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Educação indígena

Representantes indígenas discutem educação na etapa Nordeste II

  • Quarta-feira, 25 de março de 2009, 16h57
  • Última atualização em Quarta-feira, 06 de dezembro de 2017, 14h59

Cerca de 250 participantes, dentre eles indígenas dos 13 povos do Ceará, dois da Paraíba e 11 de Pernambuco, estarão reunidos até sexta-feira, 27, na etapa Nordeste II da Conferência Regional de Educação Escolar Indígena, que ocorre em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Esta é a terceira conferência  realizada nas regiões – a primeira foi em São Gabriel da Cachoeira (AM) e, em seguida, em Salvador (BA). Até agosto deste ano serão realizadas mais 15, totalizando 18 encontros.

O objetivo é discutir propostas para uma educação específica e diferenciada a serem encaminhadas à Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, que ocorre de 21 a 25 de setembro, em Brasília, com cerca de 600 delegados. Da etapa Nordeste II, sairão 38 delegados indígenas e dez de instituições ligadas à educação escolar indígena, como secretarias estaduais e municipais de educação, universidades, organizações indigenistas, dentre outras.

Na abertura do evento, o governador em exercício do Ceará, Francisco Pinheiro, relembrou a importância de dom Aloísio Lorsheider para as lutas indígenas no estado. O cardeal foi um forte aliado do povo tapeba, no Ceará, para o reconhecimento e a afirmação da sua identidade étnica. Gersen Baniwa, coordenador-geral de educação escolar indígena do Ministério da Educação afirmou que, apesar dos avanços conquistados pelos povos indígenas, principalmente após a promulgação da Constituição de 1988, ainda há muito o que avançar. “A conferência é o espaço para isso: conversar, trocar experiências e pactuar responsabilidades entre governos, indígenas e instituições”, disse.

Weibe Tapeba, representante da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena, falou da importância e do desafio de transformar as resoluções das conferências regionais e nacional em políticas públicas. “Nossa intenção é que dessa conferência saia uma definição para a construção de um sistema de educação escolar indígena”, afirmou. Também estiveram presentes à abertura do evento a secretária de educação do Ceará, Maria Izolda Cela, o coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), José Barbosa dos Santos, além de representantes das secretarias de educação de Pernambuco e da Paraíba, da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Conselho Nacional de Educação e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime),

Durante a manhã desta quarta-feira, 25, os representantes do MEC e das secretarias estaduais dos três estados discutiram o tema Políticas, gestão e financiamento da educação escolar indígena. À tarde o tema em debate é Educação escolar, territorialidade e autonomia dos povos indígenas, com trabalho em grupo dos delegados após.

Como preparação para os eventos regionais, todos os estados realizam as conferências das comunidades educativas, onde são discutidas questões referentes à escola indígena. Essas etapas aconteceram no Ceará, onde existem 38 escolas; na Paraíba, 30 escolas; e em Pernambuco, 27 escolas.

A Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena é uma iniciativa do MEC em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Fundação Nacional do Índio (Funai) e secretarias de educação.

Assessoria de Imprensa da Coneei

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