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  • Dois professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) estão na Guiné-Bissau para apoiar a reestruturação de cursos técnicos de nível médio nas áreas de contabilidade e administração. A viagem faz parte de projeto de cooperação entre os governos do Brasil e daquele país do Oeste da África. Os cursos são ministrados pelo Centro de Formação Administrativa (Cenfa), subordinado ao Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior guineense.

    As metas da missão incluem a elaboração de propostas de revisão curricular de ambos os cursos e das licenciaturas. Em etapas posteriores, serão capacitados 30 professores em sete módulos.

    Os professores Paulo Roberto Pegoraro e Heros Pontes são especialistas nas áreas de administração e contabilidade, respectivamente. A missão brasileira, que recebe o apoio da Agência Brasileira de Cooperação, permanecerá na Guiné-Bissau até esta sexta-feira, dia 3.

    Ana Júlia silva de Souza

  • Foto: Tereza SobreiraO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tratou nesta segunda-feira, 22, da participação do Brasil na instalação da Universidade de Cabo Verde, a primeira instituição pública de ensino superior do país africano. O assunto foi discutido no palácio do Itamaraty, com o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, o ministro da Educação, Fernando Haddad, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, e o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.

    Integrantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) visitarão Cabo Verde para implementar o Portal de Periódicos da Capes e estreitar relações no desenvolvimento de projetos de pesquisa. A viagem foi acertada também nesta segunda-feira, num encontro (foto) entre Fernando Haddad e a ministra da Educação e Valorização dos Recursos Humanos de Cabo Verde, Filomena Martins.

    O MEC vai dar consultoria técnica no planejamento da universidade e qualificar professores. “É uma satisfação para o governo brasileiro poder ajudar Cabo Verde a instalar sua primeira universidade pública”, declarou Haddad. A cooperação brasileira foi acertada pelo presidente Lula, em julho do ano passado.

    O governo de Cabo Verde pretende formar no Brasil o corpo de professores da nova instituição. “Precisamos de um programa emergencial para formação de professores que atuarão na universidade”, disse Filomena Martins. Dos 300 professores do ensino superior do país, só 3% são doutores e 21%, mestres. O Brasil oferece bolsas de estudo a cabo-verdianos por meio do Programa de Estudantes-Convênio para a Graduação e Pós-graduação. De 2000 a 2005, vieram 1.093 estudantes de graduação e 36 de pós-graduação. Segundo a ministra, a universidade deverá ser instalada em 2006 ou 2007. “Mas o processo de criação já começou com a formação de professores e o acesso ao Portal de Periódicos”, explica.

    O Portal da Capes é um dos maiores do mundo e o único oferecido pelo governo para pesquisas em pós-graduação. Está disponível para mais de um milhão de estudantes brasileiros, registra 80 mil acessos diários e tem mais de nove mil títulos de fontes nacionais e internacionais de nível acadêmico. Segundo o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, a universidade de Cabo Verde será concebida a partir de faculdades já existentes e segundo os padrões brasileiros de instituições públicas de ensino superior. “Para instalar a universidade, precisamos de um diagnóstico dessas faculdades, o que será feito por uma comissão de especialistas da Capes na visita a Cabo Verde”, disse.

    Características – Cabo Verde é um arquipélago de dez ilhas no Oceano Atlântico, uma ex-colônia portuguesa que servia de parada nas viagens das naus e caravelas na época da colonização. Sua população é de 415.219 habitantes, mas estima-se que haja um milhão de cabo-verdianos vivendo em outros países.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • Foto: Júlio Cesar PaesOs ministérios da Educação de Brasil, Argentina, França, Espanha e Portugal vão firmar convênio para trocar experiências na área de avaliação do ensino superior, quarta-feira, 27, às 17h30, no Grand Hotel Cad Oro, em São Paulo (SP). A atividade faz parte da programação do Seminário Internacional sobre a Reforma e Avaliação da Educação Superior: Tendências na Europa e na América Latina, realizado no local.

    O convênio prevê a promoção de debates, seminários, pesquisa, publicações, cursos e atividades de intercâmbio. Será assinado pelo presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), Hélgio Trindade; e pelos representantes das agências de avaliação da educação superior, Bruno Curvale, da França; Gaspar Rosselló Nicolau, da Espanha; Virgílio Soares, de Portugal; e Adolfo Torres, da Argentina.

    "Vamos trocar experiências e circular informações referentes à avaliação, o que contribuirá para melhorar a qualidade das atividades de cada agência", disse Hélgio Trindade. Segundo ele, o convênio vai assegurar que o trabalho da Conaes seja qualificado pela experiência internacional.

    Reforma - O seminário é promovido pelo MEC e reúne autoridades educacionais, profissionais da educação superior, pesquisadores e representantes da sociedade civil, envolvidos na elaboração do anteprojeto de lei de reforma da educação superior e no desenvolvimento do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

    Participam representantes de universidades brasileiras e dos países que assinarão o convênio (Argentina, França, Espanha e Portugal). Hoje, 25, às 16h30, o especialista belga Guy Haug fará uma conferência com o tema "Reformas na União Européia: Concepção e impacto sobre os sistemas nacionais". A programação do seminário está na página eletrônica da Conaes.

    Repórter: Susan Faria

  • Avaliar e discutir propostas de reestruturação dos conteúdos dos cursos de educação profissional em contabilidade e administração do Centro de Formação Administrativa e Gestão (Cenfa) da Guiné-Bissau é o objetivo da missão de cooperação técnica do  Ministério da Educação, que teve início nesta quinta-feira, 8, e se estende até o dia 16. Além de técnicos do MEC, a missão conta com a presença de professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

    A agenda, proposta pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), foi organizada a partir de uma solicitação do Cenfa. Herus Pontes e Sandro César Bortoluzzi, professores da UFTPR, farão um diagnóstico dos cursos oferecidos pelo centro. “Queremos levar a experiência e o conhecimento tecnológico da nossa universidade e debater propostas com os professores locais, que possam contribuir de modo positivo na reformulação da estrutura dos cursos”, explica Bortoluzzi.

    Segundo a técnica em Planejamento e Gestão Educacional da Setec, Márcia Moreschi, durante a missão serão debatidas as próximas etapas da cooperação técnica. “Preliminarmente já identificamos algumas ações que deverão ser executadas nas futuras missões à Guiné-Bissau, como a capacitação dos professores, revisão dos conteúdos curriculares e elaboração e implantação do projeto pedagógico do centro”, afirmou.

    Guerra civil — Guiné-Bissau fica no norte da África e possui uma população de 1,4 milhão de habitantes. A economia do país é baseada na agricultura, sendo o caju a principal atividade agrícola. O parque industrial de Bissau, capital do país, foi totalmente destruído durante a guerra civil de 1998/1999. Durante esse conflito, as instalações do Cenfa foram bombardeadas e seus equipamentos e móveis saqueados. Hoje, o centro conta com 66 professores e 1.266 alunos matriculados nos cursos técnicos de administração e contabilidade.

    Marco Aurélio Fraga

  • Professores brasileiros visitam mina de extração no Uruguai. (Foto: Divulgação/Setec)Professores de institutos federais do Brasil ajudarão o Uruguai a implementar cursos técnicos em mineração. Os docentes são dos institutos federais de Minas Gerais e sul-rio-grandense. O projeto foi firmado entre o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), e o Consejo de Educación Técnico Profesional - Universidad del Trabajo del Uruguay (CETP-UTU)/Administración Nacional de Educación Pública (Anep) do Uruguai.

     

    O setor minerário é estratégico e potencial para a produção nacional do Uruguai. A intenção é recuperar a capacidade produtiva do país. O campus de Ouro Preto do instituto federal de Minas Gerais já ministra o curso técnico em mineração há 44 anos. Docentes do Uruguai irão a Ouro Preto para receber a capacitação. O projeto firmado entre Brasil e Uruguai busca o fortalecimento do ensino técnico na área de mineração no país. “Estamos preparados para auxiliar os irmãos uruguaios neste projeto de implantação de um curso de mineração naquele país”, ressaltou o reitor do instituto federal de Minas Gerais, professor Caio Bueno.

     

    Os dois institutos federais brasileiros atuarão principalmente nas cidades que fazem parte da região de fronteira entre os dois países, tais como: Quaraí, Artigas, Santana do Livramento e Rivera. O objetivo é melhorar o desenvolvimento socioeconômico local através da qualificação de profissionais uruguaios, tornando-os capazes de ampliar a oferta educativa local.

     

    Em visita ao Uruguai, os especialistas brasileiros diagnosticaram a carência de trabalhadores com qualificação técnica na área de mineração. Não existe, no país, nenhum curso de capacitação desses profissionais. Além disso, os professores farão um trabalho de sensibilização sobre gestão integrada na mineração, junto aos empresários, artesãos e trabalhadores da indústria mineira da região, para que essa ação possa englobar de maneira ampla todos aqueles que lidam dentro do setor mineiro.

     

    Histórico – Em fevereiro, professores e especialistas na área de mineração brasileiros visitaram a região de fronteira, onde se reuniram com os responsáveis uruguaios pelo projeto, vários empresários da mineração e representantes da comunidade. Após o encontro, os professores foram conhecer diversas minas de extração de ágatas, ametistas e ouro.

     

    A equipe do instituto federal de Minas Gerais esteve também em Montevidéu, onde participou de reuniões no Consejo de Educación Técnico Profesional. Lá, os profissionais brasileiros discutiram com especialistas em direito agrário as diferenças entre o Código de Mineração e Legislação Ambiental do Uruguai e do Brasil e definiram o programa do curso que será oferecido aos docentes uruguaios no campus Ouro Preto.

     

    A visita foi fundamental para a estruturação do curso de qualificação dos profissionais uruguaios, envolvendo geologia, planejamento, pesquisa mineral, desenho e execução racional de lavra de minas e tratamento de minerais. Os institutos federais de Minas Gerais e sul-rio-grandense são co-executores do projeto de cooperação, cuja coordenação é da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, e do governo uruguaio.

     

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • DivulgaçãoO estudante paulista Gabriel Tavares Bujokas, de 17 anos, conquistou este mês a medalha de ouro na 46ª edição da Olimpíada Internacional de Matemática (IMO). A competição reuniu 532 jovens de 91 países e o brasileiro foi o único representante latino-americano a levar o ouro. O Brasil também ganhou uma medalha de bronze e duas menções honrosas.

    A competição é considerada a mais importante da área pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Este ano, a olimpíada foi realizada entre os dias 8 e 19 de julho, no México, com jovens cujas idades variavam entre 14 e 19 anos. As provas envolveram disciplinas como álgebra, teoria dos números, geometria e combinatória. Gabriel obteve 37 pontos de um máximo de 42. “Alcançar medalha de ouro na IMO era o meu maior objetivo como estudante olímpico", afirma Gabriel, que há quatro anos se prepara para a competição e já ganhou medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), na Ibero-Americana e na do Cone Sul.

    O Brasil participa da olimpíada desde 1979. Este ano, teve uma equipe de seis estudantes. Quem escolhe os representantes brasileiros é o comitê da OBM, que há 27 anos organiza a competição entre estudantes dos ensinos fundamental (a partir da 5ª série), médio e universitário de todo o país.

    Provas – Este ano, já foram realizadas as provas da primeira fase dos níveis 1 (5ª e 6ª), 2 (7ª e 8ª) e 3 (médio). A segunda etapa ocorre no dia 3 de setembro e a terceira fase no dia 22 de outubro, para os três níveis, e no dia 23 só para os níveis 2 e 3. A primeira fase do nível universitário está marcada para o dia 3 de setembro e a segunda fase, para os dias 22 e 23 de outubro.

    Outro projeto que visa detectar precocemente talentos para a área matemática e científica e promover a melhoria do ensino é a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A competição terá a primeira edição este ano e vai avaliar quase 10,5 milhões de alunos de 31.731 escolas públicas brasileiras, o que representa 52% do número total.

    A Obmep é resultado de uma parceria entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e o MEC e tem como executores a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e o Impa. Os estudantes de 5ª a 8ª séries e do ensino médio serão avaliados em duas fases: a primeira, marcada para o dia 16 de agosto, é uma prova objetiva com 20 questões. A segunda, em 8 de outubro, será realizada apenas por 5% dos alunos que tiverem o melhor desempenho na 1ª fase.

    Premiação – No dia 9 de novembro será divulgada a lista dos premiados com informações sobre a cerimônia de premiação em Brasília. Serão distribuídas 300 medalhas de ouro, 405 medalhas de prata, 405 medalhas de bronze e 30 mil certificados de menção honrosa aos alunos mais bem classificados no exame. A olimpíada também premiará 100 professores, 100 escolas e 50 municípios que tiveram maior número de alunos premiados. Serão concedidas também 2.001 bolsas de iniciação científica júnior do CNPq para os ganhadores de medalhas de ouro e prata e para 1.296 alunos (432 de cada nível) que receberem a maior pontuação, a partir do 301o lugar do resultado nacional.

    Incentivos – Há outras iniciativas bem-sucedidas no país que utilizam a matemática para estimular o estudo e a auto-estima dos estudantes. O Projeto Numeratizar, do Ceará, há dois anos realizou uma olimpíada de matemática para 80 mil estudantes de escolas públicas municipais e estaduais. No ano passado, promoveu uma oficina com os 300 alunos mais bem colocados, cerca de 150 docentes e professores de matemática das universidades estadual e federal. “Lembro de um aluno da 5ª série do ensino fundamental, de Crateús, que participou da reunião com os professores universitários, que resolvia problemas matemáticos que o seu professor não sabia. Ele é um talento para a área de cálculo que ficaria perdido no interior se não o detectássemos por meio da olimpíada”, acredita o coordenador do projeto, José Helder de Mesquita Filho. 

    Em 2004, foi firmado um convênio com o instituto paulista Maria Telles para dar uma nova oportunidade a 60 alunos de Fortaleza. Os mais bem colocados no exame fizeram uma nova seleção para estudar em outro período em uma escola particular, por meio de bolsa de estudo integral. “O que a gente percebe é que eles se sentem mais valorizados. Os alunos viram que o sonho é possível, não é tão difícil chegar à universidade. Perceberam que vale a pena continuar estudando, não desistir do vestibular após se formar no ensino médio”, afirma o professor.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Foto: OMBOs brasileiros sempre têm um bom desempenho em competições internacionais de matemática, mas desta vez se superaram. Na 12ª Competição Internacional de Matemática para estudantes universitários (IMC), ocorrida em julho, na Bulgária, a equipe nacional (foto) conquistou três medalhas de ouro, uma delas especial, quatro de prata e seis de bronze, além de quatro menções honrosas.

    O Brasil, que participa da competição desde 2003, conquistara uma medalha de ouro em 2004, mas pela primeira vez um estudante do país, Alex Corrêa Abreu, 19 anos, aluno de matemática aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ganhou a especial (grand first prize), concedida aos mais bem colocados dentre os medalhistas de ouro. Este ano, foram distribuídas nove medalhas.

    Thiago Barros Rodrigues Costa, estudante de computação da Unicamp, e Fábio Dias Moreira, aluno de matemática pura e física da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), também receberam medalhas de ouro. “Eu não esperava um resultado tão bom porque competíamos contra os melhores estudantes do mundo. O resultado foi uma surpresa”, disse Fábio, 18 anos, já premiado em competições nacionais, ibero-americanas e na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO).

    Os estudantes selecionados fazem parte da lista de premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) do ano passado. A preparação para a prova incluiu uma série de exercícios, elaborados por professores e ex-participantes da competição, aulas e treinamento específicos e treinamento via internet.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • A primeira universidade tecnológica do Brasil, a Federal do Paraná (UTFPR), será instalada oficialmente na próxima segunda-feira, 21. A cerimônia será presidida pelo reitor pro tempore, Eden Januário Netto, e contará com a presença do secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, do vice-reitor pro tempore, João Luiz Kovaleski, autoridades e parlamentares.

    A instalação dos demais campi, no total de seis, será em seguida. Dia 25 de novembro (Medianeira), dia 26 (Campo Mourão), dia 2 de dezembro (Cornélio Procópio), dia 5 (Ponta Grossa), dia 9 (Dois Vizinhos) e dia 10 (Pato Branco). A UTFPR é a primeira universidade especializada do país com denominação específica e foi transformada a partir do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR) em 7 de outubro, por meio de sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Para Eden Januário Netto, a instalação da universidade tecnológica não significa uma mudança de gestão, mas um marco de etapa histórica. “É a quinta oportunidade de mudarmos em 96 anos de existência, considerando que a instituição não foi criada e, sim, transformada”, afirma Netto, referindo-se às cinco alterações de nome e estrutura pedagógica da UTFPR, desde a sua fundação em 1909.

    A instituição tem 96 anos e muita história para contar. Ela oferece 11 cursos técnicos integrados e dois subseqüentes, 41 graduações, 41 especializações, quatro mestrados e um doutorado. Tem cerca de 15.500 alunos regulares, 1.330 professores e 539 técnicos administrativos estão distribuídos em campus localizados nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Campo Mourão, Medianeira, Pato Branco/Dois Vizinhos e Cornélio Procópio.

    Repórter: Sonia Jacinto, com informações da Assessoria de Comunicação da UTFPR

  • Investimentos em educação básica e superior pública estão mais equilibrados (Foto: João Bittar)Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de 2006, os mais recentes disponíveis, revelam que neste ano houve o maior investimento público direto em educação, proporcionalmente ao Produto Interno Bruto (PIB). Foram investidos 4,4% do PIB, um salto significativo em relação a 2005, quando o índice foi de 3,9%. A maior parte do investimento se concentra na educação básica: 3,7%. Na superior, o porcentual ficou em 0,7%.

    “Um incremento anual de 0,5% é muito significativo. Estamos avançando rumo ao ideal de investimento mínimo de 6% do PIB em educação”, afirmou o ministro Fernando Haddad nesta quarta-feira, 29. Os dados referentes a 2007 deverão ser divulgados nos próximos meses. “Creio que serão ainda melhores”, acredita Haddad.

    Relevantes, também, são os índices de investimento por aluno. Os dados relativos à educação básica e à superior pública estão mais equilibrados. Em 2002, a proporção do que se investia por aluno na superior era dez vezes maior que na básica. Quatro anos depois, diminuiu para 6,7.

    O patamar ideal, segundo Haddad, é que o investimento por aluno na educação superior seja entre três e quatro vezes maior, em relação à básica. “Não é possível igualar os investimentos. O custo por estudante da educação superior é maior, até porque inclui a pós-graduação. O mestrando e o doutorando valem como alunos de graduação, mas são ainda mais caros”, explicou.

    O motivo para essa correção, de acordo com Haddad, é um investimento maior na educação básica. Em 2002, o valor investido foi de R$ 1.289 por aluno; em 2006, foi de R$ 1.773. “Esse era um dos indicadores que mais preocupavam os especialistas em educação. Todos se perguntavam: como um país podia investir tão mais em um aluno da educação superior do que em um da básica?”, disse Haddad.

    Na visão do ministro, o número deve melhorar nos próximos anos, já que o Fundo da Educação Básica (Fundeb) e o Programa de Apoio a Planos de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais (Reuni) ainda não estavam em vigor em 2006. O Reuni amplia o orçamento das universidades, em troca de um crescimento mais do que proporcional da matrícula, o que diminui o custo por aluno. Já o Fundeb, que substitui o antigo fundo do ensino fundamental, o Fundef, também contempla o ensino médio. Para o ministro, as duas ações visam, justamente, equilibrar o investimento na educação superior e na básica.

    Dentro da educação básica, o equilíbrio também está maior, com o aumento do custo por aluno no ensino médio: R$ 1.417 em 2006, em relação aos R$ 1.036 em 2005. O investimento por aluno nessa etapa chegou a menos de R$ 1 mil em 2002 e 2003. Em 2006 foi para R$ 1.417.

    Nas primeiras séries do ensino fundamental o valor, no mesmo ano, era de R$ 1.825 e nas últimas séries, R$ 2.004. “Com menos de R$ 1 mil por aluno não se consegue educar com qualidade. O ensino médio ganhou um fôlego significativo; estamos falando de mais de 30% de incremento de um ano para outro, já que em 2005 o custo-aluno era de R$ 1.036”, afirmou Haddad.

    O Inep fez, ao longo de 2007, uma compatibilização dos dados de investimento público em educação no Brasil com a metodologia utilizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os cálculos anteriores, portanto, foram refeitos, para serem adequados à metodologia utilizada por organismos internacionais.

    Letícia Tancredi

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  • Belém — Os avanços da pós-graduação e o aumento da produção científica brasileira foram abordados pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, na 59ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), nesta segunda-feira, 9, em Belém (PA).

    O Brasil forma hoje cerca de dez mil doutores por ano e a expectativa é de que esse número chegue a 16 mil em 2011. Os cursos de pós-graduação oferecidos em diferentes áreas do conhecimento somam 3.632, sendo 2.393 de mestrado e 1.239 de doutorado, com o ingresso de 50 mil alunos por ano. O número de cursos novos cresce, em média, 7% ao ano.

    Com a retomada em 2004 do Plano Nacional de Pós-Graduação, a Capes fez um diagnóstico da situação da área. Um dos problemas verificados é a assimetria regional. A maior parte dos cursos está nas regiões Sudeste e Sul: são 72% dos mestrados e 80% dos doutorados, enquanto na região Norte os percentuais chegam a 4% de mestrados e 2% de doutorados. De acordo com o presidente da Capes, já foram tomadas algumas iniciativas para mudar  essa situação, como a indução da formação de consórcios entre instituições de regiões diferentes.

    Avanços — A pós-graduação brasileira avança também para o exterior. “A Capes está induzindo a realização de cursos de mestrado e doutorado em outros países, como África, Argentina, Estados Unidos e França, oferecidos por instituições brasileiras sozinhas ou em parceria com instituições estrangeiras”, explica Jorge Guimarães. “Já temos um mestrado em saúde pública em Angola, oferecido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e três mestrados nas áreas das engenharias em Cabo Verde promovidos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além disso, está em fase de aprovação um doutorado em biologia molecular de plantas, desenvolvido por meio de parceria entre a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e duas instituições norte-americanas — as universidades de Ohio e Rutgers”, diz o presidente da Capes.

    A 59ª SBPC prossegue até sexta-feira, 13, com exposições, conferências, simpósios, minicursos, mesas-redondas e encontros abertos. São esperados cerca de 15 mil participantes, entre estudantes, pesquisadores, professores e cientistas.

    Fátima Schenini

  • O Ministério da Educação deu início na segunda-feira, 26, à primeira etapa de um curso de especialização para 30 técnicos do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação de Angola, país de língua portuguesa do sudoeste da África. O curso, nessa etapa, que se estenderá até sexta-feira, 30, é ministrado em Luanda, capital do país, por especialistas brasileiros na área curricular, sob a coordenação da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    A oferta da especialização, segundo Magda Ribeiro Coelho, da Assessoria Internacional do MEC, integra uma série de atividades educacionais decorrentes de acordos de cooperação assinados entre Brasil e Angola. O curso tem duração de 18 meses, ministrado em três períodos presenciais de uma semana cada um, mais atividades a distância, sob a coordenação de Sandra Pagel e Aricélia Ribeiro do Nascimento, da SEB.

    Na primeira etapa presencial, os técnicos angolanos receberão formação sobre currículo e temporalidades humanas no cotidiano da escola, ministrada por Jaime Bachmann, professor de estudos sociais da Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste de Santa Catarina, e sobre currículo, conhecimento e cultura, com a professora Antônia Pereira dos Santos, especialista em administração escolar da Universidade Católica de Brasília.

    A segunda fase, de 25a 29 de agosto, vai abordar currículo e organização dos tempos e espaços escolares, com Nilma Lino Gomes, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, e currículo, alfabetização e letramento, com Telma Ferraz, professora adjunta do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, e com Cecília Goulart, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense.

    A última parte do curso, de 8 a 12 de dezembro, terá os temas currículo e processos de aprendizagem, com Maria Isabel Ferraz Pereira Leite, professora do programa de pós-graduação em educação da Universidade do Extremo Sul Catarinense; currículo e avaliação do ensino-aprendizagem, com Cláudia de Oliveira Fernandes, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, e currículo e educação especial, tema ainda sem especialista confirmado. Ao final do curso, os estudantes vão apresentar ao governo de Angola uma proposta curricular para a educação básica.

    O país — Angola foi colonizada por Portugal no século 15 e se tornou independente em 1975. Tem hoje 12,2 milhões de habitantes e uma área de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, com 18 províncias. É um país rico em petróleo e diamantes, mas ocupa o 162º lugar no índice de desenvolvimento humano.

    O país africano mantém com o MEC diversos acordos de cooperação, um deles, com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), que oferecem mestrado em saúde pública, em parceria com a Universidade Agostinho Neto, de Luanda.

    Ionice Lorenzoni

  • Técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) embarcam no próximo dia 8 para Praia, capital de Cabo Verde. Eles irão ajudar a implementar, no país africano, um programa de merenda escolar nas escolas públicas de ensino básico, semelhante ao brasileiro. A iniciativa faz parte de um memorando de entendimento assinado, no ano passado, pelo FNDE com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Angola, Moçambique e Cabo Verde.

    Os três países são atendidos na área alimentar pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU), criado com o objetivo de resolver situações emergenciais. Mesmo depois das emergências, porém, aquelas nações continuaram por vários anos sendo assistidas pelo PMA, que está agora saindo da região. Segundo Márcia Molina, coordenadora de monitoramento e avaliação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), a escolha do Brasil para dar assistência técnica em alimentação escolar se deve ao sucesso da experiência.

    “O Pnae é universal. Seus princípios são voltados para direitos humanos, acompanhamento, recursos descentralizados e fomento local”, exemplifica Márcia Molina. Ela destaca o fato de a compra da merenda ser local, o que permite movimentação do comércio e aquisição de produtos naturais e saudáveis. A formação e a capacitação de conselhos da alimentação escolar são outros pontos positivos para acompanhar e fiscalizar o programa.

    Praia —Em Cabo Verde, a missão do FNDE permanecerá até o dia 22 de fevereiro, visitando escolas, vendo a realidade, as condições socioeconômicas e a produção agrícola. Em seguida, a missão vai propor um programa semelhante ao Pnae. Participarão das ações representantes do Ministério da Educação de Cabo Verde e de organizações não-governamentais.

    O programa atenderá a cerca de 100 mil alunos da educação básica de Cabo Verde, a partir do final deste ano.

    No Brasil, a merenda escolar é oferecida a 37 milhões de estudantes matriculados em escolas públicas de ensino fundamental. Com orçamento de R$ 1,5 bilhão em 2006, o Pnae  é considerado um dos maiores programas na área de alimentação escolar no mundo. Mais informações no sítio do FNDE.

    Súsan Faria

  • Ministro Fernando Haddad discursa na 34ª Conferência Geral da Unesco, em Paris (Foto: Divulgação)O Brasil quer um banco de projetos baseado nas melhores práticas educacionais de cada país-membro e parceiro da Unesco. O pedido foi feito pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quinta-feira, 18, durante discurso na 34ª Conferência Geral da Unesco, em Paris. Haddad deu ênfase à posição do país em relação ao caráter da educação: “O Brasil considera educação um bem público, e não mercadoria, sujeita às regras do mercado e do lucro”.

    “O Brasil está dando o primeiro passo”, disse. Haddad se referiu ao seminário internacional que o Ministério da Educação pretende organizar para o segundo semestre de 2008. O objetivo é a troca de experiências de êxito e de larga escala já aplicadas nos países. “Nossa intenção é consolidar um portfolio de melhores práticas que poderão colocar a cooperação internacional em novas bases a serem transformadas em políticas públicas nos países em desenvolvimento.”

    Haddad criticou a falta de parceria internacional, ao sublinhar o oitavo Objetivo de Desenvolvimento do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU). “A parceria global para o desenvolvimento tem sido o objetivo menos discutido e implementado.” Para dar o exemplo e colaborar com o desenvolvimento de parcerias, o Brasil está colocando à disposição suas melhores práticas educacionais e pretende financiar projetos de outros países. “Apesar das limitações econômicas, o Brasil quer construir importantes parcerias de cooperação Sul-Sul.” O ministro lembrou que diversos países da América do Sul e da África já se beneficiam da cooperação brasileira, “que, acima de tudo, é solidária”, afirma.

    Financiamento educacional, distribuição gratuita de livros didáticos, avaliação da qualidade, alimentação escolar e formação de professores foram algumas áreas citadas para troca de informações. “Não basta apenas mobilizar mais recursos. É fundamental pôr à disposição da Unesco, das agências internacionais e dos mecanismos bilaterais de cooperação um banco de projetos baseado nas melhores práticas educacionais vigentes em nossos países.”

    Haddad falou da visão brasileira da educação como um sistema que privilegia todos os níveis de ensino. Ao citar o Plano de Desenvolvimento da Educação, ele afirmou que o Brasil parte do princípio de que a educação é responsabilidade do Estado, mas também é um esforço social mais amplo. “A educação não se desenrola apenas na escola, mas tem lugar na família, na comunidade e em todos os espaços de interação, especialmente no trabalho.”

    A visão sistêmica do Plano de Desenvolvimento da Educação permitiu, segundo o ministro, cuidar de todos os níveis, inclusive da educação científica e profissional. “O Brasil está reduzindo o hiato entre a pesquisa científica e sua vinculação com o sistema produtivo.” Uma lei de incentivos fiscais à produção nacional de ciência e tecnologia e a duplicação, em quatro anos, de pólos de tecnologia e profissionalizantes, são ações para elevar a colocação do Brasil na produção científica mundial. “Em breve, estaremos entre os dez países com maior produção em ciência e tecnologia”, disse.

    Após o discurso na sessão plenária, o ministro se encontrou com o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura.

    A Conferência Geral da Unesco segue até 3 de novembro, com cerca de dois mil participantes de 193 estados-membros da Unesco.

    • Confira o discurso do ministro da Educação na íntegra

    Manoela Frade

  • Ao longo desta semana, de 20 a 24 de novembro, o Brasil e outros 16 países latinos participam de um estudo que vai investigar o desempenho de alunos de 3ª e 6ª séries do ensino fundamental, e quais fatores contribuem para explicar os diferentes níveis de aprendizagem na região. Trata-se do Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce), coordenado pelo Laboratório Latino-Americano de Avaliação da Qualidade da Educação (LLECE), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) é responsável pela operacionalização do Serce no Brasil.

    O estudo tem o objetivo de avaliar a aprendizagem dos alunos latino-americanos nas áreas de matemática, linguagem e ciências. A idéia é fornecer informações aos sistemas educacionais dos países participantes e compartilhar experiências exitosas, com foco na eqüidade e numa ótica de escola como espaço de desenvolvimento social coletivo, e não apenas voltada para o acúmulo de conhecimento individual. Participam, além do Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, México, Paraná, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

    No Brasil, irá responder às provas do Serce uma amostra de cerca de 14 mil alunos de 3ª e 6ª séries de ensino fundamental, de 175 escolas públicas e privadas, em 25 unidades da Federação (as exceções são Acre e Rondônia). A amostra de escolas foi definida aleatoriamente por um comitê técnico internacional. Dentro de cada escola selecionada serão avaliadas todas as turmas das séries de interesse. Além das provas, os alunos responderão a questionários com perguntas sobre o ambiente escolar e familiar. Pais, professores e diretores de escola também serão ouvidos.

    O primeiro estudo do Laboratório Latino-Americano de Avaliação foi feito em 1997 e teve participação de 11 países – as análises podem ser vistas na página eletrônica do Inep. Os resultados da edição deste ano serão divulgados no decorrer de 2007. (Assessoria de Imprensa do Inep)

  • O governo australiano promove, de 3 a 5 de abril próximo, em Brisbane, o Fórum Internacional de Educação. Os objetivos do evento são facilitar a cooperação internacional na área educacional, ampliar o diálogo sobre as perspectivas da educação em âmbito global e buscar soluções para os desafios do setor.

    O Ministério da Educação enviou delegação à Austrália, chefiada pelo secretário de educação a distância, Ronaldo Mota. Além do fórum, a agenda prevê visitas à Universidade de Queensland, encontros com representantes do Departamento de Educação, Ciência e Treinamento (Dest) e do governo australiano, além de reuniões bilaterais com os ministros participantes para tratar de parcerias com China, Coréia do Sul e Timor Leste, por exemplo. Serão discutidas possíveis cooperações na área de ciência e tecnologia, em setores como nanotecnologia, biotecnologia, aqüicultura e oceanografia.

    Integrantes da missão brasileira cumprem agenda nesta quinta-feira, dia 30, em Camberra. O coordenador-geral de cooperação internacional da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Benício Schmidt, falará sobre o sistema educacional brasileiro. A equipe se encontrará com representantes da Universidade de Camberra. Na sexta-feira, 31, haverá reunião na Universidade de Macquarie, em Sydney, e encontro com a diretoria do Departamento de Educação e Treinamento do Instituto de Sydney.

    Cooperação - Em abril de 2005, os ministros da Educação da Austrália e do Brasil assinaram memorando de entendimento para cooperação no campo da educação e capacitação. Entre os acordos firmados estavam o intercâmbio de pessoal acadêmico e estudantes entre escolas e instituições de educação profissional e tecnológica e de educação superior; assistência mútua e troca de informações nas áreas de interesse de escolas de ambos os países; desenvolvimento de atividades conjuntas para o emprego de tecnologia da informação, particularmente da internet, na área da educação, e apoio a bolsas de estudo para pesquisas de pós-graduação, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento dos recursos humanos.

    Mais informações sobre o fórum na página eletrônica da Australian Education International.

    Lívia Jappe

  • O jornalista e comentarista econômico Luis Nassif afirmou, nesta quinta-feira, 9, que o Brasil precisa se aperfeiçoar no processo de patenteamento de produtos. Nassif, que palestrou sobre o tema patentes e tecnologia no seminário Avaliar para Avançar, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), disse que, antes de se patentear algum produto, existem outros aspectos mais relevantes que devem ser levados em conta, como o controle de processos. “É preciso saber fabricar e não apenas fazer inovações potencialmente patenteáveis. Se você tem as patentes, mas não domina a técnica produtiva, o aproveitamento é mínimo”, ressaltou.

    Para o jornalista, o Brasil tem que aprender – assim como os outros países já fazem – o procedimento pelo qual as patentes passam, antes de serem aprovadas. Na sua opinião, dominar o conhecimento sobre as patentes significa reverter resultados em inovação, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Nassif também observou que, a partir dos anos 90, a universidade passou a estimular demasiadamente as patentes, como se fossem o caminho para se alcançar a evolução. “Internacionalmente, as patentes não possuem o papel fundamental que tinham antes, justamente por causa de uma superdosagem ocorrida nos últimos anos.”

    Inserção social — Em outra mesa de debate, o acadêmico da área de Educação, Robert Verhine, palestrou sobre o tema inserção social. Ele destacou a importância da produção bibliográfica e o seu impacto sobre a vida acadêmica e para a geração de conhecimento. “Não podemos supor, contudo, que a produção acadêmica possa ser um instrumento-guia para as mudanças sociais. Deve ser, sim, complemento para essas mudanças”, considerou.

    As discussões realizadas durante o seminário, segundo o diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, abordam os cenários da pós-graduação sob o ponto de vista, sobretudo, da avaliação. A questão da inserção social, exemplifica Janine, é muito importante, porque é uma novidade de avaliação de cursos pela Capes. “Com o panorama de todas as oficinas apresentadas no seminário, cobrimos questões relevantes da pós-graduação no Brasil.”

    O seminário Avaliar para Avançar também contou com as oficinas O Futuro do Mestrado Profissional e As Publicações em Periódicos. Mais de 300 pesquisadores de todo o País participaram do encontro, que integra as comemorações dos 55 anos da Capes e dos 30 anos da avaliação da pós-graduação.

    Cristiano Bastos


  • O Ministério da Educação apresentou na última quarta-feira, 23, e nesta quinta, 24, o programa Brasil Profissionalizado no Espírito Santo e Ceará, segundo e terceiro estados a solicitar recursos do programa. O Piauí foi o primeiro a fazer a solicitação. Com o Brasil Profissionalizado, o MEC vai investir R$ 900 milhões nos próximos quatro anos (2008-2011) na construção, ampliação ou reforma de escolas públicas de ensino médio e profissional.

    Durante a apresentação do Brasil Profissionalizado em Vitória, na quarta-feira, 23, representantes do MEC orientaram os gestores locais e receberam as demandas de adesão ao programa. Os estados que possuam rede de ensino médio ou de educação profissional de nível médio e tenham assinado o Compromisso Todos pela Educação podem solicitar adesão ao programa. Os recursos do MEC também podem ser utilizados na aquisição de mobiliário, equipamentos e laboratórios de formação de professores na área de ciências.

    De acordo com Irineu Colombo, diretor de Articulação Institucional da Setec, o Governo do Espírito Santo vai escolher as áreas dos cursos que serão ofertados nas escolas públicas, de acordo com a demanda por mão-de-obra, e elaborar os projetos. “A escolha dos cursos dependerá dos arranjos produtivos locais”, explicou. “O MEC analisa o pedido e define se vai investir recursos diretos, incentivar parcerias com o Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Cefet-ES) e a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) ou fornecer assistência técnica.”

    Colombo afirmou ainda que, dependendo do curso que o Governo do Estado quiser implantar, o Cefet-ES ou a UFES poderão atuar na formação dos professores da rede estadual. Além disso, a estrutura do Cefet servirá como referência para criação de laboratórios. “Pretendemos implantar laboratórios básicos de química, física, biologia, matemática e informática”, observou.

    O secretário de Educação do Espírito Santo, Haroldo Corrêa Rocha, ressaltou a importância do programa para o Estado. “Com esse financiamento direto do MEC nas escolas estaduais, a comunidade será a grande beneficiada”, disse.

    Ceará – Nesta quinta-feira, 24, o MEC apresentou o programa em Fortaleza. Segundo a secretária de Educação do Ceará, Izolda Cela, a expectativa é de que o programa atenda, só em 2008, 4.410 alunos da rede pública estadual. A meta, segundo a secretária, é que cinqüenta escolas estejam cadastradas no Brasil Profissionalizado até 2010.

    O governador em exercício, Francisco Pinheiro, destacou que, com a iniciativa, o Ceará prova que a educação é a única forma de mudar o cenário de possibilidades para os jovens. “O Governo está trabalhando muito, principalmente por meio de programas como esse, para incluir os jovens no mercado de trabalho”, afirmou.

    Após a aprovação dos projetos enviados pelos estados, os recursos serão repassados via convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), explicou Roberto Lunelli, um dos coordenadores do programa, durante a apresentação do programa em Fortaleza.

    Sophia Gebrim

     

  • O Rio Grande do Norte é o sétimo estado a solicitar recursos do Brasil Profissionalizado, programa do Ministério da Educação que visa o aumento da oferta de ensino médio integrado ao profissional no país. Nesta quarta-feira, 28, representantes do MEC estiveram em Natal para lançar o programa no estado.

    Dentre as ações do Brasil Profissionalizado no Rio Grande do Norte está prevista a reforma e adequação de 30 escolas para a oferta do Programa Nacional de Integração de Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja). E também a reforma e adequação de mais 10 escolas do ensino médio integrado, aquisição de mobiliários, equipamentos e laboratórios destinados ao ensino profissional.

    Os recursos do programa também podem ser utilizados para a formação de professores na área de ciências. O Brasil Profissionalizado prevê ainda a construção de 10 centros de excelência em ensino profissional e tecnológico de nível médio que serão instalados em municípios pólo do estado, que serão escolhidos mediante pesquisa e cadeias produtivas.

    Marisa de Souza Pinheiro, subcoordenadora de ensino profissional da Secretaria de Estado da Educação e Cultura do Rio Grande do Norte, afirmou que o programa tem o objetivo de prestar assistência financeira a ações de desenvolvimento e estruturação do ensino médio integrado à educação profissional. Segundo ela, será enfatizada a educação cientifica, “por meio da articulação entre formação geral e educação profissional no contexto dos arranjos produtivos locais e regionais”.

    Em 2008, o MEC vai investir R$ 210 milhões no Brasil Profissionalizado. Até 2011 serão mais R$ 690 milhões. A meta do programa é atender 800 mil alunos, capacitar 14 mil professores e construir 2.500 laboratórios em todo o País.

    No próximo dia 2 de junho o programa será lançado em Palmas (TO).

    Sophia Gebrim

  • Diretor de Articulação da Setec, Irineu Colombo, secretário de Educação Profissional do MEC, Eliezer Pacheco, secretária da Educação do RS, Mariza Abreu, e diretor da Suepro/RS, Lúcio Vieira. (Foto:Itamar Aguiar)Porto Alegre – O Ministério da Educação está investindo R$ 900 milhões para aumentar a oferta de vagas de educação profissional nos estados e municípios. Nesta segunda-feira, 28, o programa Brasil Profissionalizado foi lançado no Rio Grande do Sul, o quarto estado a conhecer detalhes do programa. Os gaúchos contam com 150 escolas técnicas estaduais.

    O Brasil Profissionalizado também financia ampliação ou reforma de escolas públicas de ensino médio e profissional, além de aquisição de mobiliário, equipamentos, laboratórios e acervo bibliográfico.

    A secretária da Educação do Rio Grande do Sul, Mariza Abreu, reconheceu que o Estado sofre um estrangulamento no ensino profissional, com uma demanda de cursos maior do que a oferta. Destacou o trabalho conjunto dos governos federal e estaduais para enfrentar o problema e lembrou da importância da capacitação de docentes. “Não adianta só termos os laboratórios se não tivermos pessoal treinado e qualificado.”

    O programa também pode ser utilizado para a formação de professores na área de ciências da natureza (química, física, matemática e biologia). Os proponentes dos projetos terão que respeitar algumas condições, tais como gratuidade do ensino e consonância com o catálogo nacional de cursos técnicos. Após aprovação dos projetos dos estados, os recursos serão repassados via convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco, explicou que o ensino médio integrado, público e de qualidade, é um dos principais focos do programa. “O país cresce e sente falta de trabalhadores qualificados. Hoje são 200 mil postos de emprego que não são preenchidos por falta de profissional capacitado”, diz. Cerca de 60% dos jovens que concluem o ensino médio não ingressam no ensino superior. “É por isso que estamos investindo pesadamente na expansão das escolas técnicas federais mas também dando aporte financeiro aos estados e municípios.”

    Amanhã, 29, é a vez de Cuiabá (MT) receber representantes do MEC para detalhar o programa.

    Felipe De Angelis

  • Programa Brasil Profissionaliado é lançado em Cuiabá/MT (Foto: Secom/MT)Cuiabá — O estado de Mato Grosso recebeu, nesta terça-feira, 29, a visita de representantes do Ministério da Educação para o lançamento do programa Brasil Profissionalizado. A meta é estimular a oferta do ensino médio integrado nas escolas públicas estaduais. Hoje, o ensino médio integrado é oferecido em cinco escolas de quatro municípios mato-grossenses — Sinop, Alta Floresta, Rondonópolis e Barra do Garças.

    “A expectativa é de que no ano que vem já seja possível expandir o programa para 30 municípios. A educação no campo, indígena e quilombola também serão beneficiadas”, afirmou o secretário de educação do estado, Ságuas Moraes, durante a apresentação do programa em Cuiabá.

    Conforme o secretário de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Chico Daltro, o estado dará uma resposta positiva ao MEC. “Vamos colocar nossos esforços para garantir um resultado positivo e progressivo na execução desse programa.”

    O coordenador do Brasil Profissionalizado e diretor de Articulação Institucional da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Irineu Colombo, ressaltou que “o financiamento do MEC será tanto para a melhoria da estrutura física das escolas quanto para o aperfeiçoamento do quadro de docentes”. Durante o período de quatro anos (2008-2011), o MEC investirá R$ 900 milhões em escolas públicas estaduais.

    Durante três dias a equipe do MEC se reunirá com técnicos das secretarias de Educação (Seduc) e Ciência e Tecnologia (Secitec) de Mato Grosso. Para a viabilizar o programa, o estado deverá apresentar um diagnóstico da rede de ensino médio, com descrição de projetos político-pedagógicos. Também serão analisados indicadores sociais da região a ser beneficiada, tal como as taxas de analfabetismo, índices de escolaridade, desemprego, violência e criminalidade de jovens na faixa dos 18 aos 29 anos. Será levado em consideração Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

    Sophia Gebrim

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