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  • Encontro, em Brasília (DF), reuniu 200 participantes em quatro dias

    Mais de 50 especialistas do Brasil e do mundo passaram os últimos quatro dias reunidos em Brasília (DF) para falar sobre experiências que deram certo na alfabetização. Eles participaram da 1ª Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe). O evento contou com mais de 33 horas de debates em 28 palestras, sessões especiais e simpósios.

    A Conabe teve como tema a “A Política Nacional de Alfabetização e o Estado da Arte das Pesquisas sobre Alfabetização, Literacia e Numeracia”. As boas práticas baseadas em pesquisas que foram apresentadas no evento poderão ser incluídas no processo de alfabetização em escolas e nas famílias brasileiras e subsidiar o Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe), previsto para o ano que vem.

    Para o secretário de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC), Carlos Nadalim, os debates e palestras deixam um legado de sugestões para o Renabe. "O MEC está aberto à ciência, às evidências científicas. São elas que sustentam políticas públicas sólidas", afirmou.

    Ao todo, foram mais de 200 participantes, incluindo a primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro. Ela esteve no painel que mostrou estudos sobre a alfabetização de surdos na quinta-feira, 24 de outubro.

    Reino Unido, Estados Unidos e França são alguns dos países que fundamentaram as políticas de alfabetização por meio de evidências científicas, ou seja, utilizaram métodos embasados em pesquisas para garantir um melhor ensino-aprendizagem. O objetivo é trazer isso para o Brasil, já que a Conabe faz parte das ações de implementação da Política Nacional de Alfabetização (PNA), instituída pelo governo federal em abril.

    Apoio ao PNA – No encerramento do evento, Nadalim leu um documento de consenso de apoio à PNA por parte do Painel de Especialistas. O grupo é composto por 12 especialistas, de notório saber nas áreas de alfabetização, literacia ou numeracia. “Trata-se de um importante passo para a melhoria da qualidade da alfabetização em todo o território nacional”, diz o texto.

  • Segundo ela, o número 1 é o primeiro conceito linguístico para qualquer criança

    Giulliano Fernandes, do Portal MEC

    A professora alemã Annemarie Fritz-Stratmann, uma das palestrantes internacionais da 1ª Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), explicou nesta quinta-feira, 24 de outubro, uma forma de incrementar a alfabetização de crianças por meio de técnicas para que elas estabeleçam relações entre palavras e números.

    Na palestra da especialista da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, “Um modelo de desenvolvimento de aritmética e aquisição de literância”, ela explicou ser necessário cativar a atenção das crianças. E, para isso, é preciso entendê-las.

    “Os níveis de aprendizado devem ter sempre motivação e diversão como algo necessário. Sempre começamos com uma história e a partir dela surge um problema. Isso geram os exercícios e os motivos para que possam ser solucionados”, explicou a docente. “Temos que estabelecer um mapeamento, um significado, e fazê-la [criança] entender o que está por trás daquilo. É preciso estabelecer uma relação palavra-número”, completou.

    De acordo com Annemarie, as crianças, em uma primeira fase, muitas vezes, aprendem a contar até determinado número com palavras, mas não estabelecem a ligação. Ela ressaltou que o primeiro conceito linguístico para qualquer criança é o número 1. Este é o ponto de partida e é a partir dele que novos conteúdos devem ser adicionados para o aprendizado das crianças.

    Conabe - A Conabe é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) liderada pela Secretaria de Alfabetização da pasta. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) sedia o evento, em Brasília, até sexta-feira, 25. O objetivo é debater a alfabetização e produzir um relatório para subsidiar com evidências científicas as futuras políticas públicas para a área no país.

  • Giulliano Fernandes, do Portal MEC

    A Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe) e o painel de especialistas que nela trabalhará foram oficialmente instituídos. Foram publicadas na edição desta segunda-feira, 19 de agosto, do Diário Oficial da União (DOU) uma portaria para estabelecer a Conabe e outra para oficializar a equipe.

    O evento será realizado de 22 a 25 de outubro, em Brasília. O tema será "A Política Nacional de Alfabetização e o estado da arte das pesquisas sobre alfabetização, literacia e numeracia”. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, assinou as portarias em solenidade na quinta-feira, 15, quando foi lançado o caderno da Política Nacional de Alfabetização (PNA).

    Os objetivos específicos do Conabe 2019 são:

    • apresentar e debater o estado da arte das pesquisas sobre alfabetização, literacia e numeracia;
    • possibilitar a criação de um Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe), que exponha o estado da arte das pesquisas sobre alfabetização, literacia e numeracia;
    • promover a divulgação do conhecimento científico mais atualizado sobre alfabetização, literacia e numeracia;
    • propor recomendações para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da literacia e da numeracia, e propor estratégias para seu cumprimento.

    De acordo com a portaria publicada no DOU, o tema central da Conabe 2019 será dividido nos seguintes eixos temáticos:

    • ciências cognitivas e pesquisas translacionais em alfabetização;
    • aprendizagem e desenvolvimento da leitura e da escrita;
    • bases neurobiológicas da aprendizagem da leitura e da escrita;
    • autorregulação comportamental, cognitiva, emocional e motivacional no processo de alfabetização;
    • dificuldades e distúrbios da leitura e da escrita e desafios na alfabetização em diferentes contextos;
    • planejamento e orientações curriculares para o ensino de literacia e numeracia;
    • abordagens e práticas de ensino da leitura e da escrita;- numeracia e ensino de matemática básica;
    • formação e desenvolvimento profissional de professores;
    • avaliação e monitoramento da aprendizagem de leitura, escrita e matemática básica.

    Na Conabe, a Secretaria de Alfabetização (Sealf), deverá planejar, coordenar, supervisionar e promover a realização, observando os aspectos técnicos, científicos e administrativos.

    O secretário de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC), Carlos Nadalim, será o presidente da Conabe 2019. Segundo ele, a Conferência “tem como objetivo alinhar a estratégia do Ministério da Educação do Brasil àquelas de autoridades educacionais de países como o Reino Unido, com a Estratégia Nacional de Leitura, de 1998; os EUA, com o Painel Nacional da Leitura, de 2000; a França, com o Observatório Nacional da Leitura, de 1998”.

    Seguindo a PNA, a portaria estabelece a formação de um painel com 12 especialistas, de notório saber nas áreas de alfabetização, literacia ou numeracia, no âmbito das ciências cognitivas. Eles vão elaborar o Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe), que terá como atribuições:

    • conduzir, organizar e participar dos debates científicos da Conferência;
    • coletar e analisar dados científicos a respeito de alfabetização, de literacia e de numeracia, com o objetivo de apresentar o estado da arte das pesquisas;
    • analisar práticas pedagógicas, materiais didáticos, orientações curriculares e avaliações relativos à alfabetização, literacia e numeracia, nos contextos brasileiro e mundial, produzindo recomendações com base nas evidências de pesquisas;
    • apresentar recomendações para melhorar a formação inicial e continuada de professores e de suas práticas no âmbito da alfabetização, da literacia e da numeracia.

    Eventuais reuniões entre os membros do painel de especialistas serão realizadas, preferencialmente, por videoconferência e a participação no painel de especialistas será considerada de relevante interesse público, sem remuneração.

    A Conabe concretiza parte da PNA. O artigo 8º do decreto estabelece, entre outros pontos, que a “produção e disseminação de sínteses de evidências científicas e de boas práticas de alfabetização, de literacia e de numeracia”.

  • Guilherme Pera, do Portal MEC

    O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta quinta-feira, 15 de agosto, o caderno da Política Nacional de Alfabetização (PNA). Trata-se de um guia explicativo que detalha a política. É destinado a estados e municípios, professores e alunos do ensino fundamental, pais e responsáveis, bem como estudantes da educação de jovens e adultos.

    São 54 páginas que abordam desde o cenário atual, marcos históricos e normativos no Brasil. O caderno apresenta importantes relatórios científicos internacionais e aborda conceitos sobre alfabetização, literacia e muito mais.

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, reforçou que a Política Nacional de Alfabetização tem suas bases em evidências que deram certo. “Estamos pedindo para que a alfabetização tenha critérios científicos”, disse.

    O leitor ficará por dentro do papel da família para o sucesso das crianças na aprendizagem da leitura e da escrita. Como desde antes da alfabetização a criança deve aprender certas habilidades de maneira lúdica e adequada à idade dela. A adesão às diretrizes da PNA é voluntária. O caderno trata ainda do aprendizado de jovens e adultos.

    O trabalho se inspira no que é realizado em países que aumentaram seus indicadores educacionais. São exemplos: Austrália, Canadá, Chile, Estados Unidos, França e Portugal. E o que há de comum em todos eles? Seguiram evidências científicas e priorizaram a educação básica.

    "O lançamento da Conabe, a Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências, no dia de hoje, tem como objetivo alinhar a estratégia do Ministério da Educação do Brasil àquelas de autoridades educacionais de países como o Reino Unido, com a Estratégia Nacional de Leitura, de 1998; os EUA, com o Painel Nacional da Leitura, de 2000; a França, com o Observatório Nacional da Leitura, de 1998", disse o secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim.

    Painel – O ministro da Educação, Abraham Weintraub, assinou uma portaria para oficializar a formação de um painel com 12 especialistas. Eles terão que elaborar, de forma imparcial, um relatório que ajudará a formular políticas públicas daqui para frente. O material reunirá:

    • dados científicos a respeito de alfabetização, de literacia e de numeracia, que é a compreensão de raciocínio e aplicação de conceitos numéricos simples;
    • análise de práticas pedagógicas, materiais didáticos, orientações curriculares e avaliações relativos à alfabetização nos contextos brasileiro e mundial; 
    • recomendações com base nas evidências de pesquisas para melhorar a formação inicial e continuada de professores e de suas práticas.

    A criação de um painel de especialistas foi utilizada em diversos países como uma forma não de confirmar pontos de vistas previamente adotados, mas sim para se obter uma revisão sistemática de literatura seguindo critérios científicos e oferecendo, portanto, sínteses de evidências robustas e imparciais.

    Ex-ministro da Educação de Portugal, Nuno Crato apresenta aos participantes as experiências que obteve com uma política de alfabetização semelhante no país. Entre os resultados:

    • introduziu o Inglês como disciplina obrigatória ao longo de sete anos escolares consecutivos;
    • estabeleceu maior exigência curricular e o aumento da avaliação de alunos;
    • registrou queda de 25% para 13,7% no abandono escolar;
    • pela primeira vez, ultrapassou a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nas três áreas do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA).

    Conabe – A cerimônia desta quinta-feira marcou o lançamento da Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), também via portaria assinada pelo ministro. Trata-se de um evento científico para consolidar o foco do governo federal na alfabetização como prioritário na educação.

    A conferência ocorrerá de 22 a 25 de outubro, em Brasília. É a oportunidade de promover um encontro entre os integrantes do painel com outros especialistas e integrantes da sociedade civil.

    A Conabe concretiza parte da PNA. O artigo 8º do decreto estabelece, entre outros pontos, que a “produção e disseminação de sínteses de evidências científicas e de boas práticas de alfabetização, de literacia e de numeracia”.

    O passo final será a formulação de um relatório dos especialistas. Tudo seguindo a PNA, que prevê que os futuros programas e ações estejam subsidiados por evidências científicas cognitivas.

    15/08/2019 - Lançamento da Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências - Conabe

  • Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe) reúne especialistas brasileiros e estrangeiros até sexta-feira, 25 de outubro, em Brasília

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub (centro), destacou que a alfabetização é a principal pauta da atual gestão do MEC (Foto: Luís Fortes/MEC)


    Dyelle Menezes e Guilherme Pera, do Portal MEC

    Com mais de 200 participantes, teve início nesta terça-feira, 22 de outubro, a Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), organizada pelo Ministério da Educação (MEC). Especialistas de renome nacional e internacional na área reúnem-se para falar sobre experiências que deram certo em várias partes do mundo. A ideia é que as boas práticas sejam incluídas no processo de alfabetização em escolas e nas famílias brasileiras.

    A abertura do evento contou com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia, o presidente científico da Conabe, Renan Sargiani, e o deputado federal Gastão Vieira (Pros-MA). A sede da Capes, em Brasília, é o local de realização da conferência.

    Reino Unido, Estados Unidos e França são alguns dos países que fundamentaram as políticas de alfabetização por meio de evidências científicas, ou seja, utilizaram métodos embasados em pesquisas para garantir um melhor ensino-aprendizagem. O objetivo é trazer isso para o Brasil. “A busca da verdade é científica. É um processo lógico, racional, cartesiano”, pontuou Abraham Weintraub.

    Outra fonte de inspiração para o trabalho da atual gestão do MEC é o relatório “Alfabetização infantil: os novos caminhos”, que a então Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, em 2003, produziu. O então presidente do colegiado era Gastão Vieira. “Fico emocionado ao ver o trabalho sério que fizemos, enfim, ser reconhecido e utilizado como referência”, disse. Na Conabe, será lançada a terceira edição da obra — a segunda é de 2007.

    Em que momento a família ou a escola deve introduzir a tecnologia no processo de leitura e aprendizagem, quais são as práticas de leitura e escrita que a família pode aplicar em casa para complementar o que é abordado em sala de aula, e a importância de ler para um bebê ainda na barriga da mãe são alguns dos exemplos que serão discutidos no encontro.

    A Conabe faz parte das ações de implementação da Política Nacional de Alfabetização (PNA), instituída pelo governo federal em abril. O evento segue até sexta-feira, 25. “Neste encontro será formulado o Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe), que subsidiará futuros programas de alfabetização do país”, explicou Carlos Nadalim.

    Com o tema “A Política Nacional de Alfabetização e o Estado da Arte das Pesquisas sobre Alfabetização, Literacia e Numeracia”, a conferência terá diferentes espaços de palestras com debates e trocas de experiências.

    A programação será dividida em 10 eixos temáticos:

    • ciências cognitivas e pesquisas translacionais em alfabetização;
    • aprendizagem e desenvolvimento da leitura e da escrita;
    • bases neurobiológicas da aprendizagem da leitura e da escrita;
    • autorregulação comportamental, cognitiva, emocional e motivacional no processo de alfabetização;
    • dificuldades e distúrbios da leitura e da escrita e desafios na alfabetização em diferentes contextos;
    • planejamento e orientações curriculares para o ensino de literacia e numeracia;
    • abordagens e práticas de ensino da leitura e da escrita;
    • numeracia e ensino de matemática básica;
    • formação e desenvolvimento profissional de professores;
    • avaliação e monitoramento da aprendizagem de leitura, escrita e matemática básica.

    Segundo o presidente da Capes, que participou da equipe de transição do governo, em 2018, a alfabetização tem sido tratada como prioridade desde o início. “Isso ficou evidenciado pela criação da Secretaria de Alfabetização”, sintetizou Anderson Correia.

    Produto final – Paralelo às palestras, doze especialistas vão trabalhar em um painel de discussões com dinâmicas voltadas à coleta e análise de dados científicos, práticas pedagógicas, materiais didáticos e orientações curriculares, produzindo recomendações com base em pesquisas científicas.

    O presidente científico da Conabe, Renan Sargiani, é neurocientista. Para ele, a Conabe trata de estimular “um trabalho com base em evidências científicas, afastado de crenças e ideologias”.

    O MEC vai reunir tudo o que foi discutido e proposto no painel de especialistas durante os quatro dias de trabalho no Renabe.


    22/10/2019 - 1ª Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências – CONABE.  Fotos: Luis Fortes/MEC

  • Primeira-dama esteve em simpósio sobre alfabetização de surdos

    Dyelle Menezes, do Portal MEC

    A primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro, marcou presença no terceiro dia da 1ª Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), organizada pelo Ministério da Educação (MEC). Michelle participou de painel que mostrou estudos sobre a alfabetização de surdos, nesta quinta-feira, 24 de outubro.

    Acompanhada pelo secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, a primeira-dama esteve no simpósio “Dificuldades e Distúrbios da Leitura e da Escrita e Desafios na Alfabetização em Diferentes Contextos”. O principal palestrante foi o professor Fernando Capovilla, uma das maiores autoridades em alfabetização do país.

    Capovilla falou sobre a alfabetização de crianças com deficiência auditiva e surdez. O professor explicou que alunos surdos possuem como língua materna a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e adquirem o português como segunda língua. Já a língua materna dos deficientes auditivos é o português.

    Na apresentação que realizou durante o simpósio, o especialista destacou a realização do maior estudo já feito no mundo sobre o desenvolvimento de cognição e linguagem de estudantes surdos, com 9,4 mil avaliados, o Programa de Avaliação Nacional do Desenvolvimento Escolar do Surdo Brasileiro . O levantamento recebeu apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

    O resultado do trabalho mostrou diferenças na estratégia de alfabetização que tem melhores resultados para surdos e para pessoas com deficiência auditiva. “A inclusão em escola comum com aulas no contraturno é muito boa para crianças com deficiência auditiva. Para os surdos, o melhor arranjo é ensino-aprendizagem em escola bilíngue até pelo menos o 5.º ano do ensino fundamental”, afirmou.

    Também participaram do simpósio Janice Marques, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Antonielli Martins, da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). A Conabe segue até amanhã, 25, na sede da Capes, em Brasília.

  • Catherine Snow é referência em alfabetização e pesquisa o assunto há três décadas

    Luciano Marques, do Portal MEC

    Um dos maiores problemas da educação brasileira é o alto índice de analfabetismo. A norte-americana Catherine Snow, uma das maiores referências em alfabetização nos Estados Unidos, participou da Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), nesta terça-feira, 22 de outubro, e contou como pesquisas e dados ajudaram os Estados Unidos a melhorar sua educação.

    Psicóloga educacional e linguista, Snow é professora de pós-graduação da Harvard Graduate School of Education, uma das principais universidades do mundo. Nos últimos 30 anos, ela se concentrou na alfabetização da primeira infância, investigando fatores linguísticos e sociais que contribuem ou prejudicam a alfabetização.

    “As crianças devem ler, escrever e entender. As três habilidades cruciais que os bons leitores têm são: o entendimento do princípio alfabético, a conscientização de que é preciso compreender (o significado) e interpretar o que se está lendo e adquirir fluência suficiente na leitura”, aponta Snow.

    A especialista deu exemplos de como estudos e evidências podem melhorar a educação de um país e apontou momentos-chave nos Estados Unidos, como o “A Nation At Risk” (Uma Nação em Risco), de 1983, um relatório da National Commision on Excellence in Education (Comissão Nacional de Excelência em Educação) que alertava para a precária qualidade da educação no país. O documento informava que, à época, 23 milhões de americanos adultos eram analfabetos funcionais.

    Snow também falou sobre o programa federal “No Children Left Behind” (Nenhuma criança deixada para trás), lançado em 2001 pelo então presidente George W. Bush, como resposta às graves observações feitas pelo relatório.

    Segundo ela, para que as crianças possam se alfabetizar, é preciso focar não só apenas no código, mas também no conteúdo. “É um desafio. É sempre o código versus a linguagem. Os pequenos precisam entender, interpretar aquilo que estão lendo. Precisamos ensinar letras, ensinar que palavras são compostas por sons representados por letras, mas não podemos parar aí e esquecer o conteúdo”, destaca a norte-americana.

    Catherine Snow também ajuda a desenvolver melhorias na alfabetização norte-americana. “Temos muito trabalho ainda. Nós já tivemos aqui a mesma discussão que está acontecendo agora no Brasil. É preciso incentivar nas crianças o gosto pela leitura, mas não apenas isso. É necessário fazer com que elas tenham uma perfeita compreensão naquilo que estão lendo e também dar maior suporte e especialização aos professores”, concluiu.

    A Conabe segue até sexta-feira, 25 de outubro, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, em Brasília.

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