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  • Os 4,1 milhões de estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 3 e 4 últimos terão acesso ao espelho de correção digitalizado da redação, para fins pedagógicos, a partir de 15 de fevereiro do próximo ano. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela realização do Enem, 5.683 profissionais farão a correção. O trabalho terá início na próxima semana.

    A correção avalia cinco competências:

    1. Domínio da norma padrão da língua escrita
    2.Compreensão da proposta de redação e aplicação de conceitos das várias áreas do conhecimento para o desenvolvimento do tema nos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo
    3.Capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
    4.Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação
    5. Elaboração de proposta de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos humanos.

    A pontuação em cada competência pode variar até 200 pontos. A nota máxima da redação é de mil pontos.

    A partir desta edição, a redação será examinada por dois corretores, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Caso haja diferença na nota final superior a 200 pontos, o texto será avaliado por um terceiro corretor. Em anos anteriores, isso ocorria quando a discrepância entre as duas primeiras notas superava os 300 pontos.

    Também a partir deste ano, será acionada uma banca examinadora de excelência caso a diferença entre as notas dos três avaliadores permaneça superior a 200 pontos. Composta por três professores, a banca será responsável pela atribuição da nota final ao participante. O máximo é de mil pontos. A nota final será a média aritmética daquelas atribuídas pelos avaliadores.

    Na hipótese de a nota do primeiro corretor ser de 640 pontos e a do segundo, 480 — diferença inferior a 200 pontos —, a nota final da redação desse candidato será a média aritmética das duas. No entanto, caso a de um corretor, na competência 1, seja 160 e a de outro, 40, a redação será encaminhada ao terceiro avaliador. Se a terceira nota, nessa competência, se aproximar daquela atribuída por um dos dois corretores anteriores, não haverá necessidade de intervenção da banca examinadora. A avaliação mais baixa será eliminada.

    O estudante terá nota zero na redação se fugir ao tema proposto, apresentar estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo, entregar folha em branco ou com sete linhas ou menos, copiar os textos motivadores e reproduzir impropérios, desenhos ou palavras de desrespeito aos direitos humanos.

    O Inep estima que das 4,1 milhões de redações corrigidas, cerca de 1,2 milhão receberão a terceira correção e que aproximadamente 200 mil sejam avaliadas pela banca.

    Capacitação
    — Os corretores passaram por dois meses de treinamento presencial e a distância, no qual foram abordadas as especificidades de cada competência e o conjunto do texto. Nesta semana e na próxima, os profissionais passam por nova capacitação, voltada para a correção do tema — O Movimento Imigratório para o Brasil no Século 21. No dia 14 próximo, serão submetidos a pré-teste de avaliação da capacidade de proceder à correção de acordo com o padrão estabelecido pela banca examinadora.

    Após a fase de correção, as redações estarão disponíveis para visualização na página do Inep na internet. Os estudantes terão acesso com a senha pessoal gerada no momento em que fizeram a inscrição para o exame.

    Assessoria de Comunicação Social

    Republicada com correção de informações
  • O candidato Felipe Nogueira Anchieta elogiou o tema da redação do Enem deste ano (foto: Isabelle Araújo ACS/MEC)Estudantes de todo o país realizaram neste domingo, 6, o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016. Devido à redação, o exame teve uma hora a mais de duração que o dia anterior. Os candidatos tiveram que elaborar um texto argumentativo de, no máximo, 30 linhas, sobre os “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”. O tema foi comemorado pelo estudante Felipe Nogueira Anchieta. “É um tema atual, que consegui desenvolver bem usando o que aprendi na escola e o que eu sei sobre religião”, celebrou.

    O candidato também elogiou a estrutura da prova. “Os textos motivacionais estavam bem explicativos. Deu para tirar uma boa base de lá”, afirmou o aluno do último ano do ensino médio do Centro Educacional do Lago, escola da rede pública de ensino de Brasília. Concluindo a sua primeira participação no Enem, o estudante de 18 anos pretende utilizar a nota do exame para ingressar no curso de Arquitetura ou Educação Física da Universidade de Brasília (UnB).

    O coordenador de redação do Centro Educacional Sigma, em Brasília, também aprovou o tema apresentado. Para Eli Carlos Guimarães, a proposta levanta a discussão sobre um preconceito que existe, mas que não é colocado. “Há um preconceito em discutir este preconceito”, observou. “A contribuição do Enem com essa temática é extremamente importante. O exame é uma avaliação nacional, que é muito observada, criticada. Ao trazer aos jovens uma discussão como essa, ele vai suscitar um debate público informal imensamente importante para a educação brasileira”.

    A prova discursiva é determinante para a classificação dos candidatos, pois tem caráter eliminatório para quem tira zero. A redação vale até mil pontos e corresponde à metade da nota geral do exame. Ela apresenta diferenças em relação àquelas aplicadas em outros vestibulares. Além de avaliar o aluno que termina o ensino médio, a redação permite a aferição do participante do exame como um sujeito crítico diante da realidade. Na unidade textual, também há a necessidade de relacionar, organizar e interpretar informações, fatos e opiniões, respeitando os direitos humanos.

    De acordo com o manual de redação do Enem, os candidatos que não atenderem a proposta solicitada ou desenvolverem outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo receberão nota zero. Textos ofensivos ou desconectados do tema também serão anulados. O mesmo vale para redações entregues em branco ou com até sete linhas, independente do conteúdo apresentado na folha de rascunho; para textos que contenham impropérios ou desenhos; ou, ainda, para dissertações que transpareçam desrespeito aos direitos humanos. Cópia dos textos motivadores apresentados no caderno de questões será desconsiderada para efeito de correção e não entrará na contagem do mínimo de linhas.

    Correção — No processo de correção das provas de redação, os participantes são avaliados em cinco competências, que valem, cada uma, até 200 pontos: domínio da norma-padrão da língua escrita; compreensão da proposta; capacidade de organizar e relacionar informações; construção da argumentação; e elaboração de proposta de intervenção ao problema exposto.

    As redações do Enem são avaliadas por dois corretores, de forma individual. Cada um deles atribui nota entre zero e 200 pontos a cada uma das competências. Caso haja diferença superior a 100 pontos entre as notas totais dos dois corretores ou de mais de 80 pontos em qualquer uma das cinco competências, a redação segue para um terceiro avaliador. Na hipótese de a discrepância continuar depois da terceira avaliação, a redação será corrigida por uma banca com três professores, que será responsável pela nota final.

    Assessoria de Comunicação Social
     

  • Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 têm como tema de redação “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. O texto deve ser dissertativo-argumentativo, com até 30 linhas, desenvolvido a partir da situação proposta no tema e de subsídios oferecidos pelos textos motivadores. Além da redação – pela primeira vez aplicada no primeiro dia do exame –, os participantes farão provas de Linguagens, códigos e suas tecnologias; e Ciências humanas e suas tecnologias, que somam 90 questões de múltipla escolha.

    As provas começaram às 13h30 e os participantes terão cinco horas e 30 minutos para resolvê-las. Aqueles com direito a tempo adicional e que solicitaram o recurso durante a inscrição terão uma hora a mais. Deficientes auditivos e surdos que optaram fazer a videoprova traduzida em libras, novidade desta edição, terão duas horas a mais de prova. É a primeira vez que o Enem é aplicado em dois domingos consecutivos e que as áreas de conhecimento são divididas dessa forma. Assim, a demanda cognitiva do participante está organizada de maneira mais inteligente e integrada.

    Critérios – A partir da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o edital do exame de 2017, o MEC e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) decidiram acatar a decisão sem recorrer ao Plenário do STF, garantindo que os participantes do Enem 2017 possam fazer a prova com segurança jurídica e com a tranquilidade necessária ao exame. Dessa forma, não será atribuída nota zero à redação que violar os direitos humanos.

    Continuam em vigor os critérios de correção das cinco competências, conforme estabelecido na Cartilha de Participante – Redação no Enem 2017. O respeito aos direitos humanos será considerado na correção como previsto na competência 5: “elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos”.

    O texto é dissertativo porque disserta sobre um assunto proposto, descreve-o e explica-o. É também argumentativo porque defende uma opinião e tenta convencer o leitor com argumentos. O material precisa ser opinativo e organizado para a defesa de um ponto de vista, já que a opinião do autor deve estar fundamentada com explicações e argumentos.

    Regras – O participante só poderá ausentar-se em definitivo da sala de provas após duas horas do início da aplicação. O caderno de questões só poderá ser levado para casa quando o candidato deixar em definitivo a sala nos 30 minutos que antecedem o término da prova. O descumprimento dessas duas regras é motivo para eliminação do exame.

    São motivos para receber nota zero na redação: fuga total ao tema; não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa; extensão de até sete linhas; cópia integral de texto motivador da proposta de redação e/ou de textos motivadores do caderno de questões; impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação; parte deliberadamente desconectada do tema proposto; assinatura, nome, apelido ou rubrica fora do local designado para assinatura do participante; texto integralmente em língua estrangeira e folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

     

  • Seis estudantes brasileiros que se destacaram no concurso de redação sobre o bicentenário da independência paraguaia serão premiados com uma viagem acadêmica e cultural à República do Paraguai, entre os dias 2 e 8 de dezembro. Além do Brasil, alunos do ensino médio da Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile e Colômbia participaram da edição 2011 do concurso histórico literário Caminhos do Mercosul.

    Os jovens estudantes se encontrarão na capital Assunção, onde assistirão a apresentações que expressem a tradição cultural de seus países, como danças típicas e leitura de poesias. Depois, o grupo parte para o interior do país, para conhecer monumentos e lugares históricos. Na cidade de Encarnación, eles se encontram com historiadores para saber mais sobre o lugar onde ocorreu a Batalha de Takuari, que resultou na independência do Paraguai.

    Investigação histórica foi o recurso textual mais utilizado pelos estudantes premiados. Hernann Forattini, 17 anos, porém, optou pela poesia. Ele passou um dia lendo sobre o tema e levou outros dois dias para escrever os 274 versos sobre a luta pela independência do Paraguai. “Foi difícil porque tive de ler muito para ter o sentimento daquela época. É uma história de coragem e amor”, resume o aluno do segundo ano do ensino médio da Escola Estadual Francisco Menezes Filhos.

    Aluno do segundo ano da Escola Estadual Profª. Therezinha Sartori, em Mauá (SP), Guilherme Rodrigues de Souza, 16 anos, é outro aluno premiado. Durante uma semana ele pesquisou para escrever sobre o processo de independência do Paraguai. “Eu preferi escrever um pouco sobre diferentes pontos da independência, como as mulheres foram fortes”, conta ele, entusiasmado com a primeira viagem para fora do país. “É importante essa união entre os países do Mercosul”, diz o aluno, que quer se formar em engenharia.

    Além de Hernann e Guilherme, integram o grupo brasileiro os estudantes Daniel Paiva de Macedo Júnior (CE), Joice Cleide Toga Maciel (AM), Cassiano Santana dos Santos (SE), e Flávio Torquatto (SE). A décima edição do concurso terá como tema de redação o bicentenário do Uruguai. O concurso literário é realizado em parceria com a Organização do Estados Ibero-Americanos (OEI) e os ministérios da educação do Mercosul.

    Rovênia Amorim
  • Cerca de 10 mil redações receberam nota zero no último Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), em 2015, por apresentar propostas de intervenção social que violavam os direitos humanos. O critério foi responsável por quase 20% das anulações, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), organizador do exame.

    Na prova de redação do Enem, incitar a violência, defendendo que “se faça justiça com as próprias mãos” ou a “lei do olho por olho, dente por dente”, é considerado desrespeito aos direitos humanos. A determinação, prevista em edital desde 2013, desconsidera o desempenho geral do candidato, ainda que ele atenda, em seu texto, às demais quatro competências cobradas.

    Em 2015, com o tema A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, as redações que receberam nota zero apresentavam propostas de ações discriminatórias e que atentavam contra a integridade física ou moral das mulheres. Sugerir castigos para comportamentos femininos e para os infratores de leis de proteção à mulher, como linchamento, mutilação, tortura e execução sumária, também foram propostas identificadas nas redações.

    Para Daniel Ximenes, diretor de direitos humanos e cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, o desrespeito aos direitos humanos significa uma inadaptação para a vida em sociedade. “Isso deve ser combatido em todas as formas de expressão, inclusive nas redações do Enem.”

    Segundo ele, tão importante quanto formar os jovens para o mundo do trabalho é formá-los para o exercício da cidadania, considerando as diferenças e lutando contra todas as formas de preconceito e discriminação. Daniel Ximenes defende que as escolas se apropriem do tema como parte da cultura institucional. “A educação em direitos humanos tem como objetivo central a formação para a vida e para a convivência, com o respeito ao outro, em uma relação dialógica entre toda a comunidade escolar”, afirmou.

    O professor Rafael Riemma aconselha que o aluno faça uma análise e uma reflexão cuidadosa sobre o tema da redação. “Para ter um bom desempenho na competência 5 (elaborar uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos), é preciso mais do que se posicionar. É necessário saber apresentar propostas factíveis, que solucionem o problema”, sugeriu.

    Além do desrespeito aos direitos humanos, a redação do Enem receberá nota zero se fugir ao tema; não obedecer à estrutura dissertativo-argumentativa; ter extensão de até sete linhas; for cópia do texto motivador; usar impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação; for deliberadamente desconectada ao tema proposto e for entregue em branco (ainda que haja texto escrito na folha de rascunho). Em 2015, 53.032 redações receberam nota zero com base nesses critérios.

    A cartilha do participante na Redação do Enem 2016 detalha as cinco competências cobradas na prova e explica a metodologia adotada na correção do texto. Além disso, ela traz redações que obtiveram pontuação máxima – mil pontos – nas edições do Enem de 2013, 2014 e 2015, com comentários que explicitam os critérios utilizados nas correções.

    Para que a redação seja corrigida, o estudante precisa demonstrar domínio da escrita, compreender a proposta do tema, saber argumentar sob seu ponto de vista, demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos e apresentar uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

    Acesse o Manual de Redação do Enem 2016.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estudantes de 16 a 19 anos de idade, que estejam cursando o segundo ou terceiro ano do ensino médio público, podem participar da quarta edição do concurso de redação promovido pelo Senado Federal. O tema da redação é O Brasil que a gente quer é a gente quem faz.

    Conforme o calendário do concurso, as escolas estaduais têm prazo até 30 de setembro para enviar as redações para as secretarias. Depois, a secretaria seleciona os três melhores trabalhos e encaminha para o Senado; o Senado seleciona as 27 melhores redações, uma de cada unidade da Federação.

    Os 27 classificados receberão um microcomputador portátil, certificado de participação e medalha. A entrega dos prêmios está prevista para o período de 16a 18 de novembro, em Brasília, quando os vencedores participam de atividades do projeto jovem senador.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira o regulamento do concurso.
  • Os estudantes premiados foram empossados como Jovens Senadores, no plenário do Senado (Foto: Ana Volpe / Agência Senado)Em cerimônia realizada no Congresso Nacional na manhã desta segunda-feira, 19, foram premiados os 27 estudantes de ensino médio, um de cada unidade da federação, que se destacaram ao escrever sobre a realidade do seu município diante dos desafios atuais no Brasil. Meu Município, Meu Brasilfoi o tema do 5º Concurso de Redação do Senado Federal, realizado em parceria com o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

    Aluna de Junqueiro, em Alagoas, Layane Rayelle Silva Marinho, 16 anos, Escola Estadual Padre Aurélio Góes, tirou o primeiro lugar no concurso. “O título da minha redação foi Brasil, uma mãe gentil para os filhos dos seus municípios. Fiz um paralelo envolvendo o Hino Nacional com os problemas sociais e econômicos do meu estado, da minha cidade e do Brasil, como a corrupção”, conta a estudante.

    Com a redação intitulada Minha cidade berço de um patrimônio imaterial, a aluna Bruna Clemente Gontijo, 17 anos, de Bom Despacho, Minas Gerais, ficou com o segundo lugar. Ela escreveu sobre um dialeto, chamado Língua do Negro da Costa ou Língua de Tabatinga, ainda falado no bairro de Ana Rosa, na periferia da cidade.

    “Bom Despacho ficava próxima a uma área mineradora e os escravos conversavam nesse dialeto, que depois foi sendo misturado ao português”, explicou Bruna. “Não imaginava que poderia ganhar, e fiquei muito orgulhosa de descobrir algo e poder transmitir isso para as pessoas e de mostrar a importância de preservar esse dialeto”, conta a aluna do Colégio Tiradentes da Polícia Militar.

    O terceiro lugar ficou com Rodrigo de Brito Sá, 17 anos. O tema de sua redação foi Meu município, uma peça no quebra-cabeça do Brasil. Morador de Monsenhor Hipólito (PI), cidade de apenas 8 mil habitantes, o estudante do terceiro ano da Unidade Escolar José Alves Bezerra mostrou que o município integra o Brasil e destacou os vários estudantes talentosos que já saíram de lá.

    Os 27 alunos premiados receberam medalha e um notebook. Os três primeiros ganharam troféu. Após a premiação, todos os estudantes foram empossados como Jovens Senadores, no plenário do Senado Federal. Durante três dias, eles apresentarão pré-projetos de leis que poderão depois entrar em tramitação. No último ano, seis propostas apresentadas por estudantes vencedores do concurso de redação viraram projetos de leis.

    “Participando de concursos de redações como esse e vindo aqui para o Senado, participando dos debates e propondo projetos de leis, eles vão aprimorando a sua visão como cidadãos e buscando intervir nos contextos das suas comunidades com mais consciência. Sem isso, não teremos como construir uma pátria livre e soberana”, afirma Danilo de Melo Souza, secretário de educação do Tocantins e vice-presidente do Consed.

    Nayane Rodrigues da Silva, 17 anos, aluna da Escola Estadual Brigadeiro João Camarão Teles Ribeiro, em Manaus, vai propor um projeto de lei para valorizar os professores, incluindo aumento do piso salarial e mais cursos de qualificação. “Se tiver toda essa atenção para os professores, eles vão dar aula com mais gosto e vamos ter um olhar diferenciado também para os alunos”, afirma.

    Em 2013, o tema do concurso de redação do Senado Federal será Buscar voz para ter vez: cidadania, democracia e participação.

    Rovênia Amorim
  • Os 280 supervisores que atuarão na correção das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, em outubro próximo, passam por cursos de capacitação presencial neste sábado, 3, e no domingo, 4, em Brasília. A partir de segunda-feira, 5, a formação continuará, na modalidade a distância, com os 8,4 mil corretores.

    No curso, serão discutidos aspectos teóricos de cada uma das competências da matriz de correção das redações do exame e esclarecidos os critérios avaliados e as mudanças que ocorreram em relação a 2012.

     

    Para a edição deste ano houve aumento da equipe que acompanhará a correção das redações. Serão 8,4 mil corretores, 280 supervisores e 35 coordenadores. No ano passado, foram 5,6 mil corretores, 230 supervisores e 12 coordenadores. Na segunda quinzena deste mês, será publicado o Guia do Participante – 2013, com exemplos de redações que obtiveram nota 1.000.

     

    Entre as mudanças para a edição de 2013 do exame está o maior rigor na correção das redações. A discrepância entre as notas dos dois corretores independentes não pode passar de 100 pontos — em 2012, era de 200. Se houver discrepância acima de 100 pontos, a redação passará por um terceiro corretor. Caso permaneça, a correção ficará a cargo de uma banca de especialistas. As redações serão corrigidas com base em cinco competências, que valem até 200 pontos.

     

    A partir desta edição, também está prevista a anulação da redação que apresentar partes do texto deliberadamente desconectadas com o tema proposto. A mudança está prevista no edital do Enem de 2013, publicado no Diário Oficialda União de 9 de maio último.

     

    Assessoria de Comunicação Social do Inep

     

     

     

     

  • Pontualmente às 19h (horário de Brasília), terminaram, em todo o país, as provas do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017. A aplicação regular, iniciada às 13h30, teve cinco horas e 30 minutos de duração.

    Participantes com direito a tempo adicional e que solicitaram o recurso durante a inscrição terão uma hora a mais, encerrando a prova às 20h. Deficientes auditivos e surdos que optaram pela videoprova traduzida em libras, novidade desta edição, terão duas horas a mais e poderão fazer suas provas até as 21h (também pelo horário de verão de Brasília).

    Pela primeira vez, a redação do Enem – que teve como tema “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil” – foi aplicada no primeiro dia. Também foram avaliadas as áreas de Linguagens, códigos e suas tecnologias e Ciências humanas e suas tecnologias, que somam 90 questões de múltipla escolha.

    No próximo domingo, 12, serão aplicadas as provas de Ciências da natureza e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias. A duração regular no próximo domingo é menor: os participantes terão quatro horas e 30 minutos para responder 90 questões. 

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

     


  • Júlia fez o Enem há um ano e hoje cursa direito na UFMS: “Na redação, para ter sucesso, é preciso ter em mente que não é impossível tirar nota mil, não tem mistério” (foto: arquivo pessoal)A estudante Júlia Curi Augusto Pereira, 18 anos, mora com a família em Campo Grande. Há um ano, ela realizava os últimos preparativos para a prova que tornaria realidade seu grande sonho, o de cursar direito na Universidade Federal de Mato grosso do Sul (UFMS). Alcançar uma boa nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) era a chance de acesso à educação superior.

    “O Enem era o único meio de eu ingressar na universidade na qual eu sempre quis estudar, que é a UFMS, que não tem mais vestibular”, diz a estudante. “Então, eu precisava, de qualquer forma, prestar o Enem. Foi um meio, mesmo, de realizar meu sonho.”

    Na esperança de conquistar a sonhada vaga e convicta de ter feito boa prova, Júlia aguardou ansiosa pela divulgação do resultado. No final, alegria para ela e toda a família. “Eu não diria que foi uma surpresa porque eu me esforcei bastante, mas foi muito gratificante”, afirma. “Na verdade, até o último segundo a gente fica meio em dúvida. Estávamos todos juntos, e foi uma grande alegria.”

    A estudante chorou, assim como sua mãe. “Todos da família ficaram felizes. Eles sempre me incentivaram muito, e é gratificante ver o retorno disso”, destaca.

    Coerência — A escrita foi fundamental para o bom desempenho da Júlia nas provas do Enem. O desafio de um texto coerente, com bons argumentos, rendeu à estudante a nota máxima: mil pontos. Isso a ajudou na hora de conquistar a vaga na educação superior. Passada a experiência, ela dá dicas aos estudantes que participarão da edição do exame este ano.

    “Na verdade, na redação, para ter sucesso, é preciso ter em mente que não é impossível tirar nota mil” afirma. “Não tem mistério. Basta seguir o modelo do Enem e, principalmente, focar muito bem no português, não cometer erros de ortografia. Isso é uma grande ajuda.”

    De acordo com a estudante, é importante ter boa argumentação, usar a intertextualidade, a filosofia, a sociologia. “Minha argumentação ajudou muito”, diz. Ela recomenda fazer a redação antes das demais provas e ter muita atenção. “Isso me ajudou a alcançar essa nota, além do hábito que eu já tinha de escrever desde sempre.”

    Crescimento — O fato de escrever há muito tempo, segundo Júlia, colabora para tudo o que desempenha na prática. “Desde pequena, sempre tive esse hábito. Eu já tive blogue, já escrevi para revista de adolescente, conheci escritoras de livros infanto-juvenis”, salienta. “Escrever sempre faz parte da minha vida, sempre foi uma coisa que eu gostei muito de fazer e faço muito bem.”

    A oportunidade que se abriu graças à boa nota no Enem possibilita à jovem viver novas e importantes experiências. Júlia afirma que já consegue perceber um crescimento intelectual e pessoal. “Evoluí muito, em poucos meses. Em um semestre, já sou uma pessoa totalmente diferente.”

    Para ela, a universidade é um ambiente especial, que permite conhecer pessoas, professores e aprender muitas coisas. “Além do conteúdo do curso, aprendemos a crescer, a ser adultos. É uma fase muito importante da nossa vida.”

    Júlia fez as provas do Enem em 2015 e conquistou seu lugar na educação superior. Este ano, mais de 8 milhões de estudantes estão inscritos para o exame. Aqueles que alcançarem bom resultado terão a chance de ingressar em universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou, em instituição particular, com o Programa Universidade para Todos (ProUni). Ainda há a possibilidade de vaga em cursos profissionalizantes ou tecnológicos, com o Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). O acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) também leva em conta a nota do Enem.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O desembargador Paulo Roberto de Oliveira Lima, presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, suspendeu todas as decisões liminares coletivas e individuais referentes à vista antecipada do espelho da redação do Enem na jurisdição do TRF 5ª Região, na noite desta sexta-feira, 4. Com a decisão, a vista pedagógica da redação será liberada em 6 de fevereiro, conforme previsto no edital e no termo de ajustamento de conduta firmado pelo MEC com o Ministério Público Federal.

    De acordo com o item 15.3 do edital do Enem, a vista da prova de redação tem finalidade exclusivamente pedagógica. Não serão aceitos outros recursos além dos especificados no edital.

    Na decisão, o desembargador aponta que a postulação do MPF do Ceará é “francamente colidente com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) transitado em julgado”. Ainda segundo desembargador “não há bem lidos os documentos representativos da causa como crer em outro ânimo na propositura desta ação que não seja o desejo de combater o exame por si”.

    O desembargador cita também que a vista antecipada da redação imporia à administração a) adotar providência materialmente irrealizável, posto que estivesse, por meses, programada para certo calendário que findou abreviado enormemente, em franca contribuição para o colapso do exame e do processo seletivo que se avizinha; que b) a exibição imposta não tem sentido prático, já que recursos voluntários não estão previstos, seja no TAC homologado judicialmente, seja no edital inatacado do exame; que c) o acesso às provas já está assegurado para breve, a bem de que a finalidade pedagógica da exibição, aquela desejada pelas instituições envolvidas na causa, tenha lugar; que d) possíveis ações judiciais, teoricamente cogitáveis a partir de fevereiro, são de péssimo prognóstico jurisprudencial, o que se diz não por intuição, mas em respeito aos precedentes até mesmo da Suprema Corte do país; e que e) viceja severo risco de efeito multiplicador se não houver a suspensão pretendida, perceptível inclusive pelas ações individuais mencionadas na peça pórtico.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira a íntegra do despacho do juiz Paulo Roberto de Oliveira Lima
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