Educação tecnológica
“Em três meses os moradores estarão colhendo a primeira safra de pepinos e recebendo os lucros. É claro que este é um projeto experimental, que começa pequeno, mas se der certo poderá ser ampliado e se tornar uma importante fonte de renda para os moradores”, explica a professora Janaína da Silva Sá. Com o apoio da Cooperativa Central de Produção Indústria Agropecuária Coprocicana de Gramado dos Loureiros, a produção de pepinos será possível no Quilombo.
O cultivo receberá assistência técnica do Campus Sertão, que com a Coprocicana proporcionará o treinamento aos moradores que trabalharão na lavoura.
A escolha do pepino justifica-se pela rapidez em que se dá a colheita, pelo baixo investimento inicial e, principalmente, pelo espaço pequeno que necessita, tendo em vista que o entrave maior da comunidade é a falta de terra para produzir. “Viver numa área tão diminuta não permite que as pessoas sobrevivam da agricultura e acaba fazendo com que os moradores busquem trabalho fora”, reconhece a antropóloga do Incra Ana Paula Comin. “Se uma escola não tem capacidade de transformar a realidade ao seu entorno, então não tem razão de existir”, defende Janaína. Ela cobrou o comprometimento das famílias no projeto, salientando que a renda obtida com a produção será proporcional ao envolvimento das mesmas. Obteve a relação de dez nomes para trabalhar no cultivo de pepino neste projeto.
A presidente da Associação dos Remanescentes do Quilombo da Mormaça, Laídes de Oliveira, motivou os moradores a acreditar no projeto e a trabalhar duro em sua implementação. “Devemos levantar a cabeça e enfrentar as dificuldades. Aprendi que a gente deve agarrar uma oportunidade com as duas mãos, para que ao menos nossos filhos tenham um futuro diferente do nosso. Se nós não trabalhamos, é porque não temos oportunidade, mas somos negros, honestos, com muito orgulho”, declarou.
Quilombo – A reunião teve o objetivo de informar os moradores sobre o estágio atual do processo de regularização das terras do quilombo, que tramita judicialmente. A fase é de produção do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação, terceiro passo de um longo caminho com 22 etapas. Após estudos antropológicos do quilombo e das propriedades rurais que existem na localidade, o Incra definiu que a área a ser destinada ao Quilombo é de 439,70 hectares, que foi aceita pelos remanescentes. A quantia estimada para cada família é de 20,94 hectares.
Dentro de 15 dias, uma equipe do Incra estará na região fazendo a metragem das propriedades e o levantamento inicial das benfeitorias existentes. A previsão é de que 14 propriedades sejam atingidas. A próxima etapa é a construção do mapa e memorial descritivo e construção do mapa cartorial da área. Concluída essa parte, é solicitado o decreto presidencial para que seja possível usufruir da lei que permite o Incra indenizar os proprietários que estão dentro da área ou assentá-los em outro local.
Assessoria de Imprensa do IFRS Campus Sertão
Instituto gaúcho treina quilombolas para o cultivo de pepino
“Em três meses os moradores estarão colhendo a primeira safra de pepinos e recebendo os lucros. É claro que este é um projeto experimental, que começa pequeno, mas se der certo poderá ser ampliado e se tornar uma importante fonte de renda para os moradores”, explica a professora Janaína da Silva Sá. Com o apoio da Cooperativa Central de Produção Indústria Agropecuária Coprocicana de Gramado dos Loureiros, a produção de pepinos será possível no Quilombo.
O cultivo receberá assistência técnica do Campus Sertão, que com a Coprocicana proporcionará o treinamento aos moradores que trabalharão na lavoura.
A escolha do pepino justifica-se pela rapidez em que se dá a colheita, pelo baixo investimento inicial e, principalmente, pelo espaço pequeno que necessita, tendo em vista que o entrave maior da comunidade é a falta de terra para produzir. “Viver numa área tão diminuta não permite que as pessoas sobrevivam da agricultura e acaba fazendo com que os moradores busquem trabalho fora”, reconhece a antropóloga do Incra Ana Paula Comin. “Se uma escola não tem capacidade de transformar a realidade ao seu entorno, então não tem razão de existir”, defende Janaína. Ela cobrou o comprometimento das famílias no projeto, salientando que a renda obtida com a produção será proporcional ao envolvimento das mesmas. Obteve a relação de dez nomes para trabalhar no cultivo de pepino neste projeto.
A presidente da Associação dos Remanescentes do Quilombo da Mormaça, Laídes de Oliveira, motivou os moradores a acreditar no projeto e a trabalhar duro em sua implementação. “Devemos levantar a cabeça e enfrentar as dificuldades. Aprendi que a gente deve agarrar uma oportunidade com as duas mãos, para que ao menos nossos filhos tenham um futuro diferente do nosso. Se nós não trabalhamos, é porque não temos oportunidade, mas somos negros, honestos, com muito orgulho”, declarou.
Quilombo – A reunião teve o objetivo de informar os moradores sobre o estágio atual do processo de regularização das terras do quilombo, que tramita judicialmente. A fase é de produção do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação, terceiro passo de um longo caminho com 22 etapas. Após estudos antropológicos do quilombo e das propriedades rurais que existem na localidade, o Incra definiu que a área a ser destinada ao Quilombo é de 439,70 hectares, que foi aceita pelos remanescentes. A quantia estimada para cada família é de 20,94 hectares.
Dentro de 15 dias, uma equipe do Incra estará na região fazendo a metragem das propriedades e o levantamento inicial das benfeitorias existentes. A previsão é de que 14 propriedades sejam atingidas. A próxima etapa é a construção do mapa e memorial descritivo e construção do mapa cartorial da área. Concluída essa parte, é solicitado o decreto presidencial para que seja possível usufruir da lei que permite o Incra indenizar os proprietários que estão dentro da área ou assentá-los em outro local.
Assessoria de Imprensa do IFRS Campus Sertão