Brasil vai reforçar programa de merenda escolar do Haiti
Um país pobre, castigado por anos de revoltas internas e pela fome. Este é o Haiti, país do Caribe considerado o mais pobre das Américas e que importa grande parte dos alimentos que consome. Para ajudar a melhorar o quadro de insegurança alimentar e reforçar o programa local de merenda escolar, uma equipe do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) parte neste sábado, 30, para a capital daquele país, Porto Príncipe, em missão de cooperação técnica.
Segundo Cássia Buani, técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o primeiro passo da missão do FNDE será analisar como funciona o programa haitiano de cantinas escolares. “Vamos destrinchar o programa, desde a liberação dos recursos até a hora em que as crianças recebem a merenda, e identificar quais ações do programa brasileiro podem ser inseridas para fortalecê-lo”, afirma. “Também escolheremos uma escola em Porto Príncipe para implantar um projeto-piloto que, depois, poderá ser replicado para todo o país.”
A missão também vai tentar identificar produtores locais, para incentivar o uso de produtos da agricultura familiar na merenda. Com isso, além de melhorar a alimentação das crianças, é possível reforçar a economia local. Haverá, ainda, capacitação de merendeiras, professores e gestores, além da aquisição de utensílios para a cozinha da escola-piloto.
Cooperação – Considerado programa exemplar de alimentação escolar pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o Pnae presta cooperação técnica a outros dez países: Bolívia, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Guiné Bissau, Nicarágua, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Cabo Verde e Suriname.
No Brasil, o programa atende 42 milhões de alunos da educação básica, com recursos federais que somam mais de R$ 2 bilhões em 2009.
Assessoria de Comunicação Social do FNDE