Conferência no Rio de Janeiro discute a diáspora africana
A cidade do Rio de Janeiro vai sediar, entre os dias 5 e 7 de outubro, a 3ª Conferência Bienal da Associação para o Estudo Mundial da Diáspora Africana. O evento, denominado Encontros e Colaborações Diaspóricos, acontece no Hotel Sofitel-Copacabana, na Avenida Atlântica, Posto 6, e é patrocinado pelos ministérios da Educação e das Relações Exteriores (MRE). Também conta com o apoio da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Fundação Roberto Marinho.
Algumas das temáticas que integram a extensa programação são a dificuldade da criança negra mundialmente e suas implicações para o futuro; questões de cuidado com a saúde na África e nas comunidades diaspóricas africanas; desenvolvimento sustentável na diáspora; educação dentro e sobre a diáspora africana.
O professor Nelson Maculan, secretário de Educação Superior (SESu/MEC), participa da mesa de abertura do evento. Eliane dos Santos Cavalleiro, coordenadora-geral de Diversidade e Inclusão Educacional da Secad/MEC, e Deborah Silva Santos, consultora da SESu/MEC, apresentam o trabalho Políticas de Educação Anti-racista no Sistema Educacional Brasileiro.
Características – Em quatro anos de existência a Aswad realizou duas conferências. A primeira foi em Nova Iorque (2001) e teve a coordenação do Departamento de História da Universidade de Nova Iorque, do Schomburg Centro de Pesquisa da Cultura Negra e do Oberlin College. A segunda conferência foi realizada em 2003, em Chicago (EUA), e teve a coordenação do Programa de Estudos Africanos da Northwestern University.
Em sua terceira edição a Aswad escolheu o Brasil como país-sede porque, entre muitas características, soma-se o fato de que o país é o maior em extensão e o que tem mais expressiva representação africana nas Américas, além de ser o segundo país fora do continente africano, em número de população negra. Com 76 milhões de afrodescendentes, o Brasil constitui a segunda maior nação negra do mundo, atrás somente da Nigéria.
Repórter: Sonia Jacinto