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Haddad concede entrevista ao Portal UOL

  • Segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009, 11h52
  • Última atualização em Terça-feira, 10 de março de 2009, 14h49

Ministro da Educação faz balanço de açõesSão Paulo – O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou em entrevista ao Portal UOL, que o orçamento nacional em educação – e conseqüentemente o percentual equivalente frente ao Produto Interno Bruto (PIB) do país – ainda é insatisfatório. “Os países desenvolvidos, que têm PIBs maiores e dívidas educacionais menores, investem cerca de 5% – então temos que investir ainda mais”, defendeu o ministro. “Mesmo que alguns especialistas defendam que os investimentos já são suficientes, acho que o Brasil deve investir pelo menos 6% do PIB em educação.”



Haddad lembrou que o orçamento do Ministério da Educação, de R$ 41,5 bilhões em 2009, é o maior da história, tendo crescido mais de R$ 9 bilhões apenas entre 2008 e 2009. Mas o total de investimentos na área, medido pelo PIB e não pelo orçamento ministerial, ainda é pequeno, na opinião do ministro. “Devemos estar beirando os 4,6% do PIB brasileiro hoje, mas temos que chegar a 6% ou até mais que isso”, afirmou.



Apesar do desafio, Haddad reconhece que a mudança não aconteceria a curto prazo. “Não defendo que a conquista venha da noite para o dia – isso até poderia causar problemas de gestão.” Para o ministro, uma parcela maior do PIB dedicada à Educação pede um estudo mais aprofundado de como os investimentos seriam feitos.



“Como o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já afirmou, em Educação não há gastos, há investimentos. Eu defendo o aumento gradual, mas sem demorar demais”, disse. “Eu diria que um mandato presidencial é mais que suficiente (para atingir esse patamar), para aumentá-lo, mantê-lo e assim cumprir todas as metas do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação)”, afirmou o ministro.



Haddad também reiterou que o presidente Lula determinou que o orçamento do MEC em 2009 não seja cortado, “até porque não temos um prazo curto para nossos programas e ações; o PDE, a expansão das redes federais de educação técnica e superior, os Planos de Ação Articulada, tudo isso está previsto a médio e longo prazo – e o presidente Lula tem plena consciência disso”, apontou o ministro.



Avaliação – Durante a entrevista, o ministro também fez uma breve avaliação da atuação do Ministério da Educação. Para ele, houve avanços bastante significativos nas áreas de financiamento da educação pública, gestão, formação de professores, estratégias e diretrizes a serem pactuadas nos próximos anos, e avaliações de alunos e instituições.



“Sei que hoje somos referência mundial frente aos países em desenvolvimento com a criação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e do IGC (Índice Geral de Cursos de Graduação). Com esses indicadores, a sociedade ganhou balizas para saber quais instituições deve procurar e quais deve evitar”, afirmou.



Sobre os próximos desafios ainda a serem cumpridos, Haddad lembrou ações voltadas a professores, alfabetização e a ampliação da obrigatoriedade a todos os níveis da educação básica. “O Brasil passou a encarar o desafio da educação com muita propriedade nos últimos anos, mas acho que agora devemos caminhar para a valorização da carreira do magistério, com a construção de diretrizes para formação de professores.”



O ministro anunciou que até o meio do ano o MEC deve lançar um Plano Nacional de Formação do Magistério. “A maioria do estados se dispôs a construir esse plano junto com o MEC – são cerca de 20 ou 21 unidades da federação”, explicou.

 

Luciana Yonekawa

 

Confira a entrevista na íntegra.

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