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Educação básica

Jornalistas e educadores debatem qualidade da cobertura jornalística em educação

  • Quarta-feira, 18 de maio de 2005, 16h20
  • Última atualização em Sexta-feira, 11 de maio de 2007, 09h42

Foto: Tereza SobreiraA necessidade de haver maior número de fontes e de elementos de contextualização nas notícias sobre educação foram dois dos principais itens destacados nas discussões do seminário sobre os resultados da pesquisa A Educação na Imprensa Brasileira. O estudo, realizado pelo Ministério da Educação e pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), foi apresentado nesta quarta-feira, 18, em São Paulo e reuniu pesquisadores, professores, jornalistas da área de educação.

No painel Políticas Públicas e Controle Social, o secretário executivo adjunto do MEC, Jairo Jorge, chamou a atenção para um dado apontado na pesquisa que revela que 83% das matérias sobre educação não são críticas. De acordo com os textos analisados, a mídia não realiza um debate efetivo sobre as políticas públicas da área de educação. "A mídia poderia fazer uma abordagem levando em conta o valor público, o controle social, para construir um debate positivo para a sociedade", avaliou. Segundo ele, a falta de pluralidade nas fontes das reportagens e de contextualização são outros desafios para a imprensa. Conforme o estudo, 15,8% das fontes nas matérias analisadas se posicionavam a favor do assunto e 9,4% delas emitiram posição contrária. O que significa que não houve equilíbrio nas opiniões manifestadas.

Os painelistas destacaram que a educação tem papel estratégico, pois é transversal. O presidente do Instituto Paulo Freire, o educador Moacir Gadotti, acrescentou que a educação poderia estar presente em todas as matérias, na economia e na política. "A imprensa é educativa e diante disto tem um papel fundamental." Gadotti cobrou uma participação mais efetiva das editorias de educação dos grandes jornais na cobertura sobre o tema. "A pesquisa demonstra que houve um crescimento na cobertura sobre educação, mas precisamos verificar a qualidade também", ponderou. O educador verificou, a partir do estudo, que há lacunas na cobertura jornalística sobre a formação de jovens, de professores e ainda sobre o papel da família na educação.

Os consultores participantes da pesquisa avaliaram que a cobertura jornalística da mídia impressa poderia ser mais politizada, incluindo questões como cidadania, eqüidade, direito e legislação. O deputado federal Carlos Abicalil, um dos painelistas do encontro, concorda. "É através da massificação da informação que temos um controle social", disse. Já o apresentador de televisão, Chico Pinheiro, reforçou: "Qualquer um sabe que não há desenvolvimento sem educação de qualidade". O presidente da Radiobrás, José Roberto Garcez, finalizou o debate acrescentando que a mídia pode ajudar a estender o debate de acesso à informação, ampliando a consciência da sociedade sobre a importância da educação.

Repórter: Adriane Cunha

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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