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Diversidade

Brasil precisa se aperfeiçoar no ramo das patentes

  • Quinta-feira, 09 de novembro de 2006, 17h10
  • Última atualização em Terça-feira, 22 de maio de 2007, 11h29

O jornalista e comentarista econômico Luis Nassif afirmou, nesta quinta-feira, 9, que o Brasil precisa se aperfeiçoar no processo de patenteamento de produtos. Nassif, que palestrou sobre o tema patentes e tecnologia no seminário Avaliar para Avançar, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), disse que, antes de se patentear algum produto, existem outros aspectos mais relevantes que devem ser levados em conta, como o controle de processos. “É preciso saber fabricar e não apenas fazer inovações potencialmente patenteáveis. Se você tem as patentes, mas não domina a técnica produtiva, o aproveitamento é mínimo”, ressaltou.

Para o jornalista, o Brasil tem que aprender – assim como os outros países já fazem – o procedimento pelo qual as patentes passam, antes de serem aprovadas. Na sua opinião, dominar o conhecimento sobre as patentes significa reverter resultados em inovação, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Nassif também observou que, a partir dos anos 90, a universidade passou a estimular demasiadamente as patentes, como se fossem o caminho para se alcançar a evolução. “Internacionalmente, as patentes não possuem o papel fundamental que tinham antes, justamente por causa de uma superdosagem ocorrida nos últimos anos.”

Inserção social — Em outra mesa de debate, o acadêmico da área de Educação, Robert Verhine, palestrou sobre o tema inserção social. Ele destacou a importância da produção bibliográfica e o seu impacto sobre a vida acadêmica e para a geração de conhecimento. “Não podemos supor, contudo, que a produção acadêmica possa ser um instrumento-guia para as mudanças sociais. Deve ser, sim, complemento para essas mudanças”, considerou.

As discussões realizadas durante o seminário, segundo o diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, abordam os cenários da pós-graduação sob o ponto de vista, sobretudo, da avaliação. A questão da inserção social, exemplifica Janine, é muito importante, porque é uma novidade de avaliação de cursos pela Capes. “Com o panorama de todas as oficinas apresentadas no seminário, cobrimos questões relevantes da pós-graduação no Brasil.”

O seminário Avaliar para Avançar também contou com as oficinas O Futuro do Mestrado Profissional e As Publicações em Periódicos. Mais de 300 pesquisadores de todo o País participaram do encontro, que integra as comemorações dos 55 anos da Capes e dos 30 anos da avaliação da pós-graduação.

Cristiano Bastos


Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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