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  • O grupo reuniu representantes de países do Mercosul (Foto: Divulgação)
    Buenos Aires (Argentina), 5/10/2018
    – Fortalecer a identidade dos jovens do Mercosul e promover a diversidade cultural e integração regional é o objetivo do Concurso Histórico-literário Caminhos do Mercosul, uma iniciativa do Setor Educacional do Mercosul. Neste ano, a 14ª edição do concurso levou três estudantes brasileiros do ensino médio para a Argentina, onde os jovens puderam, por meio de uma experiência de aprendizagem, ampliar conhecimentos junto a outros alunos de países participantes da organização e avaliar a importância de entender a relação da cultura de paz entre os povos.

    Cada edição é organizada e financiada por um país membro ou associado e, este ano, a Argentina foi a nação anfitriã. O atual tema foi "100 anos da reforma universitária: o movimento que transformou o ensino universitário na América Latina". No total, 24 jovens de países do Mercosul, nascidos entre 2000 e 2001, foram selecionados para a viagem após inscreverem seus trabalhos – narrativas, contos ou crônicas. Juliana Pinho Müller, 16 anos, de Macaé (RJ); Bianca Leal de Oliveira, 16 anos, de Feira de Santana (BA) e Mellyssa Fiel Salustriano, 16 anos, de Guarulhos (SP) representaram o Brasil.

    Experiência - "O concurso me fez enxergar o mundo de uma maneira diferente, fazendo-me orgulhosa da minha identidade sul-americana”, destaca Juliana, aluna do Colégio Aprovado. “A partir do contato com outros adolescentes dos países integrantes do Mercosul, pude observar a mesclagem entre culturas, as histórias e hábitos tão parecidos. A Reforma Universitária me impactou muito, surpreendendo por ser um exemplo de revolução tão próximo da nossa realidade e, mesmo assim, pouco divulgado no Brasil. Reviver os passos do personagem que adaptei ao meu conto, ‘Deodoro Roca’, foi uma experiência única".

    Bianca, aluna do Colégio Anísio Teixeira, também se mostrou entusiasmada com a experiência vivida. “O Caminhos do Mercosul é um concurso incrível que é capaz de nos introduzir em uma nova cultura e nos apresentar a novas realidades de outros países e pessoas”, resume. “Decidi me inscrever porque sempre me interessei em conhecer mais acerca do mundo e porque, se ganhasse, teria a oportunidade de conhecer um país que sempre me encantou: a Argentina. Tive apoio de alguns professores que, ao saberem que eu havia conseguido, ficaram muito felizes e desejaram as melhores coisas para essa nova descoberta."

    Aluna do Colégio Presbiteriano de Guarulhos, Mellyssa fez uma narrativa em primeira pessoa e, na pesquisa, descobriu muito sobre o tema. “A Reforma Universitária de 1918 aconteceu na Argentina, tendo um impacto muito maior lá do que em qualquer outro país, apesar de ter impactado toda a América Latina”, explica. “Partindo desse princípio, não imaginava a imensidão da influência que ela teve no Brasil. Essa viagem me agregou o conhecimento sobre as influências que universidades tiveram após a Reforma Universitária. Fico muito feliz por ter escrito um trabalho com um tema tão importante para a história do nosso país”.

    Durante os dias que passaram na Argentina, as três estudantes e os representantes dos outros países membros que ganharam o concurso percorreram lugares históricos em na capital, Buenos Aires, e em Córdoba, finalizando o passeio acadêmico e cultural nesta sexta, 5, em La Plata.

    O Concurso Histórico-literário Caminhos do Mercosul ocorre a cada dois anos. Os brasileiros participam do evento desde a primeira edição, três das quais foram organizadas pelo MEC – que será responsável também pela próxima edição, em 2020.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia têm novo prazo, até 23 de março de 2015, para apresentar projetos e concorrer aos recursos do programa Mais Cultura nas Universidades. No conjunto, são R$ 20 milhões. Cada instituição contemplada receberá de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão para desenvolver o projeto no período de 12 ou de 24 meses.

    O Mais Cultura nas Universidades é uma iniciativa dos ministérios da Educação e da Cultura para desenvolver e fortalecer a arte e a cultura nacionais, com destaque para a inclusão social, o respeito e o reconhecimento da diversidade cultural do país. Cada instituição pode apresentar um plano de cultura que contenha objetivos, ações a serem desenvolvidas e metas a serem alcançadas, além do prazo de execução.

    Na criação dos planos, as instituições devem escolher a área a ser trabalhada entre sete eixos temáticos:

    • Educação básica.
    • Arte, comunicação, cultura das mídias e audiovisual.
    • Arte e cultura digitais.
    • Produção e difusão das artes e linguagens.
    • Economia criativa, empreendedorismo artístico e inovação cultural.
    • Arte e cultura: formação, pesquisa, extensão e inovação.
    • Memória, museus e patrimônio artístico-cultural.

    Calendário — A ampliação do prazo de inscrição de propostas alterou as demais datas do calendário do programa Mais Cultura nas Universidades, conforme a tabela:



    Mais informações no Edital nº 30/2014, publicado no Diário Oficial da União de 8 de outubro último.

    Ionice Lorenzoni

  • Universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia receberão recursos que somam R$ 20 milhões, dos ministérios da Educação e da Cultura, para desenvolver projetos de fortalecimento da arte e da cultura nacionais, com ênfase na inclusão social e no respeito e reconhecimento da diversidade cultural brasileira. Cada instituição contemplada receberá de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão para projetos com duração de 12 a 24 meses.

    Edital da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, publicado na quarta-feira, 8, dá prazo até 10 de fevereiro de 2015 para as instituições inscreverem projetos. Elas devem elaborar planos de cultura que contemplem objetivos, ações a serem desenvolvidas e metas. Cada universidade ou instituto pode apresentar uma proposta.

    Para orientar a confecção dos planos, os dois ministérios definiram, como eixos temáticos:

    • Educação básica.

    • Arte, comunicação, cultura das mídias e audiovisual.

    • Arte e cultura digitais.

    • Produção e difusão das artes e linguagens.

    • Economia criativa, empreendedorismo artístico e inovação cultural.

    • Arte e cultura: formação, pesquisa, extensão e inovação.

    • Memória, museus e patrimônio artístico-cultural.

    Com os projetos do Mais Cultura, as universidades e institutos federais podem apoiar atividades em escolas públicas, criação e o fomento de rádios e tevês universitárias, produção de festivais universitários, criação de grupos de pesquisa e de cursos de pós-graduação em áreas ligadas à cultura e criação de museus para a preservação da história das instituições, entre outras iniciativas.

    Seleção — Os planos inscritos serão avaliados e selecionados por um comitê técnico constituído por representantes das secretarias de Educação Superior (Sesu) e de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), do MEC, e de Políticas Culturais (SPC) do Ministério da Cultura (MinC). Também estarão representados no comitê a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes) e do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).

    Pelo calendário do Mais Cultura nas Universidades, as inscrições serão aceitas até 10 de fevereiro de 2015. As propostas serão avaliadas no período de 16 de fevereiro a 16 de março, com divulgação prévia em 31 de março e prazo de recursos até 6 de abril. O resultado final sairá em 4 de maio de 2015.

    O Edital da Sesu nº 30/2014, que convoca instituições federais de educação superior e da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica a apresentarem planos de cultura, foi publicado no Diário Oficial da União do dia 8 último.

    Ionice Lorenzoni

  • O projeto sobre identidade cultural inspirou os estudantes a promover, na escola, a exposição Negra Sim; Negra Sou (foto: arquivo do professor José Walmilson Barros)A Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira em escolas públicas e particulares de ensino fundamental e médio. As discussões a respeito do tema no ambiente escolar, 14 anos após a normativa, ainda ficam restritas a datas comemorativas, como o 20 de novembro, quando é celebrado o Dia da Consciência Negra. Para tentar reverter a falta de representatividade, o professor José Walmilson Rêgo Barros, 32 anos, mestrando em história da Universidade Federal de Pernambuco, idealizou o projeto Identidade Cultural Negra na Escola.

    Ao longo de 2016, alunos de cinco turmas do oitavo ano, com idade entre 13 e 15 anos, participaram das atividades na Escola Pedro Serafim de Souza, em Ipojuca, município de 93 mil habitantes, na região metropolitana de Recife. “Buscamos interpretar até que ponto o ensino de história pode contribuir para o pertencimento cultural das nossas crianças e jovens”, diz o professor. “Temos optado por trabalhar, pesquisar a questão das propostas pedagógicas que visem ao mundo inteiro, as questões que levem à reflexão, que a escola leia e visualize as temáticas raciais e étnicas no seu cotidiano.”

    Todo o trabalho de reflexão e discussão desenvolvido em sala de aula resultou em uma feira de conhecimento, no fim do ano.

    Um dos destaques do projeto foi a oficina de turbantes, resultado de parceria com a Secretaria da Mulher do município. O objetivo era mostrar o turbante como elemento cultural afro-brasileiro e elemento de sensibilização e elevação da autoestima das alunas. A oficina inspirou a exposição Negra Sim; Negra Sou. A exposição teve repercussão. Várias escolas do município e até faculdades de formação de professores pediram ao professor que falasse sobre o trabalho, que no fim do ano foi reconhecido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco.

    “Foi uma experiência ótima, um conhecimento, porque eu nunca tinha visto um turbante”, afirma a estudante Ana Cláudia de Almeida, 14 anos. “Foi uma coisa única.”

    A adolescente já sente os resultados do trabalho desenvolvido no cotidiano da escola. “Depois do projeto, eu não mais presenciei nenhum tipo de racismo na escola”, destaca. “Seria bom que em todas as escolas houvesse algum tipo de palestra aos alunos sobre racismo.”

    Resistência — O professor Walmilson acredita que a resistência e a afirmação de identidade são o grande fruto gerado por ações afirmativas nas escolas. “Eu quero que o jovem tenha a cabeça erguida e diga: ‘Sim, sou negro, e daí? Você não tem nada a questionar sobre ser. Eu sou e pronto.’ Mas aí, para ele chegar a esse patamar de identificação, de valoração, eu tenho que conhecer, que reconhecer.”

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira:

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