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  • Os Microdados do Enem por Escola foram publicados, de forma inédita, no Portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quinta-feira, 20. Ao fazer a divulgação, o instituto cumpre sua missão de disseminar informações educacionais. Os Microdados do Enem por Escola contemplam resultados das 11 edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nas quais foram calculadas as médias das escolas com participação de pelo menos dez estudantes. O Enem por Escola foi divulgado de 2005 a 2015, sendo descontinuado em função da inadequação do uso dos resultados como indicador de qualidade do ensino médio e o uso inapropriado, feito pela mídia e alguns gestores educacionais, que buscavam ranquear as escolas.

    Os arquivos que compõem os Microdados do Enem por Escola são os dados em si, um dicionário, um leia-me e notas técnicas e os inputs. Os Microdados são compostos da base de dados do Enem por Escola das edições de 2005 a 2015, empilhadas anualmente. Para cada escola da tabela há informações cadastrais como: código da Unidade da Federação da escola, código do município da escola, nome do município da escola, código da escola no Educacenso, nome da escola no Educacenso, tipo da dependência administrativa e tipo de Localização da escola. As notas apresentadas na tabela contemplam apenas as escolas do ensino médio regular que tiveram seus resultados divulgados.

    Foram computados sete tipos de médias: média total (redação e prova objetiva) para as edições de 2005 a 2007; média das notas da prova objetiva para a edição 2008; média das notas de ciências humanas para a edição de 2009 a 2015; média das notas de ciências da natureza para as edições de 2009 a 2015; média das notas de linguagens e códigos para as edições de 2009 a 2015; média das notas de matemática para as edições de 2009 a 2015; média das notas de redação para as edições de 2008 a 2015. 

    A base de dados apresenta também, para cada escola, o número de alunos matriculados no Censo Escolar na terceira e quarta séries do ensino médio; número de participantes do Enem que cumprem os requisitos de participação no cálculo da média; a taxa de participação; número de participantes do Enem que cumprem os requisitos de participação no cálculo da média e possui necessidade especial.

    Para enriquecer a análise do usuário, foram incluídos os seguintes indicadores para anos específicos: indicador de nível socioeconômico da escola – 2015; indicador de adequação da formação docente – 2013 a 2015; indicador de permanência na escola para o ensino médio – 2014 a 2015; taxa de rendimento – 2005, 2007 a 2015; porte da escola – 2005 a 2015. Os dados são publicados em formato “.csv” (formato de arquivo que contém valores separados por delimitador com ponto e vírgula) e os inputs para a leitura desses arquivos foram elaborados utilizando os softwares SAS e SPSS. Os inputs trazem a possibilidade de carregar os rótulos juntamente com os dados, o que facilita o seu manuseio pelo usuário, ao tornar sua utilização mais intuitiva e imediata. Isso não dispensa, entretanto, a consulta ao dicionário de variáveis para obter uma compreensão mais completa da organização do banco de dados e da própria estrutura dos instrumentos utilizados. Se o usuário desejar, poderá não usar os inputs para abrir a base, pois o formato “.csv” também foi adotado por facilitar a leitura dos arquivos, independentemente do software estatístico utilizado.

    Para melhor orientar sobre os dados também foram incluídos: dicionário da base de dados e as notas técnicas de cada edição do Enem por escola. O dicionário está disponível em formato “.ods” e as notas em formato “.doc”, para atender à política de dados abertos.

    Enem Por Escola – A primeira divulgação do Enem por Escola ocorreu em 2005, oito anos após a criação do exame. As médias passaram a ser calculadas para auxiliar professores, diretores e demais gestores educacionais na identificação de deficiências e boas práticas. Inicialmente, também eram divulgadas notas para total Brasil, Unidade da Federação e município. Em todas as edições, só eram considerados nos cálculos das médias aqueles participantes que declararam que iriam concluir o Ensino Médio naquele ano (concluintes) e todas as escolas que tinham no mínimo 10 participantes.  

    A última edição do Enem por Escola foi em 2015. Em setembro de 2017, o Inep anunciou o encerramento do Enem por Escola em função da inadequação do uso dos resultados como indicador de qualidade do ensino médio e o uso inapropriado feito pela mídia e alguns gestores educacionais, que buscavam ranquear as escolas.

    Para o Inep, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) tem instrumentos mais adequados para a avaliação da qualidade da educação ofertada nos sistemas de educação e nas escolas brasileiras. Para fortalecer esse entendimento, desde 2017 o Saeb ampliou a aplicação da prova para o ensino médio da rede pública, tornando-a censitária. 

     Acesse os Microdados do Enem por Escola

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    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Nesta quarta-feira, o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgaram as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por Escola de 2014 e apresentaram novos indicadores para interpretar melhor os dados obtidos das instituições de ensino.

    Entre os indicadores, é importante destacar dois: o nível socioeconômico (Inse) e a formação docente. O Inse é a média do nível socioeconômico dos estudantes, distribuído em sete níveis (7 é o mais alto). O cálculo parte das informações dos próprios estudantes no questionário contextual. Por meio desse indicador, é possível observar como o contexto social dos estudantes tem impacto direto sobre o desempenho escolar. Os dados mostram que quanto mais alto o nível socioeconômico, melhores são as notas em todas as áreas de conhecimento avaliadas.

    Quanto à formação docente, o indicador aponta a proporção de professores, de cada escola, que lecionam no ensino médio e têm a formação adequada, nos termos da lei, a partir dos dados do Censo Escolar da Educação Básica. As maiores médias foram apresentadas pelos estudantes cujos professores têm formação acadêmica específica nas disciplinas que lecionam.

    A divulgação dos dados do Enem por escola permite ainda a consulta ao desempenho médio de cada unidade de ensino e os percentuais de estudantes em cada um dos níveis de desempenho. Foi calculada, ainda, a média dos 30 melhores estudantes de cada instituição. Com isso, é possível comparar, de forma mais adequada, escolas que têm projetos pedagógicos diferentes em relação à seleção dos estudantes.

    Recurso — Os resultados foram divulgados preliminarmente às escolas em 9 de julho último. Os dirigentes escolares tiveram prazo de dez dias para entrar com recurso no Inep. “Tivemos apenas 30 escolas que recorreram, o que é um número muito baixo comparando com outros anos. Isso é um sinal de que o sistema é praticamente a prova de erros”, destacou o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro.

    Os dados são calculados para estabelecimentos de ensino que tenham, matriculados, no mínimo, dez estudantes da terceira ou da quarta série do ensino médio regular seriado e 50% de estudantes dessas mesmas séries como participantes do Enem.

    Proficiência — Desde 2009, a proficiência dos participantes do Enem nas provas objetivas é calculada por meio da teoria de resposta ao item (TRI). Além de estimar as dificuldades dos itens e a proficiência dos participantes, essa metodologia permite que os itens de diferentes edições do exame sejam posicionados em uma mesma escala.

    São quatro as áreas de conhecimento avaliadas: ciências humanas e suas tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia); ciências da natureza e suas tecnologias (química, física e biologia); linguagens, códigos e suas tecnologias e redação (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira – inglês ou espanhol –, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação) e matemática. Cada uma das áreas do conhecimento avaliadas no Enem tem uma escala própria.

    Redação — A correção da prova de redação avalia o domínio da norma padrão da língua escrita; a compreensão da proposta de redação; a capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; o conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação e a elaboração de propostas de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos humanos.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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    Confira os dados do Enem por escola de 2014


  • Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 por escola reforçam a imperiosa necessidade de se reformar o ensino médio brasileiro. A afirmação foi feita pela presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Inês Fini, nesta terça-feira, 4, em Brasília.

    Os dados do Enem por escola, divulgados em entrevista coletiva, no Ministério da Educação, fornecem a professores, gestores e à sociedade informações sobre o desempenho dos alunos e as características das instituições de ensino. Em 2015, apenas entre os concluintes do terceiro ano do ensino médio, participaram do exame 1.212.908 estudantes de 14.998 instituições de ensino. 

    A presidente do Inep destacou que os resultados têm contextos que precisam ser considerados. Com relação ao aluno, o índice usado foi o nível socioeconômico. Para a escola, as variáveis foram o porte, o indicador de formação docente e o de permanência. “O ranking por si só é inapropriado, não reflete a realidade das escolas, não indica a qualidade”, disse Maria Inês. “Daí a importância de usar os fatores de contexto que, combinados, dão um panorama mais real do desempenho das instituições, qualificando o resultado.”

    Notas — Os dados apontam para uma melhora nas notas referentes às ciências humanas e suas tecnologias e à redação. Para a presidente do Inep, isso se deve, primeiro, à identificação dos jovens com o tema da redação do ano passado: a violência contra a mulher. “Além disso, o envolvimento dos professores na correção das redações tem um impacto na própria atuação docente. Está tudo interligado”, justificou.

    A pouca participação de alunos com baixo poder aquisitivo também foi constatada na avaliação. De acordo com Maria Inês, a baixa autoestima desses estudantes, que, em sua maioria, vêm de lares em que os pais não cursaram a educação superior, os induz a deixar de fazer o Enem. “Nesse sentido, a reforma do ensino médio é mais do que apropriada porque fará com que a escola seja mais amigável, mais acolhedora, e esteja de acordo com a trajetória de vida dos alunos”, afirmou.

    Defasagem — A secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães Castro, também defendeu a reforma do ensino médio. “Os dados mostram que quanto maior o nível socioeconômico, melhor é o desempenho. Isso revela a enorme desigualdade do ensino médio”, afirmou. “A reforma vem justamente para reverter isso, para promover a equidade.”

    Segundo Maria Helena, o atual modelo está defasado e transformou-se em curso preparatório para o Enem. “A reforma do ensino médio é um passo extraordinário”, disse. “É a maior mudança na educação brasileira desde 1998, quando foi criado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, o Fundef [atual Fundeb, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação].”

    Foram calculados os resultados para as escolas que obtiveram ao menos dez alunos participantes no Enem de 2015, desde que a taxa de participação desses estudantes tenha alcançado no mínimo 50%. Os dados incluem estudantes matriculados na terceira série do ensino médio regular declarados pela unidade de ensino no Censo Escolar da Educação Básica de 2015.

    Além disso, foram considerados efetivamente como participantes os candidatos que obtiveram nota que não tenha sido zero em todas as provas objetivas e que não tenham sido eliminados na redação.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira os dados do Enem de 2015 por escola

  • O ministro Janine Ribeiro, entre o presidente do Consed, Eduardo Deschamps, e o presidente do Inep, Chico Soares, apresentam os dados do Enem por Escola 2014 (Foto: João Neto/MEC)A sociedade vai conhecer melhor as instituições de ensino que realmente ajudam os alunos a melhorar nos estudos. Isso será possível com novos indicadores propostos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e pelo Ministério da Educação. A medida foi anunciada em entrevista coletiva de divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola, edição de 2014. Participaram da coletiva o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o presidente do Inep, Chico Soares, e o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps.

    Tiveram os resultados divulgados 15.640 escolas, que reúnem 1.295.954 estudantes que fizeram o Enem em 2014. O indicador de permanência na escola mostra se o estudante cursou total ou parcialmente o ensino médio no mesmo estabelecimento de ensino. Outra inovação é a inclusão das taxas de rendimento (aprovação, reprovação e abandono), levantadas pelo Censo Escolar da Educação Básica e disponíveis no portal do Inep, no sistema de divulgação, para facilitar a consulta.

    “A informação sobre as escolas é importante para que conheçamos aquelas que oferecem educação de qualidade durante todo o ensino médio e aquelas que, simplesmente, selecionam alguns para cursarem apenas o 3º ano”, destacou o presidente do Inep.

    Há dois outros indicadores, lançados anteriormente: o nível socioeconômico (Inse) e a formação docente. “Queremos mostrar esses dados para explicar que não basta olhar para o ranking puro e achar que as escolas em posições inferiores estão ruins. É preciso entender, por exemplo, fatores externos, como a loteria de nascer nas classes menos favorecidas”, afirmou o ministro Renato Janine Ribeiro. “Se nós colocamos os dados sem levar em conta a condição social dos alunos, nós estamos entendendo que uma escola é melhor quando, na verdade, ela não é melhor. A condição social dos alunos é que é melhor. E sobre esse ponto, a capacidade da escola intervir é muito baixa”, disse.

    O ministro lembrou, ainda, que pode ser considerado uma evolução alguém “que entrou na escola com uma nota 200 e depois conseguiu atingir 400, em vez de outra pessoa que entrou com 400 e chegou a 500”.

    Já o presidente do Inep explicou que “as escolas de ensino médio brasileiras formam um conjunto heterogêneo, principalmente em relação às características socioeconômicas de seus estudantes, e esses fatores precisam ser levados em consideração”.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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