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Ministro visita escola de turno integral

  • Quinta-feira, 26 de julho de 2007, 07h52
  • Última atualização em Quinta-feira, 02 de agosto de 2007, 11h53

Arapiraca (AL) — Jefersson Silva, 15 anos, não gostava de estudar. Desde março deste ano, porém, isso mudou. “Acordo feliz para vir às aulas. Tenho muito orgulho da minha escola”, conta. Ele estuda na Escola de Integração Zélia Barbosa Rocha, em Arapiraca, no interior alagoano, considerada modelo no estado. Lá, cerca de 800 alunos chegam cedo para as aulas e só voltam para casa no fim da tarde. Eles estudam em turno integral, numa experiência que tem dado certo. Passado apenas um ano da inauguração, já há fila de espera por vagas.

Manter uma escola pública que ofereça atividades extracurriculares, como informática, música, dança, artesanato, artes cênicas e cultivo de hortaliças, parece uma tarefa impossível. Para o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, a solução foi simples. Para as aulas de judô, por exemplo, ele conta com voluntários das academias da cidade. As aulas de reforço, oferecidas no turno oposto ao das aulas regulares, são possíveis graças aos monitores, estagiários da Universidade Federal (Ufal) e da Universidade Estadual de Alagoas (Ueal).

Entrevista com prefeito Luciano BarbosaDe acordo com as contas do prefeito, os gastos com as atividades extracurriculares excedem em 25% os recursos destinados pela União para o custeio das aulas regulares. É exatamente esse percentual que o Fundo da Educação Básica (Fundeb) vai acrescentar nas verbas que as escolas de turno integral receberão da União. “Com o Fundeb, todos os gastos excedentes serão pagos”, diz o prefeito Luciano Barbosa.

Visita — O ministro da Educação, Fernando Haddad, visitou o centro educacional nesta quinta-feira, 26, e conversou com alunos e professores. Na visão do ministro, é fundamental incentivar a permanência do aluno na escola. “O turno integral é uma experiência bem-sucedida em todo o mundo. Com o Fundeb, esperamos que o Brasil tenha cada vez mais escolas funcionando assim”, explica.

Para a diretora da escola, Adelita Sales, a experiência de estar na escola durante o dia inteiro modificou profundamente a vida dos alunos. “A maior parte deles é carente, até mesmo de alimentação, que foi providenciada pela escola”, destaca. Rodrigo Cavalcante, 14 anos, está no sétimo ano do ensino fundamental. Ele se diz motivado para estudar. “A outra escola em que eu estudava era muito pobre, e eu tinha vergonha de estudar lá. Hoje, estou mais envolvido e quero aprender cada vez mais”, relata.

A escola, que começou a funcionar em horário integral em março, atende desde alunos da educação infantil até os do último ano do ensino fundamental. O sucesso do método é tanto que a lista de espera por vaga para o próximo ano letivo já tem mais de cem interessados.

Ana Guimarães

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