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  • Professores das universidades federais, que ultrapassaram os cem dias de greve, decidiram encerrar o movimento em 16 delas. Destas, oito já estão retomando as atividades normais, assim como câmpus isolados de outras três; uma optou nesta terça-feira, 4, pela suspensão da greve; mais quatro apresentarão o indicativo de fim da paralisação ao sindicato representativo na próxima semana.

    Retomaram as atividades as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ); do Ceará (UFC); de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); do Rio Grande do Sul (UFRGS); de Santa Catarina (UFSC); de São Carlos (UFSCar); da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e a Universidade de Brasília (UnB). Também voltaram às aulas os professores dos câmpus de Araguaína, da Universidade Federal do Tocantins (UFT); de Guarulhos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e de Alegrete, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa).

    A universidade da Fronteira Sul (UFFS) decidiu suspender a greve. Na semana que vem, apresentarão o indicativo de término do movimento as de Juiz de Fora (UFJF), Grande Dourados (UFGD), do Recôncavo Baiano (UFRB) e de Alfenas (Unifal).

    O Ministério da Educação espera agora a volta total das atividades acadêmicas. Além disso, está recebendo e analisando o planejamento das instituições com relação à reposição dos dias parados.

    Valorização— Na proposta de carreira dos docentes das instituições federais de ensino encaminhada ao Congresso Nacional, o governo federal busca a valorização da dedicação exclusiva e da titulação. O aumento proposto prevê o mínimo de 25% e o máximo de 40%, a serem aplicados nos meses de março de 2013 (50%), de 2014 (30%) e de 2015 (20%). Fica assegurado, portanto, reajuste mínimo de 13% a partir de março do próximo ano.

    Dessa forma, um profissional com doutorado, recém-ingressado na carreira, passaria a receber salário de R$ 8.439,77 durante o estágio probatório. Concluído esse período, chegará a R$ 10.007,24. Para o topo da carreira — professores titulares com dedicação exclusiva —, o aumento proposto é de 40%, o que significa salários superiores a R$ 17 mil. Para a concessão do reajuste, o governo liberou, no orçamento, recursos de R$ 4,2 bilhões.


    Deliberações em cada universidade

    Não fizeram greve

    Término da greve

    Término da greve em câmpus isolados

    Suspensão da greve

    Indicativo de suspensão da greve

    UFRN

    UFCSPA

    Unifesp Guarulhos

    UFFS

    UFJF

    Unifei

    UFRGS

    UFT Araguaína

     

    UFRB

     

    UFSC

    Unipampa Alegrete

     

    UNIFAL

     

    UFSCar

     

     

    UFGD

     

    UnB

     

     

     

     

    UFRJ

     

     

     

     

    UFC

     

     

     

     

    Unilab

     

     

     

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    Assessoria de Comunicação Social

    Confira o histórico da negociação

    Republicada com atualização de informações

  • Aluna do segundo semestre de pedagogia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Elizabeth Maria Marques Carvalho integra o grupo de professores da educação básica que fazem aperfeiçoamento em cursos de formação inicial e continuada oferecidos pelo Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor). Elizabeth pretende ingressar logo no curso de especialização em multimídia, ao fim dos quatro anos de universidade. “A gente precisa se aperfeiçoar, principalmente porque trabalha com crianças”, salienta Elizabeth. “O educador tem que melhorar sempre.”

    Sua colega Dulcinete de Sousa Passos Silva faz o mesmo curso. A professora já era formada em filosofia, mas sentiu a necessidade de se graduar também em pedagogia. “Ajuda a entender e a lidar melhor com o aluno”, afirma. “Por exemplo, fica mais fácil entender quando um aluno não está aprendendo.” Dulcinete pretende se aprofundar nesse campo e fazer especialização em psicopedagogia.

    As duas lecionam na escola pública Professor Raldir Cavalcante Bastos, que está entre as melhores notas do estado do Piauí no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). Com média 6,9, a instituição apresentou evolução de 0,7 ponto entre 2009 e 2011. Atualmente, a escola, que atende em tempo integral, tem dez professores matriculados em cursos do Parfor — três em pedagogia, dois em matemática, três em português, um em história e um em artes visuais.

    O Parfor é desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação. Investir na formação inicial e continuada dos dois milhões de professores da educação básica brasileira é uma das prioridades. Por isso, o secretário de educação básica, César Callegari, afirma que o MEC mantém vários programas de aperfeiçoamento para professores em exercício. “Para garantir qualidade na educação, temos, antes de mais nada, de garantir qualidade no trabalho do professor”, afirma. “Ele tem que ser apoiado em sua formação inicial e na continuada. Só será um bom professor se tiver base, conhecimento, experiência e muito estímulo para exercer bem o magistério.”

    Desempenho— Professora de escola pública em Graça, Ceará, Renata Alves Lima já contabiliza no currículo duas licenciaturas e três especializações. Formada em pedagogia e, posteriormente, em história pela Universidade Estadual do Vale do Acaraú (Uva), ela também fez a segunda graduação por meio do Parfor. Para a professora, investir em capacitação influencia diretamente o resultado do Ideb nas escolas. Na instituição em que Renata trabalha, o índice saltou de 4,7 em 2009 para 6,1 em 2011. “Professores mais qualificados dão aulas mais dinâmicas e incentivam de forma mais efetiva o aprendizado de seus alunos”, garante. “Meu desempenho melhorou consideravelmente, uma vez que tive contato com novos conhecimentos, autores, textos e discussões que despertaram em mim um lado crítico.”

    Os professores interessados podem fazer a pré-inscrição nos cursos do Parfor a partir de fevereiro de 2013.

    Paula Filizola


    Leia também Secretarias podem pedir cursos de formação para professores
  • O Prêmio Professores do Brasil surgiu para valorizar o papel do profissional e dar visibilidade a experiências pedagógicas bem-sucedidas (foto: Fabiana Carvalho/MEC – 9/9/2011)Será realizada nesta quinta-feira, 13, às 9 horas, no Hotel Nacional, em Brasília, a cerimônia de entrega da sexta edição do Prêmio Professores do Brasil. O evento terá a participação do ministro da Educação em exercício, José Henrique Paim Fernandes, além de representantes das entidades parceiras do evento.

    Serão premiados 40 professores da rede pública brasileira. Entre os 2.609 projetos inscritos de todo o país, foram selecionados aqueles que se destacam pela inovação e criatividade na busca da melhoria da qualidade da educação básica.

    Os autores das experiências selecionadas pela comissão julgadora nacional, independentemente de região e categoria a que concorrem, receberão o prêmio de R$ 7 mil, além de troféu e certificados. As escolas serão premiadas com placa comemorativa.

    Os prêmios estão divididos em oito categorias. No desenvolvimento de temas livres, serão reconhecidos professores da educação infantil, dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio. Em temas específicos, os professores da educação integral e integrada, de ciências para os anos iniciais, de alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental e de educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo.

    O Prêmio Professores do Brasil visa a valorizar o papel do professor como agente transformador na formação e no desenvolvimento de novas gerações. Foi criado para dar visibilidade a experiências pedagógicas bem-sucedidas, como forma de estímulo a profissionais de toda a rede pública.

    Parceiros— O prêmio conta com o apoio da Fundação Volkswagen, Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), entre outras entidades.

    Paula Filizola
  • Desta quinta-feira, 9, até domingo, 12, um grupo de 526 professores que lecionam inglês em escolas públicas do ensino fundamental e médio embarcam para fazer capacitação intensiva em universidades norte-americanas. Selecionados pelo Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa (PDPI) nos Estados Unidos, eles vão fazer a formação a partir de segunda-feira, 13, até 21 de fevereiro.

    Os cursos, intensivos, têm duração de seis semanas e abrangem atividades acadêmicas e culturais. A qualificação de educadores efetivos de escolas públicas nas instituições norte-americanas é divida em três modalidades:

    • Desenvolvimento de metodologias

    • Dirigida a professores com conhecimentos avançados da língua inglesa

    • Aprimoramento em inglês, nos níveis intermediários I e II, para educadores que necessitem melhorar habilidades específicas na língua

    Os objetivos do governo federal ao oferecer a capacitação são os de valorizar os profissionais das redes públicas de educação básica e fortalecer o domínio das habilidades linguísticas — compreender, falar, ler e escrever em inglês.

    O professor tem custeadas as passagens aéreas para deslocamentos dentro do Brasil e do Brasil aos Estados Unidos, ida e volta. Conta ainda com seguro-saúde; alojamento no câmpus universitário; alimentação, material didático e ajuda de custo de US$ 500 (R$ 1,188).

    A seleção do PDPI nos Estados Unidos foi realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que também custeia a viagem e a bolsa de estudos.

    Portugal — Outros 175 professores que lecionam física, química, matemática, pedagogia e língua portuguesa em escolas públicas de educação básica seguem este mês para Portugal. Selecionados pelo Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores em Portugal (PDPP) para estudar nas universidades de Aveiro e do Porto, eles farão cursos de desenvolvimento profissional.

    A seleção compreende educadores matriculados em cursos do Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor) e supervisores do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), ambos da Capes.

    As áreas com maior número de selecionados são as de química e física, que somam 100 vagas. Dos 50 educadores que lecionam física, metade fará a formação na Universidade de Aveiro, no período de 13 a 24 de janeiro. Os outros 25, na Universidade do Porto, de 13 a 31 de janeiro.

    Os 50 selecionados de química também se dividem entre as duas instituições. Em Aveiro, de 3 a 19 de fevereiro. No Porto, de 13 a 31 de janeiro. A Universidade de Aveiro também recebe 25 professores de matemática, de 21 de janeiro a 21 de fevereiro, e 25 de pedagogia, de 13 a 27 de janeiro. Professores de língua portuguesa vão receber formação na Universidade do Porto de 13 a 31 de janeiro.

    Os custos de viagem e dos estudos em Portugal serão de responsabilidade do governo federal, que garantirá passagens aéreas nacionais e internacionais, despesas de deslocamento da residência ao aeroporto, no Brasil, e dos trajetos em Portugal; alojamento, alimentação, ajuda de custo de 250 euros (R$ 808) e seguro saúde de 90 euros (R$ 290).

    Ionice Lorenzoni

  • Com a adesão de 32 instituições públicas de ensino superior, o Procampo, programa do Ministério da Educação para a qualificação de professores sem licenciatura que trabalham em escolas rurais, iniciou a formação de profissionais em 13 unidades da Federação. As instituições oferecerão cursos de graduação a cerca de 35 mil educadores em atividade na área rural. Em 15 delas, a formação atende 1.363 educadores. Até o fim do ano, as 32 instituições terão matriculado 3.178 professores.

    Segundo o diretor de educação para a diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, Armênio Schmidt, o Procampo tem como prioridade o atendimento a professores das redes públicas estaduais e municipais em atividade, mas sem licenciatura; jovens que vivem na área rural que desejam seguir o magistério e educadores dos movimentos sociais do campo.

    O curso tem a carga horária e o tempo de duração de uma licenciatura, mas é diferente no formato para atender professores que precisam estudar e trabalhar. De acordo com Schmidt, é oferecido em regime de alternância — aulas presenciais intensivas (tempo-escola) nas férias escolares ou em períodos determinados pelas universidades, combinadas com etapas no local em que o professor leciona (tempo-comunidade). Na comunidade, ele pesquisa, estuda e aplica o que aprende.

    A licenciatura é multidisciplinar, com a abordagem de quatro áreas: linguagens e códigos (para lecionar português, literatura e artes); ciências da natureza e matemática (matemática, química, física e biologia); ciências humanas e sociais (filosofia, sociologia, história e geografia); e ciências agrárias.

    Política pública — A oferta de cursos de licenciatura específicos para a qualificação dos professores do campo começou em 2006, com um projeto-piloto desenvolvido pelas universidades federais de Minas Gerais (UFMG), da Bahia (UFBA) e de Sergipe (UFS) e da Universidade de Brasília (UnB). Hoje, o Procampo tem a adesão de 32 instituições.

    Este ano, segundo Schmidt, o programa vai se tornar política pública, com oferta de cursos de licenciatura regulares pelas universidades — até 2009, essa oferta era definida por edital. O MEC vai desenvolver o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) Diversidade, que abrangerá a formação de professores das áreas rural e indígena. O Pibid Diversidade será administrado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    O diretor da Secad salienta que o novo modelo permitirá às instituições de educação superior organizar a oferta anual de cursos sem depender de editais. Elas poderão também garantir recursos para os quatro anos de cada licenciatura. Schmidt observa ainda que os educadores, com vagas anuais de ingresso, ganharão a oportunidade de fazer cursos de formação e que o MEC terá a possibilidade concreta de aumentar o número de cursos e de vagas, além de reunir cerca de 35 mil professores com licenciatura e diploma de nível superior obtidos em cursos de qualidade.

    Ionice Lorenzoni


    Confira as instituições que iniciaram a formação de professores


    Leia também: Cursos têm etapas em sala de aula e prática na comunidade

  • O professor Gilvan França, com seu projeto em escola do Distrito Federal, buscou mostrar aos alunos a importância de não jogar garrafas em rio e esgotos (foto: João Neto/MEC)A construção de uma sala somente com garrafas plásticas; um projeto de alfabetização de jovens e adultos a partir do resgate das próprias histórias de vida; oficinas de leitura, saúde e cidadania. Estas e outras práticas inovadoras e bem-sucedidas em educação foram distinguidas na sexta edição do Prêmio Professores do Brasil, entregue na manhã desta quinta-feira, 13, em Brasília.

    Premiado na categoria temas específicos, subcategoria educação integral e integrada, Gilvan Luís de França, professor do Centro de Ensino Fundamental 2, em Planaltina, Distrito Federal, mostrou preocupação com o meio ambiente. Com os alunos, ele construiu uma sala de 66 metros quadrados com garrafas plásticas cheias de areia, em substituição aos tijolos, assentadas com barro. “Tentei passar a eles a importância de não jogar as garrafas em rios e esgotos, mas reutilizá-las”, salientou.

    Dos 2.609 projetos inscritos em todo o país, foram premiados 40, apresentados por professores da rede pública. Os autores das melhores experiências receberam prêmio de R$ 7 mil, além de troféu e certificado. As escolas ganharam placas.

    Os prêmios foram divididos em duas categorias — temas livres, com distinção para iniciativas na educação infantil, anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio, e temas específicos, com seleção de projetos de educação integral e integrada, de ciências para os anos iniciais do ensino fundamental, de alfabetização também nos anos iniciais e de educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo.

    Histórias— Outra educadora premiada foi a professora Carina Escabora Campos, que leciona em escola pública da comunidade do Parque Imperial, em Barueri, São Paulo. Ela ganhou com o projeto Vidas que se Contam: a Biografia como Portal de Aprendizagens. Professora de alfabetização para jovens e adultos, Carina buscou lembranças significativas dos alunos para tornar o conteúdo formal atrativo e relembrar a importância da educação. Em seguida, registrou em filme histórias capazes de servir de estímulo a outros estudantes.

    “Foi possível perceber que o índice de evasão caiu e que o de alfabetização cresceu”, disse a professora. “Ao tornar o conteúdo mais próximo deles, consegui tornar aprendizagem mais fácil e significativa.”

    O ministro interino Paim Fernandes valorizou o trabalho dos professores: “Quem pode mudar a educação do país são os professores, eles são os protagonistas desse processo” (foto: João Neto/MEC)Importância— O ministro da Educação em exercício, José Henrique Paim Fernandes, ressaltou a importância de se reconhecer o trabalho feito pelos professores. Ele afirmou ainda que o Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais devem reforçar a assistência técnica e financeira a esses profissionais.

    “O país vive um esforço muito grande no sentido de melhorar a qualidade da educação brasileira, e os gestores da educação fazem um esforço permanente no sentido de garantir que as políticas públicas sejam implementadas e executadas”, disse Paim. “Mas quem pode mudar a educação do país são os professores, eles são os protagonistas desse processo de mudança.”

    O Prêmio Professores do Brasil visa a valorizar o papel do professor como agente transformador na formação e no desenvolvimento de novas gerações. Foi criado para dar visibilidade a experiências pedagógicas bem-sucedidas, como forma de estímulo a profissionais de toda a rede pública.

    Parceiros— O prêmio conta com o apoio da Fundação Volkswagen, Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), entre outras entidades.

    Paula Filizola

  • Entre as atividades extraclasse desenvolvidas na escola esteve a visita dos estudantes ao cartório eleitoral para simulação de voto em urna eletrônica (foto: arquivo da professora Cláudia Álvares) Ao perceber que seus alunos adotavam critérios como simpatia e amizade para a escolha dos dirigentes do grêmio estudantil, a professora Cláudia Mariano da Silva Álvares resolveu abordar nas aulas temas relacionados ao processo eleitoral brasileiro ao longo do tempo. Nascia, assim, o projeto Pequeno Cidadão, Grande Transformação, desenvolvido com turma do quinto ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônio Ribeiro, no município paulista de Marília.

    “Nosso objetivo foi possibilitar aos estudantes a escolha de seus representantes de forma consciente”, explica a professora. “E a diferença verificada foi muito grande.”

    Realizado de abril a setembro de 2012, o projeto englobou quase todas as disciplinas. Nas aulas de artes, por exemplo, Cláudia apresentou o famoso quadro Independência ou Morte, do pintor Pedro Américo [1843-1905], para ser analisado e reproduzido por seus alunos.

    Além das aulas normais, Cláudia promoveu atividades extraclasse, como o envio de cartas a ex-exilados políticos, pesquisas nas ruas com moradores do bairro sobre a importância do voto e visita à Câmara de Vereadores. Os estudantes estiveram também no cartório eleitoral para uma simulação de voto em urna eletrônica. “Trabalhamos de forma bem ampla”, diz.

    O projeto foi finalizado com a eleição do representante da turma. O primeiro passo, antes da eleição, foi o lançamento das candidaturas. Cláudia teve então a oportunidade de avaliar as transformações ocorridas com os alunos no decorrer do desenvolvimento do projeto. “Eles perceberam, realmente, o que era preciso fazer para votar de forma consciente e escolher bem um candidato”, analisa.

    Ficha limpa — Segundo a professora, durante o lançamento das candidaturas, alguns nomes eram questionados pelos estudantes pelas atitudes nem sempre corretas e por eventuais advertências sofridas. “Professora, esse candidato não tem a ficha limpa; ele não pode se candidatar”, argumentavam. Eles entenderam, portanto, que o candidato eleito vai representar a todos durante um período de tempo e que o processo ficará comprometido se for feita uma escolha errada. “Então, por iniciativa dos alunos, só pode participar do processo quem tinha ‘ficha limpa’”, observa Cláudia.

    “Os escolhidos foram aqueles que realmente têm conduta correta, são ativos e participam de todas as aulas”, salienta a professora. “Isso significa que o trabalho funcionou.”

    O projeto colocou a pedagoga, com 15 anos de experiência no magistério, entre os vencedores do 6º Prêmio Professores do Brasil, promovido pelo Ministério da Educação.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

    Confira o blogue do projeto
  • Será convertido em medida provisória o Projeto de Lei nº 2.203/2011, que trata das carreiras de diversos órgãos da administração pública federal. Entre elas, as do magistério superior das universidades federais e dos professores do ensino básico, técnico e tecnológico vinculados aos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira, 11, pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

    O projeto de lei, que tramita na Câmara dos Deputados, trata da incorporação, ao vencimento básico dos professores, das gratificações específicas do magistério superior (Gemas) e de atividade docente do ensino básico, técnico e tecnológico (Gedbt). Determina ainda o reajuste de 4% sobre a tabela de remuneração. Os efeitos da medida provisória serão retroativos a março de 2012.

     

    As decisões do governo federal resultam das negociações salariais realizadas em 2011 com as entidades representativas dos professores, por meio do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), da Federação de Sindicatos de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica Profissional (Sinasefe).

    Assessoria de Comunicação Social


     

     

     

     

  • Lecionar em um bairro extremamente carente, com alto índice de marginalidade, além de uso e tráfico de drogas, fez a professora Cristina Freire dos Santos perceber a necessidade de desenvolver um trabalho de conscientização com seus alunos. Ela resolveu, então, criar um projeto capaz de contribuir para melhorar as expectativas das crianças com relação ao futuro. Nascia, assim, o Profissões – Semeando Sonhos para a Transformação de um Bairro.

    O trabalho colocou a professora do pequeno município goiano de Cristalina, no Entorno do Distrito Federal — 130 quilômetros ao sul de Brasília —, entre os agraciados na quinta edição do Prêmio Professores do Brasil. Com pós-graduação em pedagogia empresarial, Cristina dá aulas na Escola Municipal Cilineu Peixoto dos Santos desde 2009, quando ingressou na rede de ensino do município. ”Adoro trabalhar com projetos”, diz a professora, que dá aulas a uma turma do quarto ano do ensino fundamental. “Esse tipo de prática pedagógica deixa os objetivos mais claros.”

    O projeto premiado, com duração de um ano, envolveu uma turma também do quarto ano, formada por 30 estudantes com idades entre 9 e 15 anos. “Eles precisavam compreender a importância da escola e como o estudo pode mudar suas vidas”, salienta Cristina.

    Interdisciplinar e dinâmico, o projeto Profissões procurou mostrar a diversidade de profissionais envolvidos em uma sociedade organizada, bem como a importância de cada um. Além de participarem de passeios a diferentes locais de Brasília, como órgãos dos Três Poderes, agências do Banco do Brasil e de turismo e o Jardim Zoológico, os estudantes receberam visitas de profissionais — médico, advogado e policial militar — convidados para compartilhar um pouco da história pessoal e trajetória profissional.

    Segundo a professora, a participação no projeto deixou os alunos com mais motivação para acordar cedo e ir à escola, principalmente nos dias em que receberiam visitas. “A pessoa que não faz planos para a vida dificilmente consegue realizar seus desejos”, enfatiza Cristina. “Por isso, é preciso sonhar grande e lutar para a realização desses sonhos.”

    Para a professora, trabalhar com metas, além de possibilitar o diagnóstico de possíveis falhas e obstáculos no processo de ensino-aprendizagem, aumenta a qualidade dos resultados. Para 2012, ela está finalizando um novo projeto. “Ele será desenvolvido em toda a escola”, adianta.

    Fátima Schenini



    Saiba mais no Jornal do Professor
  • Duas viagens internacionais estão previstas para os vencedores da décima edição do Prêmio Professores do Brasil, uma iniciativa do MEC, lançado oficialmente nesta segunda, 8, no Instituto Singularidades, em São Paulo. Os 30 vencedores da etapa regional receberão R$ 7 mil mais uma viagem de oito dias à Irlanda, onde vão participar de uma capacitação custeada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    Desse total, seis professores, escolhidos na categoria nacional, receberão R$ 5 mil adicionais. Aqueles selecionados na categoria Temáticas especiais terão, entre seus prêmios, uma viagem de sete dias a Londres (Inglaterra), onde participarão de atividades educativas, interativas, palestras e visitas a museus.

    Entre os presentes ao lançamento do Prêmio, além de representantes da categoria, estavam o ministro Mendonça Filho, o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, e o secretário estadual de Educação de São Paulo, José Renato Nalini.  

    O professor amazonense Valter Pereira de Menezes recebe homenagem do secretário da Educação Básica, Rossieli Soares, e do ministro da Educação Mendonça Filho (foto: Rafael Carvalho/MEC)

    Mendonça Filho entregou placas em homenagem aos profissionais que se destacaram mundialmente na premiação Professor Global, concedida desde 2015 a docentes com grande contribuição aos alunos e sua comunidade na educação básica. Foram destacados Márcio de Andrade, de Mato Grosso; Valter Pereira de Menezes (Amazonas) e Wemerson da Silva Nogueira (Espírito Santo).

     Reconhecimento – O Prêmio Professores do Brasil, segundo o ministro Mendonça Filho, demonstra o reconhecimento tanto de autoridades quanto do público em geral de uma categoria com a missão de transformar a vida de jovens e crianças. “O orçamento geral da União para a formação dos docentes supera R$ 1,5 bilhão, um número considerado elevado”, destacou o ministro. “Ao investir, precisamos integrar as ações de formação com a política de contratação dos estados e municípios.”

    Para o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, a proposta do Prêmio Professores do Brasil é identificar e divulgar ações criativas e inovadoras nas escolas públicas, valorizando, assim, o papel do professor como sujeito ativo na elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE). “Quando vamos buscar as melhores práticas, observar onde estão os melhores exemplos, muitas vezes olhamos para fora”, ressaltou. “O Prêmio Professores do Brasil vem olhar para dentro, porque aqui também temos boas práticas.”

    O secretário estadual de Educação de São Paulo, José Renato Nalini, vê o momento como sendo de reflexão e respeito a uma categoria que considera sacrificada. “[Trata-se de] uma classe que merece uma remuneração melhor, mas que a crise econômica e a Lei de Responsabilidade Fiscal não permitem que sejam contemplados como gostaríamos”, avaliou. “O prêmio é uma forma de resgate da autoestima de um profissional essencial para a formação do Brasil.”

    A professora Elaine Cristina Benteo, vencedora nona edição do prêmio na categoria alfabetização, falou sobre sua atuação: “Trabalho em sala de aula há 23 anos. Meu projeto foi sobre levar aos estudantes e comunidades locais hábitos alimentares saudáveis. Boas ideias sempre se revertem em boas práticas para a qualidade de ensino de vida. O reconhecimento do nosso trabalho é a certeza de que estamos no caminho certo”.

    Prêmio – O Prêmio Professores do Brasil busca reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuam para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos em sala de aula. Seis categorias compõem a premiação: Educação infantil (creche); Educação infantil (pré-escola); Ensino fundamental do primeiro ao terceiro ano (ciclo de alfabetização); Ensino fundamental do quarto ao quinto ano; Ensino fundamental do sexto ao nono ano e Ensino médio.

    A premiação se divide em três etapas: estadual (162 vencedores), regional (30 vencedores) e nacional (6 vencedores). Os ganhadores da etapa regional receberão troféu e R$ 7 mil cada um. As escolas às quais eles pertencem serão condecoradas com placas comemorativas e ganharão equipamentos de informática atualizados com softwares com conteúdo educacional. Já os vencedores da etapa nacional terão prêmios de mais R$ 5 mil reais, totalizando R$ 12 mil, além de troféu.

    No caso da premiação especial, serão reconhecidos até 14 educadores dentro dos 162 destaques da etapa estadual. A viagem a Londres, com todas as despesas pagas pela Shell Brasil, caberá ao autor do melhor projeto, em sala de aula, que tenha como foco o estímulo ao conhecimento científico por meio da inovação. As melhores atividades sobre uso de tecnologias de informação e comunicação no processo de inovação educacional serão agraciados com R$ 5 mil cada (até três projetos).

    Paralelamente, até cinco professores de educação física com relatos de destaque dentro de esportes como estratégia de aprendizagem terão uma visita de um dia ao Núcleo de Alto Rendimento Esportivo de São Paulo e até seis professores, cujas práticas pedagógicas apresentem estratégias de reflexão e ação quanto à conservação e uso consciente da água, participarão, apresentando seus trabalhos, no Fórum Mundial da Água 2018.

    Inscrições – Para este ano, são esperadas 15 mil candidaturas. Podem participar educadores de escolas públicas de todo o país. As inscrições seguem até 25 de agosto, devendo ser feitas, unicamente, pela página eletrônica do prêmio. O resultado final será divulgado em dezembro.

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    Entidades ligadas a educadores destacam importância do prêmio

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino oferecido aos estudantes ao mesmo tempo em que valoriza o professor, o Ministério da Educação entregou ao Conselho Nacional de Educação (CNE), na última sexta-feira, 14, a proposta da Base Nacional Comum para Formação de Professores da Educação Básica. A entidade vai agora abrir o debate com as instituições formadoras, estados, municípios e escolas, para aperfeiçoar, complementar e, a partir da proposta, reformular as normativas para a formação de docentes no Brasil. Após esse trâmite, o documento será devolvido ao MEC para homologação.

    Pela proposta, a formação deve ter uma visão sistêmica que inclua a formação inicial, a formação continuada e a progressão na carreira. Nesse sentido, alinhamento e articulação são requisitos indispensáveis em uma política pública que envolve vários setores educacionais: MEC, instituições formadoras, conselhos de educação, estados, Distrito Federal e municípios. Cada ente com responsabilidades complementares no que diz respeito à formação de professores.

    A BNC-Professores é baseada em três eixos que vão nortear a formação inicial e continuada dos docentes de todo o país: conhecimento, prática e engajamento. No conhecimento, o professor deverá dominar os conteúdos e saber como ensiná-los, demonstrar conhecimento sobre os alunos e seus processos de aprendizagem, reconhecer os diferentes contextos e conhecer a governança e a estrutura dos sistemas educacionais.

    Já no eixo da prática, o professor deve planejar as ações de ensino que resultem na aprendizagem efetiva, saber criar e gerir ambientes de aprendizagem, ter plenas condições de avaliar a aprendizagem e o ensino, e conduzir as práticas pedagógicas dos objetos do conhecimento, competências e habilidades previstas no currículo.

    No terceiro e último eixo está o engajamento. É necessário que o professor se comprometa com seu próprio desenvolvimento profissional, com a aprendizagem dos estudantes e com o princípio de que todos são capazes de aprender. Também deve participar da elaboração do projeto pedagógico da escola e da construção de valores democráticos. Além de ser engajado com colegas, famílias e toda a comunidade escolar.

    O documento também propõe mudanças no tempo da formação inicial para a pedagogia. A intenção é que, nos quatro anos de curso, sejam dois anos de formação comum e um ano de aprofundamento para cada etapa da educação a que o professor queira se dedicar em sua carreira, como educação infantil, alfabetização ou polivalência do terceiro ao quinto anos, por exemplo. Também está prevista a possibilidade de cursar mais um ano de especialização com foco em gestão escolar e outro de mestrado.   

    Partida – A premissa da proposta da BNC-Professores são os recorrentes resultados insuficientes de aprendizagem dos estudantes e da baixa qualidade da formação dos docentes. Em geral, os cursos contam com muita teoria e pouca prática, falta aprofundamento na formação inicial para a educação infantil, alfabetização e anos iniciais, além de estágios curriculares sem planejamento e sem vinculação com as escolas.

    Diante desse quadro, a proposta do MEC preza que a formação esteja inserida em um regime de colaboração entre a União, os sistemas de ensino e as instituições formadoras. Tudo a partir de uma abordagem sistêmica, pautada pela interdisciplinaridade, interculturalidade e contextualização. Sem deixar de lado a criatividade, a inovação e a formação humana integral. Tendo sempre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como norte.

    Estudos – A elaboração do documento foi embasada em estudos nacionais e internacionais, e contou com a colaboração de pesquisadores de instituições renomadas, como a Universidade de São Paulo (USP), a Fundação Carlos Chagas e Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre outras.

    Foram avaliadas ainda 12 experiências internacionais exitosas, como as da Austrália, do Chile, de Portugal e dos Estados Unidos. Casos brasileiros também inspiraram o documento, como os de Manaus, Jacareí (SP) e do estado do Espírito Santo.

    Visão – Pela primeira vez é feito um documento que prevê ações interligadas que partem da formação inicial e projeta toda a vida do docente ao longo da carreira. “Não é possível mais pensar em programas isolados ou atuar só num dos componentes da docência, é preciso olhar o todo e planejar o passo a passo da implementação dessa nova visão de carreira", diz a professora Maria Alice Carraturi, diretora de formação do MEC.

    Instituto – Para que as ações sejam sistêmicas, o documento ainda sugere a criação de um organismo que concentre todas as ações hoje distribuídas nos vários setores e autarquias, como políticas de formação, acreditação de instituições alinhadas com a BNC, monitoramento, avaliação das ações de formação e programas de fomento à docência.

    Chamada – O MEC vai lançar uma Chamada Pública de Didáticas Específicas. Serão destinados R$ 15 milhões para até 100 projetos de pesquisa em todo o país. Os recursos serão destinados a pesquisadores de instituições de pesquisa públicas ou privadas e para as escolas que serão objeto de pesquisa. O objetivo é incentivar a pesquisa na educação básica e o uso e a produção de evidências para buscar a melhoria da aprendizagem nos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio.

    Serão foco das pesquisas as áreas de conhecimento de língua portuguesa, matemática, ciências e dos itinerários formativos. Entre os resultados esperados estão a identificação de práticas inovadoras aplicáveis a diferentes realidades, de maneira mais acessível nas diferentes regiões. A duração das pesquisas será de até 24 meses. Poderão participar da chamada instituições de pesquisa (públicas ou privadas) associadas a escolas públicas de todo o país.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Os ministérios da Educação e do Planejamento, Orçamento e Gestão reafirmaram nesta sexta-feira, 24, que não haverá reabertura de negociações relativas à proposta salarial e de carreira docente apresentada pelo governo federal e já firmada pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes). Na proposta, o governo busca a valorização da dedicação exclusiva e da titulação dos docentes.

    O aumento proposto prevê o mínimo de 25% e o máximo de 40%, a serem aplicados nos meses de março de 2013 (50%), de 2014 (30%) e de 2015 (20%). Fica assegurado, portanto, reajuste mínimo de 13% a partir de março do próximo ano.

     

    Dessa forma, um profissional com doutorado recém-ingressado na carreira passaria a receber salário de R$ 8.439,77 durante o estágio probatório. Concluído esse período, chegará a R$ 10.007,24. Para o topo da carreira — professores titulares com dedicação exclusiva — o aumento proposto é de 40%, o que significa salários superiores a R$ 17 mil. Para a concessão do reajuste, o governo liberou, no orçamento, recursos de R$ 4,2 bilhões.

     

    As entidades sindicais que não assinaram o acordo podem fazê-lo a qualquer momento. Entretanto, o orçamento do Ministério da Educação já foi encaminhado ao Ministério do Planejamento com a proposta negociada e está em processamento. Não há possibilidade de reabertura de negociações ou de análise de qualquer outra contraproposta que altere o acordo já assinado.


    Assessoria de Comunicação Social

     

    Leia o histórico da negociação.


     

  • O governo federal concluiu na noite de quarta-feira, 1º de agosto, as negociações com a representação sindical dos docentes federais com vistas ao plano de carreira, previsto para ser aplicado a partir de março de 2013. A proposta apresentada pelo governo tem como foco a titulação e a dedicação exclusiva. Prevê reajuste mínimo de 25% e máximo de 40% nos salários, dividido em três parcelas anuais, a partir de março de 2013, na proporção de 40%, 30% e 30%.

    Assim, um profissional com doutorado recém-ingressado na carreira passa a receber salário de R$ 8.439,77 durante o estágio probatório. Concluído esse período, de três anos, chegará a R$ 10.007,24. Para o topo da carreira — professores titulares com dedicação exclusiva —, o aumento proposto é de 40%, o que significa salários superiores a R$ 17 mil.

    Para a concessão do reajuste, o governo federal liberou R$ 4,2 bilhões e pretende encaminhar esses valores na proposta orçamentária que será enviada ao Congresso Nacional até o fim deste mês.

    O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem reiterado que o foco na titulação e na dedicação exclusiva sinaliza um novo modelo universitário de excelência. “Temos de recuperar o tempo perdido, superior a um século, e investir objetivamente em inovação, ciência e tecnologia, no rumo de uma universidade pública de qualidade.”

    Mercadante ressalta que a proposta do governo foi reformulada depois de ouvidos sindicatos, reitores e professores dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia e das universidades federais. “Em um cenário de crise internacional e incerteza econômica, o governo federal reconhece o papel preponderante dos professores, de tal sorte que disponibilizou R$ 4,2 bilhões para serem aplicados em três anos”, salienta. “É como um seguro salarial, independentemente das intempéries econômicas.”

    Apesar da extensão da proposta, a representação sindical divide-se. O governo está convencido de que a base da categoria dos docentes é favorável ao acordo — em plebiscitos realizados pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), 75% dos professores optaram pela aceitação. Além disso, as universidades federais do Rio Grande do Sul e de São Carlos manifestaram-se pela volta às atividades normais.

    Negociações— O governo federal deve reiniciar na segunda-feira, 6, as negociações com as representações sindicais dos servidores e técnicos administrativos das universidades e institutos federais. Na proposta apresentada às representações sindicais, o governo prevê ainda a criação de grupos de trabalho para discutir e aprofundar questões relativas ao plano de carreira dos professores, respeitados os limites da autonomia pedagógica e administrativa das universidades e dos institutos federais.

    As negociações com os docentes das universidades e institutos federais iniciaram-se no ano passado. Em agosto de 2011, o governo concordou em conceder, em março deste ano, aumento linear de 4% nos salários e incorporar as principais gratificações. A seguir, abriria negociações sobre o plano de carreira.

    O aumento precisou da força de uma medida provisória [nº 568]. Ela passou a vigorar em 11 de maio último, com efeito retroativo a março. Em meio às negociações do plano de carreira, porém, os professores decidiram entrar em greve, no início de junho, quando ainda havia prazo para a formulação do plano.

    A expectativa do MEC é que as universidades e institutos federais retomem as atividades e reponham adequadamente as aulas suspensas por conta da paralisação.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira a nova tabela de evolução, detalhada, para docentes do magistério superior
    Confira a nova tabela de evolução, detalhada, para docentes de ensino básico, técnico e tecnológico
    Confira os aspectos conceituais da proposta
    Confira a carreira do ensino básico, técnico e tecnológico (texto ou apresentação)
    Confira a certificação de conhecimento tecnológico
    Confira a carreira do magistério superior
  • As inscrições para o Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (Profsocio) foram prorrogadas até 9 de fevereiro. O curso é gratuito e presencial, em nível de pós-graduação stricto sensu, sendo reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação.

    Esta é a primeira vez que o programa é realizado nacionalmente. Antes, o mestrado profissional nos moldes do que está em curso era ofertado apenas pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O Profsocio é coordenado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e oferecido em nove instituições de educação superior públicas do Brasil. Os interessados poderão se inscrever em uma delas.

    As instituições participantes são: Fundaj, em Recife; Universidade Estadual de Londrina (UEL), em Londrina (PR); Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA), em Sobral (CE); Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Marília (SP); Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Campina Grande e em Sumé (PB); Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza; Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro (BA).

    Para se inscrever é necessário pagamento de taxa no valor de R$ 60. As aulas estão previstas para começar em março. Cada instituição, porém, terá calendário próprio, que deverão divulgar em edital específico de matrícula. Já a duração do curso é de 24 meses. O processo de seleção será realizado mediante prova escrita de conhecimentos e defesa da carta de intenções.

    As vagas são oferecidas por meio do Sistema Universidade Aberta Brasil (UAB), conferindo o título de Mestre em Sociologia. O programa tem por objetivo propiciar formação continuada para professores de sociologia que atuam ou desejam atuar na educação básica. Constam como linhas de pesquisa educação, escola e sociedade; juventude e questões contemporâneas, e práticas de ensino e conteúdos curriculares.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O prêmio Professores do Brasil valoriza práticas pedagógicas bem-sucedidas, criativas e inovadoras dos profissionais do ensino que atuam nas redes públicas (foto: João Bittar/arquivo MEC - 2-6-2010)As inscrições para o 6º Prêmio Professores do Brasil, que se encerrariam neste sábado, 27, foram prorrogadas até 10 de novembro próximo. É o que estabelece a Portaria MEC nº 1.300, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 26 (seção 1, página 9). A premiação valoriza práticas pedagógicas bem-sucedidas, criativas e inovadoras nas redes públicas de ensino.

    Este ano, foi criada uma segunda categoria, sobre temas específicos, além da já conhecida, de temas livres. Esta é subdividida nas áreas de educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, anos finais e ensino médio. O novo módulo conterá projetos de educação integral ou integrada, ciências para os anos iniciais, alfabetização nos anos iniciais e educação digital, articulada ao desenvolvimento do currículo.

     

    Cada categoria terá até quatro professores premiados em cada uma das subcategorias, um por região do país. Os autores das experiências selecionadas pela comissão julgadora nacional, independentemente de região e da categoria, receberão R$ 7 mil, além de troféu e certificados expedidos pelas instituições parceiras.

     

    O Prêmio Professores do Brasil foi instituído em 2005. Até a segunda edição, premiava professores da educação infantil e séries ou anos iniciais do ensino fundamental. A partir da terceira edição, estendeu-se a todas as etapas da educação básica — educação infantil, anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio.

     

    As inscrições para a sexta edição devem ser feitas na página do prêmio na internet. Nela, o professor também encontra informações relevantes e o regulamento.

     

    O prêmio Professores do Brasil é realizado pelo Ministério da Educação, em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), fundações SM e Volkswagen e Instituto Votorantim.


    Assessoria de Comunicação Social

     

    Matéria republicada com atualização de informações

     

     

     

  • Os reitores das instituições federais de educação superior têm se manifestado de forma otimista em relação à proposta apresentada pelo governo federal à categoria docente. Para alguns dos dirigentes, os pontos apresentados durante as negociações de terça-feira, 24, atendem demandas estruturais importantes e representam a oportunidade de o movimento encerrar a paralisação.

    Os reitores concordam que a retomada das atividades é essencial para a continuidade dos esforços em torno de melhorias ainda em discussão. Isso porque a proposta do governo contempla a constituição de grupo de trabalho, formado por reitores e representantes sindicais dos docentes, para tratar, nos próximos 180 dias, de questões ainda abertas.

    Para a vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Maria Lúcia Cavalli Neder, reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, a criação do grupo de trabalho, que discutirá normas e critérios de avaliação, bem como a carga horária, vai ao encontro da autonomia universitária. “Espero que nossos professores possam avaliar positivamente a proposta e voltar imediatamente ao trabalho. Já são mais de 60 dias parados, comprometendo esse semestre e o próximo”, pondera.

    A reitora ressalta que a proposta do governo aos docentes contempla princípios defendidos pela Andifes. “A união entre ensino, pesquisa e extensão, tripé da universidade, só se dá com a valorização da dedicação exclusiva, pontos fortes da proposta”, explica. Para Maria Lúcia, a valorização da titulação docente também é ponto importante, uma vez que contribui para a qualidade da universidade e estimula o professor a prosseguir nos estudos para a ascensão na carreira. Nesse sentido, a reitora aponta como ganho a oportunidade de o professor chegar ao topo não muito perto da aposentadoria, o que está contemplado pela proposta.

    Também na avaliação do reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Anísio Brasileiro de Freitas Dourado, a proposta contempla as necessidades básicas da universidade pública ao fortalecer a dedicação exclusiva e a formação docente. “A afirmação do mérito, melhoria do salário inicial da carreira, tornando-a mais atrativa, bem como a antecipação dos reajustes salariais para março do próximo ano, possibilitam enfrentarmos os desafios seguintes de forma concreta”, argumenta o reitor. Ele acrescenta que a constituição do grupo de trabalho vai permitir que se pense com mais tranquilidade em questões de suma importância, como a carreira docente e a articulação entre a graduação e a pós-graduação, refletida na carga horária.

    Dourado acredita que é o momento de retornar ao trabalho para que se avance nas discussões em torno de melhorias. “É chegada a hora para que a greve se encerre, retomando atividades e calendário, para que nossos estudantes retomem as atividades com qualidade”, afirma. “Então, poderemos nos debruçar sobre a pauta de negociação dos técnicos. Estou otimista, para que se finde a greve docente e passemos às questões seguintes.”

    A constituição do grupo de trabalho também é vista como avanço importante pelo reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Antônio Levi da Conceição. “Devemos retomar as atividades urgentemente, de forma a usar esse espaço oferecido para garantir o aperfeiçoamento dos pontos”, diz. “Nossa responsabilidade, agora, é a de nos debruçarmos sobre a proposta, que traz alternativas bastante concretas, a fim de conseguirmos consolidar os avanços sinalizados.”

    A possibilidade de estipulação de cota de docentes para concursos e um número de níveis mais razoáveis para progressão na carreira são outros pontos que Levi avalia como ganhos. “Essa flexibilidade é bastante positiva em alguns cursos, como medicina, engenharia e direito, nos quais a participação de profissionais com inserção no mercado é importante para a capacitação desse docente”, explica.

    O reitor da Universidade Federal de São Carlos, Targino de Araújo Filho, concorda com a importância estratégica dos trabalhos do grupo. “Questões estratégicas como as que estão postas precisam de tempo para ser discutidas. A questão salarial é crucial, sem dúvida, e acredito que os sindicatos devam chegar num acordo, nesse momento”, sugeriu. “Mas a constituição desse grupo, além da questão imediata salarial — pleito legítimo, já que a defasagem é muito alta —, garante a devida atenção também aos pontos estruturantes, como as condições de professor titular, a carga horária e a estrutura da carreira, entre outros.”

    Conquistas— A preservação dos princípios fundamentais da vida universitária na proposta do governo é destacada pelo reitor da Universidade Federal do Ceará, Jesualdo Pereira Farias. “A proposta contempla a união entre ensino, pesquisa e extensão, assim como a valorização da dedicação exclusiva e a titulação docente, que são os pilares da universidade”, avalia. Entre as conquistas, Farias aponta a redução dos níveis de progressão na carreira para que o docente progrida até o nível de professor titular. Para o reitor, a antecipação dos aumentos salariais para março também traz ganhos visíveis, bem como o aumento, para que nenhuma categoria tenha perdas na projeção até 2015.

    Farias vê bases sólidas para que se discuta o fim da paralisação. “Estamos muito próximos de terminar essa greve, a partir desse avanço que foi conseguido”, diz. “Essa proposta de carreira, associada à lei que cria novos cargos, mais a medida provisória que concedeu aumento de 4% à categoria, demonstra o esforço do governo de compreender o papel da universidade brasileira”, salienta. “Mesmo num contexto de crise internacional, o governo está entendendo que investir na educação é a saída para enfrentar a competitividade internacional, que o país precisa.”

    A disposição de investir em educação, mesmo num cenário de crise, é ponto importante também para o reitor da Universidade de Brasília, José Geraldo de Souza Júnior. “O esforço do governo para atender as reivindicações dos docentes, entre as várias áreas do funcionalismo mobilizadas, demonstra relevância ao preservar a carreira das injunções da economia para os três anos próximos”, avalia. “Temos algo muito concreto na mesa, é um enorme progresso. Eu vejo assim, e segmentos sindicais importantes compreendem do mesmo modo.”

    Souza Júnior vê um avanço, que considera notável, em relação ao que havia há dois meses. “Há condições de recuperar aquilo que é o interesse maior nosso, cumprindo os objetivos essenciais da universidade, preservando seu fim essencial.”

    Compromisso— O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carlos Alexandre Netto, é mais um dirigente que aponta avanços na proposta do governo. “O governo levou em conta a maioria dos pontos levantados anteriormente pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação), principalmente em relação ao mesmo nível de aumento para os professores ingressantes, assim como o compromisso com a questão dos professores de ensino fundamental e médio dos colégios de aplicação e técnico.”

    Netto considera a atenção dada aos professores titulares como incorporação de uma demanda antiga da comunidade universitária. “A condição de titular passar para dentro da carreira, assim como a possibilidade de estender a limitação percentual de entrada, mostra que o governo deu sinais de que realmente estava disposto a negociar”, argumenta.

    Para o reitor, a composição de grupo de trabalho é outro fator que configura disposição ao diálogo. “Uma das causas do movimento foi um sentimento, por parte dos sindicatos, de que não estava havendo um diálogo produtivo”, opina. Ele acredita, dada a diversidade do sistema, que apenas o debate pode fazer as demandas pontuais gerarem avanços para o conjunto de instituições. “A criação do grupo mostra desejo de realmente conhecer as peculiaridades e tratá-las de maneira produtiva.”

    Assessoria de Comunicação Social

    Leia também:
    Conselho de sindicatos aceita a proposta de reajuste para docentes
    Reitores de institutos esperam avanço na proposta do governo
  • A educação infantil é uma das categorias que valeram prêmios a escolas públicas de 16 estados, além do DF (Foto: Wanderley Pessoa/Arquivo MEC) Rondônia é o destaque entre as unidades da Federação na sétima edição do Prêmio Professores do Brasil. O estado tem cinco experiências pedagógicas entre as 40 vencedoras. Neste ano, foram selecionados trabalhos desenvolvidos em escolas publicas de educação básica de 16 estados e do Distrito Federal. Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul aparecem no prêmio com quatro projetos vencedores em cada estado.

    Do conjunto de experiências que serão premiadas na próxima quinta-feira, 12, em Brasília, 20 tratam de temas livres nas categorias educação infantil, anos iniciais e anos finais do ensino fundamental, além de ensino médio. Outros 20 trabalhos abordam temas específicos indicados pelo Ministério da Educação no edital: ciências para os anos iniciais do ensino fundamental, alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental, educação integral e integrada e educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo.

    A entrega dos prêmios para as melhores experiências pedagógicas será nesta quinta-feira, 12, às 10h, no Teatro Brasil 21. Na tarde do dia 12 e na sexta-feira, 13, os educadores participam de um seminário no Hotel St. Peter.

    Prêmios – Cada professor receberá R$ 6 mil, em dinheiro, independente da categoria em que tenha concorrido, um troféu e certificado. Existe também um prêmio extra de R$ 5 mil que será entrega a oito educadores, um em cada subcategoria: educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental, ensino médio, educação integral e integrada, ciências para os anos iniciais, alfabetização, educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo. Os vencedores do prêmio extra serão conhecidos durante a cerimônia em Brasília. As escolas que desenvolveram os trabalhos receberão placa comemorativa.

    A sétima edição do Prêmio Professores do Brasil recebeu 3.221 relatos de experiências das 27 unidades da Federação.

    Trajetória – Nas duas primeiras edições do Prêmio Professores do Brasil, em 2005 e 2007, participaram docentes da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. Em cada ano foram premiados 20 projetos. A partir de 2008, o prêmio foi estendido para toda a educação básica, incluindo os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio e o número de selecionados subiu para 40.

    Dados da coordenação geral de tecnologias da educação básica do MEC informam a evolução das inscrições no período. Em 2005 participaram 1.131 experiências, em 2007 (1.564); em 2008 (779), em 2009 (2.100), em 2011 (1.612), em 2012 (2.617), e em 2013 (3.221).

    Ionice Lorenzoni

    Confira a relação dos vencedores do Prêmio Professores do Brasil 2013

     

  • Professores da rede pública de ensino do Pará vão receber apoio financeiro para custeio de despesas como deslocamento, alimentação e estadia. O benefício destina-se aos que trabalham na rede pública estadual e estejam regularmente matriculados em cursos de licenciatura oferecidos pelo Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor). Serão atendidos os profissionais que moram no interior do estado e estudam em outra cidade.

    O auxílio-formação, de R$ 1,2 mil anuais para cada professor cursista, será pago em quatro parcelas mensais. Para receber o auxílio, o professor deve comprovar a condição de servidor efetivo ou estatutário não-estável do grupo magistério da Secretaria de Educação do Pará. É necessário estar lotado, com regência de classe, em escola da rede estadual, em disciplina correspondente ao curso de licenciatura para o qual foi selecionado. O pedido de auxílio deve ser apresentado na coordenação do Parfor, em Belém. “Essa iniciativa não só incentiva os próprios professores a permanecerem nos estudos, como serve de exemplo para as secretarias apoiarem seus docentes”, disse o coordenador do Parfor no estado, Licurgo Brito.

    O Parfor é desenvolvido pela Capes em parceria com as secretarias de educação e instituições públicas de educação superior. O propósito é melhorar a formação dos professores em exercício na rede pública para melhorar a qualidade do ensino. Lançado em maio de 2009, o plano pretende formar, em cursos presenciais e a distância, até o fim deste ano, 330 mil professores que hoje exercem a profissão sem licenciatura.

    A oferta abrange cursos de graduação para educadores em exercício no magistério público que ainda não tenham formação superior (primeira licenciatura); que tenham graduação, mas lecionam em área diferente daquela em que se formaram (segunda licenciatura); que tenham bacharelado, sem licenciatura, e precisem de estudos complementares que os habilitem ao exercício do magistério.

    Assessoria de Imprensa da Capes



  • Os professores da educação básica selecionados pela Universidade Federal do Ceará (UFCE), em junho, para o curso de especialização em educação infantil devem fazer a matrícula na segunda quinzena de agosto. Dos 104 educadores aprovados, 41 devem se apresentar na sede da UFCE, em Fortaleza; 32 no pólo da instituição em Sobral e 31 na região do Cariri, em Barbalha.

    De acordo com a coordenadora de especialização da universidade, Rosemeire Costa de Andrade Cruz, a data da matrícula ainda não está definida, mas ela recomenda aos educadores que consultem o portal da UFCE a partir de 15 de agosto. O curso, presencial e gratuito, terá 360 horas e duração de 18 meses.

    Como os professores farão o curso em serviço, a Faculdade de Educação da UFCE vai ministrar o conteúdo no turno da noite e aos sábados. Em Fortaleza, haverá aulas às terças e quintas-feiras das 18h30 às 21h e aos sábados, das 8h às 12h. Nos pólos de Sobral e Barbalha, às sextas-feiras, das 18h30 às 21h30, e aos sábados, das 8h às 12h e das 14h às 17h30. O projeto do curso da UFCE já foi aprovado pelo Ministério da Educação, que vai investir R$ 600 mil, a serem liberados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fnde) em duas parcelas.

    Empenho — Pedagoga com doutorado em educação infantil, Rosimeire salienta que o curso, por ser noturno e com aulas também aos sábados, vai exigir dedicação e empenho dos professores. Um dos pontos fracos observados no processo de seleção foi o desempenho em leitura, escrita e articulação das idéias.

    De acordo com Rosemeire, 142 graduados em pedagogia fizeram a prova escrita — redação sobre educação infantil, tema da área de atuação dos educadores. Eles concorriam a 120 vagas, mas apenas 104 obtiveram nota acima de seis pontos, a mínima exigida. Três professores tiveram nota nove, mas a maioria ficou com a nota mínima.

    Houve caso de professor que ficou as quatro horas de duração da prova sem conseguir concluir um parágrafo. Outro escreveu quatro páginas sem fazer nenhuma pontuação. Além do fraco desempenho na escrita, a coordenadora constatou sérias dificuldades na articulação das idéias expostas nos textos.

    Parte das causas desses problemas, na avaliação da pedagoga, está na qualidade da graduação. Ela lembra que depois de 1996 e durante determinado período foram autorizados cursos breves de licenciatura, com duração de um ano e meio a dois anos.

    A exigência de uma formação básica sólida para ingressar em uma especialização atende a necessidade de o educador ler livros e artigos, interpretar e produzir textos, além de escrever uma monografia de conclusão. “Para um curso de 18 meses, a universidade não pode selecionar professores que, antes de começar a especialização, dependam de um curso de gramática e língua portuguesa”, conclui Rosemeire.

    Seleção — Ainda em julho, outras sete universidades federais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste concluem processos de seleção de 1.850 educadores para o curso de especialização em educação infantil. Essas instituições fazem parte de um grupo de 17 universidades federais selecionadas em 2009 para oferecer o curso a professores da educação básica de 17 estados. No conjunto, elas devem abrir 3.925 vagas.

    Ionice Lorenzoni


    Confira a relação dos 104 selecionados
  • Representantes do governo federal e da Fasubra assinaram o acordo na sexta-feira, 24, em Brasília (foto: Ilkens Souza/MPOG) A Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) assinou na sexta-feira, 24, com representantes dos ministérios da Educação e do Planejamento, Orçamento e Gestão, o acordo que prevê reajuste salarial e diversas vantagens na carreira. Com isso, os servidores devem voltar ao trabalho a partir desta segunda-feira, 27.

    A proposta do governo contempla reajustes de 15,8%, divididos em três parcelas, a serem pagas em 2013, 2014 e 2015. Os servidores passam a ter elevação do degrau entre um nível e outro de 3,6% para 3,8% entre 2014 e 2015. Além disso, houve aumento dos percentuais de qualificação para incentivo àqueles que têm ou que obtiverem a titulação de graduação, especialização e pós-graduação.

    O impacto do reajuste concedido pelo governo federal será de 2,9 bilhões, em três anos, no orçamento da União. “Os acordos firmados com os professores e servidores técnico-administrativos das universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia reflete a prioridade do governo Dilma à educação”, disse o secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Marco Antônio Oliveira. “Além de ganhos reais, eles propiciam o fortalecimento das carreiras, com o estímulo ao mérito, à dedicação exclusiva e à titulação.”

    Projeto — Os acordos firmados com os professores e com os técnicos administrativos federais atingem 42% dos servidores federais ativos. Os ministérios da Educação e do Planejamento, já concluíram a elaboração do projeto de lei que trata das carreiras. A proposta será encaminhada ao Congresso Nacional até o dia 31 próximo. Dessa forma, as negociações estão encerradas, embora haja a possibilidade de adesão por parte de sindicatos que ainda não assinaram os acordos.

    Participaram da assinatura do acordo os secretários de relações de trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça; de educação superior do MEC, Amaro Lins, e de educação profissional e tecnológica do MEC, Marco Antônio Oliveira. Pela Fasubra, assinou a coordenadora-geral da entidade, Janine Teixeira.

    Assessoria de Comunicação Social

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