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  • O secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa (E), representou o MEC na solenidade de assinatura do memorando: “É um momento histórico para a relação em educação entre os países do Brics” (foto: divulgação)Os cinco países que integram o Brics — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — instituirão a Universidade em Rede. O anúncio foi feito na terça-feira, 24, pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante reunião que instalou o fórum de acompanhamento do valor do piso salarial dos professores da educação básica.

    Por meio da inciativa, serão ofertadas dez bolsas de mestrado e dez de doutorado, nas áreas de economia; energia; tecnologia e segurança da informação; mudanças climáticas e efeito estufa; recursos hídricos e poluição e estudos sobre o Brics. “Serão bolsas adicionais porque esses programas já existem”, afirmou o ministro.

    O edital para os programas, de acordo com as previsões, será publicado até dezembro próximo, com seleção dos alunos no segundo semestre de 2016 e início das aulas no primeiro semestre de 2017.

    O memorando que formaliza a criação da instituição foi assinado pelos ministros da Educação dos países do bloco no dia 18 último, em Moscou. O ministério da Educação brasileiro foi representado pelo secretário-executivo, Luiz Cláudio Costa. Ele destacou então que a medida permitirá aos estudantes cursar disciplinas nos cinco países e ter os diplomas reconhecidos. “É um momento histórico para a relação em educação entre os países do Brics”, afirmou Costa.

    O Brics é um conjunto econômico formado pelos cinco países, considerados emergentes. Funciona como um mecanismo político internacional de cooperação mútua.

    A criação da Universidade em Rede foi proposta pelo ministro Aloizio Mercadante, em sua primeira passagem pelo MEC, em novembro de 2013, durante a 1ª Reunião de Ministros da Educação do Brics, realizada em Paris. O objetivo dos idealizadores é criar uma universidade de excelência, composta pela comunidade acadêmica dos cinco países.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O acrônimo "BRIC" foi inicialmente formulado em 2001, pelo economista Jim O'Neill, do banco Goldman Sachs, em estudo com prognósticos sobre o crescimento das economias de Brasil, Rússia, Índia e China – por representarem, em seu conjunto, parcela significativa do produto e da população mundial. A África do Sul se juntou ao grupo em 2011, quando a sigla foi atualizada para BRICS.

    O BRICS é um grupo político de cooperação que tem expandido suas atividades em duas principais vertentes:  a coordenação em reuniões e organismos internacionais e a construção de uma agenda de cooperação multissetorial entre seus membros.

    Com relação à coordenação dos BRICS em foros e organismos internacionais, o mecanismo privilegia a esfera da governança econômico-financeira e também a governança política. Na primeira, a agenda do BRICS confere prioridade à coordenação no âmbito do G-20, incluindo a reforma do FMI. Na vertente política, o BRICS defende a reforma das Nações Unidas e de seu Conselho de Segurança, de forma a melhorar a sua representatividade, em prol da democratização da governança internacional. Em paralelo, os BRICS aprofundam seu diálogo sobre as principais questões da agenda internacional.

    No que diz respeito à cooperação intra-BRICS, que vem ganhando densidade cada vez maior, construiu-se uma agenda abrangente que encampa áreas como finanças, agricultura, economia e comércio, combate a crimes transnacionais, ciência e tecnologia, saúde, educação, energia, instâncias empresariais e acadêmicas, segurança, entre outras.

    A Assessoria Internacional do Gabinete do Ministro participa e assessora o Ministro de Estado da Educação nas reuniões do BRICS.

    Clique aqui  para obter mais informações sobre a atuação do Brasil junto ao BRICS.

  • Especialistas do MEC participam das discussões com representantes dos demais países do Brics (Foto: Isabelle Araújo/MEC)Especialistas em educação e representantes dos governos do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que formam o grupo dos Brics, reuniram-se nesta segunda-feira, 2, em Brasília, para debater propostas de cooperação multilateral para os países do bloco. Foram discutidas a educação profissional e tecnológica, a educação superior e metodologias conjuntas para indicadores educacionais.

    O grupo que tratou da educação superior discutiu a criação da rede de universidades do Brics, a formação de uma liga de universidades para desenvolver projetos de pesquisa conjuntos e a intensificação da mobilidade acadêmica de professores, pesquisadores e estudantes do bloco. O grupo propôs aos vice-ministros de educação uma agenda de encontros para detalhar os termos da cooperação multilateral, identificar as áreas de maior interesse comum e as universidades com trabalho relevante nesses setores. Em princípio, essas áreas seriam qualidade educacional, mudanças climáticas,  desenvolvimento sustentável e segurança nutricional, entre outras.

    Estão previstos novos encontros desse grupo para os dias 25 a 29 de abril, em Cuiabá, meados de maio, em São Petersburgo, na Rússia, e em outubro, em Pequim, na China, quando será lançada a Liga de Universidades do Brics.

    Para a vice-diretora de relações internacionais da Universidade da Rússia para a Amizade entre os Povos, Olga Andreeva, a cooperação entre os países do Brics permite que governos e instituições de educação superior desenvolvam estratégias coordenadas. “Estamos avançando na identificação das áreas de interesse comum e discutindo os critérios para a composição da Rede de Universidades dos Países do Brics. Ao mesmo tempo, estamos discutindo quais os novos passos a serem dados para promovermos a rede”, disse.

    Na área de educação profissional, foram encaminhadas propostas para a criação de um grupo de trabalho para o levantamento de dados jurídicos, estatísticos e da formação de professores da educação profissional e tecnológica nos Brics. O grupo também propôs o compartilhamento de conceitos, métodos e instrumentos de análise da oferta e demanda de educação profissional para suprir as vocações econômicas e tecnológicas de cada país.

    Avaliação – Depois de tomar conhecimento dos sistemas nacionais de avaliação de cada país do Brics, os especialistas do grupo de indicadores educacionais reconheceram a importância da avaliação para a melhoria das políticas na área. Além disso, enfatizaram a necessidade de incrementar a cooperação para partilhar as melhores práticas em avaliação educacional. Também falaram sobre a importância de compartilhar experiências para diminuir o fosso entre teoria e prática em termos de políticas educacionais. Sugeriram, ainda, que cada país deve criar grupos de trabalho com representantes dos órgãos nacionais de estatística, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e os ministérios de educação e saúde para melhorar e trabalhar novos indicadores sociais tendo em vista publicações conjuntas sobre estatística.

    As conclusões dos grupos de trabalho devem embasar a Declaração de Brasília, que será assinada pelos vice-ministros no encerramento do encontro, na noite desta segunda-feira, 2.

    Na terça-feira, 3, os vice-ministros da educação dos países do Brics voltam a se reunir, desta vez com a participação de representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na ocasião, o subdiretor-geral de educação da Unesco, Qian Tang, apresentará o estudo Brics – Construir a educação para o futuro, desenvolvido pela agência sobre a educação nos cinco países do grupo.

    Também serão discutidas as possibilidades de cooperação entre a Unesco e o Brics e questões relacionadas à elaboração das metas da Agenda Internacional de Educação pós-2015 e ao Fórum Mundial de Educação, que será realizado na cidade sul-coreana de Incheon, de 19 a 22 de maio próximo.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental podem participar da Olimpíada de Matemática Brics, que vai ocorrer entre os dias 16 de outubro e 15 de novembro. A competição reunirá meninas e meninos dos países do Brics – Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul –, com o objetivo de popularizar a matemática, desenvolver o interesse pela disciplina e promover a união de crianças de diferentes partes do planeta.

    A participação na olimpíada é gratuita e as tarefas são on-line. Para realizá-las, pode-se optar por uma das 15 línguas na página eletrônica da competição: inglês, russo, português, hindu, chinês e todos os idiomas oficiais da África do Sul. Os exercícios interativos são realizados em formato de jogos, que visam desenvolver o raciocínio criativo sem exigir um profundo conhecimento do currículo escolar. O formato permite que a criança teste seus conhecimentos independentemente de seu nível escolar, social ou localização geográfica.

    Para participar, os professores devem inscrever os estudantes na página da olimpíada e ter um computador ou qualquer dispositivo com acesso à internet e um navegador atualizado. Mais de 1 milhão de alunos já estão inscritos.

    Etapas – A competição ocorre em duas etapas: navegação de teste (16 a 31 de outubro) e navegação básica (1º a 15 de novembro). A primeira dará oportunidade ao aluno de se motivar e conhecer o sistema. Os resultados dessa etapa não influenciam na próxima.

    Já na segunda etapa, o aluno terá uma hora para resolver os exercícios em qualquer dia do período de sua participação. Todos os estudantes e professores receberão certificados.

    Para fazer o cadastro ou saber mais informações, basta acessar a página eletrônica da Olimpíada.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) prorrogou até as 18h desta quinta-feira, 4, o prazo de inscrição para seleção de programas de pós-graduação de instituições de ensino superior brasileiras para a Universidade em Rede do Brics, o grupo de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

    As instituições selecionadas deverão desenvolver atividades relacionadas ao desenvolvimento de projetos pedagógicos comuns de mestrados profissionais, acadêmicos e doutorados, em língua inglesa, no âmbito da Universidade em Rede em parceria com as instituições indicadas pelos países do Brics. As propostas de cursos novos serão submetidas à Capes, em conformidade com as normas e regulamentações relacionadas ao Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG).

    Poderão participar programas de pós-graduação de excelência. Podem ser inscritas propostas vinculadas a instituição de ensino superior, pública ou privada, que possua programas recomendados pela Capes com nota 6 ou 7, relacionados às áreas temáticas do edital nº 3/2015. Entre as diversas áreas estão temas como energia, recursos hídricos, tratamento da poluição e economia.

    Os programas aprovados deverão reconhecer, por meio de certificação ou diplomação conjunta, atividades, cursos, créditos, títulos e diplomas referentes às atividades desenvolvidas.

    Acesse o Edital nº 3/2015, da Capes.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Assessoria de Imprensa da Capes

  • O secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, participa nesta segunda e terça-feira, 16 e 17, de reunião da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em Paris, França. Costa vai debater as políticas de educação e os instrumentos de avaliação da entidade. Na quarta-feira, 18, o secretário participa da 3ª Reunião de Ministros da Educação dos Brics (grupo de países em desenvolvimento que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul, além do Brasil), na Rússia.

    Na OCDE será apresentada uma nova série de publicações que fazem uma análise comparativa sobre as políticas e reformas educacionais em seus países membros. O relatório Education Police Outlook – Brazil, foi elaborado com o envolvimento direto da Secretaria Executiva, e traz um balanço tanto dos principais avanços da educação no Brasil quanto dos desafios.

    Um dos pontos destacados no documento é o regime descentralizado de educação no Brasil, pautado pela colaboração e pactuação federativa e pelos esforços para a solução de disparidades entre regiões e instituições em termos de acesso, qualidade e financiamento da educação. Também será apresentada a melhoria dos resultados do Brasil em matemática, leitura e ciências no Pisa 2012.

    Costa, que é vice-presidente do Comitê de Governança do Pisa, acompanhará reunião que discute a participação brasileira nas avaliações Pisa e Talis.  Enquanto o Pisa avalia os primeiros anos do ensino fundamental, a Talis tem como foco o ambiente de aprendizagem e as condições de trabalho que as escolas oferecem aos professores do ensino fundamental regular do sexto ao nono ano.

    Em reunião do Comitê Políticas Educacionais da OCDE, serão debatidas as políticas de integração migratória nas escolas públicas.
    Brics - Na terceira reunião de ministros da Educação do Brics serão discutidos temas como educação superior e mobilidade; educação profissional e aprendizagem ao longo da vida; harmonização de indicadores de educação dos Brics; e qualidade da educação.

    Também será discutido o estabelecimento da Universidade em Rede, que tem como temas prioritários para a cooperação a energia, a ciência da computação e segurança da informação, estudos do Brics; ecologia e mudanças climáticas, recursos hídricos e tratamento da poluição e economia.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Os vice-ministros dos cinco países divulgaram o documento Carta de Brasília, com as conclusões do encontro (Foto: Isabelle Araújo)Ainda esta semana os cinco países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e Africa do Sul) vão definir os temas e pontos focais em que pretendem fortalecer a cooperação multilateral e bilateral na educação e enviar a lista de prioridades à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a fim de estabelecer os próximos passos e ações para aumentar as oportunidades de aprendizagem de milhões de crianças, jovens e adultos.

    A decisão foi tomada pelos vice-ministros da educação dos Brics que, na noite desta segunda-feira, 2, assinaram o documento Carta de Brasília, com as conclusões dos grupos de trabalho durante o encontro realizado na cidade. Na manhã desta terça-feira, 3, eles se reuniram com o subdiretor-geral de educação da Unesco, Qian Tang, para discutir as formas de cooperação entre o grupo e a agência internacional. Na oportunidade, Tang apresentou o relatório Brics – Construir a educação para o futuro, estudo da Unesco sobre a situação da educação nos cinco países do grupo.

    Entre as sugestões apresentadas estão a elaboração de relatórios trienais sobre a situação da educação nos cinco países, para facilitar o acompanhamento da realização das metas propostas e a identificação de campos de cooperação multi ou bilateral; a formação de grupo para estudar a viabilidade de validação de diplomas; a criação de polos de educação superior de excelência; o estudo de aprimoramentos na formação de professores; ações efetivas para o intercâmbio de estudantes; e a instalação de institutos de línguas e culturas do Brics em todos os países do grupo. Nesses institutos, os alunos aprenderiam os costumes, história e idiomas de um ou mais países do Brics, o que facilitaria a mobilidade acadêmica.

    “O Brasil tem muito a aprender com os vários países do grupo, assim como possui experiências bem sucedidas para partilhar com os Brics”, afirmou, no encontro, o secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa. “Precisamos fazer com que nossas diferenças nos ajudem a combater nossas desigualdades educacionais.”

    Agenda pós-2015 –Na reunião, os vice-ministros da educação também trataram da posição do grupo Brics nos encontros mundiais de educação, que ocorrerão ainda este ano, para preparar a definição da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável Pós-2015, no próximo mês de setembro, na reunião da ONU.

    Como o ano de 2015 é a data limite para se alcançar as metas do Educação para Todos e os Objetivos do Milênio, definidos pelas Nações Unidas em 2000, a comunidade internacional já está discutindo o estabelecimento de novas metas para o desenvolvimento mundial sustentável. As consultas até agora indicam que a agenda da educação pós 2015 deve ser ancorada em uma perspectiva de educação ao longo de toda a vida, abordando o acesso e os resultados, equidade e qualidade para todos, crianças, jovens e adultos.

    Nesse sentido, os vice-ministros da educação dos países do Brics concordaram em estudar a apresentação de propostas conjuntas no Fórum Mundial de Educação, a ser realizado nos próximos dias 19 a 22 de maio, na cidade sul-coreana de Incheon.

    Assessoria de Comunicação Social

    Leia a Carta de Brasília

    Leia mais:
    Relatório da Unesco propõe ações para melhorar educação nos Brics

  • A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação esteve representada da 7ª Cúpula do Brics, nos dias 8 e 9 de julho último, em Moscou. O evento, que reuniu representantes dos países membros do grupo – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, teve o objetivo de aprofundar o diálogo sobre a educação profissional e traçar diretrizes para a cooperação futura entre esses países.

    Como resultado da agenda, foi criado um grupo de trabalho para elaboração de relatório sobre o estado da educação profissional e tecnológica nos países envolvidos. Com o relatório, será possível compartilhar conceitos, métodos e instrumentos de análise. “Esse relatório servirá de base para estudos posteriores”, explicou a coordenadora-geral da Diretoria de Políticas de Educação Profissional e Tecnológica, Márcia Maria dos Santos, representante da Setec na reunião da cúpula. “É difícil falar de acordos quando você não entende o modo como o outro trabalha. Assim, precisamos, agora, compreender as práticas e metodologias dos outros países.”

    Segundo Márcia Santos, o Brasil é o único país do Brics que tem a educação profissional vinculada à educação básica em seus diferentes níveis. “Os outros países desenvolvem a educação profissional e tecnológica após o ensino médio ou dentro do ensino superior”, disse. “O conceito da verticalização presente nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia é uma novidade para eles.”

    Márcia considera que o encontro definiu as linhas de ação para os próximos anos, como o diálogo entre a educação profissional com o mercado de trabalho e a identificação de profissões do futuro. A reunião também foi preparatória para o próximo evento, o Encontro dos Ministros da Educação do Brics, que abordará outros temas educacionais e que, na área de educação profissional, contará com a apresentação dos relatórios que estão sendo elaborados pelo grupo. O encontro será realizado em novembro, em Moscou.

    Cooperação –O Brics é uma entidade político-diplomática formada por países considerados emergentes. Desde a criação, busca elaborar uma agenda de cooperação multissetorial entre os integrantes. Cinco anos após a primeira cúpula, realizada em 2009, as atividades abrangem cerca de 30 áreas, como agricultura, ciência e tecnologia, governança e segurança da internet, previdência social, saúde, turismo, entre outras.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

  • Um relatório elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre a situação da educação do Brics e com sugestões das áreas com maior potencial para colaboração inicial entre o grupo foi apresentado nesta terça-feira, 3, aos vice-ministros da educação dos cinco países do grupo pelo subdiretor-geral de educação da agência, Qian Tang.

    Desenvolvido em colaboração com especialistas dos cinco países, o relatório Brics – Construir a educação para o futuro apresenta uma visão geral dos sistemas de educação e das políticas dos membros do grupo, destacando as tendências quanto ao acesso, à equidade e à qualidade. Trata, ainda, das prioridades de cada país para manter e ampliar as melhorias e os benefícios do crescimento.

    Um dos pontos principais do documento é a educação profissional, que os cinco países identificam como vital para o desenvolvimento sustentável e o crescimento social e econômico mais inclusivo. O trabalho revela que todos os membros do grupo estão preocupados, nesse campo, em melhorar seus dados sobre habilidades e competências, elevar os padrões de ensino, criar vínculos mais fortes com o mercado de trabalho e propiciar formação e acesso a empregos aos grupos sociais desfavorecidos.

    Segundo o subdiretor-geral Qian Tang, “os cinco países têm mostrado o que os governos podem alcançar por meio de investimento político e financeiro continuado na educação” e “têm emergido como líderes em níveis mais elevados da educação”.

    Na educação fundamental, por exemplo, a Índia está perto de alcançar a meta de ter todas as crianças dentro da escola, enquanto em 1999 abrigava apenas uma em cada cinco crianças. Entre 1990 e 2012, a quantidade de adultos analfabetos na China foi reduzida em 70%. No ensino superior, no período 1999-2012, o número de estudantes aumentou mais de cinco vezes na China, quase triplicou no Brasil e na Índia, mais que dobrou na África do Sul e aumentou em mais de um terço na Rússia.

    Sugestões –O relatório da Unesco ainda traz 12 recomendações de áreas em que os cinco países podem cooperar para melhorar seus sistemas educacionais, o ensino superior e o desenvolvimento de habilidades nos estudantes. Uma delas é a união das suas forças para melhorar a qualidade dos dados educacionais. Outra, o desenvolvimento de políticas que permitam oferecer ensino superior a todos. Uma terceira, facilitar a mobilidade de estudantes, professores e pesquisadores, em particular entre os Brics. Conceber e implementar marcos nacionais de qualificações e padronizações para as habilidades dos estudantes e profissionais; fortalecer os vínculos entre empresas e escolas de educação profissional e facilitar a aprendizagem no local do trabalho, especialmente no ensino médio, também são ações recomendadas pela agência aos cinco países.

    Assessoria de Comunicação Social

    Leia mais:
    Brics definem ações conjuntas e discutem agenda pós-2015

    Acesse o documento Brics – construir a educação para o futuro

  • O presidente da Capes, Carlos Nobre, o ministro Mercadante, o secretário-executivo do MEC, o diretor de avaliação da Capes, Arlindo Phillip, em solenidade em Brasília (Foto: Isabelle Araújo/MEC)O primeiro passo para o funcionamento da Universidade em Rede do Brics (grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ocorreu nesta quarta-feira, 9, em Brasília, com o lançamento do edital que selecionará os programas de pós-graduação que participarão da iniciativa.

    As instituições de ensino superior brasileiras poderão inscrever os programas reconhecidos e recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que tenham nota superior ou igual a seis. Os cursos deverão contemplar as áreas definidas como prioritárias: energia, ciência da computação e segurança da informação; estudos do Brics, ecologia e mudanças climáticas, recursos hídricos e tratamento da poluição e economia.

    “A educação é uma das áreas estratégicas no bloco dos países em desenvolvimento”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante o ato de lançamento do edital. Segundo o ministro, a universidade em rede tem a missão de preparar os países para a economia do conhecimento e formar recursos humanos de alto nível.

    “Os temas são prioritários para o Brasil e estratégico para o desenvolvimento sustentável do planeta”, apontou o presidente da Capes, Carlos Nobre. Ele acrescentou que a iniciativa vai integrar a comunidade acadêmica e incrementar a educação científica, mas será necessário vencer o desafio da língua. Todos os cursos serão em inglês.

    O ministro lembrou a importância do Brics na economia mundial. O bloco abriga 42% da população mundial e representa 30% do PIB mundial.

    A seleção dos programas ocorrerá até março de 2016. O calendário completo do processo consta do Edital do MEC nº 3/2015, publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 10.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ministro lança edital de seleção de cursos para a universidade do Brics

  • Doze programas de pós-graduação de nove universidades brasileiras foram selecionados para fazer parte da Universidade em Rede do Brics (grupo de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O extrato do edital foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira, 1º de março. Vale lembrar que este é um resultado preliminar, já que ainda cabe recurso em até cinco dias corridos.

    São seis áreas de conhecimento (energia; ciência da computação e segurança da informação; estudos dos Brics; ecologia e mudanças climáticas; recursos hídricos e tratamento da poluição; e economia) com duas instituições de ensino superior consideradas por meio de seus programas de pós-graduação, reconhecidos e recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com nota seis ou sete.

    A Universidade em Rede do Brics vai permitir o desenvolvimento de programas bilaterais e multilaterais de ensino e pesquisa, a formação conjunta, com qualidade, de mestres e doutores, além de permitir intercâmbio de discentes, docentes e pesquisadores. Ela chega para satisfazer as necessidades dos países por meio da ampliação do acesso a métodos, formas e tecnologias de educação contemporâneos. Outro objetivo é facilitar o desenvolvimento sustentável dos países pertencentes ao bloco, disseminando o conhecimento e as habilidades com pesquisas conjuntas e atividades educativas.

    Histórico – Desde a 1ª Reunião de Ministros da Educação do Brics, em Paris, em novembro de 2013, há a discussão de estabelecer uma rede de cooperação universitária em temas prioritários entre os cinco países que compõem o Brics. A iniciativa recebeu o apoio dos chefes de Estado e Governo do grupamento durante a 6ª Cúpula do Brics, em Fortaleza, em julho de 2014.

    Em março de 2015, durante a 2ª Reunião de Ministros da Educação do Brics, foi estabelecido um grupo para negociar os princípios e objetivos da Universidade em Rede do Brics, com base nas diretrizes definidas pelos ministros. Em seguida, cada um dos cinco países criou um Comitê Coordenador Nacional (CCN). No caso brasileiro, estabelecido em setembro de 2015, o CCN é composto por representantes da Assessoria Internacional e da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação; das diretorias de Avaliação, de Relações Internacionais e de Educação a Distância da Capes; da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes); da Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai), e da Divisão de Temas Educacionais (DCE) do Ministério da Relações Exteriores.

    Na 3ª Reunião de Ministros da Educação, em novembro de 2015, foi assinado, pelos cinco países, o Memorando de Entendimento para o Estabelecimento da Universidade em Rede do Brics, com objetivos, princípios, estrutura de governança e atividades conjuntas a serem desenvolvidas. O documento também abre a possibilidade de inclusão de novas áreas de interesse futuramente.

    O edital brasileiro para seleção das universidades foi publicado em dezembro do ano passado.   

    Confira a lista das universidades e respectivas áreas de conhecimento

    Assessoria de Comunicação Social

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