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Institutos federais

Estudantes paraibanos projetam máquina de distribuir camisinhas

  • Terça-feira, 14 de julho de 2009, 16h28
  • Última atualização em Terça-feira, 14 de julho de 2009, 16h28

João Pessoa – Consultores do Ministério da Saúde (MS) estiveram no campus João Pessoa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), nesta segunda-feira, 13, para avaliar a máquina que distribui camisinhas, feita na instituição. O protótipo do chamado dispensador de preservativo foi elaborado a partir do Prêmio de Inovação Tecnológica, concurso nacional realizado pelo MS em parceria com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação.


O antigo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-PB) ficou em segundo lugar no concurso. Como os alunos que fizeram o primeiro modelo já concluíram o ensino superior e o professor orientador está afastado para doutorado, uma nova equipe do IFPB foi convidada a trabalhar na máquina.


O novo modelo, orientado pelo professor José Aniceto Duarte, está sendo feito pelos estudantes Harlan Ellison, Victor Peixoto, Felipe Henrique e Iogo Teixeira, do curso de automação industrial, e Fernanda Nicolai, de design de interiores. Há nove meses a equipe vem trabalhando na máquina, que funciona de modo semelhante à de distribuição de refrigerante com ficha ou moeda. Na máquina do IFPB, o usuário, que seria um aluno cadastrado, digita a matrícula e senha para ter acesso a um preservativo masculino.


Na apresentação feita pelo professor Aniceto, todo o mecanismo da máquina foi explicado, bem como os materiais utilizados e até os problemas que tiveram de ser solucionados para que o protótipo funcionasse com perfeição. Os consultores do MS são Fábio Francisco Evangelista Leal, do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, e dois convidados da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Carlos Cziulik e Josmael Roberto Kampa. Carlos é pró-reitor da UTF-PR e participou da elaboração do edital do concurso, no qual a instituição paraibana foi premiada em 2007, e Josmael fez parte do julgamento.


Os consultores esclareceram dúvidas e fizeram algumas sugestões para o aperfeiçoamento da máquina. As principais orientações foram no sentido de deixar a máquina mais segura para evitar vandalismo. Eles vão elaborar um relatório para o Ministério, analisando a viabilidade da máquina para industrialização.


Edital – A criação do IFPB atende a todos os itens do edital. “O tempo mínimo para abastecimento exigido era de cinco minutos, nesta calcula-se dois minutos. Para instalação, a previsão era de duas horas e nesta ocorre em 30 minutos. O peso máximo teria de ser 35 kg e esta pesa 8 kg”, explicou Aniceto.


A máquina tem capacidade para armazenar 440 preservativos e cadastrar dados de mais de 3000 usuários. A estimativa é de que custou R$ 350 porque foi utilizado material alternativo. O preço é convidativo para ser feita em escala industrial.


O concurso também previa o trabalho de orientação sexual em paralelo e o Núcleo de Prevenção em Saúde do IFPB já está engajado no projeto. A apresentação foi assistida até pelo reitor João Batista Oliveira e professores da área, que também deram sugestões para o aprimoramento.


A primeira versão do protótipo, vice-campeã do concurso, foi orientada pelo professor Alberdan Santiago e elaborada por Evandro Torquato e Thyago Vasconcelos, estudantes de Automação; Jéssica Macena, de Design; Matheus Pinheiro, de Telecomunicações, e Jânio Gomes, de Desenvolvimento de Software.

Assessoria de imprensa do Instituto Federal de Educação da Paraíba

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