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Diversidade

Resultados do Diversidade na Universidade

  • Quinta-feira, 10 de julho de 2008, 13h22
  • Última atualização em Terça-feira, 15 de julho de 2008, 10h20

Os resultados do Programa Diversidade na Universidade, iniciado em 2003, foram apresentados nesta quinta-feira, 10, em Brasília. Uma avaliação final acerca das dificuldades e avanços do programa foi feita por representantes da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O programa foi criado para apoiar a conclusão do ensino médio e ampliar o acesso ao ensino superior de afrodescendentes e indígenas. O titular da Secad, André Lázaro, disse que o maior avanço foi ajudar a incluir a temática etnico-racial na agenda pública e, assim, permitir o desenvolvimento de políticas públicas de inclusão educacional desses grupos.

O secretário destacou ainda a abertura de diálogo com os governos estaduais e municipais sobre a temática. Na visão dele, hoje o tema pode ser abordado de forma objetiva. “Nossa conversa não é abstrata. Podemos perguntar aos gestores como anda a formação de professores na temática etnico-racial, já que nós oferecemos curso de formação pela UAB”, exemplifica, em referência à Universidade Aberta do Brasil.

Como resultados do programa, a representante do BID, Rita Sório, destacou que mais de 2,8 mil alunos afrodescendentes e indígenas ingressaram no ensino superior e 500 professores receberam formação para a valorização etnico-racial, entre outras medidas. Além disso, foram produzidas 22 publicações que tratam do assunto e que estão disponíveis no portal Domínio Público, de acesso gratuito.

Segundo Rita, a experiência de parceria do Banco Interamericano com o governo brasileiro virou referência e hoje serve de modelo para ações semelhantes em outras regiões da América Latina. “O Brasil passou a ser vitrine para ações em países como Colômbia, Equador e Paraguai”, ressaltou.

Para a representante da Unesco, Marilza Regattieri, o país ainda tem longo caminho a percorrer para equilibrar as taxas de escolarização entre as populações branca e negra. “A Unesco apoiará o Brasil na institucionalização das leis 10.639 e 11.645”, afirmou. A legislação referida trata da inclusão de temáticas afrodescendentes, africanas e indígenas no currículo da educação básica de escola públicas e privadas.

O encontro de avaliação final do programa ajudará a compreender, na visão de André Lázaro, quais medidas futuras o MEC deve tomar para ampliar o acesso ao ensino de populações indígenas e afrodescendentes. “Esperamos que os avanços sejam de toda a sociedade e não de apenas um governo”, concluiu.

Maria Clara Machado

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Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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