estados e municípios para a formação continuada de professores, aqueles que já estão na ativa. Uma das iniciativas é a preparação para o ano letivo de 2020, que já atingiu cerca de 280 mil professores.

    Confira abaixo as dez competências da educação básica, segundo a BNCC:

    1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

    2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

    3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

    4. Utilizar diferentes linguagens — verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital —, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

    5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

    6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

    7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

    8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

    9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

    10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
  • A cerimônia de entrega do texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pelo ministério da Educação ao Conselho Nacional de Educação (CNE), nesta quinta-feira, 9, contou com a presença de diversas autoridades da área educacional – desde secretários municipais e estaduais a presidentes de entidades nacionais e ex-ministros da Educação.

    Segundo o ministro Mendonça Filho, o evento demonstrou a verdadeira amplitude e desafio do projeto, que contou com a contribuição por consulta pública na internet de 12 milhões de pessoas e foi tema de discussões com mais de 900 mil professores. “Foi uma obra coletiva”, destacou. “Algo muito além de um governo ou resultado de um ponto de vista político e ideológico.”

    Maria Helena Guimarães, secretária executiva do MEC, acompanhou de perto todo o processo. “A Base foi uma construção democrática e compartilhada, muito maior que a gestão de uma pasta”, afirmou. “Teve a primeira versão em setembro de 2015. A segunda ficou pronta em maio de 2016. Foram acolhidas mais sugestões e agora o MEC chega ao conteúdo final, com três anos e meio de debate.”

    De acordo com o presidente do CNE, Eduardo Deschamps, caberá agora uma análise bastante técnica da BNCC. “Certamente estaremos à altura desse trabalho. Junto com a comissão bicameral e depois com o conselho pleno, esperamos entregar até o final do ano um bom documento, a ser homologado pelo MEC.” Deschamps informou, ainda, que haverá uma série de audiências regionais, que também servirão de espaço para novas sugestões.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Ex-ministros da Educação participaram nesta quinta-feira, 6, da cerimônia de entrega da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pelo MEC ao Conselho Nacional de Educação (CNE). Também foram convidados gestores atuais e anteriores, secretários de educação e presidentes de entidades representativas do setor – todos os que estiveram diretamente envolvidos na elaboração do documento.

    “Eu vejo aqui um sentido de processo, de continuidade de um trabalho que vem sendo realizado há muito tempo”, afirmou o ex-ministro Henrique Paim. “Participei de várias rodadas com educadores. Tive a satisfação de estar presente em reuniões do Consed [Conselho Nacional de Secretários de Educação] e da Undime [União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação], em que gestores fizeram pela primeira vez discussões aprofundadas em torno da aprendizagem”.

    Paim considera que um dos aspectos fundamentais da Base é o sistema inclusivo. As diretrizes, segundo o ex-ministro, permitirão mais equidade entre as redes federal, estadual e municipal, para “fazer com que o Brasil, de norte a sul, seja mais próximo na educação.”

     Na visão do ex-ministro Luiz Cláudio Costa, a construção da BNCC simboliza um dos momentos mais importantes da história da educação brasileira, em razão do diálogo entre professores, alunos, gestores públicos e sociedade. “O País vai avançar muito com esse projeto de Estado, que também foi aprovado por unanimidade no Congresso Nacional”, ressalta.

    Nuno Crato, ex-ministro da Educação de Portugal, avalia que, nesse aspecto, o Brasil está à frente de outros países. “É um documento feito ao longo de vários governos, por várias personalidades e entidades representativas. E essa continuidade para a educação é essencial”, concluiu.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O portal da Base Nacional Comum, lançado na quinta-feira, 30, é um espaço virtual de participação para agregar ações e informações e permitir a interação entre os interessados em elaborar um documento de referência para educação básica no país. A Base Nacional Comum Curricular está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE) para 2014-2023, aprovado em 2014, por unanimidade, pelo Congresso Nacional e sancionado sem vetos (Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014) pela presidenta da República, Dilma Rousseff.

    O secretário de educação básica do Ministério da Educação, Manuel Palacios, destacou a pluralidade na formulação da proposta da Base Nacional Comum, que está sendo redigida por representantes de 35 universidades e dois institutos federais de educação, ciência e tecnologia; professores das redes públicas estaduais dos 26 estados e do Distrito Federal, indicados pelas secretarias estaduais de educação, e gestores das redes públicas estaduais, também indicados pelas secretarias. “É um grande pacto entre os entes federados”, afirmou Palacios.

    O portal é uma ferramenta para a construção democrática da Base Nacional Comum Curricular, com ampla consulta à sociedade. As contribuições podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino ou de movimentos e organizações da sociedade civil. As colaborações podem ter caráter geral ou tratar pontualmente de cada tema.

    Para participar da apresentação de propostas basta fazer um cadastramento simples no portal. Para cadastros individuais, professores e estudantes devem preencher dados como nome, CPF, cidade e estado. Para os de redes de ensino e organizações da sociedade, além dos dados das instituições, é necessário indicar um responsável.

    No portal, é possível obter informações sobre a Base Nacional Comum, sobre a legislação pertinente ao tema e sobre as bases curriculares vigentes nas 27 unidades federativas, além de ter acesso a uma biblioteca virtual, que reúne os documentos teóricos que fundamentam a discussão. Também estão disponíveis vídeos de autoridades, especialistas, professores e estudantes que apresentam o tema. Em breve, estará disponível a proposta preliminar da base curricular.

    O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, destacou a importância da Base Nacional Comum como estratégia para a melhoria da qualidade da educação brasileira. Ele pretende antecipar as datas fixadas pelo PNE. De acordo com o plano, o MEC tem até dois anos, a partir da promulgação da lei (junho de 2014), para encaminhar o projeto da base ao Conselho Nacional de Educação (CNE). “Queremos entregar com alguns meses de antecedência para tornar possível, na data de comemoração de dois anos do PNE, promulgar a base”, disse o ministro. Janine Ribeiro espera encaminhar o documento até março do próximo ano.

    Mais informações na página da Base Nacional Comum na internet.  

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Há exatos vinte anos, era assinada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Um marco na regulamentação do ensino no país, a LDB trouxe importantes inovações e já nos permitiu colher avanços significativos. Mas algumas das transformações essenciais contidas no texto do então senador Darcy Ribeiro ainda não foram concretizadas. Um dos pilares para o bom desempenho de um aluno, a base nacional comum, até hoje não saiu do papel. Mas essa dívida histórica com a educação brasileira está, finalmente, muito perto de ser quitada.

    A contribuição da LDB para a educação no Brasil nesses vinte anos é inegável. Responsável por regulamentar a estrutura e o funcionamento do sistema de educação do país, a lei definiu os objetivos a serem atingidos e reforçou o caráter federativo da educação brasileira.

    Em seu artigo 26, já estabelecia que “os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum”. Aliás, ao determinar que esta base deveria ser “complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos”, o texto deixa claro que a base nacional deve respeitar a autonomia dos sistemas de ensino e das escolas na organização de seus currículos, premissa que também orienta o Novo Ensino Médio, prioridade da gestão do ministro Mendonça Filho.

    Os maus resultados dos alunos brasileiros nas avaliações nacionais e internacionais recentemente divulgadas podem ser em grande parte explicados pela ausência de indicações claras do que os alunos devem aprender para enfrentar com êxito os desafios do mundo contemporâneo. A adoção de uma Base Nacional Comum Curricular enfrenta diretamente esse problema. Escolas e professores passarão a ter clareza do que os seus alunos devem aprender e o que eles devem ser capazes de fazer com esse aprendizado. Ao estabelecer os conhecimentos essenciais, a BNCC será referência obrigatória para a organização dos currículos estaduais e municipais e contribuirá decisivamente para a elevação da educação básica no país.

    Esse trabalho gigantesco segue o bom caminho traçado pela LDB em 1996. Ao apontar no artigo 9º que caberia à União estabelecer, em colaboração com Estados e municípios, “competências e diretrizes” para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, a LDB desloca o foco do currículo. No lugar dos conteúdos mínimos a serem ensinados, a lei orienta para a definição das aprendizagens pretendidas, o que significa dizer que os conteúdos curriculares estão a serviço do desenvolvimento de competências.

    A LDB também destaca, nos artigos 32 e 35, a importância de assegurar o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades atualmente descritas pela literatura como as competências para o século 21, como a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.

    Apesar de inúmeras alterações no texto original, a LDB já indicava, portanto, um dos maiores desafios para a melhoria da qualidade: a definição da Base Nacional Comum Curricular. Em discussão nos últimos dois anos, a Base está agora em fase final de elaboração e será encaminhada ao Conselho Nacional de Educação em 2017. É mais uma demonstração de que, ao completar vinte anos de existência, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação continua contemporânea.

    Maria Helena Guimarães de Castro
    Secretaria Executiva do Ministério da Educação
    Publicado em 20 de dezembro de 20016, no jornal Folha de São Paulo

  • A secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, participou de reunião no Conselho Nacional de Educação (CNE) na última quarta-feira, 25, para apresentar o andamento e a metodologia do trabalho referente à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O encontro ocorreu durante o Conselho Pleno, que se reúne a cada dois meses e é formado por representantes da Câmara de Educação Básica (CEB) e da Câmara de Educação Superior (CES) do CNE.  

    Na apresentação, a secretária executiva, que preside o comitê gestor responsável pela redação da Base, destacou os aprimoramentos no documento, a partir dos debates realizados sobre o tema. “O texto está prestes a ser finalizado; estamos na reta final do trabalho e recebendo muitas leituras críticas”, disse.

    Assim que o MEC divulgar a versão final da Base, o documento segue para o CNE e os conselheiros começam a analisá-lo. A expectativa é que o texto da BNCC chegue ao Conselho em março. “É uma grande responsabilidade a elaboração das bases que serão referência da educação brasileira para os próximos 30 anos”, ressaltou o conselheiro César Callegari, integrante da comissão que trata do tema no CNE.

    Depois de discutido no Conselho, o texto segue para homologação do ministro da Educação e, então, entra em vigor. A BNCC é composta de parâmetros que vão guiar os currículos das escolas públicas e privadas do país. O documento define os conhecimentos fundamentais, competências e aprendizagens em cada etapa da educação básica. As redes estaduais e municipais de ensino manterão autonomia para elaborar currículos em consonância com a Base.

    Trabalhos – Durante todo o mês de janeiro, o CNE discutiu temas importantes para a educação brasileira nos trabalhos das câmaras e comissões. Na CEB, os conselheiros abordaram tópicos como o censo da educação básica, o financiamento da educação e a Medida Provisória nº 746/2016, que institui o ensino médio integral.

    Na CES, as atividades estiveram concentradas em debates sobre alterações normativas de regulação da educação superior. As reuniões tiveram a presença de diretores da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC.

    Nas comissões da CES, foram feitas análises sobre as diretrizes curriculares dos cursos de direito, propaganda e publicidade, e relações exteriores. Em comissões do Conselho Pleno, os conselheiros trataram sobre regime de colaboração, sistema de financiamento e gestão democrática.

    Fluxo – Em setembro de 2016, havia cerca de 700 processos na pauta do CNE para serem relatados. Após esforço concentrado dos conselheiros, o número caiu para 300 em dezembro do mesmo ano. Na pauta de janeiro de 2017, eram aproximadamente 120. “Vamos deixar algo em torno de 60 processos para fevereiro; o número representa nosso fluxo médio de recebimento de processos aqui no Conselho”, avalia o secretário executivo do CNE, Henrique Sartori. Os processos são referentes a credenciamentos e recredenciamentos de instituições de educação superior, recursos sobre decisões, convalidação de estudos e validação de títulos.

    CNE – O Conselho Nacional de Educação (CNE) é composto por duas câmaras, a de Educação Básica (CEB) e a de Educação Superior (CES). São 24 conselheiros no total, dentre os quais são membros natos os secretários de Educação Básica e de Educação Superior do MEC – na CEB e na CES, respectivamente –, que ocupam a cadeira somente no período em que estão à frente das secretarias.

    O CNE é responsável por auxiliar o MEC, formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino e pelo cumprimento da legislação educacional e assegurar a participação da sociedade no aprimoramento da educação brasileira.

    Assessoria de Comunicação do CNE

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