Delegação brasileira na Austrália debate mobilidade estudantil e colaboração para pesquisa
O Ministério da Educação participou até esta terça-feira, 4, do Fórum Educacional Internacional e da 1ª Reunião de Ministros da Educação da Ásia–Pacífico, ambos em Brisbane, Austrália. O Brasil foi o único convidado de outro continente para a reunião, da qual participaram 28 ministros e representantes de 47 países.
O fórum teve como eixo principal as perspectivas da educação e do treinamento profissional nos próximos 20 anos. Os ministros discutiram as principais ações que podem fortalecer a cooperação e o desenvolvimento regional, em particular, o papel da mobilidade estudantil e a colaboração mútua no campo da pesquisa científica.
O comunicado de Brisbane sublinhou que a educação é a chave da prosperidade, da paz e da segurança. Nesse sentido, a mobilidade e o intercâmbio acadêmicos constituem aspecto central do ambiente de trabalho globalizado. Os ministros concordaram em colaborar nas áreas de qualidade, reconhecimento de diplomas e competências técnicas por meio, em particular, do melhor conhecimento dos sistemas educativos de cada país e do estímulo à criação de laços diretos entre instituições de ensino superior.
A reunião teve também a meta de iniciar um processo de reflexão sobre o relacionamento com os países europeus envolvidos no chamado Processo de Bolonha (grupo de 45 nações que pretendem construir, até 2010, um espaço comum de educação superior).
A delegação do Brasil, chefiada pelo secretário de educação a distância, Ronaldo Mota, sublinhou a importância da mobilidade estudantil e das novas tecnologias de informação e educação, instrumentos relevantes que, no entanto, jamais podem substituir os profissionais da educação. O representante brasileiro também ressaltou que a formação compatível com as demandas do mercado de trabalho cada vez mais exige experiência internacional. O desafio do Brasil, portanto, é propiciar oportunidades para que os estudantes, sobretudo a partir da graduação, sejam orientados a passar pelo menos um semestre acadêmico em instituições no exterior, garantido o aproveitamento dos créditos. (Assessoria de Comunicação Social)