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Diversidade

Unicamp comemora inclusão social

  • Quarta-feira, 20 de julho de 2005, 12h07
  • Última atualização em Segunda-feira, 14 de maio de 2007, 09h23

A Universidade de Campinas (Unicamp) comemora os resultados do primeiro ano de atividades do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (Paais). De acordo com dados da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), em comparação com o ano passado, o número de candidatos oriundos de escolas públicas cresceu 15,7%; o de autodeclarados pretos, pardos e indígenas, 45,9%. O vestibular deste ano selecionou candidatos para 56 cursos da Unicamp e dois da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp).

Os matriculados que cursaram o ensino médio em escolas da rede pública representam 34,1% do total de ingressantes, contra 28% do vestibular passado, o que significa crescimento de 22%. Já os que se declararam pretos, pardos e indígenas representam 15,7%, contra 11,6% de 2004 — crescimento de 35%. O Paais beneficiou com o acréscimo de 30 pontos à nota final os estudantes oriundos da rede pública e com mais dez pontos aqueles, que, além disso, se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas.

Sobre a renda familiar, 45,3% dos ingressantes declararam renda mensal de até dez salários mínimos. O número, superior aos 42,7% do ano anterior, pode ser reflexo do programa de incentivo ao acesso de estudantes carentes por meio da isenção da taxa de inscrição.

Isenção — O número de candidatos isentos aprovados foi de 211 estudantes, quase o dobro dos 120 do ano passado. Dentre os isentos que ingressaram na Unicamp este ano, 96% têm renda até dez salários mínimos, 32%, entre um e três salários mínimos, e 34,6% se declararam pretos, pardos e indígenas.

Nos cursos mais concorridos do vestibular da Unicamp — medicina, ciências biológicas, comunicação social e midialogia, arquitetura e urbanismo e farmácia —, a participação dos candidatos que cursaram o ensino médio na rede pública mais do que dobrou. Passou de 10,6% para 22,3%. Em medicina, a média de 9%, registrada em 2004, subiu para 31%.

Entre os pretos, pardos e indígenas, houve crescimento de quase 50% — de 9,8% para 14,5%. Em medicina, a evolução foi de 9,1% para 14,5%.

Repórter: Sonia Jacinto, com dados da Assessoria de Imprensa da Unicamp

 

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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