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  • Será publicado nesta quinta-feira, 28, o novo instrumento de autorização dos cursos de pedagogia. A característica principal é a exigência de 70% da carga horária do curso ser dedicada à formação de professores - tanto do ponto de vista teórico quanto prático.

    De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a intenção é dar mais cautela à autorização de novos cursos de pedagogia. “Embora a maioria dos professores sejam formados em cursos de pedagogia, esses cursos, regra geral, não estão estruturados para formar professores, já que têm baixa carga horária destinada a esse fim”, afirma.

    Além do aumento da carga horária, o MEC vai checar se a bibliografia utilizada nos cursos está voltada para a formação do magistério. “Isso é fruto do trabalho de supervisão dos cursos de pedagogia”, lembra Haddad.

    Concurso – Entre as medidas de valorização do magistério também está o ingresso na carreira, depois que o profissional se forma. No segundo semestre deste ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) vai lançar uma matriz para uma prova nacional de concurso para professores, que será aplicada em sua primeira edição no primeiro semestre de 2010.

    O objetivo é constituir um banco de professores formados que tenham passado por essa prova, cuja nota seja utilizada pelos sistemas estaduais e municipais para a contratação. “Não há um padrão nacional hoje”, afirma o ministro. “Municípios, especialmente os mais pobres, têm muita dificuldade em elaborar um concurso para o magistério. Há uma demanda antiga de apoio técnico do MEC para auxiliar os municípios a selecionar seus professores”, explica. Para participar do concurso nacional, os entes federados devem manifestar interesse.

    “Quando há um banco de professores que passaram por uma prova nacional de concurso, governadores e prefeitos que quiserem melhorar seus sistemas de ensino vão ter que oferecer condições de trabalho mais adequadas para atrair os melhores profissionais, o que inclui também a remuneração”, ressalta Haddad. Na visão do ministro, o que proporciona a valorização do magistério é o conjunto de todas as medidas, desde o piso salarial, passando pela formação, até o ingresso na carreira.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Normativos

    • Parecer CNE/CES nº 360/2004, aprovado em 8 de dezembro de 2004 - Aprecia a Indicação CNE/CES 3/2004, que trata do apostilamento de diplomas do curso de Pedagogia, relativamente ao direito de exercício do Magistério nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental.
    • Resolução CNE/CES nº 1, de 1º de fevereiro de 2005 - Estabelece normas para o apostilamento, em diplomas de cursos de graduação em Pedagogia, do direito ao exercício do magistério nos quatro anos iniciais do Ensino Fundamental.
    • Parecer CNE/CES nº 23/2006, aprovado em 2 de fevereiro de 2006 - Aprecia a Indicação CNE/CES nº 8/2005, que propõe a revisão da Resolução CNE/CES n° 1/2005, na qual são estabelecidas normas para o apostilamento, em diplomas de cursos de graduação em Pedagogia, do direito ao exercício do magistério nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
    • Resolução CNE/CES nº 8, de 29 de março de 2006 - Altera a Resolução CNE/CES nº 1, de 1º de fevereiro de 2005, que estabelece normas para o apostilamento, no diploma do curso de Pedagogia, do direito ao exercício do magistério nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
    • Parecer CNE/CES nº 141/2006, aprovado em 6 de abril de 2006 - Consulta sobre a situação dos alunos que ingressaram no curso de Pedagogia nos anos de 2004 e 2005, período anterior à Resolução CNE/CES nº 1/2005, que estabelece normas para o apostilamento, em diplomas de cursos de graduação em Pedagogia, do direito ao exercício do magistério nos quatro anos iniciais do Ensino Fundamental.
    • Parecer CNE/CES nº 171/2007, aprovado em 9 de agosto de 2007 - Aprecia a Indicação CNE/CES nº 6/2007, que propõe o estabelecimento de normas para o apostilamento, em diplomas de cursos de graduação em Pedagogia, do direito ao exercício do magistério da Educação Infantil.
    • Resolução CNE/CES nº 9, de 4 de outubro de 2007 - Estabelece normas para o apostilamento, em diplomas de cursos de graduação em Pedagogia, do direito ao exercício do magistério da Educação Infantil.
    • Parecer CNE/CES nº 81/2008, aprovado em 10 de abril de 2008 - Proposta de alteração da Resolução CNE/CES n° 9, de 4 de outubro de 2007, que estabelece normas para o apostilamento, em diplomas de cursos de graduação em Pedagogia, do direito ao exercício do magistério da Educação Infantil.
    • Resolução CNE/CES nº 2, de 26 de junho de 2008 - Alteração da Resolução CNE/CES n° 9, de 4 de outubro de 2007, que estabelece normas para o apostilamento, em diplomas de cursos de graduação em Pedagogia, do direito ao exercício do magistério da Educação Infantil.
    • Parecer CNE/CES nº 262/2008, aprovado em 4 de dezembro de 2008 - Proposta de alteração da Resolução CNE/CES nº 1, de 1º de fevereiro de 2005, que estabelece normas para o apostilamento, no diploma do curso de Pedagogia, do direito ao exercício do magistério nos anos iniciais do Ensino Fundamental, modificada pela Resolução CNE/CES nº 8, de 29 de março de 2006.
    • Resolução CNE/CES nº 2, de 29 janeiro de 2009 - Alteração da Resolução CNE/CES nº 1, de 1º de fevereiro de 2005, que estabelece normas para o apostilamento, no diploma do curso de Pedagogia, do direito ao exercício do magistério nos anos iniciais do Ensino Fundamental, modificada pela Resolução CNE/CES nº 8, de 29 de março de 2006.

    Outros pareceres

  • O curso de pedagogia forma professores para trabalhar em creches, na educação infantil e com turmas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, entre outras etapas do ensino (foto: Wanderley Pessoa)O número de professores formados em pedagogia praticamente dobrou em sete anos, segundo dados do Censo do Ensino Superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Em 2002, o levantamento registrou a formatura de 65 mil educadores em pedagogia; em 2009, esse número subiu para 118 mil.

    No mesmo período, o censo mostra que aumentaram em mais de 60% as matrículas nessa área de ensino — de 357 mil em 2002 para 555 mil em 2009. Também o ingresso aumentou no intervalo analisado — de 163 mil novos estudantes para 190 mil, o que representa evolução de 20%.

    Estratégicos para a política de formação de professores de educação básica, os cursos de pedagogia recebem atenção especial do Ministério da Educação. Em 2008, o MEC iniciou atividades de supervisão em 49 cursos de pedagogia e em 11 de normal superior que obtiveram conceitos inferiores a 3 no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2005.

    Uma comissão de especialistas visitou os cursos. As instituições que os ofertavam foram convidadas a firmar termo de saneamento de deficiências com a Secretaria de Educação Superior (Sesu), pelo qual se comprometiam a promover melhorias em 12 meses. Durante esse prazo, os cursos que repetiram maus resultados no Enade de 2008 foram impedidos de abrir vagas. A medida, cautelar, deu às instituições a oportunidade de sanear os problemas.

    Como resultado do processo de supervisão, 17 cursos de pedagogia foram desativados, 14 dos quais a pedido das próprias instituições e três determinados pelo MEC. Em outros seis cursos que não cumpriram as medidas de saneamento pactuadas, o MEC instaurou processo administrativo para encerrar a oferta. Os demais seguem sob verificação da Sesu.

    O curso de pedagogia forma professores para trabalhar em creches, na educação infantil, no ensino fundamental regular (com turmas do primeiro ao quinto ano) e na educação de jovens e adultos correspondente ao ensino fundamental.

    Assessoria de Comunicação Social

    Veja aqui a tabela completa
  • O ministro da Educação, Rossieli Soares, entregou na sexta-feira, 14, ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a Base Nacional Comum para a Formação de Professores da Educação Básica. O principal objetivo é orientar uma linguagem comum sobre o que se espera da formação de professores, a fim de revisar as diretrizes dos cursos de pedagogia e das licenciaturas para que tenham foco na prática da sala de aula e estejam alinhadas à Base Nacional Curricular Comum (BNCC).

    “Concluímos a discussão sobre quais são os direitos de aprendizagem, as competências e as habilidades essenciais para os nossos alunos na educação básica. Agora, precisamos dizer ao Brasil o que é ser um bom professor, quais são as competências e habilidades necessárias para ele, especialmente com foco na prática pedagógica, numa visão mais próxima da sala de aula”, afirmou Rossieli Soares.

    A secretária de Educação Básica do MEC e conselheira do CNE, Kátia Smole, destacou a importância do professor no processo de ensino e aprendizagem. “Nós precisamos confiar nos professores que temos nesse país, valorizar sua criatividade pedagógica, porque eles são capazes de muitas coisas. Nós queremos um aluno que entre na escola e permaneça desde a educação infantil até o final do ensino médio e almejamos, principalmente, aprendizagem de qualidade”, disse Kátia Smole.

    O texto define dez competências gerais e aponta que a formação inicial e continuada deve ser baseada em três dimensões: conhecimento, prática e engajamento. A dimensão do conhecimento está relacionada ao domínio dos conteúdos. A prática refere-se a saber criar e gerir ambientes de aprendizagem. A terceira dimensão, engajamento, diz respeito ao comprometimento do professor com a aprendizagem e com a interação com os colegas de trabalho, as famílias e a comunidade escolar. Para cada dimensão, estão previstas quatro competências específicas.

    O documento aponta que, no Brasil, a didática e as metodologias adequadas para o ensino dos conteúdos é pouco valorizada. Os cursos destinados à formação inicial detêm-se excessivamente nos conhecimentos que fundamentam a educação, dando pouca atenção ao como o professor deverá ensinar. Em outros casos, o foco são os conhecimentos disciplinares totalmente dissociados de sua didática e metodologias específicas.

    Essas distorções no processo de ensino e aprendizagem são responsáveis, em parte, pelos baixos índices de aprendizado mostrados pelo Sistema Nacional de Avaliação Básica (Saeb). A pior situação é a do ensino médio. Os resultados de 2017 apenas 1,62% dos alunos do ensino médio têm níveis adequados em língua portuguesa e 4,52% em matemática.

    Durante a cerimônia, Rossieli Soares afirmou que a discussão com a sociedade será liderada pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

    No CNE, a Comissão de Formação de Professores é presidida por Maria Helena Guimarães de Castro. O relator da Base será Mozart Neves Ramos.

    Licenciaturas – O Brasil conta com a oferta de 7.245 cursos de licenciatura, de acordo com o Censo da Educação Superior de 2017. Destes, 3.765 (52%) são ofertados na rede pública. Já a proporção de matrículas é maior na rede particular. De 1.589.440 estudantes, 987.601 (62,14%) estão nas instituições de ensino superior privadas.

    O curso com o maior número de matrículas é o de pedagogia, que habilita o docente para lecionar na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental (710.855, o equivalente a 44,7%). Depois, aparece a graduação de professor de educação física (185.792, correspondentes a 11,7% do total). Em seguida, vem o curso de matemática (95.004 matrículas, 6% do total).

    Pesquisa – O MEC irá lançar, em dezembro, uma Chamada Pública de Pesquisa em Didáticas Específicas. Serão destinados R$ 15 milhões para até 100 projetos. Os recursos serão destinados a pesquisadores de instituições de pesquisa públicas ou privadas e para as escolas que serão objeto dos estudos. O objetivo é incentivar a pesquisa na educação básica e o uso e a produção de evidências para buscar a melhoria da aprendizagem nos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio. O foco serão as áreas de conhecimento de língua portuguesa, matemática, ciências e dos itinerários formativos.

    Confira a Proposta para Base Nacional Comum da Formação de Professores da Educação Básica (versão preliminar).

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Proposta pedagógica sugere que crianças estimuladas com aspectos didáticos que abranjam o desenvolvimento em todas as linguagens apresentam melhor aprendizagem, conseguem dar opiniões e são mais críticas e felizes (foto: Wanderley Pessoa)Uma abelha pousada na flor, uma borboleta colorida que passa voando, um formigueiro, uma árvore, uma folha que cai dessa árvore, as minhocas que comem essa folha e deixam o solo fértil para as sementes germinarem. Na visão da professora Adenir Vendrame, de Juruena, município do noroeste de Mato Grosso, o maior recurso didático para os professores é o próprio mundo e, muitas vezes, o material pedagógico está no próprio quintal da escola.

    “O mundo infantil precisa de encanto para ser atingido. Por isso, a mediação com o mundo não pode ser somente com a palavra, tem de ser articulada com a arte de desenhar, pintar, recortar, encenar, tatear, contar histórias, cantar, dançar, assistir, sentir com todos os sentidos”, ressalta a professora, que dá aulas no Centro de Educação Infantil Arco-Íris. Formada em pedagogia, com especialização em educação ambiental, há 16 anos no magistério, ela entende que o professor precisa passar a informação e proporcionar a construção do conhecimento com prazer.

    De acordo com Adenir, os recursos didáticos são o alimento da pedagogia na educação infantil. “Assim como o corpo humano necessita ser bem alimentado para ser fisicamente saudável, por igual acontece nos aspectos cognitivos, emocionais e sociais”, afirma. Segundo ela, as crianças estimuladas com aspectos didáticos que abrangem o desenvolvimento em todas as linguagens apresentam melhor aprendizagem, são mais críticas, conseguem dar opiniões e são mais felizes.

    “Para isso, o nosso papel de educador é fundamental. É nossa didática que vai proporcionar esse desenvolvimento integral, que só acontece no ato de responsabilidade de nossa ação em proporcionar uma aula rica, mas fundamentada”, justifica. Em sua opinião, o ato de fazer uma arte por fazer, de forma descontextualizada, não vai adiantar nada. “A criança precisa entender por que está realizando tal atividade”, enfatiza. “Pintando para quê? Desenhando para quê? E assim em todos os recursos pedagógicos.”

    Ela diz que tem buscado desenvolver a maioria das aulas em projetos ou temas geradores, pois acredita que essas metodologias permitem a pesquisa. “Através da pesquisa, o conhecimento é construído com significado, ou seja, sempre há a construção e reconstrução do conhecimento numa linguagem dialógica com o mundo que o cerca”, destaca Adenir, que foi uma das vencedoras na terceira edição do Prêmio Professores do Brasil, em 2008, com o projeto Lendo a Floresta.

    Ela gosta de aproveitar a sucata como recurso, dentro dos temas desenvolvidos. Assim, quando trabalhou a cultura indígena, por exemplo, construiu o chocalho conhecido como maracá, que foi apreciado pelas crianças. Na Semana da Criança, ela desenvolveu vários brinquedos, como bilboquês e fantoches, a partir de sucata.

    “Sabemos que as crianças gostam de usar materiais prontos, como brinquedos, jogos, vídeos etc, mas fica clara a satisfação delas quando confeccionam seu próprio material”, diz a diretora da escola, Célia Danelichen Rehbein, 17 anos de magistério, 11 dos quais como gestora. “O resultado pode ser observado no carinho que as crianças dedicam ao brinquedo feito por elas, como a pipa e o catavento, ou até mesmo ao jardim que ajudam a cuidar”, destaca Célia, formada em pedagogia, com pós-graduação em educação interdisciplinar e metodologia do ensino fundamental.


    Fátima Schenini



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  • Foi publicada nesta segunda-feira, 21, portaria do Ministério da Educação que institui o instrumento de avaliação dos cursos de pedagogia. O documento apresenta os aspectos que serão considerados pelos avaliadores do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) nos processos de reconhecimento dos cursos.

    A definição de um instrumento próprio para os cursos de pedagogia é mais uma ação do MEC no campo da formação de professores. Ele contribui para consolidar as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Pedagogia e afirma o lugar que a qualificação dos professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental deve assumir nesses cursos.

    O instrumento define os critérios de qualidade que devem ser alcançados pelos cursos para que tenham o reconhecimento do MEC. Os critérios de avaliação são organizados a partir de três fatores: organização didático-pedagógica do curso, corpo docente e instalações físicas.

    Em relação à organização didático-pedagógica, serão considerados aspectos como o processo de avaliação da aprendizagem, a integração do aluno à prática educativa e a relação do curso com os sistemas públicos de ensino municipais e estaduais.

    No quesito corpo docente, além de considerar a titulação dos professores, o instrumento também apresenta como critério a ser avaliado a composição e atuação do Núcleo Docente Estruturante, grupo de professores da instituição responsável pela implementação das diretrizes curriculares do curso.

    Além de pedagogia, a medicina, o direito e os cursos superiores de tecnologia possuem instrumentos específicos de avaliação.

    Confira a portaria.

    Assessoria de Comunicação Social
  • A aprovação de Vanessa no Enem, há cerca de oito anos, foi o ponto inicial para o retorno aos estudos (Arte: ACS/MEC)De diarista, Vanessa Andreotti, 37 anos, passou a professora efetiva na rede municipal de ensino na cidade de São Paulo. A guinada na vida veio após o incentivo da filha mais velha, Jéssica Andreotti, para que ela voltasse a estudar. Na época Jéssica tinha 15 anos e cursava o ensino médio, escolaridade máxima adquirida pela mãe, que decidiu trabalhar como empregada doméstica após o marido ficar desempregado.

    Vanessa sempre se esforçou para se manter informada e dar educação digna às filhas, e, como forma de garantir acesso a materiais de leitura para sua família, recolhia do lixo dos patrões revistas, livros e jornais e levava para casa.

    “A gente não tinha acesso. O que a gente lia eram as revistas que os patrões jogavam no lixo. O lixo dos meus patrões era o nosso material de estudo”, comentou Vanessa. Foi quando, vendo o empenho da mãe, Jéssica sugeriu que ela voltasse à sala de aula. “Eu não acreditava mais em mim. Tinha feito um ensino médio muito mal feito, eu não acreditava que era possível e a Jéssica me ajudou. Muita coisa eu já não me lembrava, já não sabia. Então sentava ao lado dela. Estudávamos juntas”, recordou.

    Foi assim que surgiu a ideia de prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ao passar, Vanessa procurou um curso que lhe permitisse contribuir com o aprendizado de tantas outras pessoas. Ela escolheu pedagogia. “Quando eu fui vendo a mudança na vida da minha filha, eu pensei: poxa, eu vou ser professora, eu quero poder falar que a educação pode fazer a diferença na vida. Foi aí que eu escolhi fazer pedagogia”, lembra Vanessa.

    A aprovação de Vanessa no Enem ocorreu há cerca de oito anos. Pouco tempo depois de ser formar ela prestou concurso para a rede pública de ensino paulista. Fez pós-graduação e ainda segue os estudos na área. A filha cursa, atualmente, os últimos anos de Matemática da USP e é trainee em uma grande rede bancária.

    “Hoje eu sei que todos nós somos dotados de conhecimento, cada um com uma habilidade, cada um com uma área”, disse a pedagoga Vanessa Andreotti, que comemora cada conquista depois de tempos difíceis. A filha caçula, Jennifer Andreotti, 17 anos, segue os passos da mãe e da irmã e, prestes a terminar o ensino médio, pretende fazer ciências sociais. O marido de Vanessa, Luiz Andreotti, não ficou de fora e se prepara para a edição deste ano do Enem. Ele quer estudar história.

    “As pessoas, às vezes, ficam sentada esperando a oportunidade bater na porta. Acho que, se correr atrás, existem várias. E depois disso, tem que entrar de cabeça mesmo e trabalhar. E por meio da educação, com certeza se consegue, sim, a mudança de vida”, disse Jéssica Andreotti, que há oito anos plantou a semente da persistência nos estudos dentro da família dela. O mesmo sentimento é replicado em sala de aula pela mãe, Vanessa: “Eu tenho levado isso para a sala de aula, para os meus alunos. A questão de como trabalhar, como falar, como escrever, como se portar e acreditar”, disse, ressaltando o amor que tem por dar aula.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O curso de pedagogia, que forma professores para trabalhar em creches, na educação infantil e do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, está entre os dez mais procurados pelos candidatos a vagas em instituições de ensino superior no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação, até as 12h desta quinta-feira, 20. Três universidades da região Nordeste se destacam na lista com inscrições para pedagogia.

    A Universidade federal do Piauí (UFPI), por exemplo, abriu 2.893 vagas, em 98 cursos distribuídos pelo estado, mas aparece com destaque no número de inscrições em pedagogia. Até o meio dia, o Sisu registrou 5.966 inscrições de estudantes neste curso da UFPI, que tem 220 vagas e é oferecido em quatro campi.

    A federal do Maranhão (UFMA) participa do Sisu com 1.918 vagas, em 53 cursos, mas é na pedagogia que lidera. São 6.076 inscrições para o curso aberto nos campi Bacaga e Imperatriz onde são oferecidas 120 vagas. Também a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) está nesse grupo. A instituição oferece 532 vagas, em 46 cursos, sendo que o de pedagogia está no topo, com 5.688 inscrições. A Uneb tem 94 vagas em pedagogia, distribuídas nos campi Salvador Cabula, Barreira, Irecê, Senhor do Bonfim e Juazeiro.

    Mais três instituições federais da região Nordeste têm cursos lideres em número de inscrições. A Universidade Federal do Ceará, com medicina (12.587 inscrições); a Federal Rural de Pernambuco, com ciências biológicas (7.293); e a federal rural do Semiárido (Ufersa), do Rio Grande do Norte, em ciência e tecnologia (6.907).

    Ionice Lorenzoni
  • As cidades de Nagoya, Hamamatsu e Ota, no Japão, são pontos de encontro de 300 professores brasileiros que começaram este mês um curso de pedagogia a distância. A formação será feita pela Universidade Federal de Mato Grosso, filiada à Universidade Aberta do Brasil (UAB), e em parceria com a Universidade Tokai.


    A abertura do curso e as primeiras 16 horas de aula presencial aconteceram na sede da Universidade Tokai, na cidade de Hiratsu, nos dias 11 e 12 deste mês. Mas o curso, que tem duração de quatro anos, será desenvolvido em três pólos da Universidade Tokai, em Nagoya, Hamamatsu e Ota, cidades que concentram a maioria dos trabalhadores brasileiros no Japão.


    A coordenadora do Projeto de Formação de Professores pelo Acordo Brasil-Japão, Kátia Morosov Alonso, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), explica que o curso atende a professores brasileiros sem graduação ou com graduação em área diferente daquela em que trabalham. O vestibular, que aconteceu em maio, teve 506 inscritos para 300 vagas.


    Estrutura - Para oferecer o curso de pedagogia, a UFMT montou uma estrutura que compreende coordenações geral, de curso e pedagógica, a participação de 17 orientadores educacionais, materiais didáticos impressos e como ferramenta a Plataforma Moodle. Nos pólos, os professores brasileiros têm o auxílio de três tutores bilíngües (línguas portuguesa e japonesa) selecionados no Japão pela Universidade Tokai. Esta universidade também oferece a infra-estrutura dos pólos (biblioteca, laboratórios, computadores) e apoio para as atividades dos grupos de estudos e videoconferências.


    Segundo Kátia Alonso, os cursistas estudarão neste semestre o que é e como funciona a educação a distância e os módulos de antropologia e sociologia. Ao final de cada módulo os alunos são avaliados. As aulas do semestre estão previstas para encerrar em 20 de dezembro.


    O curso, na modalidade a distância, tem duração de quatro anos (2009-2013), divididos em oito semestres e carga de 3.360 horas. A cada semestre o curso tem três momentos presenciais, sendo dois por viedeoconferência e um encontro com os professores da UFMT, no Japão.


    Dados do portal da Embaixada do Brasil em Tóquio indicam que funcionam no Japão 71 escolas brasileiras, das quais, 52 foram homologadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), e 19 estão em processo de homologação. Kátia Alonso estima que hoje 80% dos professores que trabalham em escolas brasileiras no Japão, lecionam na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental. É para eles que a universidade oferece a licenciatura em pedagogia.


    Ionice Lorenzoni

  • O profissional da educação é personagem de uma série de reportagens do Portal do MEC. Nesta matéria, são abordadas as especificidades da carreira do pedagogo, que cria instrumentos para a qualificação do indivíduo. 


  • Na Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, o programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC, conta a história da professora e pedagoga Patrícia de Jesus Neves, 32, que há quatro anos se dedica a auxiliar crianças de 6 a 11 anos, matriculadas na rede pública, que leem, mas ainda não compreendem o significado das palavras e nem das frases. Ela faz parte do projeto social Apoio Pedagógico, que funciona no Bairro da Paz, em Salvador, e que é mantido pela Santa Casa da Bahia. O programa vai ao ar nesta sexta-feira, 26.

    Formada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a pedagoga explica que o projeto vai muito além de um reforço escolar, e que por isso recebe o nome de Apoio Pedagógico. “Trabalhamos com temas. Escolhemos dois ao longo do ano e desenvolvemos um projeto no primeiro semestre e outro no segundo semestre, e é nesse processo que acontece o incentivo à leitura e a escrita”, afirma Patrícia.

    A missão da professora é ajudar crianças que leem, juntam as sílabas, mas que não compreendem o significado das palavras e o sentido das frases. Patrícia conta que acompanhar o desenvolvimento das crianças no dia a dia é um dos seus combustíveis no exercício da profissão. “Sem falar do afeto e da energia que elas transmitem”, observa. Patrícia procura utilizar recursos lúdicos para ajudar nas dificuldades vivenciadas pelas crianças e busca desenvolver entre a garotada o hábito e o gosto pela leitura.

    De acordo com Patrícia, o projeto existe desde 2014 e atendia quatro turmas de crianças entre 6 e 7 anos. Com o sucesso, passou a atender mais quatro turmas com estudantes entre 8 e 11 anos. A docente ainda diz que em alguns casos o projeto também atua com alfabetização. “Alguns ingressam aqui com 8, mas não estão alfabetizados ainda, e com os outros que já garantiram isso nós trabalhamos o processo de letramento, para que compreendam melhor o texto. Os temas que trabalhamos no projeto também ampliam a visão de mundo”, comenta Patrícia.

    O projeto da Santa Casa atende ao todo 150 crianças da rede municipal de ensino, que moram no Bairro da Paz. Fundada em 1549, mesmo ano da cidade de Salvador, a Santa Casa da Bahia presta assistência aos baianos na área de saúde, de ensino e pesquisa, cultura, assistência social e educação infantil.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Haddad, com o presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Araújo: 'Temos de fomentar iniciativas para que o país tome decisões corretas quanto aos rumos do ensino'. (Foto: Wanderley Pessoa)Levar aos professores experiências nacionais e internacionais de pedagogias que funcionam em sala de aula é o objetivo do seminário Profissão Professor – o Resgate da Pedagogia, em Brasília, nesta quinta-feira, 27. O encontro é promovido pelo Instituto Alfa e Beto, com apoio da Secretaria de Educação Integral do Governo do Distrito Federal e da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).


    O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou da abertura do evento e incentivou o debate. “Independentemente de convergências ou divergências, temos de fomentar iniciativas na área da educação para que o país tome decisões corretas quanto aos rumos do ensino”, disse.


    Haddad, que conheceu projetos do Instituto Alfa e Beto durante o encontro, destacou a importância de trabalhos nas áreas da educação infantil, formação de professores e diversificação do ensino médio. De acordo com o presidente do instituto, João Batista Araújo, as implicações das pedagogias na formação de professores estão entre os destaques do seminário.

    Assessoria de Comunicação Social

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