Distrito Federal elege prioridades
A educação superior e a educação profissional e tecnológica terão prioridade no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) no Distrito Federal. Nesta quinta-feira, 13, o governador José Roberto Arruda assinou o compromisso Todos pela Educação para efetivar a parceria com o governo federal e garantir o direito de aprender de cada aluno.
O PDE vai atender também escolas do Distrito Federal cujo desempenho na Prova Brasil foi insatisfatório. “Essas escolas receberão ajuda imediata”, salientou o ministro da Educação, Fernando Haddad. No DF, será ampliado o acesso à educação superior e profissional. A Universidade de Brasília já tem garantida a construção de campi no Gama, em Planaltina e em Taguatinga. “A UnB tem de estar além do Plano Piloto”, reforçou Haddad. A educação profissional estará voltada para os alunos do ensino médio, o que mais preocupa no Distrito Federal, segundo o governador.
O compromisso Todos pela Educação estabelece 28 diretrizes para a adesão ao PDE. Com o Distrito Federal, já são 24 as unidade da Federação comprometidas com as metas de qualidade propostas pelo Ministério da Educação. Também já aderiram 3.878 municípios. “Vamos jogar tudo na qualidade da educação”, disse o governador.
O ministro destacou que as ações a serem desenvolvidas pretendem motivar o aluno a concluir a educação básica. Para isso, o MEC vai reforçar a educação profissional e tecnológica. Isso será possível, de acordo com Haddad, com a expansão dos institutos federais de tecnologia, a serem criados a partir do PDE e do Brasil Profissionalizado, lançado na quarta-fera, 12. O programa, que integra o ensino médio ao profissionalizante, está orientado para aproveitar os arranjos produtivos de cada região. “Além disso, ampliamos programas como os do livro didático, da merenda e do transporte escolares e o de dinheiro direto na escola, que não existiam para o ensino médio”, anunciou o ministro.
Avanço — O governador salientou que o Distrito Federal tem avançado muito na educação. “Fizemos o plano de cargos e salários dos professores — votado nesta quinta-feira, 13, na Câmara Legislativa —, contratamos 1,3 mil professores concursados, construímos 24 escolas e mudamos a sistemática de escolha dos diretores”, disse Arruda. Agora, os diretores fazem uma prova de conhecimentos, passam por uma seleção de títulos e são escolhidos pela comunidade, por eleição. Votam professores, alunos e comunidade escolar. A comprovação de liderança dentro da comunidade é fundamental no processo.
O MEC estabeleceu como meta para o Distrito Federal atingir a nota 6,5 no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb), em 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil. Hoje, a nota é 5,5 nas série iniciais do ensino fundamental. O governador anunciou que o DF vai antecipar a meta. “Em Brasília, queremos atingir a nota 6,5, em 2014, o ano da Copa do Mundo no Brasil”, afirmou.
Arruda acredita que a adesão ao compromisso e as metas de qualidade serão fundamentais para um salto de qualidade na educação. “Não tem segredo. Investindo na qualidade dos professores e do ensino e na motivação, vamos mudar a capacidade de aprender desses meninos. Temos de acreditar nisso. Isso é o que muda um país.”
Manoela Frade