A estudante Júlia Curi Augusto Pereira, 18 anos, mora com a família em Campo Grande. Há um ano, ela realizava os últimos preparativos para a prova que tornaria realidade seu grande sonho, o de cursar direito na Universidade Federal de Mato grosso do Sul (UFMS). Alcançar uma boa nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) era a chance de acesso à educação superior.
“O Enem era o único meio de eu ingressar na universidade na qual eu sempre quis estudar, que é a UFMS, que não tem mais vestibular”, diz a estudante. “Então, eu precisava, de qualquer forma, prestar o Enem. Foi um meio, mesmo, de realizar meu sonho.”
Na esperança de conquistar a sonhada vaga e convicta de ter feito boa prova, Júlia aguardou ansiosa pela divulgação do resultado. No final, alegria para ela e toda a família. “Eu não diria que foi uma surpresa porque eu me esforcei bastante, mas foi muito gratificante”, afirma. “Na verdade, até o último segundo a gente fica meio em dúvida. Estávamos todos juntos, e foi uma grande alegria.”
A estudante chorou, assim como sua mãe. “Todos da família ficaram felizes. Eles sempre me incentivaram muito, e é gratificante ver o retorno disso”, destaca.
Coerência — A escrita foi fundamental para o bom desempenho da Júlia nas provas do Enem. O desafio de um texto coerente, com bons argumentos, rendeu à estudante a nota máxima: mil pontos. Isso a ajudou na hora de conquistar a vaga na educação superior. Passada a experiência, ela dá dicas aos estudantes que participarão da edição do exame este ano.
“Na verdade, na redação, para ter sucesso, é preciso ter em mente que não é impossível tirar nota mil” afirma. “Não tem mistério. Basta seguir o modelo do Enem e, principalmente, focar muito bem no português, não cometer erros de ortografia. Isso é uma grande ajuda.”
De acordo com a estudante, é importante ter boa argumentação, usar a intertextualidade, a filosofia, a sociologia. “Minha argumentação ajudou muito”, diz. Ela recomenda fazer a redação antes das demais provas e ter muita atenção. “Isso me ajudou a alcançar essa nota, além do hábito que eu já tinha de escrever desde sempre.”
Crescimento — O fato de escrever há muito tempo, segundo Júlia, colabora para tudo o que desempenha na prática. “Desde pequena, sempre tive esse hábito. Eu já tive blogue, já escrevi para revista de adolescente, conheci escritoras de livros infanto-juvenis”, salienta. “Escrever sempre faz parte da minha vida, sempre foi uma coisa que eu gostei muito de fazer e faço muito bem.”
A oportunidade que se abriu graças à boa nota no Enem possibilita à jovem viver novas e importantes experiências. Júlia afirma que já consegue perceber um crescimento intelectual e pessoal. “Evoluí muito, em poucos meses. Em um semestre, já sou uma pessoa totalmente diferente.”
Para ela, a universidade é um ambiente especial, que permite conhecer pessoas, professores e aprender muitas coisas. “Além do conteúdo do curso, aprendemos a crescer, a ser adultos. É uma fase muito importante da nossa vida.”
Júlia fez as provas do Enem em 2015 e conquistou seu lugar na educação superior. Este ano, mais de 8 milhões de estudantes estão inscritos para o exame. Aqueles que alcançarem bom resultado terão a chance de ingressar em universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou, em instituição particular, com o Programa Universidade para Todos (ProUni). Ainda há a possibilidade de vaga em cursos profissionalizantes ou tecnológicos, com o Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). O acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) também leva em conta a nota do Enem.
Assessoria de Comunicação Social