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  • O Conselho Nacional de Educação (CNE) promoveu, de terça-feira, 22, a quarta, 23, em sua sede em Brasília, um seminário temático com a participação de entidades sociais e especialistas na área da arte na educação. O objetivo foi apresentar um documento com contribuições à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio, que está em discussão por uma comissão no CNE.

    Presente ao seminário, a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Smole, destacou a importância de se realizar eventos como esse, no qual foi discutido especificamente arte. “O desenvolvimento humano não prescinde da cultura e nem da arte”, afirmou Kátia Smole. “Quando tivemos a aprovação da lei que modificou a Lei de Diretrizes e Base (LDB) e que trouxe o novo ensino médio, houve um consenso de que teríamos a organização do ensino médio com áreas de conhecimento. Então, temos linguagem, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Na parte de linguagem já há arte”, completou a secretária.

    As entidades formarão grupos de trabalho para oferecer ao CNE subsídios técnicos e argumentação sobre a importância das artes na formação de adolescentes e jovens brasileiros. O seminário contou com a parceria do Instituto Arte na Escola, uma associação civil sem fins lucrativos que, desde 1989, qualifica, incentiva e reconhece o ensino da arte, por meio da formação continuada de professores da educação básica.

    Kátia Smole aproveitou a oportunidade para falar que o MEC acredita que a reforma do ensino médio, ancorada em uma BNCC sólida para a educação básica, vai contribuir para a melhoria da qualidade e atender uma demanda que o Brasil tem de ofertar o ensino médio que atenda ao jovem do século 21. “O MEC, nesse momento, está alinhado com o CNE e acompanha toda essa movimentação, participa das audiências públicas, acompanha discussões como essa que está sendo feita no seminário e aguarda a devolutiva do CNE”, explicou a secretária. “O MEC tem total abertura para ouvir todos esses movimentos e manifestações, acompanha isso com muita seriedade, porque temos a meta de ofertar melhor qualidade na educação para o ensino médio.”

    Para o conselheiro Ivan Siqueira, vice-presidente da Câmara de Educação Básica do CNE e membro da Comissão da BNCC, as contribuições são de extrema importância. “O momento no CNE é de escuta para podermos ouvir o maior número de vozes e que vai ajudar a elaborar um parecer sobre a BNCC”, afirmou Ivan Siqueira. Em relação ao conteúdo abordado, ele opinou sobre o que achou relevante nos debates. “É fundamental que possamos oferecer à nossa juventude outras possibilidades de pensar o mundo e as artes favorecem essas situações.”

    Após o fim do seminário temático, todo o material abordado de contribuições e sugestões será distribuído aos conselheiros do CNE e apresentado à comissão da BNCC, a qual deliberará e levará ao pleno, para ser ou não incorporada à medida que os relatores tomarem conhecimento e decidirem coletivamente em relação às solicitações que foram feitas.

    Criatividade – Na avaliação do secretário de Estado da Cultura de São Paulo, Romildo Campello, haverá, cada vez mais, um mundo em que a criatividade e a inovação serão elementos chaves para os desenvolvimentos econômico e social dos países. “É fundamental quando entendemos qual é o papel da arte nesse ensino médio”, afirmou Romildo Campello. “Abrir diferentes formas de interpretação do mundo e a oportunidade que o ensino de arte dará aos nossos estudantes, não só para que eventualmente eles sejam artistas, mas na perspectiva de trabalhar o fortalecimento da criatividade, da capacidade de expressão e de compreensão do mundo”.

    A médica neurologista Kátia Kastrup, que também participou do seminário, destacou que uma das funções mais importantes das artes na formação dos cidadãos é suscitar experiências de problematização e de suspensão em relação aos automatismos e atitudes recognitivos sobre o mundo, bem como o funcionamento da atenção. “A arte nesse mundo hiperconectado e atual traz um respiro da atenção e produz outras qualidades dela, juntos às experiências de problematização, uma atenção aberta, concentrada, que é rara nos dias atuais”, pontuou.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Divididos em grupos, os estudantes do Ginásio Rivadávia Corrêa usaram a colagem e a pintura para recriar a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci (foto: blog da escola)A famosa e enigmática Mona Lisa, obra-prima de Leonardo da Vinci, serviu de modelo para a criatividade dos alunos do oitavo ano do Ginásio Experimental Carioca Rivadávia Corrêa, no centro do Rio de Janeiro. A professora de artes Janete Martins Bloise escolheu o artista italiano para apresentar aos estudantes o período do Renascimento. O resultado ficou tão bom que quatro obras dos alunos foram selecionadas para a Mostra Municipal Conexão das Artes, organizada pela Secretaria Municipal de Educação.

    Depois de ler sobre a arte na época do Renascimento e artistas daquele período, a professora entregou a cada um dos alunos cópia ampliada, em preto e branco, do quadro Mona Lisa. Divididos em grupos de quatro, eles teriam de trabalhar com colagem e pintura para recriar a obra. Os trabalhos foram filmados e transformados em vídeo para o blog da escola. Como fundo musical, nada mais apropriado do que a canção Mona Lisa, de Jorge Vercilo.

    O grupo de Paula Oliveira Barros de Souza, 14 anos, criou a Mona Fashion. “Coloquei adereços e ajeitei o cabelo para a minha Mona Lisa ficar moderna”, explicou a aluna, que estudou sobre a obra a ponto de saber da matemática escondida na pintura — ao pintar o retrato, Da Vinci buscou conceitos matemáticos (razão áurea) para chegar à beleza perfeita.

    “Como não temos material didático, busco recursos na Educopédia(enciclopédia virtual de educação), que nos permite assistir a vários vídeos e visitar virtualmente museus, como o Louvre, onde está o quadro”, explica a professora Janete. Os alunos do oitavo ano puderam assistir a um vídeo que traça uma linha do tempo, iniciada com a arte rupestre, passando pelo Renascimento, movimento intelectual e artístico que surgiu na Itália, entre os séculos 14 e 17.

    “No século 16, encontramos, paralelamente ao interesse pela civilização clássica, o menosprezo pela Idade Média, associada a expressões como barbarismo, ignorância, obscurantismo, gótico ou sombrio. Por isso, o nome Renascimento”, destaca um trecho do vídeo. “A vida cultural deixou de ser controlada pela Igreja Católica e foi influenciada por estudiosos da sociedade greco-romana, chamados de humanistas.”

    Outro artista da Renascença apresentado aos alunos foi Michelangelo, autor da Pietá e dos afrescos no teto da Capela Sistina, no Vaticano, em Roma. Entre os quais A Criação de Adão, pintado por volta de 1511. Os trabalhos dos alunos também foram filmados e postados no blog.

    A professora aprova a adoção pela escola, no ano passado, do período integral. “Ao ficar o dia todo, a gente se envolve mais nos projetos, tem mais tempo de conversar com os alunos e conhecê-los melhor.”

    As exposições que chegam à cidade também servem de motivação para as aulas. Em 2011, os alunos visitaram a do artista gráfico holandês Maurits Escher (1898–1972), outro recorreu à matemática para criar gravuras. Para o ano letivo de 2012, Janete pensa em ampliar o uso da tecnologia nas aulas de arte. A intenção é que cada turma da escola, do sétimo ao nono ano, tenha seu próprio blog para postar trabalhos e escrever comentários sobre a arte dos colegas.

    Rovênia Amorim

    Confira o blog da escola

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  • Música, artes visuais, dança e teatro fazem parte do currículo da educação básica. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) foi alterada no ano passado. Os sistemas de ensino têm cinco anos para promover a formação de professores e implantar esses componentes curriculares nos ensinos infantil, fundamental e médio de todo o país.

    “Assim como a literatura, assim como a matemática, assim como a história, a música ajuda o indivíduo no seu aspecto de conhecimento, de desenvolvimento, de concentração, de cognição”, afirma o maestro Cláudio Cohen, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, de Brasília. Ele foi o entrevistado desta semana no programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido semanalmente pela TV NBR.

    A música faz com que você tenha um desenvolvimento de uma outra área do cérebro, não desenvolvida pelas matérias tradicionais, explica o maestro. De acordo com ele, independentemente de o estudante vir a se tornar um músico, “esse conhecimento agrega muito valor ao seu desenvolvimento cerebral”. Para Cohen, o foco e a concentração exigidos para a prática musical são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo do aluno, assim como as demais disciplinas. Além disso, ele acredita que a música também cumpre um papel importante na formação cidadã e no envolvimento social desse estudante.

    “A música, já no início da civilização humana, nas tribos, nas guerras, está sempre presente, no sentido de formar uma visão crítica. Está sempre associada com uma manifestação sociocultural. E também é um elemento de muita informação, de tradições. Tudo isso eleva a cidadania e faz tornar o indivíduo mais pensante, mais crítico”, pontua.

    Brasiliense e violinista de formação, Cláudio Cohen participa de forma ativa no cenário musical brasileiro e também no exterior – seja como maestro, solista, camerista ou como artista convidado dos principais festivais de música e orquestras. Ele é membro fundador da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, de Brasília, onde atuou por muitos anos como primeiro violino.

    Escolas - A orquestra sinfônica também realiza projetos educacionais com alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal, como o concerto didático. O objetivo é chegar ao público jovem de forma não convencional.

    “Nesse concerto didático nós mostramos como funciona uma orquestra, cada instrumento. Os alunos têm a oportunidade de ouvir cada um deles – desde o violino à tuba, harpa, flauta, clarineta, fagote. Eles têm a oportunidade de interagir com a orquestra e, em alguns momentos, eu coloco alguns alunos dentro da orquestra”, conta o maestro.

    Esse projeto tem sido, para grande parte dos alunos, a primeira oportunidade de crianças e jovens assistirem a uma sinfônica. De acordo com o regente, mais de 5 mil estudantes já foram beneficiados com a oportunidade.

    “O que a gente vê com isso é que a música tem um impacto muito forte na vida das pessoas. Obviamente, a tentamos colocar nesse primeiro contato temas mais conhecidos, como os de sinfonias, alguns temas de cinema e até, eventualmente, alguma música popular para mostrar também que a orquestra é muito versátil”, conclui.

    Acompanhe a programação de concertos já disponível.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Se houvesse a oportunidade de trabalhar em uma área de guerras, você iria? O programa Hora do Enem, da TV Escola, recebe nesta semana o médico Derrick Alexandre, que se voluntariou em áreas conflagradas por disputas perigosas. O programa aborda também análise combinatória, três dos principais nomes da filosofia e um jeito de estudar literatura pela apropriação da história da arte. Tudo isso para que os candidatos ao Enem 2018 estudem de forma dinâmica nesta reta final para as provas.

    Na segunda-feira, 17, o Prof. Cleber Neto resolve duas questões sobre análise combinatória. Para tornar este aprendizado mais interativo, Land Vieira conversa também com o professor da Universidade de São Paulo (USP) Leandro Aurichi, coordenador do projeto Seminário de Coisas Legais, sobre assuntos ligados à matemática.

    Três importantes figuras filosóficas passam pelo Hora do Enem de terça, 18. O professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) Daniel Pansarelli mostra o que os pensamentos de Aristóteles e Maquiavel têm em comum e como eles podem aparecer nas provas do Enem. Sócrates é tema da questão 66 do Caderno Azul do Enem 2017, resolvida pela professora Catharina Prates.

    Já a quarta-feira é dia de língua portuguesa. Interpretação textual é o tema da questão 24 do Caderno Azul do Enem 2017 resolvida pela professora Marilucia Corel. De quebra, confira uma conversa com o escritor e historiador Rudá Ventura. Ele junta letras, história e arte para transmitir toda a beleza da literatura pelas escolas do Brasil.

    Guerra - Na quinta-feira o apresentador Land Vieira recebe o médico pediatra Derrick Alexandre, para contar a experiência de trabalhar como voluntário em zonas de guerra, no Iraque. No mesmo programa, o professor Cid Medeiros resolve a questão 92 do Caderno Azul do Enem 2017, sobre antibióticos.

    No encerramento da semana, na sexta-feira, mais um tema importante para a redação: Os desafios do combate ao tabagismo entre os jovens no Brasil. O Prof. Marcos Machado debate o tema com o objetivo de aprofundar o assunto para a prova de redação deste ano.

    Hora do Enem é transmitido de segunda a sexta, nos horários de 7h, 13h e 18h. Todos os programas podem ser vistos pelo canal do YouTube, pelo portal oficial ou pelo aplicativo da emissora.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O mestrado profissional é considerado um espaço de criação e produção artística, que permite observar o ensino de artes além da sala de aula (arte: Mário Afonso/MEC)Professora de artes no município mineiro de Araguari, Laíza Coelho tem o teatro como tema de suas aulas, ministradas uma vez por semana a alunos do nono ano do ensino fundamental e dos dois primeiros do ensino médio. Com licenciatura em teatro, Laíza cursa o Mestrado Profissional em Artes, com área de concentração em ensino de artes.

    “O curso tem superado minhas expectativas”, diz. “Dividir experiências com professores de todo o país e, juntos, buscarmos novas soluções para problemas que parecem ser comuns a todos é uma experiência muita rica”, avalia. Segundo Laíza, que leciona nas escolas estaduais Professora Katy Belém e Professor Antônio Marques, o mestrado é também um espaço de criação e produção artística e permite enxergar o ensino de artes além da sala de aula, abrangendo a formação pessoal e mais humanizada tanto do aluno quanto do professor. “Isso faz valer a pena”, enfatiza.

    O programa, coordenado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), é oferecido em 11 instituições de educação superior, com aulas presenciais e a distância. As aulas de Laíza são oferecidas no polo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

    A Universidade de Brasília (UnB) também está credenciada a oferecer o mestrado profissional em artes. Um dos participantes é Hugo Nicolau Vieira de Freitas, que leciona teatro a alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental na Escola-Parque 313–314 Sul, em Brasília.

    Para Hugo, o mestrado representa a oportunidade de crescimento profissional. “É uma forma muito direta de tentarmos mudar a realidade da educação pública brasileira por meio da formação de qualidade dos docentes”, ressalta. “É também possibilidade de formação continuada e de contato com a pesquisa.”

    Com licenciatura em artes cênicas e em pedagogia e experiência de oito anos no magistério, Hugo considera proveitosa a participação no curso de mestrado. “O Mestrado Profissional em Artes possibilita a reflexão das nossas práticas como docentes”, diz. “Ao trazer uma abordagem voltada para aprendizagem significativa, o mestrado proporciona nova dinâmica na formação continuada do professor e também na formação que esse professor passa a oferecer aos alunos.”

    No curso, Hugo tem como objeto de pesquisa o ensino de teatro partindo da leitura do espaço. “Saímos do ensino tradicional do teatro, que em geral tem início na parte corporal, e passamos a construir um ensino partindo do olhar, da observação, da leitura que fazemos dos lugares que ocupamos no mundo, refletindo nossa relação com esses espaços”, salienta.

    Dissertação — O tema da dissertação de Laíza Coelho está ligado à possibilidade de vivenciar um processo de criação teatral com os alunos no contexto de uma disciplina inserida em uma grade curricular. “Além disso, a pesquisa trabalha com a viabilidade de um olhar de apaziguamento e mediação trazido pela arte em um espaço de notória violência, como tem se revelado ser o espaço escolar”, salienta.

    De acordo com o coordenador nacional do Mestrado Profissional em Artes, professor André Carreira, da Udesc, o curso teve início em agosto de 2014, com 177 alunos matriculados. O programa funciona nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo e no Distrito Federal.

    “Essa é uma oportunidade ímpar porque tem como eixo a própria atividade do professor na escola, na sala de aula, com os alunos. É ali que será realizada a pesquisa de mestrado”, ressalta Carreira. “O professor pode ter acesso a novos conceitos e a toda uma produção intelectual renovadora no que se refere à reflexão sobre as artes da escola.”

    Ao mesmo tempo, segundo Carreira, o projeto pretende produzir mais interação entre a universidade e as escolas onde trabalham os mestrandos. “Isso tem como objetivo estimular a reflexão sobre as práticas de ensino e valorizar e multiplicar as práticas artísticas nas escolas.”

    Fátima Schenini

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  • Mais de 1,5 mil professores licenciados em artes cênicas, artes visuais e música concorrem a 161 vagas no primeiro curso de mestrado profissional em artes (ProfArtes). Um conjunto de 11 instituições de educação superior públicas, federais e estaduais, faz parte dessa edição do projeto, com destaque para a região Nordeste, que abre 64 vagas. A cinco regiões do país estão contempladas.

    O coordenador do ProfArtes, André Carreira, professor do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), explica que a grande procura dos educadores mostra o quanto eles pretendem aprimorar os conhecimentos. A proposta da pós-graduação, segundo Carreira, é instalar entre os docentes a prática da pesquisa e da renovação constante. “O professor que pesquisa dá melhores aulas”, avalia.

    O mestrado profissional em artes, conforme o Edital nº 6/2014, é um curso semipresencial, oferecido por instituições que aderiram ao sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). O concluinte recebe o título de mestre em artes. O candidato deve ser educador, com graduação em artes cênicas, artes visuais ou música, estar no exercício da profissão e lecionar a disciplina objeto do mestrado em rede pública de educação básica ou instituição cultural.

    O curso tem 420 horas, ministradas durante dois anos. São cinco disciplinas obrigatórias, duas optativas e um trabalho de conclusão sobre prática de ensino a ser desenvolvido na escola onde o professor trabalha.

    A tabela mostra a distribuição das 161 vagas entre as 11 universidades:



    Provas— A seleção do ProfArtes compreende duas provas, ambas classificatórias e eliminatórias. A prova escrita foi realizada em 7 de junho último.  Os aprovados farão exame de arguição no período de 21 a 25 próximo, na instituição de educação superior na qual pretendem fazer o curso. O resultado final será divulgado no dia 30. As aulas começam em agosto.

    O curso, de acordo com Carreira, terá edições anuais, com lançamento de editais até que todos os educadores da área sejam atendidos. Em agosto, será aberto processo de adesão das universidades para a oferta da segunda turma do mestrado. André Carreira é licenciado em artes pela Universidade de Brasília (UnB) e doutor em teatro pela Universidade de Buenos Aires, Argentina.

    Formação— O ProfArtes é o quarto curso que entra em execução dos seis mestrados profissionais aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os anteriores são matemática (Profmat), letras (ProfLetras) e física (ProFis). História (ProfHistória), sob a coordenação da Universidade do Estado do Rio e Janeiro (UERJ), e administração pública (ProfiAP), coordenado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais e Ensino Superior (Andifes), estão autorizados a abrir processos seletivos.

    Mais informações e o edital estão disponíveis na página do ProfArtes na internet.

    Ionice Lorenzoni

  • A coordenação do Mestrado Profissional em Artes em Rede Nacional (Prof-Artes) publicou o novo edital de seleção 2018. O curso é oferecido em formato semipresencial com obrigatoriedade de assistência às aulas em um dos campi das 11 universidades públicas que participam como instituições associadas. O Programa oferecerá 204 vagas distribuídas entre as instituições. As inscrições vão até 5 de abril.

    O Prof-Artes é um programa de pós-graduação stricto sensu em Artes, com duração de 24 meses, reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O programa tem como objetivo capacitar professores da rede pública de ensino, na área de artes, para o exercício da docência na educação básica, com o intuito de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino no país.

    Coordenado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), o curso conta com aulas presenciais e duas disciplinas semipresenciais de fundamentação, com oferta simultânea nacional, no âmbito do Sistema da Universidade Aberta do Brasil (UAB). O programa pertence à área de concentração ensino de artes e estrutura-se com duas linhas de pesquisa: Processos de ensino, aprendizagem e criação em artes, e Abordagens teórico-metodológicas das práticas docentes. 

    Poderão participar do Exame Nacional de Acesso candidatos que, entre outros requisitos, pertençam ao quadro permanente de servidores concursados, em efetivo exercício, em instituições de ensino da rede pública de educação básica. Os professores devem comprometer-se, durante o período de realização do mestrado, a manter carga horária de ensino de artes em no mínimo 10 horas/aula.

    Rede – O Prof-Artes é parte do Programa de Mestrado Profissional para Qualificação de Professores da Educação Básica (Proeb). Gerido pela Diretoria de Educação a Distância da Capes, o Proeb reúne cursos de mestrado profissional em rede nacional nos formatos presencial ou semipresencial voltados a professores da educação básica.

    O Proeb possui atualmente cursos nas áreas de matemática (Profmat); letras (Profletras); ensino de física – MNPEF (ProFis); artes (ProfArtes); história (ProfHistória); educação física (ProEF); química (ProfQui); filosofia (Prof-Filo); e biologia (ProfBio). Também são ofertados neste mesmo formato os cursos em administração pública (ProfiAP); em gestão e regulação de recursos hídricos (ProfÁgua); e em ensino de ciências ambientais (ProfCiamb).

    UAB – Criada em 2005, a Universidade Aberta do Brasil (UAB) é uma rede formada por instituições públicas que oferece cursos de nível superior por meio de educação a distância. A prioridade da UAB é ofertar formação para pessoal atuante na educação básica – professores, gestores e colaboradores –, mas existem ofertas de formação para o público em geral. O Sistema UAB é coordenado pela Diretoria de Educação a Distância (DED) da Capes.

    Conheça o Prof-Artes

    Acesse o edital de seleção 2018

    Conheça a Universidade Aberta do Brasil (UAB)

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

     

  • Com os projetos do centro de artes da Ufam, desenvolvidos por alunos, sob a supervisão de coordenadores, são produzidos espetáculos, apresentações e exposições, dentro e fora do campus universitário (foto: arquivo Caua/Ufam)Promover o resgate da cultura amazonense e, ao mesmo tempo, estimular novas formas artísticas tem sido o trabalho do Centro de Artes Hahnemann Bacelar (Caua) há mais de duas décadas. Ligado diretamente à reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o centro oferece a toda a comunidade cursos gratuitos de violão, flauta, piano, violino, técnica vocal e desenho, dentre outros.

    Além do regaste da cultura popular local, as atividades do Caua incluem a socialização, a concentração e a coordenação motora dos alunos. Há dois anos em Manaus, a pernambucana Ana Tereza Albuquerque, 41 anos, seguiu a indicação de um professor do ensino regular e matriculou as duas filhas no centro. “Assim que cheguei a Manaus, fui procurar aulas de música para ampliar o convívio social das minhas filhas, mas achei tudo muito caro e, com duas filhas, o gasto é em dobro”, afirma a dona de casa. “No Caua, além da excelente interação dos alunos com os professores, tive minhas necessidades atendidas.”

    Andreza, 11 anos, participa dos cursos de violino e pintura; Aline, 8, de coral e flauta. De mudança para Brasília, a família pretende continuar usando os serviços oferecidos gratuitamente pelas universidades federais. “Temos de valorizar esses serviços gratuitos, pois eles dão retorno”, diz Ana Tereza.

    Para melhorar as aulas de orientação religiosa no Colégio Santa Dorotéia, em Manaus, Liliane de Araújo, 23, matriculou-se no curso de violão. “É um privilégio estudar no Caua. Agarrei essa oportunidade com todas as forças”, diz. “As aulas têm ajudado tanto na minha vida profissional quanto na pessoal.”

    Hoje, ela faz parte da Orquestra de Violões de Mulheres, um projeto da Banda do Caua. Formada só por mulheres, a orquestra faz uma releitura das canções do maestro Adelson Santos e do cantor e compositor Chico da Silva, ambos amazonenses.

    Reestruturação — O Caua vem ampliando a oferta de cursos gratuitos à sociedade para estimular o modo artístico de pensar e fazer. Em 2015, participaram das atividades cerca de mil pessoas. Para este ano, a expectativa é dobrar esse número.

    À frente da instituição desde abril do ano passado, o professor Paulo Simonetti comemora a reestruturação das atividades. “Com os novos projetos, os formandos têm a real experiência na profissão que escolheram”, diz. “E a sociedade ganha mais opções de arte, cultura e lazer.”

    Além dos tradicionais cursos livres, com duração de dois anos, foram criadas 30 oficinas e 14 projetos de extensão. Ofertadas a todas as idades e com um formato mais dinâmico, as oficinas, com duração de 20 horas de aula, oferecem técnicas de pintura, mosaico, escultura em argila e mímica em intervenção artística.

    Os projetos são desenvolvidos por alunos dos cursos livres. Sob a supervisão dos coordenadores, são produzidos espetáculos, apresentações e exposições dentro e fora do campus universitário. Outras atividades gratuitas, como atendimento psicológico, jurídico e odontológico estão disponíveis. Mais informações na página da Universidade Federal do Amazonas na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Em Fortaleza, um programa se propõe a despertar os alunos para o universo da arte com o estímulo à dança. É o Dançando na Escola, para estudantes de 7 a 11 anos de idade, em 20 escolas da rede pública do município. Desde que entrou em funcionamento, em 2009, o projeto atendeu cerca de 2,2 mil alunos.

     

    Criado em parceria pelas secretarias municipais de Cultura e de Educação, o Dançando na Escola é coordenado pela Escola Pública de Dança da Vila das Artes, local de formação, difusão, pesquisa e produção de diversas linguagens artísticas. As aulas, com duração de uma hora, são ministradas no turno oposto ao das aulas, duas vezes por semana.

     

    “O programa foi proposto a partir da convicção de que a arte tem papel fundamental na formação do ser humano, de que a dança é um meio privilegiado de acesso a uma dimensão frequentemente excluída da educação formal — a vivência do próprio corpo — e de que o acesso à formação em dança não deve ser privilégio de uma elite”, revela Cláudia Pires, diretora da Vila das Artes. Segundo Cláudia, além de promover o acesso democrático à iniciação em dança, a iniciativa permite a identificação de alunos talentosos, que são encaminhados para uma formação básica em dança, também na Vila das Artes.

     

    A escolha das escolas-sede do projeto foi feita a partir do interesse manifestado pelos diretores das unidades de ensino e em razão do espaço disponível para as atividades. “O passo seguinte foi equipar as salas e formar um corpo docente, constituído por 20 profissionais da cidade, especializados em distintos estilos e com experiência no ensino”, diz Cláudia, graduada em pedagogia e especialista em arte-educação.


    Ensino — Ao longo do processo, são realizados vários minicursos — seminários de alinhamento pedagógico. O objetivo é criar uma plataforma pedagógica comum, independentemente do estilo de dança trabalhado. “São ocasiões em que profissionais com vasta trajetória ligada à docência em dança compartilham experiências e conhecimentos em torno do ensino dessa linguagem”, diz Cláudia.

     

    A cada nova edição, o programa passa por ajustes a fim de obter eficácia maior em sua ação. Este ano, a Vila das Artes faz gestões para ampliar o número de escolas atendidas. Além do programa Dançando na Escola, ela oferece diversas atividades, como cursos de formação básica em dança, ateliê de composição coreográfica, programa de aulas abertas em dança, laboratório de arte contemporânea em artes visuais e programa de formação em teatro.


    Fátima Schenini

     

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  • Palhaços, cantigas de roda, fantasias, canções, tambores e batuques deram as boas vindas ao público na inauguração do Teatro Universitário Cláudio Barradas, da Universidade Federal do Pará (UFPA), na última sexta-feira, 19.

    “O teatro é um vírus que a gente pega e que, graças a Deus, não tem cura. Com todas as nossas limitações de espaço e falta de meios, a arte feita aqui sempre foi magnífica. Por isso, me sinto honrado e emocionado ao ver nosso antigo sonho se tornar real”, agradeceu o padre Cláudio Barradas pela homenagem que leva seu nome.

    O diretor do Instituto de Ciências da Arte, Afonso Medeiros, explicou que o nome escolhido para o espaço representa uma geração de artistas, cujas histórias de vida, além da de Cláudio Barradas, se confundem com as histórias do teatro no Pará e do teatro como ciência na universidade, como as de Maria Sylvia Nunes e de Eri Correia. “Esperamos estar à altura do sonho que vocês nos transmitiram”, disse Afonso.

    Já o reitor da UFPA, Alex Fiúza de Mello, ressaltou que os investimentos em artes fazem parte de uma visão estratégica da universidade. “Enquanto a ciência produzida na Amazônia tem dificuldades de se tornar uma referência mundial devido ao seu histórico de atraso tecnológico, no campo das artes, podemos obter um Prêmio Nobel. Por meio das artes, filmes,  peças de teatro, danças, melodias, ritmos e da literatura podemos, estrategicamente, mostrar a cor, o cheiro e o olhar do amazônida sobre a Amazônia ao mundo.”

    Assessoria de Imprensa da UFPA
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