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Mulheres Mil

Novos gestores do programa passam por capacitação no DF

  • Quinta-feira, 24 de maio de 2012, 10h58
  • Última atualização em Quinta-feira, 24 de maio de 2012, 10h58
Até esta sexta-feira, 25, os 110 gestores dos novos núcleos do programa Mulheres Mil que serão implantados nas regiões Nordeste e Centro-Oeste participam de capacitação em Brasília. O curso é promovido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação.

Divididos em duas turmas, eles são orientados sobre o modelo de gestão do programa, acesso e permanência no mundo do trabalho, comunicação e disseminação de informação, plano educacional e itinerário formativo, além da metodologia de identificação de saberes utilizada no Mulheres Mil. Em junho, outras duas turmas, com os gestores da política nos campi selecionados no Sudeste, Sul e Norte, passarão pelo mesmo curso.

Na região de fronteira entre Brasil e Bolívia, o campus de Pontes e Lacerda do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, trabalhará com uma realidade peculiar, de acordo com as novas gestoras do programa, Maria Helena Moreira e Jucineth Glória. Pontes e Lacerda está a 450 quilômetros da capital do estado, Cuiabá, e muito próxima de cidades bolivianas como San Matias e San Ignacio de Velazco, por exemplo. Muitos moradores locais trabalham em fazendas bolivianas. “A gente entende que o espaço da fronteira engloba a diversidade; os cursos devem ser diferenciados”, destaca Jucineth. “O objetivo é que o campus tente uma proposta de integração.”

Elas ainda ressaltam que grande parte das futuras beneficiárias do programa na região tem escolaridade muito abaixo do que o mercado de trabalho exige. A proposta das gestoras será, no contexto da realidade local, além da elevação de escolaridade, pensar os cursos de acordo com as necessidades da comunidade local.

No Nordeste, Ipojuca é um grande polo industrial, portuário e turístico. Em razão de tais características, o campus do Instituto Federal de Pernambuco no município desenvolverá cursos voltados para o estímulo a características locais. A formação ocorrerá nas áreas de empreendedorismo, desenho técnico, turismo e perfumaria.

“Tentaremos resgatar a cidadania dessas mulheres”, afirma Luciana de Lavor, gestora do programa no campus. Ela ainda ressalta que o instituto federal trabalhará o lado social do programa, não apenas com as beneficiárias diretas. “É importante, ao pensar nas mulheres, lembrar também do restante da família”, disse. “É necessário também mobilizar o companheiro.”

Experiência – A proposta da capacitação, segundo a coordenadora do Mulheres Mil, Stela Rosa, é formar os novos gestores do programa a partir de experiências anteriores de implantação. Por isso, foram convidados os coordenadores da política na primeira chamada pública para compartilhar a metodologia utilizada em suas localidades.  

Este é o caso de Jacirene da Silva Oliveira, que participou da primeira capacitação de gestores do programa, em 2011. Esta semana ela está em Brasília para formar servidores da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica que implantarão o programa.

Coordenadora do Mulheres Mil no campus de Altamira do Instituto Federal do Pará, Jacirene relata as dificuldades que o instituto encontrou para a oferta de formação às moradoras locais. São atendidas 100 mulheres nas áreas rural e urbana do município, em cursos que aliam a elevação de escolaridade à formação profissional em culinária.

Como forma de combater a evasão, os 12 professores do instituto federal envolvidos no programa vão à comunidade da zona rural duas vezes por semana. São oito quilômetros para chegar ao Rio Xingu, mais 45 minutos de barco e, por fim, mais 27 quilômetros, de carro, até chegar às beneficiárias. As aulas são ministradas durante todo o dia.

Danilo Almeida
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