Inclusão: projeto formará 33 mil educadores
O projeto Educar na Diversidade vai capacitar, até março de 2008, 33 mil professores das redes públicas de ensino. O objetivo é contribuir para o processo de melhoria da qualidade de ensino por meio do desenvolvimento de escolas inclusivas e da formação docente para a inclusão. Educadores de 100 municípios participaram, na terça-feira, 25, e quarta-feira, 26, de uma oficina de formação de multiplicadores para o uso de estratégias inclusivas, realizada no Eron Brasília Hotel, em Brasília (DF).
Ao retornarem a seus municípios, esses educadores realizarão oficinas com professores de três ou mais escolas de cada cidade. A formação prevista é de 70 horas/aula, sendo 40 horas destinadas ao planejamento e à discussão de estratégias inclusivas para as escolas parceiras e 30 horas de formação específica de práticas pedagógicas para alunos com necessidades educacionais especiais. Por último, a formação prevê visitas nas escolas para coleta de experiências inclusivas, que comporão os relatórios de final de curso. Além dos cursos de formação, o Ministério da Educação fornece o material didático usado pelos educadores.
Desenvolvido pelo Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade, da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), o projeto abrangerá 267 municípios, com ação direta de formação docente em 1.100 escolas, no próximo ano. Até o final de 2006, após um ano da implantação, 15 mil educadores, de 167 municípios, já haviam cursado as oficinas de formação oferecidas pelo Educar na Diversidade.
Segundo Rosélia Brito, de Campo Maior (PI), que participa da oficina em Brasília, a idéia da educação inclusiva ainda é um tabu. “Agora estamos começando a dar as primeiras marteladas para quebrar esse tabu. As oficinas vêm para engrandecer esse processo. Sementes serão plantadas e esperamos colher bons frutos”, comenta a educadora.
Para a coordenadora do projeto Educar na Diversidade, Milena Lins, a oficina é um momento para os professores refletirem sobre suas práticas pedagógicas e perceberem que é possível trasformá-las em práticas educacionais inclusivas.
Dessa forma, as escolas são preparadas para responder à diversidade educacional dos estudantes, possibilitando a superação das barreiras à aprendizagem e a participação social.
Maria Pereira Filha