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Inclusão

Escola bilíngue de Brasília é modelo para alunos com deficiência auditiva

  • Quinta-feira, 27 de abril de 2017, 09h19
  • Última atualização em Quinta-feira, 27 de abril de 2017, 10h44


Na edição desta semana, o programa Educação no Ar, da TV MEC, apresenta uma entrevista com a professora Maristela Oliveira, diretora da Escola Bilíngue Libras e Português Escrito, a primeira do DF voltada especificamente para pessoas com deficiência auditiva. A unidade, criada em 2013 por meio de uma lei distrital, fica em Taguatinga e atende estudantes em todas as etapas do ensino básico e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

“Não somos apenas a primeira [escola especializada] em Brasília, mas também uma das poucas existentes no país”, diz a professora, que calcula existirem não mais de dez instituições semelhantes em algumas capitais. “Parte delas surgiu a partir do nosso projeto, que só foi possível graças a um esforço conjunto de profissionais da Secretaria de Educação envolvidos há pelo menos 20 anos na aprendizagem de surdos.”

As salas foram totalmente adaptadas ao novo público e o número máximo por turma é de dez alunos, um terço do permitido em instituições públicas regulares. As aulas contam com recursos tecnológicos que ressaltam as imagens e suas cores, como projetores coloridos multimídia (data show). Já as carteiras são dispostas em forma de “U”, para que todos tenham o campo visual livre de interferências.

Maristela Oliveira é diretora da Escola Bilíngue Libras e Português Escrito, a primeira do DF voltada especificamente para pessoas com deficiência auditiva (Frame: TV MEC)Libras – Mas não se trata de um modelo restritivo. A escola tem características inclusivas, só que em um formato diferente: os “ouvintes” são minoria e a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a prioridade. Ou seja, o português escrito é considerado a segunda língua, como ocorre na vida real das pessoas com deficiência auditiva. “Com essa abertura, permitimos, por exemplo, que irmãos, amigos e até filhos de surdos possam aprender em libras, o que acaba sendo bom para todos”, explica a diretora. “Os pais, inclusive, gostam de participar, e muitos até acompanham o atendimento [aula], satisfeitos com a evolução da criança. A ansiedade dela diminui bastante.”

Segundo Maristela, não há processo de seleção para a matrícula de estudantes com deficiência auditiva. O objetivo é acolher toda a demanda, desde a educação infantil, entre seis meses e três anos de idade. “A gente está em um período de sensibilização, procurando hospitais e órgãos de saúde, para incentivar a estimulação linguística precoce”, explica. “Com o apoio deles e o esclarecimento junto às famílias, os bebês já podem começar a aprender a se comunicar por sinais. Quanto mais cedo, melhor.” 

Assessoria de Comunicação Social

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