Natal ganha mais uma escola profissionalizante
O estudante José Adailton de Araújo, 20 anos, é um dos futuros alunos da unidade de ensino da Zona Norte de Natal, vinculada ao Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Rio Grande do Norte. A nova escola começou a funcionar provisoriamente em abril e será inaugurada oficialmente nesta terça-feira, 19, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo secretário de educação profissional e tecnológica, Eliezer Pacheco.
Adailton faz o curso técnico em eletrotécnica, na modalidade educação de jovens e adultos. Ele mora de aluguel com o pai — o único que trabalha na família —, a mãe e duas irmãs, no bairro de Igapó, na Zona Norte de Natal, maior região administrativa da capital potiguar. Ali vivem 292 mil habitantes, em 35 conjuntos habitacionais e 56 loteamentos. A renda mensal da família do estudante é de R$ 350,00. A realidade do jovem é a mesma de 60% da população daquela área, que tem renda familiar entre um e três salários mínimos.
Estudar na nova unidade do Cefet-RN é a realização de um sonho. “Sou de família pobre, vim do interior para a capital e nunca tive a oportunidade de estudar numa escola de boa qualidade”, disse Adailton. Passei no exame de seleção do Cefet e pretendo valorizar meus estudos e essa oportunidade.” O estudante afirma que fazer o curso de eletrotécnica vai proporcionar a entrada no mercado de trabalho e, certamente, melhorar a expectativa de vida dele e da família.
A unidade funcionará, inicialmente, nos turnos matutino e vespertino, com 303 alunos em cursos técnicos de nível médio integrado, subseqüentes e na modalidade de educação de jovens e adultos. Até o fim do ano, cerca de 800 alunos devem ser atendidos.
A escola conta, por enquanto, com uma área construída de 4,1 mil metros quadrados. São dez salas de aula, três laboratórios de informática, dois de eletrotécnica e um de redes de computadores, além de laboratórios de física, química e biologia. São oferecidos cursos de técnico subseqüente para manutenção de computadores e sistemas de informação; de técnico integrado, para eletrotécnica e informática, e de técnico integrado na modalidade EJA, para eletrotécnica, informática e manutenção de computadores. O investimento do governo federal na construção da escola foi de R$ 2,8 milhões.
Sophia Gebrim