Educação em debate no encontro Brasil-Colômbia
A cidade de Tabatinga, no Amazonas, sedia até a terça-feira, 3, o 2º Encontro Brasil-Colômbia sobre Educação em Área de Fronteira. Do lado brasileiro, o evento é coordenado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e conta com a participação dos ministérios da Educação, Saúde, Desenvolvimento Social, Exército e Aeronáutica e da Fundação Nacional do Índio (Funai).
O encontro discute com os prefeitos da região do Alto Solimões, no Amazonas, e com autoridades colombianas da Província de Letícia (Colômbia), a promoção de ações conjuntas nas áreas de meio ambiente, segurança alimentar, educação, saúde, desenvolvimento social e, especialmente, educação escolar indígena, além de ouvir as demandas dos prefeitos e gestores locais.
O coordenador da Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Kleber Gesteira, participa do encontro. Ele explica que entre as demandas da população indígena do Alto Solimões duas se destacam: a criação de um curso de licenciatura para os professores Ticuna e a construção de escolas nas aldeias.
Formação - Nos municípios que ficam na divisa do Brasil com a Colômbia e Peru, onde predomina o povo Ticuna, a Organização Geral dos Professores Ticuna Bilíngüe (OGPTB) e a Universidade Estadual do Amazonas (UEAM) já formaram 350 professores de nível médio para trabalhar nas séries iniciais do ensino fundamental. O desafio agora é oferecer formação superior diferenciada.
Repórter:Ionice Lorenzoni