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  • O projeto dos pesquisadores da UFSCar consiste em substituir 30% da areia convencional retirada da natureza pela areia extraída do bagaço da cana (arte: ACS/MEC)O estado de São Paulo é o maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil. Da cana se produz o açúcar e o álcool. No entanto, o bagaço, um dos principais resíduos desse processo de produção, torna-se um poluente ambiental quando descartado de modo inadequado, na terra ou próximo aos rios. Uma das maneiras mais comuns de reúso desse material é a queima em caldeiras, de forma a gerar energia para a própria usina. Porém, essa queima gera outro resíduo, conhecido como areia da cinza do bagaço.

    Preocupados com o risco ambiental que envolve o processo, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) conseguiram simplificar o processo de transformação do bagaço em areia e ainda desenvolveram estudo para aplicar o material na construção civil. O projeto consiste em substituir 30% da areia convencional retirada da natureza pela areia extraída do bagaço da cana.

    Mestre em estruturas e construção civil pela UFSCar, o professor Fernando do Couto Rosa Almeida, doutorando na Universidade de Caledônia, em Glasgow, Escócia, país integrante do Reino Unido, escreveu artigo no qual aborda a substituição de materiais obtidos na natureza por outros capazes de resultar em benefícios ambientais. O artigo foi premiado no ano passado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação.

    Fernando salienta que o descarte do bagaço gera um problema ambiental. “Jogam isso na lavoura porque não sabem o que fazer com esse material, que por ano gera cerca de 4 milhões de toneladas”, afirma.

    Padronização — Como a base do concreto para construções é preparada com areia, cimento, água e brita, em diferentes proporções, os cientistas experimentaram substituir parte da areia retirada da natureza por cinzas de bagaço de cana. “Em laboratório, fazemos uma simples padronização para poder usar isso em material de construção”, diz o professor.

    Com a mistura, o concreto de cinza pode ser usado na infraestrutura urbana, na construção de calçadas e bancos de praças. Como os grãos da areia de cinzas são mais finos, outra vantagem do produto é de fechar os pequenos poros que aparecem no concreto depois de seco. Isso diminui a porosidade em comparação com o concreto convencional e resulta em mais durabilidade do produto. “Se comparada, a porosidade com cinza é menor do que a do concreto convencional. Com menos poros, menos vazios, é mais difícil de o material se degradar”, diz Fernando.

    A pesquisa de mestrado que serviu como base para o artigo premiado pela Capes foi orientada pelo professor Almir Sales, do Departamento de Engenharia Civil da UFSCar, e realizada no âmbito do Grupo de Estudos em Sustentabilidade e Ecoeficiência em Construção Civil e Urbana, liderado por Sales, que estuda essa temática há 10 anos.

    Assessoria de Comunicação Social

  • No próximo dia 8, sábado, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) realizará a formatura de 82 alunos dos cursos de capacitação em gestão de obras, instalações elétricas prediais e gestão da qualidade. Os alunos estão habilitados para trabalhar como pedreiros, serventes, mestres-de-obras e outras atividades da construção civil.


    A iniciativa faz parte do Programa de Estudos em Engenharia, Sociedade e Tecnologia (Progest), que é conduzido por alunos do Cefet-MG. Além de organizarem a logística de realização dos cursos, os alunos também ministram as aulas. O trabalho é orientado por professores, engenheiros e ex-alunos das engenharias de produção civil e elétrica e dos cursos de administração e de edificações da instituição.


    Com duração de seis meses a um ano, os cursos de capacitação oferecem disciplinas como matemática, informática, segurança no trabalho, ergonomia, meio ambiente, materiais de construção, gestão de pessoas e leitura de projetos de arquitetura, hidráulico, estrutural e elétrico.


    O encarregado de obras Dierri Pereira da Silva, 42, casado e pai de dois filhos que fez o curso de gestão de obras afirmou que o curso serviu para capacitá-lo tecnicamente. "Sempre achei que estava fazendo certo, mas, vi que não. Eu não tinha conhecimento técnico, fazia do jeito que achava melhor. Agora me sinto mais capaz, mais seguro", disse.


    Para a aluna da engenharia de produção civil, Jussara Teles, o curso representou uma oportunidade de troca de experiências e de aprendizado entre os participantes. "Essa é uma iniciativa de grande relevância educativa, tecnológica e, sobretudo, social. Ao se capacitar, o profissional conquista mais espaço no mercado de trabalho, podendo aumentar sua renda. Isso repercute positivamente na vida dele e de toda a família", ressaltou.


    Assessoria de Comunicação Social do Cefet-MG

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