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Ações internacionais

Brasil e Cuba debatem registro de patentes

  • Quarta-feira, 07 de dezembro de 2005, 17h25
  • Última atualização em Quarta-feira, 16 de maio de 2007, 11h11

A direção do Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC) apresentou o processo de registro de patentes adotado por Cuba à missão da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) que realiza uma série de reuniões de trabalho, nesta semana, no país caribenho. O presidente da Capes, Jorge Guimarães, e os pesquisadores Maria de Fátima Grossi de Sá e Celso Pinto de Melo, estiveram reunidos com o diretor do CNIC, Carlos Gutierrez Calzado.

O centro cubano desenvolve pesquisas científicas e tecnológicas, principalmente na área biomédica. São investigados novos medicamentos a partir de produtos naturais. Um deles é o chamado Abexol, um extrato purificado de cera de abelha, cujos componentes servem como antioxidantes e suplemento alimentar.

“O CNIC é o órgão governamental cubano que negocia nacionalmente e internacionalmente parte das pesquisas desenvolvidas no país”, diz Calzado. Ele explica que Cuba tem uma preocupação de sempre patentear seus produtos. “Procuramos parceiros que financiem a pesquisa, mas primeiro realizamos o registro no país e depois fazemos o procedimento nos países interessados.” O centro também investe em estudos nas áreas de neurociências, material de implantes cardíacos e combate a diversas doenças.

Para a consultora da Capes e pesquisadora da Embrapa Maria de Fátima Grossi de Sá, o Brasil tem muito a aprender com Cuba sobre a questão de registro de patentes. “O Brasil está em um bom nível de pesquisa e Cuba consegue transformar as suas pesquisas em produto, apresentando resultados econômicos para o país”, afirma. Segundo ela, cada instituto de pesquisa cubano tem de forma clara a política de registro de patentes.

O processo é realizado por um escritório, instalado dentro de cada instituto, formado por um advogado, um economista e três profissionais da área científica. “Acho isso um ponto importante para o Brasil. Nós, brasileiros, ainda temos que aprender a finalizar e utilizar os resultados das pesquisas com mais eficiência, isso quer dizer aumentar o número de patentes”, afirma Fátima, que acrescenta: “A cooperação com os cubanos pode intensificar a troca deste tipo de experiência de registro de produtos”.

Mais de 200 mil mestres e doutores estudaram no CNIC desde 1965, quando foi criado. Atualmente, a instituição possui 700 funcionários e tem relação com 130 universidades cubanas.

Repórter: Adriane Cunha

 

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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