Literatura dos países de língua portuguesa chegará às escolas públicas
Os alunos da educação básica das escolas públicas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) começam em 2006 a estudar a literatura e conhecer os principais escritores dos oito países do grupo. O objetivo é fortalecer os laços culturais, promover o intercâmbio e a integração a partir da leitura.
Criada em Lisboa, Portugal, em 1986, a CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e, desde 2002, também pelo Timor Leste. A comunidade tem hoje mais de 200 milhões de pessoas, sendo o Brasil o maior país em área e população.
Livro – A decisão sobre quais escritores e obras vão circular nas escolas será tomada pela Comissão Executiva de Educação da CPLP, entre os dias 25 e 27 deste mês, em Fortaleza (CE). Neste encontro estarão presentes os responsáveis pelo setor de educação de cada país e também um escritor. De acordo com o secretário executivo adjunto do Ministério da Educação, Ronaldo Teixeira da Silva, que preside a comissão, cada país vai apresentar a relação de livros que gostaria de ver divulgados na comunidade e selecionar as obras.
A sugestão do Brasil, responsável na CPLP pelo tema literatura, é que, no início, seja distribuído um livro com amostra das obras de autores dos oito países. Entre os autores brasileiros que deverão integrar o livro didático estão Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Olavo Bilac e Machado de Assis.
Integração – A Comissão Executiva de Educação foi criada em 2004 durante a reunião anual dos ministros da Educação da CPLP. O MEC foi eleito para presidi-la no período 2004/2005. No mesmo ano, em Lisboa, a comissão decidiu trabalhar a integração a partir de alguns temas: o Brasil ficou encarregado de coordenar a parte de literatura; Portugal, as áreas de história, ensino técnico e superior; e Moçambique, os setores de estatísticas e de pesquisas educacionais.
Repórter: Ionice Lorenzoni