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  • Na semana que marca o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo (2 de abril), o Salto para o Futuro desta quarta, 4, traz o tema ao debate sob o olhar da educação escolar. Produzido pela TV Escola, emissora vinculada ao MEC, o programa é exibido às 20h, com apresentação de Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro.

    Quais são os desafios para a inclusão de pessoas com autismo no cotidiano das escolas e na sociedade, em geral? Quem responde são as convidadas deste episódio, a pedagoga Lucimar Gonçalves, especialista em educação inclusiva, e Michele Senra, musicoterapeuta e presidente do Centro de Otimização para a Reabilitação do Autista (Cora), no Rio de Janeiro. As duas são mães de crianças com autismo.

    Estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo vivam com essa condição, sendo 2 milhões delas no Brasil. Ao longo dos anos, a classificação do autismo sofreu mudanças. Hoje, o Transtorno do Espectro Autista, ou TEA, engloba uma série de níveis, leves, moderados ou severos. O programa debate os caminhos para crianças e jovens autistas terem assegurado seu direito à aprendizagem.

    A vivência das duas convidadas, atuantes em reabilitação de crianças com TEA, traz uma reflexão importante sobre o acompanhamento pedagógico e social das crianças, jovens e adultos autistas. “A criança com autismo tem prejuízos nas questões de socialização, comportamento e linguagem”, observa Lucimar Gonçalves.  “O primeiro impacto é o luto, mas logo depois vem a preocupação em si com o diagnóstico e, principalmente, com o futuro de nossos filhos”, alinhava Michele Senra.

    Salto para o Futuro discute como pais, mães, filhos e professores podem desconstruir estereótipos em relação ao tratamento, acompanhamento e educação de pessoas com autismo. O programa também pode ser assistido, em tempo real, na página da TV Escola.  

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, ou simplesmente Dia Mundial do Autismo, é comemorado em 2 de abril. E para celebrar a data, que visa um melhor entendimento sobre o transtorno no desenvolvimento do cérebro que afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, é preciso lembrar projetos importantes no setor. Um deles é do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O local já tem tudo preparado para se tornar referência nacional e um centro de excelência no atendimento ao autista.

    Em meados de dezembro de 2018, o HC selecionou e capacitou profissionais de diversas áreas para formar uma equipe multidisciplinar especializada no atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo. A especialização foi ministrada pelo professor do Departamento de Educação Especial e Reabilitação da Universidade de Utah (EUA) e PhD em Neuropsicologia em Autismo, Thomas Sean Higbee.

    Segundo a fisioterapeuta do HC Michele Santiago de Carvalho, uma das integrantes da equipe, a linha de tratamento e cuidado preconizada por Thomas Higbee é fundamentada na Análise do Comportamento Aplicado – em inglês, Applied Behavior Analysis (ABA). “Thomas aplica a ABA no contexto do cuidado e tratamento do autismo desenvolvendo a aprendizagem intensiva não só na escola (com o seu currículo próprio), mas também no ambiente doméstico, com a realização de tarefas do dia a dia da criança por meio de fracionamento de ações e repetição que servem como treinamento. E tudo isso demanda uma maior integração entre hospital, família e escola, algo que o HC pretende conseguir com o novo ambulatório.”

    Michele tem especialização em análise do comportamento para pessoas com autismo, mesma área de Thomas, e acredita que o Hospital de Clínicas pode ser o início de uma mudança nesse tipo de atendimento assim que o ambulatório for inaugurado. “A intenção é que o hospital tenha um grupo multidisciplinar que faça o atendimento integrado a crianças com autismo. Foram selecionados fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, neuropediatra, pediatras e enfermeiras. Tudo para que o HC se torne um centro de referência para o atendimento de crianças com autismo pelo SUS”, destaca a fisioterapeuta. “É uma realidade muito difícil e desgastante para as famílias, porque o atendimento não é feito de forma integrada. Cada profissional de uma especialidade atende em um local diferente. Já uma equipe multidisciplinar integrada vai possibilitar a comunicação dos profissionais, a criação de um plano de tratamento da criança, a análise de diversas áreas de comprometimento que ela possa vir a ter. Tudo isso afeta linguagem, interação social, motricidade, ou seja, o tratamento, obrigatoriamente, é multidisciplinar. E se for integrado, funciona melhor porque segue uma mesma linha e diminui o sofrimento tanto da criança quanto da família.”

    Educação – O atendimento integrado da forma como imaginada no HC reflete principalmente na inclusão da criança com autismo na escola e tem a missão de espalhar o conhecimento. Além dos técnicos envolvidos, o Hospital de Clínicas da UFPE também chamou docentes da universidade para o projeto. O objetivo é que eles possam envolver seus alunos nessa experiência, para que possam ter contato com a criança com autismo, acompanhar os tratamentos e se preparar para lidar com esse público.

    Da mesma forma será feito o elo com as escolas em Pernambuco. A equipe também conta com representantes da educação especial. “São docentes que vão justamente intermediar o atendimento terapêutico com as necessidades na escola. Os dois caminham juntos. Temos de ter um canal com a escola. As orientações que são dadas para as terapias, as adaptações curriculares, como melhorar o rendimento dessas crianças na escola, são pequenas adaptações para incluir de fato essa criança”, explica Michele. “A inclusão social da criança com autismo é muito relevante, assim como esse trabalho do hospital em conjunto com a escola. A evolução da criança com autismo, nas questões cognitivas, interação social, comunicação, tudo isso ocorre de forma mais produtiva quando ela está na escola que tem estrutura para incluí-la.”

    Os especialistas também apostam na maior integração para a evolução e inclusão social da criança. “O atendimento multidisciplinar e integrado é importante porque as necessidades são interligadas. O trabalho de um profissional de psicologia, na parte de habilidades sociais é complementar ao trabalho de fonoaudiologia, que trabalha a comunicação oral”, explica a Dra Carla Gikovate, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A neurologista, mestre em psicologia, especialista em educação inclusiva e autismo acredita que a melhor comunicação entre os profissionais muda tudo. “O trabalho fica mais alinhavado. A família recebe apenas um tipo de orientação que será usado na escola, ou seja, o currículo adaptado, o que ela vai necessitar na escola, segue uma mesma linha. Quanto maior a integração entre os diferentes profissionais, a família e a escola, melhor para a educação da criança.”

    Programas – Para favorecer o processo de escolarização, no âmbito do sistema educacional geral, o Ministério da Educação desenvolve programas e ações que visam à garantia do apoio adequado aos estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Dentre eles, destacam-se o Programa Sala de Recursos Multifuncionais, Programa Escola Acessível, Programa Caminho da Escola – Transporte Escolar Acessível e o Programa de Formação de Professores.

    Os programas do MEC têm favorecido o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem dos estudantes com TEA nas escolas públicas. Dados do censo escolar apontam para o crescimento do número de matrículas desses estudantes na educação básica. Em 2018, foram registradas quase 180 mil matrículas de estudantes com TEA na educação básica.

    As questões relacionadas às demandas educacionais dos estudantes com TEA são relevantes para o MEC, que já organiza um evento para o segundo semestre de 2019, contando com a participação de pais, entidades, profissionais e as próprias pessoas com TEA. Um dos principais objetivos do encontro é discutir sobre evidência de práticas educacionais exitosas e proposição de ações conjuntas para o atendimento educacional a esse público.

    Ebserh – Desde dezembro de 2013, o Hospital das Clínicas da UFPE faz parte da Rede Ebserh. Estatal vinculada ao MEC, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do SUS, e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

    A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 40 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

     

    Assessoria de Comunicação Social

  • Durante lançamento do projeto Libras nas Cidades, realizado na prefeitura de Sumaré (SP), o secretário Bernardo Goytacazes disse que a meta é atingir mil pessoas ao longo do ano (Foto: Divulgação/Prefeitura de Sumaré) O Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Modalidades Especializadas da Educação (Semesp), lançou na última terça-feira, 5, em Sumaré (SP), o projeto-piloto de Libras nas Cidades. O objetivo é ampliar a formação dos tradutores de libras e a qualificação dos servidores públicos municipais, para que possam atender a população de deficientes auditivos da cidade.

    “Seja dentro das escolas, com projeto de inclusão, ou socialização, para que a população surda possa ser atendida em todos os âmbitos do serviço público”, completou o secretário Bernardo Goytacazes de Araújo, titular da Semesp. “Uma das maiores dificuldades era formar esse funcionalismo público. O MEC veio hoje aqui, em parceria com o Instituto Nacional do Ensino dos Surdos (Ines), fazer com que Sumaré seja a primeira cidade a oferecer essa qualificação.”  

    Ainda de acordo com ele, o projeto-piloto será expandido para o todo Brasil nos próximos meses. "De Sumaré, vamos lançar para o Brasil inteiro. Aqui vamos verificar as maiores dificuldades, os maiores desafios, o que dá certo e o que dá errado, para quando lançarmos para o Brasil", completou.

    A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que já expressou o desejo de participar de projetos e ações sociais do governo, disse que é muito importante essa iniciativa do MEC, em parceria com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines). “É muito importante porque vai ampliar o acesso da comunidade surda à educação e também a vários serviços fundamentais”, afirmou.

    “Eu torço para que mais municípios adotem esse projeto, e que tanto professores como servidores abracem essa causa e aproveitem essa oportunidade maravilhosa de aprender libras e atender melhor os nossos surdos”, completou Michelle Bolsonaro. 

    Prazo – Segundo Bernardo de Araújo, o governo espera implantar o projeto em todo o país nos primeiros cem dias de governo. “Isso já está contemplado na nossa meta dos cem dias, que é a ampliação do ensino de libras no Brasil. Praticamente a Semesp já está com todos os projetos contemplados para os cem dias em fase de implantação. É o MEC presente com a ideia de menos Brasília, mais Brasil. Todos os projetos feitos pela secretaria foram pensados exatamente dentro dessa tônica”, acrescentou.

    O lançamento do projeto-piloto Libras nas Cidades aconteceu na Prefeitura de Sumaré. A meta é atingir um grande número de pessoas no primeiro ano de implantação. “O projeto vai ser tocado pela prefeitura. O objetivo é atingir mil pessoas ao longo do ano. Entre servidores, alunos, funcionários e pessoas da comunidade que queiram participar”, explicou o secretário.

    Autismo – O MEC, em parceria com associações dos autistas, de instituições como Apae e Pestalozzi, vai lançar também, no segundo semestre, o primeiro Fórum Nacional sobre autismo, de altas habilidades, que até então não havia sido trabalhado.

    “Estivemos visitando a Pestalozzi, e vamos lançar, no início do segundo semestre, o primeiro fórum nacional do espectro do autismo e altas habilidades, que era um tema muito fechado”, antecipou Bernardo de Araújo. “Vamos trazer o debate à tona; a quantidade de autistas no Brasil vem crescendo cada vez mais. É um tema que precisa ser enfrentado”, finalizou Bernardo de Araújo.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Mendonça Filho recebeu representantes de diversas entidades voltadas para o atendimento a pessoas com deficiência (foto: Isabelle Araújo/MEC)“Sentimos que não existe uma política de autismo para adultos”. A afirmação é da presidente da Associação Brasileira de Autismo (Abra), Telma Maria Viga de Albuquerque. Ela apresentou reivindicações ao ministro da Educação, Mendonça Filho, na tarde desta terça-feira, 31. O ministro recebeu entidades ligadas à área da educação especial.

    As entidades apresentaram ao ministro reivindicações para a área. Entre vários pontos propostos está o fortalecimento da estrutura da Diretoria de Políticas de Educação Especial, vinculada à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC.

    “Essa agenda é uma das nossas prioridades”, disse o ministro. “Tenham certeza de que o MEC voltou para vocês; podem contar conosco sobre esse tema. Ficaremos sempre em contato.”

    Além da Abra, participaram do encontro representantes da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes), da Federação Nacional das Associações Pestalozzi (Fenapestalozzi), da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB) e da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). Todas integram o Comitê Brasileiro de Organizações Representativas das Pessoas com Deficiência. O encontro foi organizado pelo deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG).

    Assessoria de Comunicação Social

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