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Educação de jovens e adultos

Mec discute educação de adultos em seminário

  • Quinta-feira, 01 de março de 2007, 05h52
  • Última atualização em Quinta-feira, 24 de maio de 2007, 09h46


O Brasil se candidatou para sediar a Conferência Internacional de Educação de Adultos (VI Confitea). O encontro ocorre, em média, de 12 em 12 anos e discute, desde 1949, a importância de ações voltadas para a educação de adultos. A próxima reunião será em 2009.

“Até hoje, o encontro nunca ocorreu na América do Sul ou em países em desenvolvimento. Caso o Brasil seja escolhido para sediar a reunião, será um ótimo momento para dar visibilidade e incentivo a nosso trabalho”, disse o diretor de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Timothy Ireland.

O diretor partiu nesta terça-feira, 27, rumo à cidade dinamarquesa de Helsingor, local da primeira conferência. Timothy representará o ministro da Educação, Fernando Haddad, em 02 e 03 de março, no conselho consultivo responsável pela organização do encontro. A iniciativa da conferência é da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

O conselho consultivo reúne membros de governos de vários países, representantes da Unesco e de entidades ligadas à educação. O grupo se reúne várias vezes antes de realizar a conferência para definir detalhes de planejamento do evento, como participantes convidados e temas a serem tratados.

Para Timothy, a conferência permite a discussão das políticas de educação de adultos em nível macro, além de apresentar diretrizes de ação. “A última reunião ocorreu em 1997, na Alemanha, onde chegamos a conclusões que hoje estão refletidas em programas brasileiros, como as noções de educação como direito e da ligação entre trabalho e ensino”, explicou Timothy.

Outro ponto importante da conferência diz respeito à troca de experiências entre países ricos e em desenvolvimento. Os mais desenvolvidos preocupam-se em investir em formação profissional e continuada e em outros países, como Brasil e Índia, por exemplo, a alfabetização ainda é prioridade. “A relação não é de superioridade, mas sim, recíproca, em que uns aprendem com outros”, acredita Timothy. Um exemplo disso, lembra o diretor, é que o Brasil, além de destinar recursos para programas de alfabetização de jovens e adultos, como o EJA, também investe em políticas de formação de leitores e de ensino profissionalizante. O conselho consultivo deve decidir em maio se o Brasil sediará a conferência.

Maria Clara Machado

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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