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Diversidade

Educadores defendem direito à escola para jovens cativos

  • Quinta-feira, 15 de dezembro de 2005, 16h31
  • Última atualização em Quarta-feira, 16 de maio de 2007, 11h38

O seminário Diferentes Diferenças, realizado em Brasília, apresentou nesta quinta-feira, 15, a mesa de trabalhos Adolescentes Privados de Liberdade e o Direito à Escola, com participação do diretor de Desenvolvimento e Articulação Institucional da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), André Luiz de Figueiredo Lázaro.

“É um tema delicado e sem soluções mágicas. Implica em limitações políticas, econômicas e, principalmente, sociais. Nosso universo nacional de jovens na faixa de 12 a 18 anos gira em torno de 25 milhões de pessoas. Desses, 40 mil são jovens em conflito com as leis e fazem parte do medo que a nossa sociedade desenvolveu em relação aos denominados delinqüentes juvenis”, disse Lázaro.

“Precisamos construir as soluções para os delitos juvenis nos espaços de ação municipal e a educação é o melhor caminho. São raros os casos de delitos após os 25 anos. São raras as recuperações após os 40 anos. A pena é a solução mais aplicada, em detrimento de outros atendimentos, quando de delitos leves. A internação aproxima o delituoso do crime e desta escola é muito difícil sair”, afirmou.

Para Cleuza Repulho, dirigente municipal de educação de Santo André (SP) e secretária de Finanças da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, “a Undime é um exemplo de diversidade. Estamos presentes em todos os municípios brasileiros. Em Santo André buscamos construir parcerias na rede municipal de educação para atender aos objetivos da educação inclusiva em relação aos jovens cativos. Não desenvolvemos nenhuma pedagogia diferenciada para atendê-los, buscando incluí-los nas práticas pedagógicas aplicadas aos demais alunos” disse ela.

“No preconceito arraigado na sociedade, jovem infrator é assunto de segurança e não da educação. Sem liberdade e sem direitos os jovens cativos ficam à mercê da escola do crime. Precisamos fazer com que a educação adentre os muros das instituições corretivas, com pedagogias apropriadas”, afirmou Maria Aparecida Perez, do Departamento de Avaliação e Informações Educacionais da Secad.

Repórrter: José Leitão

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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