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Diversidade

Ações de educação vão apoiar o povo Cinta Larga

  • Quarta-feira, 31 de agosto de 2005, 09h22
  • Última atualização em Segunda-feira, 04 de junho de 2007, 07h17

Fortalecer a escola para modificar a realidade do povo indígena Cinta Larga, que habita terras de Mato Grosso e Rondônia, é o compromisso que assumiram o Ministério da Educação, a Fundação Nacional do Índio (Funai), as secretarias estaduais dos dois estados e representantes indígenas, em reunião em Porto Velho (RO), na semana passada.

A parceria visa diagnosticar a realidade, estruturar e equipar as escolas, formar professores para compensar as mazelas trazidas para a terra indígena Cinta Larga pela rodovia e pelo garimpo de diamantes. Há cerca de 40 anos, explica o coordenador da Educação Escolar Indígena do MEC, Kleber Gesteira, a abertura da BR 364 desorganizou o sistema produtivo e os rituais dos Cinta Larga, espalhando gripe, varíola e tuberculose. Há seis anos, diz ele, foi descoberta uma jazida de diamantes nessas terras, o que aumentou os problemas, levando à morte 24 garimpeiros em 2004.

Dados da coordenação indígena do MEC mostram que hoje as aldeias Cinta Larga reúnem 1.300 indígenas, têm nove escolas de 1ª a 4ª série do ensino fundamental com 380 alunos. Os professores são 19, dos quais, dez indígenas.

No encontro, que ocorreu de 24 a 26 de agosto, as instituições públicas, federais e estaduais, e os indígenas firmaram um acordo que prevê uma série de ações. Entre elas destacam-se a discussão de um projeto político-pedagógico para a implantação de turmas de 5ª a 8ª série; a construção de quatro novas escolas; a oferta de materiais didático-pedagógicos básicos para o funcionamento das escolas; e formação continuada de professores.

Repórter: Ionice Lorenzoni

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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