Caravana no Maranhão: Cefet valoriza produção de cerâmica
São Luís (MA) — O município de Rosário é conhecido como pólo cerâmico do Maranhão. Nele, muitos oleiros fabricam peças de cerâmica para o sustento da família, e assim movimentam a economia da região. A maioria dos trabalhadores tem pouca escolaridade ou é analfabeta. A mudança dessa realidade está acontecendo com a participação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (Cefet-MA). Com o Programa Cultura Viva, o Cefet promove a profissionalização e inclusão social dessas pessoas.
O programa, em parceria com o Ministério da Cultura, tem como objetivo disseminar iniciativas e criações valorizando a cultura local. Em Rosário, o projeto é da Cultura Cerâmica do Maranhão, que visa à preservação da cerâmica artesanal e ao desenvolvimento sustentável das comunidades envolvidas. “O trabalho já existe. O Cefet só vem melhorar essa experiência para agregar valor ao que os oleiros já fazem”, explica José Costa, diretor-geral do Cefet.
Os agentes da cultura são jovens e adultos que fazem o curso de cerâmica e disseminam o aprendizado junto à comunidade, formando uma rede de conhecimentos e desenvolvendo a economia local. Direta e indiretamente, mais de duas mil pessoas, entre alunos, professores e moradores da região, estão atualmente envolvidas no projeto, segundo a coordenadora do Ponto de Cultura Rosário e São Luís da Cerâmica do Maranhão, Denise Bogéa.
Em 2006, o Cefet-MA teve 3.176 alunos matriculados na sede, em São Luís, e nas unidades descentralizadas (Uneds). Os cursos são nas modalidades de ensino médio, ensino médio integrado, técnico concomitante, graduação e mestrado, envolvendo diversas áreas, como eletrônica, telecomunicações, design gráfico, alimentos, mecânica, segurança do trabalho e licenciaturas em matemática, química, biologia e física.
Letícia Tancredi