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PDE

Solidariedade movimenta escola no estado

  • Quarta-feira, 07 de novembro de 2007, 09h04
  • Última atualização em Quinta-feira, 27 de novembro de 2008, 07h22

Estudantes da escola Carmela Dutra, onde solidariedade faz parte do currículo (Foto:João Bittar)O Instituto Estadual de Educação Carmela Dutra, no centro de Porto Velho, Rondônia, inclui solidariedade no currículo. A escola estimula o trabalho voluntário entre seus dois mil alunos de 5ª a 8ª série dos ensinos fundamental e médio. Desde o primeiro dia de aula, os professores recolhem roupas, material didático e produtos de higiene pessoal para doá-los, no mês de setembro, à escola no Quilombo de Santo Antônio do Guaporé, interior do estado. “Ganhamos o selo Escola Solidária por causa desse trabalho”, relata a diretora, Iná de Aquino Freire.

Uma vez por ano, um grupo formado por 40 alunos do ensino médio, dois  bombeiros, uma enfermeira, uma mãe e três professores do Carmela Dutra visita o quilombo. Eles viajam 22 horas de barco até o local onde chegaram os quatro primeiros negros fugitivos, em 1786.

Estudantes e professores distribuem o que foi arrecadado na escola durante o ano, fazem palestras e apresentam peças de teatro. Também incentivam a discussão, entre a comunidade, de temas como higiene bucal, gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis e métodos de prevenir a malária, doença endêmica. Ao todo, o projeto beneficia 111 pessoas, que recebem alimentos não-perecíveis e água mineral arrecadados pelos estudantes do Carmela Dutra nos supermercados de Porto Velho. Os bombeiros e a enfermeira fazem exames de rotina, levam medicamentos e atendem às crianças quilombolas.

Multiplicadores — A experiência é essencial para difundir as práticas sociais na escola. Embora somente os alunos do ensino médio viagem ao quilombo de Santo Antônio do Guaporé, toda a escola participa da arrecadação. Alunos de uma classe de 8ª série ficaram tão entusiasmados com o projeto que resolveram ampliar o leque de ações: Ana Cláudia Nascimento e seus amigos Tauana, Michela, Edna e João Vítor ajudam o Banco de Leite do Hospital Materno-Infantil Cosme e Damião. Eles arrecadam vasilhames de maionese nas salas de aula; depois de esterilizados, os vasilhames servem para armazenar leite materno.

Aluno do instituto estadual de educação Carmela Dutra (Foto: João Bittar)Edna Cristina Morais de Assis, 15 anos, aluna desse grupo, pensa que tirar boas notas não é suficiente. “Ajudar me faz sentir bem e isso eu aprendi aqui na escola”, afirma. Os estudantes planejam um novo projeto social, de arrecadação de livros infantis e sua doação para um hospital que trata crianças com câncer.

“Fomos lá e vimos muitas crianças tristinhas com a doença”, diz a diretora. “Queremos levar literatura para eles”. Com o apoio do hospital, a equipe pedagógica da escola pretende criar um quarto de leitura, onde os voluntários contarão histórias para os pacientes internados. O projeto está caminhando: “Estamos arrecadando os livros e já conversamos com a direção do hospital”.

Ana Guimarães

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