Parceria dos ministérios garante obras do Museu Nacional
Rio de Janeiro - Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Cultura, Gilberto Gil, assinaram na tarde desta quarta-feira, 30, um termo de cooperação que prevê a transferência de R$ 3 milhões para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os recursos serão usados para tocar as obras do Museu Nacional do Rio de Janeiro. A metade será financiada pelo MEC e a outra parcela, de R$ 1,5 milhão, será captada pelo MinC via leis de incentivo cultural.
Pela Cultura, o ministro Gilberto Gil lembrou a importância de um museu que recebe 350 mil visitantes por ano. "O Museu Nacional vai completar 200 anos em 2018 e tem um papel fundamental na construção da memória brasileira." Durante a cerimônia, Gil anunciou a criação, ainda este ano, do Instituto Brasileiro de Museus, órgão responsável pela articulação de todos os museus do país, sejam públicos, particulares, militares ou universitários.
O ministro Fernando Haddad observou que o Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi beneficiado nos últimos três anos com cerca de R$ 20 milhões. "São recursos obtidos a partir do orçamento das empresas estatais, o que demonstra a importância do Museu Nacional para a preservação da cultura brasileira."
Gil e Haddad percorreram as salas do museu e conheceram o fóssil de dinossauro mais antigo do país, o Maxakalisaurus topai, cuja idade é calculada em 80 milhões de anos. O animal tinha 13 metros de comprimento e pesava nove toneladas. O nome do dinossauro é uma homenagem aos indígenas da nação Maxakali, de Minas Gerais. Topai é uma divindade cultuada por eles.
Um privilégio raro para os visitantes do museu: eles podem tocar um fêmur e a réplica do crânio do dinossauro. Ali estão inscrições em braille produzidas pelo Instituto Benjamin Constant, uma escola do MEC especializada na educação de pessoas com deficiência visual.
Repórter: Rodrigo Dindo