OMS elogia preocupação do ministério com idoso
Em mensagem enviada ao Ministério da Educação, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elogia a proposta de inclusão do tema envelhecimento humano nos currículos dos cursos de educação superior. Segundo a OMS, o assunto é da mais alta relevância, consideradas as implicações do envelhecimento da população brasileira.
Criada pelo MEC em novembro de 2004, a Comissão Especial para Educação Superior e Envelhecimento Populacional no Brasil promoveu, em maio deste ano, seminário nacional com a temática do idoso nos cursos de graduação. Foram abordadas no encontro as peculiaridades regionais e demográficas do envelhecimento, a formação profissional nas diferentes áreas de conhecimento e as experiências de países desenvolvidos.
A coordenadora da comissão e consultora da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), Márcia Rozenthal, diz que este é um trabalho de vanguarda, fortalecido pelo reconhecimento da OMS. Ela explica que o projeto busca a integração de diversas áreas, a adequação dos currículos universitários e a formação de profissionais.
Segundo o Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), devem ser estabelecidas políticas públicas sociais capazes de garantir um envelhecimento com segurança, dignidade, participação na sociedade e na família e independência.
Conceito — Nessa perspectiva, a SESu adotou o conceito de envelhecimento ativo, criado pela OMS, apresentado na 2ª Assembléia Mundial do Envelhecimento, realizada em Madri, em 2002, como objetivo a ser perseguido pela população brasileira. O documento sugere diretrizes relacionadas ao manejo preventivo, clínico, social e ambiental para um envelhecimento saudável e ativo. Ou seja, com a participação do idoso na vida social, cultural, espiritual e cívica.
Estudos demográficos indicam um irreversível processo de envelhecimento populacional no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país terá, em 2010, 9,8% de idosos; em 2015, 11,14%; em 2050, 24,66%, o que corresponderá a uma população de 64.050.979 pessoas com idade acima de 60 anos.
Repórter: Sandro Santos