Jovens participam de projeto de inclusão digital no RS
23/3/2009 – Com um sorriso contagiante, L.C.P, 14 anos, navega sem fronteiras pela internet. Entre um sítio e outro, a jovem que quer ser professora ou advogada aproveita as maravilhas da rede e faz planos para o futuro. Da mesma forma, outros 29 meninos e meninas carentes de Pelotas dão os primeiros passos para se tornar cidadãos participativos, graças ao projeto de inclusão social e digital desenvolvido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense, em parceria com o Ministério Público Estadual e a Secretaria Municipal de Cidadania.
A idéia surgiu em 2007. De lá para cá, 60 jovens já foram atendidos e ganharam a oportunidade de sonhar com uma vida melhor. Atualmente, 30 alunos, de cinco casas lares de Pelotas, participam do projeto. Além da informática, eles também freqüentam aulas de música, xadrez e praticam esportes nas instalações oferecidas pelo campus Pelotas do instituto federal sul-rio-grandense.
“Muito mais que os ensinamentos sobre programas como word, excel e powerpoint, as aulas de informática servem como reforço pedagógico. Aqui eles exercitam a leitura e utilizam a internet para fazer trabalhos escolares”, comenta o professor Luis Paulo Basgalupe Moreira.
O sentimento de satisfação também é compartilhado pela analista de tecnologia da informação Simoni Krüger, que desde o ano passado se dedica à causa. “Tem sido uma experiência incrível poder participar e ajudar a gurizada através da informática. Por isso, acredito que vale à pena investir na educação”, ressalta a servidora do instituto federal.
Junto com Moreira e Simoni, mais quatro professores e quatro bolsistas se dedicam voluntariamente ao projeto de inclusão, coordenado pelo pró-reitor adjunto de extensão do instituto, Miguel Baneiro. As aulas, que se estendem de março a dezembro, são realizadas nas segundas e quartas-feiras pela manhã e nas terças e quintas à tarde.
“Procuramos dar carinho e atenção, já que muitos deles não encontram isso em casa”, destaca Baneiro, que se emociona ao ver, em apenas dois anos, os resultados positivos alcançados pela iniciativa. Destaque para as audições de música ministradas pelo professor Marco Antônio Fragoso, atividade sacramentada com a Banda da Promotoria, outro projeto em desenvolvimento na Promotoria de Justiça.
Conforme Baneiro, em pouco tempo o projeto se transformará em programa, com a ampliação na oferta de cursos e oficinas. As primeiras beneficiadas serão as meninas, que passarão a ter aulas de artesanato já a partir de abril.
“Com este trabalho de inclusão tanto digital como social, o instituto federal sul-rio-grandense se empenha para oferecer mais oportunidades àqueles que estão à margem da sociedade. Nosso objetivo é prepará-los para o futuro, dando ferramentas para que eles reescrevam a sua própria história”, afirma o reitor Antônio Carlos Barum Brod.
Assessoria de Imprensa do instituto federal sul-rio-grandense