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  • O projeto Educando com a Horta Escolar promove encontro de agricultores familiares em Carinhanha, Bahia, na segunda-feira, 18, e na terça, 19. Estarão reunidos, na Câmara de Vereadores, miniprodutores dos municípios de Serra do Ramalho, Macaúbas e Bom Jesus da Lapa, que fornecem hortifrutigrangeiros ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).


    O projeto, parceria entre o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), promove encontros de formação de coordenadores e multiplicadores municipais, nutricionistas, técnicos agrícolas e agricultores.


    Este ano, quatro encontros estão voltados para a formação na agricultura familiar. Na Bahia, além de Carinhanha, estão previstos eventos de capacitação em Salvador, em julho, e em Vitória da Conquista, em agosto. Goiás terá um encontro, em setembro, no município de Formosa.


    “Carinhanha aderiu ao projeto no ano passado e já se tornou uma referência, tal o sucesso da iniciativa”, diz Najla Veloso, coordenadora do programa. Segundo ela, cerca de 30 escolas e mais de 1,2 mil estudantes estão envolvidos nas atividades de hortas escolares no polo daquela cidade.

     

    Confira a programação

    Lucy Cardoso

  • Representantes dos 59 novos municípios participantes do Educando com a Horta Escolar ouviram nesta quinta-feira, 23, apresentações de experiências bem-sucedidas do projeto. As palestras sobre as boas práticas ocorreram durante o 2º Encontro Nacional do projeto, que segue até amanhã, no hotel Naoum, em Brasília.

    No município gaúcho de Bagé, que participou do projeto-piloto em 2005, 14 escolas e 5.549 alunos continuam envolvidos nas atividades de aprendizagem interdisciplinar, conscientização sobre o meio ambiente e educação nutricional realizadas em torno das hortas. De 2005 a 2006, quando a secretaria municipal de educação recebeu apoio financeiro e técnico do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o projeto foi implantado em dez escolas.

    “A partir de 2007, tudo ficou por conta do município. Mesmo assim, conseguimos ampliá-lo e pretendemos chegar ao total de 20 escolas atendidas até o fim deste ano”, disse Olga Maria Simões de Llano, coordenadora local do projeto. Durante sua apresentação, reiterou que a participação de toda a comunidade escolar é primordial para trazer bons resultados. Afirmou ainda que a reeducação alimentar decorrente do projeto ajudou a diminuir o número de casos de anemia entre os estudantes.

    Parcerias – Em Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, até 2008, o projeto só contemplava nove escolas. “Queremos alcançar ainda este ano todas as 25 escolas do município, inclusive na zona rural, e aprovar uma lei que obrigue os próximos gestores a tocar o projeto”, disse o secretário municipal de educação, Mauro Pires. “A parceria com outras secretarias municipais e o envolvimento da sociedade nas gincanas de recolhimento de garrafas PET para cercar os canteiros são essenciais para nosso sucesso.”

    Participante da primeira expansão do Horta Escolar, em 2008, Carinhanha (BA) também quer estendê-lo às 36 escolas que formam a rede municipal, adiantou a coordenadora pedagógica Maria de Fátima Costa de Souza. Em Formosa (GO), a meta é dobrar o número de escolas participantes, de cinco para dez, até o fim do ano. A ampliação será possível graças a parcerias com órgãos governamentais, como a Secretaria de Agricultura de Goiás e a Embrapa, comerciantes e empresários.

    O relato das experiências bem-sucedidas foi uma injeção de ânimo em Maria Rosalina da Silva Lima, coordenadora de educação ambiental do projeto em Manacapuru, município amazonense a 80 quilômetros de Manaus. “Já estamos fervilhando a cabeça com ideias sobre como fazer o projeto funcionar”, afirmou. Ela conta que vai adaptar o Educando com a Horta Escolar às cinco escolas da zona urbana que já possuem hortas, além de implantá-lo em outras cinco escolas da zona rural.

    Aprendizado – Voltado para alunos do ensino fundamental da rede pública, o Educando com a Horta Escolar é um projeto desenvolvido pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, graças a uma parceria entre o FNDE e a FAO. Consiste na formação de hortas em escolas e no aprendizado interdisciplinar a partir dela. A montagem dos canteiros já é uma oportunidade para que os professores repassem conteúdo de diferentes disciplinas para os estudantes. Como os canteiros são normalmente cercados com garrafas PET ou pneus, os alunos são ensinados sobre decomposição de materiais e a importância da preservação do meio ambiente. Também calculam a área e o volume dos canteiros, aprendendo matemática na prática e de forma lúdica. O aprendizado sobre nutrição modifica seus hábitos alimentares, influenciando suas famílias.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) promove na próxima semana, em Natal, o 3º Encontro Nacional do Projeto Educando com a Horta Escolar. O principal objetivo do evento é fazer um balanço das realizações e socializar as experiências bem sucedidas das cidades que participaram do projeto em 2009. Também será debatida a sustentabilidade da ação nos 60 municípios que a implantaram, procurando aumentar o envolvimento dos gestores públicos em sua execução.

    “Depois de receber formação em polos regionais e material didático de apoio, esses municípios implantaram hortas, estão desenvolvendo o projeto em escolas e melhorando a qualidade da aprendizagem dos alunos”, afirma Najla Veloso, coordenadora nacional do projeto. A partir de agora, os municípios devem buscar parcerias com outras instituições e com a própria comunidade para continuar o programa.

    Aprendizado – Conscientização sobre o meio ambiente, mudança de hábitos alimentares e aprendizagem interdisciplinar são os eixos principais do Horta Escolar, projeto voltado para alunos do ensino fundamental da rede pública. A ação é uma parceria entre o FNDE e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (Fao) e consiste na formação de hortas em escolas e no aprendizado interdisciplinar a partir dela.

    A montagem dos canteiros, por exemplo, é uma oportunidade para que os professores repassem conteúdo de diferentes disciplinas para os estudantes. Como os canteiros são normalmente cercados com garrafas tipo pet ou pneus, os alunos aprendem sobre decomposição de materiais e a importância da preservação do meio ambiente.

    As crianças também fazem cálculos de área e volume dos canteiros, aprendendo matemática na prática e de forma lúdica, e aprendem disciplinas como ciências, português e educação artística a partir da horta que ajudaram a plantar. As lições sobre nutrição mudam os hábitos alimentares dos alunos e influenciam suas famílias, que passam a aproveitar os novos conhecimentos nas refeições diárias.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE


    Confira o programa do encontro
  • A horta promove uma troca de conhecimentos entre alunos e professores da Escola Frederico Boldt (Foto: Arquivo da escola)Santa Maria de Jetibá – Na zona rural de Santa Maria de Jetibá, pequeno município na região central do Espírito Santo, um projeto de horta desenvolvido na Escola Estadual Frederico Boldt possibilita a alunos e professores do ensino médio a troca de experiências, de forma a unir teoria e prática. Lançado em 2012, o projeto deve ser ampliado, este ano, com a inclusão de práticas tecnológicas inovadoras e sustentáveis.

    “Em um projeto como esse, no qual trabalhamos a realidade dos alunos, não só aprendemos com eles, mas conseguimos ajudá-los, com informações que eles possam usar em suas propriedades”, diz o professor Heloy Gaspar Coelho, um dos responsáveis pela criação da horta. O objetivo do projeto é mostrar aos estudantes a possibilidade de realizar um trabalho de agricultura sustentável, mesmo em espaço pequeno, e os benefícios gerados pela agricultura orgânica.

    Segundo Heloy, o projeto pode ajudar e influenciar de forma positiva na melhoria da qualidade de vida dos alunos, na maioria integrantes de famílias ligadas à agricultura. “Compartilhamos várias alternativas simples, que podem substituir o uso de agrotóxicos, para melhorar a qualidade de vida”, ressalta o professor, que tem licenciatura em química e cursa pós-graduação em educação ambiental.

    A participação dos alunos no projeto foi considerada surpreendente. “Todos gostavam muito do que estavam fazendo e frequentavam a escola até mesmo em dias e horários diferentes só para trabalhar no projeto”, salienta o professor. Cada aluno fazia o que era necessário e todos trabalhavam em diversas funções. No decorrer da semana, o trabalho na horta era realizado no período do contraturno. Aos sábados, as atividades eram realizadas por diferentes grupos de alunos, em revezamento.

    Muitos conhecimentos obtidos em sala de aula foram postos em prática na horta. Um exemplo é o estudo sobre o potencial de hidrogênio (pH), que indica acidez, alcalinidade ou neutralidade do solo ou de uma solução aquosa. “Realizamos o teste de pH do solo e da água usando chá de repolho roxo para que os alunos fizessem o mesmo em suas propriedades, sem a necessidade de comprar um indicador químico”, explica.

    Pesquisa— Algumas situações novas surgidas no trabalho da horta eram estudadas na sala de aula. Heloy cita como exemplo o uso de pesticidas biológicos em substituição aos agrotóxicos. “Os alunos manifestaram interesse e, com isso, foi realizada uma pesquisa para eles entenderem o porquê de uma determinada mistura orgânica combater uma determinada praga”, destaca.

    Na visão da pedagoga Isabel Hartwig Berger, diretora da escola, a horta foi uma atividade de mão dupla, gratificante para todos. “O aluno pôde compartilhar com seus colegas e professores o que já conhecia e praticava com os pais e, ao mesmo tempo, levar muita informação para a família”, ressalta.

    De acordo com Isabel, além de ser um local de estudo, a horta ocupou área que estava ociosa e poderia se tornar depósito de lixo. “Com esse trabalho, possibilitamos aos pais sentir e reconhecer a importância de o filho estar na escola”, afirma. Há 25 anos no magistério, sempre atuando na escola Frederico Boldt, Isabel está na direção há dez anos. Sua formação inclui pós-graduação em artes e em supervisão, orientação e inspeção escolar.

    Fátima Schenini
  • O planejamento para a capacitação dos técnicos responsáveis pela ampliação do projeto Educando com a Horta Escolar foi divulgado nesta sexta-feira, 24, aos 59 novos municípios participantes durante o 2º Encontro Nacional da Horta Escolar, em Brasília. Na formação, que está sob a responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), dez representantes de cada prefeitura terão dois encontros presenciais e capacitação a distância. Depois de formados, deverão multiplicar os conhecimentos no próprio município.


    Os representantes aprenderão a fazer hortas, desde a escolha da área mais propícia, a montagem dos canteiros, até o plantio de mudas e sementes. Também conhecerão atividades pedagógicas interdisciplinares realizadas em torno da horta, questões ambientais e de sustentabilidade, como o aproveitamento do lixo orgânico para adubagem da horta e o uso racional da água.


    “O Horta Escolar é extremamente interessante e vou tentar levá-lo para os demais municípios do Rio de Janeiro”, afirmou o prefeito de Tanguá (RJ), Carlos Roberto Pereira. Para ele, o resultado do que está sendo feito agora será medido em cinco, dez anos, com a formação de cidadãos preocupados com o meio ambiente e com melhores hábitos alimentares.


    “Tínhamos um sonho de fazer algo parecido no nosso município, mas faltava essa capacitação técnica que agora vamos ter”, disse o secretário de educação de Juína (MT), Carlito Rocha. Segundo ele, as parcerias são essenciais para a implementação do projeto, tanto que participou do evento ao lado do diretor do Departamento de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Agricultura, Robervaldo Soares dos Santos.


    Veja o Cronograma de Capacitação.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Na escola de Três Rios, as principais atividades do projeto foram o trabalho com a horta escolar, com o plantio, os cuidados e a colheita do próprio alimento (foto: arquivo da professora Fátima Nascimento)Professora de educação infantil na Escola Municipal Leila Aparecida de Almeida, no município fluminense de Três Rios, Maria de Fátima Batista Nascimento percebeu que os alunos rejeitavam verduras e hortaliças nas refeições. Interessavam-se apenas por alimentos industrializados, de baixo valor nutritivo. Ela decidiu então desenvolver trabalho voltado para a mudança dos hábitos alimentares das crianças do maternal e criou o projeto Nossos Pequenos Jardineiros.

    As principais atividades do projeto foram o trabalho com a horta escolar (os alunos plantavam, cuidavam e colhiam o próprio alimento), as receitas sugeridas pelos alunos e pela professora, dramatizações, vídeos e registros de tudo o que foi aprendido.

    “O início foi um pouco difícil, pela necessidade de apoio dos pais, já que os alunos não mais trariam lanche de casa e passariam a se alimentar com a merenda escolar”, diz a professora. Segundo ela, foi necessário dialogar muito até os pais se aliarem à proposta. Fátima também encontrou resistências iniciais por parte dos alunos, mas conseguiu o objetivo. “Ao fim do projeto, todos estavam comendo hortaliças, legumes e frutas.”

    Ao entender que o problema com a má alimentação não estava apenas naquela turma, mas em toda a escola, a professora apresentou o projeto à diretora, Cátia Corrêa de Almeida, que o levou à equipe pedagógica da instituição de ensino. O projeto foi incluído na diretriz político-pedagógica da escola, com abrangência em todas as turmas.

    Realizado inicialmente de março a novembro de 2014, o projeto teve continuidade em 2015. Os principais resultados foram a parceria da escola com as famílias e a mudança nos costumes alimentares dos alunos. Ao passarem a cuidar de seus próprios alimentos, com os plantios na horta, os estudantes adquiriram novos hábitos.

    Para 2016, Fátima tem planos: “Pretendo fazer o projeto ir além dos muros da escola, com a criação de uma horta orgânica na casa de um aluno”, afirma. Além disso, ela pretende incentivar as famílias de todos os alunos a ter uma horta em casa.

    Formada em pedagogia, com pós-graduação em supervisão, orientação e administração escolar, Fátima leciona na mesma escola há seis anos, mas a relação com a instituição vem desde a infância, pois é ex-aluna. “É com muito orgulho que hoje sou professora na escola onde fui alfabetizada”, revela.

    Prêmio — O projeto Nossos Pequenos Jardineiros colocou Fátima entre os ganhadores da nona edição do Prêmio Professores do Brasil, na categoria creche. “Sempre acompanhei o prêmio, desde a primeira edição, e hoje posso dizer que meu sonho se realizou: estou entre os 30 professores do Brasil”, diz. “A cada momento que penso na premiação, choro de felicidade e orgulho de ser professora.”

    Para a diretora da escola, ter uma professora entre os vencedores do prêmio é motivo de orgulho e emoção. “É fruto do brilhante trabalho e do comprometimento”, avalia.

    Edição — A nona edição do Prêmio Professores do Brasil selecionou, este ano, 30 experiências pedagógicas desenvolvidas por professores das cinco regiões brasileiras. Os trabalhos foram destacados entre 11.812 inscritos, nas categorias creche; pré-escola; ciclo de alfabetização: primeiro, segundo e terceiro anos – anos iniciais do ensino fundamental; quarto e quinto anos – anos iniciais do ensino fundamental; sexto ao nono ano – anos finais do ensino fundamental; ensino médio. Cada um dos 30 professores recebeu prêmio de R$ 7 mil. Cada categoria teve um professor destacado para receber prêmio extra, no valor de R$ 5 mil.

    A partir de 2015, o Prêmio Professores do Brasil passou a integrar a iniciativa Educadores do Brasil, ao lado do Prêmio Gestão Escolar, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). Assim, a entrega dos prêmios a professores e diretores de escolas foi realizada pela primeira vez, este ano, em conjunto.

    O Prêmio Gestão Escolar selecionou 22 escolas como destaques estaduais, com premiação de R$ 6 mil para cada uma. As cinco escolas indicadas como destaque regional receberam R$ 10 mil. O Colégio Estadual Professora Maria das Graças Menezes Moura, de Itabi, Sergipe, foi escolhido como escola referência Brasil, com premiação de R$ 30 mil.

    Os resultados dos prêmios estão na página da iniciativa Educadores do Brasil na internet.

    Fátima Schenini

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