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Diversidade

Educação sexual aborda gravidez na adolescência

  • Quinta-feira, 26 de outubro de 2006, 11h55
  • Última atualização em Terça-feira, 22 de maio de 2007, 10h51

Suzineide Alves, 16 anos, moradora de Ceilândia, Distrito Federal, é mãe de Pedro, que completará um ano em dezembro. Ela faz parte do índice crescente de meninas que ficam grávidas em idade escolar. Segundo dados do Ministério da Saúde, só em 2002, cerca de 302 mil meninas, entre 15 e 17 anos, tornaram-se mães, o que representa 9,9% dos nascimentos daquele ano. Para combater o problema, o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), está selecionando projetos de educação com foco na gravidez durante a adolescência.

As propostas podem ser inscritas até o dia 10 de novembro e devem conter projetos de educação sexual nas escolas, além de atividades que previnam a evasão escolar de mães e pais jovens. “Parei de estudar quando engravidei porque tinha vergonha. Agora que meu filho nasceu, tenho que trabalhar e cuidar dele, não dá tempo”, contou Suzineide, que cursava a sexta série do ensino fundamental numa escola da rede pública quando abandonou os estudos.

De acordo com pesquisa do Hospital Universitário de Brasília (HUB), apenas 37,5% das mães grávidas continuam na escola durante a gestação. Devido a problemas como vômitos, náuseas, vergonha da gravidez ou desestímulo, 62,5% deixam os estudos. Desse total, menos de 40% retornam à escola após o nascimento do bebê.

Ações — Para receber as propostas, a Secad lançou edital com o termo de referência Educação e Gravidez na Adolescência. Com isso, pretende estimular ações que promovam a formação de professores da rede pública de educação básica e a produção de material pedagógico sobre o tema. A meta é incluir a educação sexual, com foco na gravidez de adolescentes, nas salas de aula. Outro requisito é que as propostas compreendam a realização de pesquisas acadêmicas sobre o assunto.

Governos estaduais e do Distrito Federal, prefeituras, universidades públicas e privadas e organizações da sociedade civil sem fins lucrativos poderão enviar propostas ao termo de referência. Cada projeto receberá até R$ 40 mil e deve ser executado em um prazo mínimo de três meses e máximo de 12. Todas as propostas devem prever a qualificação de pelo menos 80 professores, além de contribuir para a formulação de políticas públicas permanentes de combate ao problema.

Mais informações pelo telefone (61) 2104-9468 ou na página eletrônica da Secad.

Maria Clara Machado

 

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