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  • São Luís (MA) —  Oportunidade é a palavra que caracteriza o projeto Escola de Vida, que tem como um de seus modelos a Escola Estadual Ribeiro do Amaral, situada na área rural de São Luís (MA). Com cerca de 1.050 alunos, entre ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos, a instituição oferece aos estudantes e à comunidade lazer, cultura e cursos profissionalizantes nos fins de semana.

    Projeto amplia as atividades extraclasse, integrando estudantes e comunidade (Foto: João Bittar)No programa do governo estadual, os alunos podem praticar esportes, aprender línguas, música, arte, informática, culinária, técnicas de costura e bordado. “Com as atividades, eles não ficam ociosos. Até os ex-alunos vêm participar”, afirma a diretora Neide Rabelo. Exemplo disso é Fábio Costa, 19 anos, que concluiu o ensino médio e se candidatou como voluntário para ser instrutor de informática. “Gosto de ficar aqui, para buscar cada vez mais conhecimento”, diz.

    Além deles, a família dos adolescentes, muitas vezes, se interessa pelos trabalhos, como é o caso de Ivaldina Ferreira, de 63 anos, avó de três alunos. Hoje, ela faz o curso de crochê oferecido pela escola. “Muita coisa que eu não sabia estou aprendendo aqui”, comemora. Marinalva Silva, 43 anos, mãe de Hortência, que cursa a oitava série, vai todos os dias à escola para ajudar nos serviços gerais, voluntariamente, e participa de todos os projetos. Com os novos conhecimentos, ela melhora a renda familiar, que é de um salário mínimo. As mães que fazem as oficinas de bordado e crochê, por exemplo, ficam com o próprio trabalho para vender.

    O Escola de Vida já contempla outras 33 escolas da região metropolitana de São Luís, que foram escolhidas de acordo com o risco de vulnerabilidade, com destaque para aquelas que atendem familiares das vítimas envolvidas no caso dos meninos emasculados.

    Meninos emasculados — Entre setembro de 1991 e fevereiro de 2002, 22 meninos com idade entre 9 e 15 anos foram submetidos a atos de violência sexual e depois assassinados. Os corpos das crianças e adolescentes foram jogados em matagais na periferia das áreas que integram a ilha de São Luís. Em Altamira, no Pará, 19 meninos sofreram esse mesmo tipo de violência.

    Letícia Tancredi

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  • O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, Ricardo Henriques, afirmou no Fórum Mundial de Educação, em Nova Iguaçu (RJ), que apenas a melhoria da qualidade de ensino não acaba com a desigualdade histórica que o Brasil criou no seu processo de desenvolvimento. Para Henriques, “a escola deve ser o instrumento de valorização das diferenças da nossa população, como única forma de inclusão desta diversidade social que é tão importante”.

    Na opinião dele, a escola deve ser um espaço para mudança e valorização da diversidade social brasileira. “Os professores que souberem articular suas aulas com o grafite, o rap, a dança, entre outras linguagens, vão encantar, envolver e ensinar muito melhor seus alunos.”

    Ricardo Henriques observou que um jovem negro, nordestino, rural e pobre pode demorar 20 anos para atingir o nível médio de educação da população brasileira como um todo. E quando atingir esse patamar, continuará atrás, não apenas dos mais favorecidos, mas de quase todos os cidadãos. “Como tem ocorrido desde o início do século passado, onde a diferença média de educação entre negros e brancos era a mesma de hoje, ou seja, cerca de dois anos a menos de escolaridade para a população afrodescendente.” (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • Rio Branco — A saúde dos alunos é assunto levado a sério na Escola Estadual Maria Raimundo Balbino, em Rio Branco, capital do Acre. O cardápio da merenda escolar é elaborado por uma nutricionista. Como a escola atende comunidades carentes, é essencial que as crianças se alimentem bem. “Muitos dos nossos alunos só se alimentam aqui na escola”, salienta a diretora Rosenilda Pacífico.

    Seis tubos de pasta dentária por dia reduziram o índice de cáries das crianças (Foto: João Bittar)Galinhada, mexido de arroz com ovos e farofa, picadinho de carne com mandioca, arroz e feijão são alguns dos pratos oferecidos aos alunos nos três turnos de aulas. Depois das refeições, é hora de escovar os dentes. Cada estudante tem uma escova, com seu nome. Dispostos em fila indiana, todos  aguardam o momento de a professora colocar a pasta nas escovas.

    A medida foi tomada assim que a diretora percebeu o alto índice de cáries entre as crianças. O posto de saúde do bairro do Palheiral, onde fica a escola, também ajuda na prevenção das cáries, com a aplicação anual de flúor. Felipe de Souza Moreira, dez anos, está na quarta série. Ele revela que aprendeu a escovar os dentes no intervalo do recreio. “Minha mãe sempre mandou, mas eu fui aprender mesmo aqui na escola”, confessa.

    O cardápio da escola Maria Raimunda Balbino garante melhor aprendizado em sala de aula (Foto: João Bittar)São necessários seis tubos de pasta por dia para atender os 625 alunos, que cursam da primeira à quarta série do ensino fundamental. A merenda reforçada e as pastas de dentes fazem parte do orçamento limitado da escola, que recebe apenas R$ 26 mil por ano para despesas com recursos pedagógicos e demais gastos escolares.

    Para que não haja desperdício de dinheiro, todas as compras são submetidas ao Conselho Escolar, que reúne representantes de pais, funcionários, alunos e membros da comunidade. Aliás, todos os assuntos administrativos da escola são ali tratados. “Eu me sinto respeitada como mãe quando pedem a minha opinião”, revela Gracilene Lima Ferreira, representante dos pais.

    Duas vezes por ano, o conselho realiza audiência pública para discutir as prioridades da escola. “Elegemos as prioridades das prioridades porque o dinheiro é escasso e precisamos de muita coisa”, admite a diretora.

    O resultado da gestão compartilhada é o desempenho apresentado pelos alunos, que levaram a escola a apresentar o melhor índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) do Acre.  “Nós fazemos nosso trabalho pensando no bem dos alunos, mas ficamos muito felizes com o resultado”, conta a auxiliar de secretaria Maria Zenaide Martins Moreira, que também faz parte do conselho.

    Ana Guimarães

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  • Uma nova fórmula de gestão escolar integrada à comunidade e de olho no meio ambiente dá o Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar a uma escola pública do agreste pernambucano. A vencedora foi a Escola estadual Severino Farias, de Surubim (PE), que desenvolveu um modelo de gestão com base em quatro pilares: participativo; pedagógico; de pessoas; e de serviços de apoio, recursos físicos e financeiros, que avalia a administração dos recursos da escola.

    Uma receita simples, como explica a professora Lúcia de Fátima Farias da Silva – que ajudou no desenvolvimento do projeto –, mas que requer muita dedicação, paciência, diálogo constante e tempo para a realização de reuniões. “Não é fácil, porque as pessoas têm pontos de vista diferentes, mas a valorização do coletivo é muito forte no trabalho da escola. Nenhuma decisão é tomada isoladamente. Há reuniões ordinárias e extraordinárias, sempre que necessário, para se decidir sobre tudo na escola”, disse a professora, complementando que mesmo a aplicação do dinheiro da escola sempre é decida conjuntamente.

    Segundo a professora Lúcia, as mudanças na escola passam pela reorganização da estrutura espacial das aulas, tornando as salas temáticas, e a alteração do tempo médio de aula. Com cerca de 2,5 mil alunos e 58 turmas, cada uma tem diariamente aulas de duas disciplinas apenas. “Foi feito de forma a não prejudicar a carga horária do aluno ou do professor”, explica. No ambiente físico, a escola desenvolve um trabalho de valorização do ser humano. O prédio possui paredes e jardins internos bem cuidados. Os próprios alunos se revezam na tarefa de conservação.

    Premiação – A Escola Severino Farias vai receber o prêmio máximo no valor de R$ 15 mil, que serão investidos em projetos pedagógicos e na estrutura física do prédio. As demais escolas classificadas como a melhor de cada estado receberão R$ 2 mil e um kit educativo. Os diretores das 27 escolas, reconhecidos como Lideranças em Gestão Escolar, ganharam uma viagem de intercâmbio de experiências para os Estados Unidos, no período de 26 de novembro a 10 de dezembro. Essa viagem faz parte do Programa Brasil – Estados Unidos de Intercâmbio de Diretores Escolares, uma parceria do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) com a embaixada americana.

    O Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar é concedido pelo Consed, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Fundação Roberto Marinho. O objetivo do prêmio é estimular a melhoria do desempenho da escola e o sucesso da aprendizagem dos alunos, pela identificação e reconhecimento, como referência nacional, de estabelecimentos escolares que estejam desenvolvendo práticas eficazes de gestão. Conheça as 27 escolas premiadas.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Gestores públicos, diretores e educadores estão reunidos em Brasília para comemorar os dez anos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Para celebrar a data, o Ministério da Educação está realizando o 1º Encontro Nacional do PDDE, que termina nesta quinta-feira, 27, na Academia de Tênis. O objetivo é potencializar as ações do programa e incentivar a troca de experiências de sucesso entre os participantes.

    No encontro de quarta, 26, a chefe da Seção de Avaliação, Controle e Acompanhamento das Caixas Escolares da Secretaria de Educação de Macapá, Roseana Marçal Valente, apresentou uma experiência inovadora da Escola Eunice Picanço, possível graças aos recursos recebidos do PDDE. O projeto se chama Sonorização do Ambiente Escolar e tem como tema a integração, a participação e o respeito.

    O projeto começou em 2004 e funciona nos três turnos. Durante todo o dia, os alunos podem utilizar os aparelhos de som e imagem da escola para apresentar músicas instrumentais, vídeos, DVDs sobre temas variados, como família, saúde, meio ambiente, boas maneiras, cultura local, drogas e violência. Mas esses instrumentos são também utilizados para a divulgação de avisos importantes, calendário escolar, programação de eventos e cumprimentos pelos aniversários.

    “O mais interessante é que, agora, todos os alunos querem ser locutores, o que provoca uma corrida aos microfones. Eles não perdem mais as aulas e acabamos até atraindo os pais ausentes para participar das atividades na escola”, conta Roseane. Segundo ela, o projeto ajudou a elevar a auto-estima das crianças e estimulou o interesse de muitos da comunidade a se oferecer como voluntários para as atividades culturais.

    Recursos – O PDDE repassa recursos para a aquisição de material permanente e de consumo, manutenção, conservação e pequenos reparos da unidade escolar; capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da educação; e implementação de projeto pedagógico e desenvolvimento de atividades educacionais. Para receber o dinheiro, as escolas com mais de 50 alunos devem criar uma unidade executora que funcione por meio de associações de pais e mestres, caixas ou conselhos escolares.

    Os recursos são repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Para 2005, o orçamento do programa é de R$ 330 milhões.

    Repórter: Lucy Cardoso

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Espírito Santo vai formar técnicos em ferrovias, em parceria com a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). O curso, inédito no Brasil, tem como proposta formar profissionais para construir, manter e operar a malha ferroviária brasileira. Terá duração de dois anos e oferecerá 120 vagas por semestre.

    O convênio, assinado na semana passada, prevê o repasse de R$ 6 milhões para a construção de uma nova unidade do centro, no município de Cariacica, que doou o terreno. Na cidade, será oferecido ainda o curso técnico de gestão hospitalar.

    De acordo com o diretor do Cefet-ES, Jadir José Pela, a parceria com a CVRD é um passo na integração da instituição com o setor produtivo. “As escolas de educação profissional precisam interagir com as empresas e a parceria com a Vale vai permitir a formação de técnicos numa área com carência de mão-de-obra”, afirmou.

    Investimento — O diretor de operações logísticas da CVRD, Eduardo Bartolomeo, acredita que o investimento em ferrovias reduzirá os custos com transporte no Brasil e também contribuirá para elevar as exportações.

    A unidade de Cariacica, com 11 mil metros quadrados, será construída na Rodovia Governador José Sete, em frente ao terminal de Itacibá. O terreno, no valor de R$ 3,7 milhões, está sendo desapropriado pela Prefeitura de Cariacica e será doado ao Cefet até fevereiro. O governo federal já liberou R$ 2,8 milhões para a construção dos prédios. (Assessoria de Imprensa do Cefet-ES)

  • Foto: Wanderley PessoaIncentivar o aluno na produção do conhecimento em sala de aula é um dos diferenciais das escolas com maior Indicador Efeito Escola (IEE), escolhidas pelo estudo Aprova Brasil, o Direito de Aprender. As experiências mostram que a gestão participativa, a presença dos pais na escola, o ensino diversificado, interdisciplinar e o empenho dos professores estimulam o aprendizado e colaboram para a criação de um espaço de formação plena.

    A matemática e o português são trabalhados de forma diferenciada no Centro de Ensino nº 3, no Guará II, cidade-satélite de Brasília. A escola, destaque no Prova Brasil 2005, estimula o raciocínio lógico e a criatividade dos alunos em laboratórios feitos especialmente para a prática das disciplinas.

    No laboratório de matemática, os alunos aprendem noções de medidas e geometria com a produção de maquetes de edifícios, torres, satélites e do sistema solar. O material didático não se restringe a livros e cadernos. Madeira, argila e isopor são utilizados na criação e produção de jogos matemáticos.

    Outro destaque são as aulas de xadrez e as oficinas de Sudoku, um jogo numérico recomendado por educadores como exercício para o pensamento lógico. As atividades do laboratório conferiram à escola uma medalha de ouro na olimpíada brasileira de matemática em 2005, na categoria ensino médio.

    O estudante da 6ª série do ensino fundamental, Edson Jonathan, foca o interesse da matemática nas aulas de xadrez e inúmeras possibilidades de uso da matemática. “O bom das aulas de matemática é que a professora ensina várias técnicas para fazer cálculos. Aprendi que não existe só uma forma de resolver os problemas”, afirma o estudante.

    Segundo a professora de matemática Cássia Neves, o objetivo do laboratório é desenvolver nos alunos habilidades múltiplas proporcionadas pela matemática. Nas aulas de xadrez, por exemplo, os estudantes conhecem a história do jogo, contextualizam e aprendem noções de ética, respeito, competitividade e raciocínio lógico.

    O importante, lembra a professora, é trabalhar a matemática de acordo com o foco de interesse dos alunos. “O interesse pela música e os estudos sobre Pitágoras levaram os alunos a descobrir que a música tem a ver com matemática. Inserimos, ainda, o teatro e a informática na apresentação dos trabalhos em classe. Assim, o aluno amplia os seus conhecimentos e os leva para a vivência cotidiana”, afirma Cássia.

    A leitura, a escrita e a expressão oral são aperfeiçoadas no laboratório de português. A cada semana os alunos lêem trechos de livros, elaboram sínteses e as apresentam oralmente para a turma. “A prática contribui principalmente para o incentivo à leitura, pois muitas crianças e adolescentes não gostam de ler”, afirma a professora de português Marli Matos.

    Integração − A integração entre professores, pais, alunos e funcionários da escola é definida pela gestão participativa, em que todos opinam sobre as decisões administrativas, pedagógicas e financeiras. A associação de pais, alunos e mestres desenvolve atividades financeiras e reverte os lucros para a manutenção da escola e a implantação de projetos extraclasse, como a radioescola.

    Durante os intervalos, os alunos apresentam programas informativos sobre saúde, esporte, lazer e temas variados. Os programas são produzidos e apresentados pelos alunos com o monitoramento dos professores de diversas disciplinas.

    “A iniciativa, assim como a execução de outros projetos da escola, tem caráter interdisciplinar com envolvimento e entrelaçamento de todas as disciplinas”, afirma a vice-diretora do centro de ensino, Cândida Vieira, que destaca o empenho dos professores como fator determinante para o bom resultado dos alunos na Prova Brasil.  

    Karla Nonato

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  • A Escola Estadual de Ipameri, de Ipameri (GO), conseguiu o primeiro lugar entre todas as escolas públicas daquele estado e também entre as da região Centro-Oeste na prova de matemática da 4a série do ensino fundamental da Prova Brasil. Os estudantes da Escola Estadual de Ipameri tiraram 245,4 pontos em matemática, o que significa 36,9 pontos a mais do que a média nacional dos alunos de quarta série das escolas estaduais, nessa disciplina e série, que ficou em 182,3 pontos.

    Entre as escolas municipais do País, a média de matemática na quarta-série ficou em 178,7. Na região Centro-Oeste, os alunos desta série tiraram 186,3 em matemática (escolas estaduais) e 179,3 (escolas municipais), ou seja uma média geral de 182,7. No Brasil, a média geral de matemática da quarta série ficou em 180 pontos (escolas municipais e estaduais), pontuação que cai para 169,8 na região Norte e 166,4 na região Nordeste.

    Os alunos da quarta série de todas as escolas públicas da região Sul tiraram a média mais elevada por região do País: 188,5, seguida da região Sudeste, 185,5 pontos. Tiveram destaque nessa prova e série as seguintes escolas da região Centro-Oeste: Escola-Classe 106 Norte, primeiro lugar no Distrito Federal e 66o lugar ao nível nacional; Estadual Pólo Professora Regina Lùcia Nunes, de Campo Grande, 224,4 pontos, primeiro lugar em Mato Grosso do Sul e 262o lugar no Brasil; e  Estadual Getúlio Dornelles Vargas, em Primavera do Leste, 213,9 pontos, primeiro lugar em Mato Grosso e 980 lugar a nível nacional.

    Na prova de Português da quarta série, as melhores notas por estado na região Centro-Oeste ficaram com a Escola-Classe 316 Norte do Distrito Federal, 231,4 pontos; Escola Municipal Geraldo Castelo, Campo Grande (MS), 225,3; Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada a Educação, Goiânia (GO), 223,2 pontos; e Estadual 13 de Maio, de Porto Alegre do Norte (MT), 211 pontos.

    Ainda na região Centro-Oeste, três escolas conseguiram os primeiros lugares em língua portuguesa e matemática da oitava série, nos seus respectivos estados. São elas: Escola Estadual São José, de Campo Grande (MS), 273,4 em língua portuguesa e 308,8 em matemática; Centro de Ensino e Pesquisa (Cepae), de Goiânia (GO), 282,4 nas duas disciplinas; e Colégio Militar de Brasília (DF), 316,1 nas duas disciplinas. Em Mato Grosso, alunos da oitava série da Escola Municipal Ministro Marcos Freire, de Cuiabá, tiraram 254,4 pontos, a maior nota desta série e disciplina no estado: e  os estudantes da Escola Municipal Professora Ivete Lourdes Arenhard, de Sorriso, ficaram com 277,3 em matemática.

    Distrito Federal - No ranking nacional da Prova Brasil, as melhores notas estão com os 39.613 alunos de 335 escolas do Distrito Federal. Eles fizeram a melhor pontuação, 190,4 em língua portuguesa; e 198,8, em matemática, relativos à quarta série do ensino fundamental.

    Já os de oitava série da rede pública do DF conseguiram 232,1 pontos em língua portuguesa; e 248,7 em matemática. Em ambas as provas e nas duas séries (quarta e oitava), os alunos brasilienses também fizeram pontuação melhor do que suas notas no Saeb de 2003.

    Um total de 261.669 alunos de quarta e oitava séries de 3.313 escolas de 460 municípios da região Centro-Oeste participaram da Prova Brasil. Foram 39.805 estudantes de 336 escolas públicas do Distrito Federal; 111.519 alunos de 1.620 escolas de Goiás; 61.007 alunos de 761 escolas de Mato Grosso; e 49.338 estudantes de 596 escolas de Mato Grosso do Sul.

    Objetivos - A Prova Brasil avaliou o conhecimento de língua portuguesa (com foco em leitura) e matemática (com foco em solução de problemas) de 3.306.317 estudantes de 4a e 8a séries do ensino básico da rede pública do Pais. As provas foram aplicadas em cerca de 160 mil turmas de 41 mil escolas urbanas, em 5.398 municípios, em novembro de 2005. Realizada pelo Inep/MEC, com a participação das secretarias estaduais e municipais de Educação, a Prova Brasil indica os resultados por escola e dá subsídios para maior pressão pelo ensino de qualidade, para mobilização e comparações de escola por escola, município por município, e níveis estaduais e nacional

    Mais informações na página eletrônica do Inep.

    Repórter: Susan Faria

     

  • Todos os professores participam da definição do projeto político-pedagógico da escola. Foto: João BittarTodo mês de fevereiro, o diretor Elielton Riguetti, do Ciep 279 Professora Guiomar Gonçalves Neves, em Trajano de Moraes (RJ), reúne todos os seus professores, do ensino fundamental e médio, em volta da grande mesa da sala dos docentes. Nenhum fica de fora. Durante uma semana, antes que as aulas comecem, eles têm a tarefa de rever e adequar todo o projeto político-pedagógico – ou, a espinha dorsal da escola, como diz o diretor.

    “A espinha dorsal do corpo humano tem a função de dar sustento ao tronco, mas também, precisa ser flexível para que o corpo passa se movimentar. Assim é o nosso projeto político-pedagógico”, compara Riguetti. Segundo o diretor, esse é um dos fatores que levaram a escola a se destacar na Prova Brasil de 2005 e alcançar um índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) exemplar: 8,5 – o maior entre as escolas públicas brasileiras. “Trabalho coletivo, comprometimento, seriedade e, claro, amor pela profissão são palavras de ordem”, aponta.

    Na chamada Semana de Integração e Planejamento, os professores, a coordenadora e o diretor estudam toda a proposta pedagógica para o ano. Reforçam conceitos, relembram a filosofia da escola, estabelecem diretrizes sobre avaliações e atribuições de cada funcionário da escola. Assim, pouco a pouco, reconstroem o projeto político-pedagógico do Ciep 279. “Fazemos mudanças necessárias, propostas pela própria equipe e até por pais de alunos”, afirma Riguetti. Para ele, toda sugestão é bem-vinda. “São pequenos passos que levam a grandes resultados”, avalia. E, a cada ano, o processo se repete.

    Reuniões de pais a cada dois meses, reuniões pedagógicas mensais e conselhos de classe semanais ocorrem durante todo o ano letivo e facilitam o trabalho quando chega a época da Semana de Integração e Planejamento. São nesses encontros que a equipe docente consegue sugestões para a melhoria do ensino. “Muitas vezes, nem precisamos esperar chegar fevereiro para fazer mudanças. Discutimos a viabilidade e já implantamos imediatamente”, relata o diretor. Por isso, Riguetti avalia que o processo de reconstrução do projeto político-pedagógico é constante. “Nosso objetivo é pensar no melhor para o aluno”.

    Vanessa Amaral tem sete anos de idade e está terminando o primeiro ano do ensino fundamental – que, no Ciep 279, já é de nove anos. Ela já aprendeu a ler e escrever. Durante todo o ano, ela visitou a sala de leitura da escola pelo menos duas vezes por semana, junto com seus colegas de turma. Lá, ouviu histórias contadas pela professora, viu pequenas peças de teatro que ensinavam sobre as palavras e descobriu o mundo dos livros. Assim como Vanessa, todos os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental visitam a sala de leitura duas horas por semana. O que muitos deles não imaginam é que todo o trabalho realizado pelos professores é fruto de várias horas de elaboração. “O que mais gosto aqui na escola é da hora de ler e escrever. E do dever de casa”, diz a pequena menina.

    Todos os professores do Ciep 279 são concursados e a maioria começou a trabalhar na escola na época da inauguração, em 1994. Os que lecionam nas séries iniciais do ensino fundamental trabalham 40 horas semanais. Cumprem 30 horas em sala de aula e duas de planejamento todos os dias. A maioria tem nível superior; os que não têm, já estão cursando Pedagogia. Já todos os professores das séries finais e do ensino médios são graduados e alguns tem pós-graduação. A média salarial é de R$ 862, fora gratificações.

    Envolver todos os professores na discussão e elaboração do projeto político-pedagógico, respeitadas as especificidades de cada escola, é uma das diretrizes do Compromisso Todos pela Educação, que norteia o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). No Ciep 279, em Trajano de Moraes, essa diretriz já é uma realidade.

    Letícia Tancredi

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  • Palmas -Uma festa popular marcou a inauguração da Escola Municipal de Tempo Integral Padre Josimo Tavares, nesta quarta-feira, 3, em Palmas. A escola, a primeira da cidade com funcionamento em tempo integral, atenderá 4,5 mil alunos em uma área de mais de oito mil metros quadrados.

    Crianças, pais e professores foram conhecer de perto um dos avanços na educação da região e lotaram a praça em frente ao prédio. “Mais do que uma escola municipal, ela deve ser pública, ou seja, da comunidade”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, na cerimônia de inauguração. O ministro ressaltou, ainda, a importância do atual momento da educação, no qual são firmadas parcerias entre União, estados e municípios. “Estamos somando esforços de todos os gestores em educação para corrigir as distorções na qualidade do ensino”, disse.

    Haddad e uma comitiva formada pelo governador do Tocantins, Marcelo Miranda, o prefeito de Palmas, Raul Filho, a secretária de educação básica do  MEC, Maria do Pilar Lacerda, e dezenas de crianças visitaram todas as dependências da nova escola. Em cada uma das 20 salas de aula, nos cinco laboratórios, na biblioteca, no auditório e no complexo esportivo, uma surpresa. Alunos apresentavam danças como balé e hip hop, recitavam poemas, disputavam jogos de futebol e lutavam capoeira.

    A partir deste mês, a escola vai oferecer opções de lazer, cultura e esporte à comunidade. No turno oposto ao das aulas, os estudantes terão a oportunidade de cursar aulas de informática, literatura e línguas estrangeiras.

    Marinalva Santos e a amiga Marilza Ferreira levaram os filhos à festa de inauguração. Depois de conhecer as instalações, elas ganharam confiança para matriculá-los. “Essa escola vai ser muito boa para a região porque vai manter as crianças seguras, ocupadas e vai facilitar a vida dos pais e mães que trabalham fora”, disse Marilza. 
     

    Letícia Tancredi

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  • As inscrições para o processo seletivo da Escola Agrotécnica Federal de Ceres (EAFCe-GO) estão abertas até o próximo dia 26. As ofertas são para o segundo semestre deste ano. São 60 vagas: 30 para o curso técnico em agroindústria integrado ao ensino médio na modalidade Proeja, 15 para o curso técnico em zootecnia e 15 vagas para o curso técnico em agricultura, ambos na modalidade subseqüente.

    Na modalidade Proeja podem se inscrever candidatos com idade mínima de 18 anos, que tenham concluído o ensino fundamental e que estejam afastados do ensino regular há, pelo menos, dois anos até a data da matrícula. Na modalidade subseqüente poderão se inscrever candidatos que já tenham concluído o ensino médio até a data da matrícula.

    O valor da inscrição é R$ 10,00. Os candidatos podem se inscrever na EAFCe ou pela página eletrônica. A seleção será feita por meio de entrevistas realizadas no próximo dia 27 de junho, das 8h às 11h. Mais informações pelo telefone (62) 3307-7100. (Assessoria de Imprensa da Setec)

  • Nas rodas de conversa as crianças debatem os livros lidos durante a semana (Foto: João Bittar)Rio Branco -As crianças da primeira série A da Escola Estadual Maria Raimunda Balbino, na periferia de Rio Branco, podem conversar à vontade em um determinado momento do dia. Quando voltam agitadas do recreio, é hora de sentar em círculo para a roda de conversa. A professora Eliane Gurgel sugere um assunto, e as crianças, de seis a sete anos, vão longe na conversa.

    Em 24 de setembro, uma segunda-feira, o dia estava nublado e uma espessa fumaça escondia o céu — é hábito dos moradores de Rio Branco limpar o quintal e queimar o resto das folhas. Esse era o assunto que Eliane discutia com os alunos. “Falem para o papai de vocês que o tempo fica muito feio quando todos queimam as folhas do quintal”, dizia.

    Os alunos, atentos, relatavam boas práticas capazes de substituir o velho hábito. Tainara Santiago da Silva, sete anos, sabia na ponta da língua uma solução para o problema: “É só juntar as folhas e colocar no pé das árvores. Assim, elas servem de adubo”.

    Aulas descontraídas garantem o melhor resultado nas avaliações de leitura no AcreUma vez por semana, as crianças vão à biblioteca. Lá, elas se deitam entre almofadas e escolhem um livro ou história em quadrinhos de sua preferência. Tainara lia João e o Pé de Feijão. “Eu estou gostando, mas o menino maluquinho é bem melhor”, garantiu. Íris Lorrane, seis anos, estava lendo A Bela e a Fera. “Esse livro aqui é muito legal. Vou pedir a minha mãe que compre pra mim”, disse. Na sexta-feira, as leituras feitas em sala de aula e na biblioteca são discutidas na roda de leitura.

    O resultado do trabalho descontraído, feito na alfabetização das crianças, foi medido pelo índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). Os alunos da Escola Estadual Maria Raimunda Balbino obtiveram o melhor desempenho no Acre.

    No plano de aula da primeira série, há momentos reservados à leitura compartilhada, à oração e a atividades de escrita, entre outros. Para Tainara,  o bom desempenho da escola é muito simples de explicar: “É muito legal estudar aqui”.

    Ana Guimarães

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  • A Escola Agrotécnica Federal (EAF) de São Raimundo das Mangabeiras, Maranhão, já tem diretor. O professor Carlos Antônio Barbosa Firmino tomou posse nesta quinta-feira, 14, em Brasília. A EAF integra a primeira fase da expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica. O processo de implantação da unidade é coordenado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Maranhão. Localizado no sul do estado, o município de São Raimundo das Mangabeiras tem 15.164 habitantes, segundo estimativas de 2004 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de analfabetismo da população maior de 15 anos é de 27,35%.

    Firmino é professor da EAF de Uberlândia, Minas Gerais, onde ministra aulas de física, no ensino médio, e de gestão, planejamento e projeto, no curso superior de tecnologia de alimentos. Doutorando em educação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sua tese tratará da história da instituição escolar. Até o fim de sua gestão, o diretor pretende adotar um projeto pedagógico inovador e abrir cursos direcionados à agropecuária, agroindústria, agricultura familiar e meio ambiente. Ele afirma que a região necessita de qualificação profissional e que a nova escola vai ajudar jovens e adultos da comunidade a participar da formação de um novo pólo de desenvolvimento no estado.

    No próximo dia 19, em audiência pública, será definida a doação, pelo estado, da área para construção da sede da escola. Depois dessa fase, virá a de definição da planta arquitetônica e de contratação de pessoal docente e administrativo. As aulas devem ser iniciadas em 2009.

    Expansão — A educação profissional e tecnológica brasileira passa pela maior expansão de sua história. De 1909 a 2002, foram construídas 140 escolas técnicas no país. Nos últimos cinco anos, o Ministério da Educação já entregou à população 39 novas unidades das 64 previstas na primeira fase do plano de expansão da rede. As 25 restantes, da qual a EAF de São Raimundo das Mangabeiras faz parte, serão entregues nos próximos meses.

    O MEC já deu início aos processos de implantação de mais 150 escolas, integrantes da segunda fase, com investimento de R$ 750 milhões. As novas unidades cobrem todas as regiões do país. A meta é chegar a 2010 com 354 escolas técnicas e 500 mil vagas.

    Rodrigo Farhat

  • A Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Sertão, Rio Grande do Sul, comemora 50 anos de atividades em julho. Para marcar as celebrações estão programadas diversas atividades este mês. Nesta quinta-feira, dia 12, será realizada a reunião do Núcleo de Apoio aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais. A instituição acredita que universalizar a educação profissional e tecnológica é dar visibilidade social aos alunos com necessidades educacionais especiais.

    O encontro é coordenado pelos gestores do programa Educação, Tecnologia e Profissionalização para Pessoas com Necessidades Especiais (TecNep), da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC). O público-alvo são as instituições federais de ensino do Rio Grande do Sul.

    Na sexta-feira, dia 13, a escola será sede da 4ª Olimpíada Regional das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). Os municípios de Aratiba, Barão de Cotegipe, Erechim, Gaurama, Getúlio Vargas, Mariano Moro, Sananduva e Sertão participarão dos jogos. Serão disputadas diversas modalidades de atletismo (caminhada com dificuldade, corrida de cadeirantes, revezamento, arremesso de dardo e saltos), além de futsal e handebol. Cerca de 280 alunos, das mais diversas idades, participarão dos jogos.

    Mais informações pelos telefones (54) 3345-1341 e 3345-1342, ramal 207, ou no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Sophia Gebrim

  • Começou ontem, 20, e segue até o próximo sábado, 23, na cidade de Ceres (GO), o encontro Cerrado Urgente – 1º Fórum de Responsabilidade Ambiental do Vale de São Patrício. O evento, promovido pela Escola Agrotécnica Federal de Ceres (EAF-Ceres) com o apoio do Ibama de Ceres e da prefeitura do município, reúne especialistas, técnicos e alunos envolvidos na área ambiental.

    Conferências, palestras, minicursos, oficinas, projeção de documentários ambientais, exposições fotográficas são os destaques do encontro, que pretende discutir a responsabilidade ambiental na região. Além disso, está prevista para acontecer oficialmente a reativação da ONG Tarumã e uma mesa-redonda, onde será debatido o tema As usinas sucroalcooleiras versus responsabilidade socioambiental no Vale de São Patrício.

    Mais informações sobre o evento e a programação completa estão disponíveis na página eletrônica da EAF-Ceres. (Assessoria de Imprensa da Setec)

  • A Escola Estadual de Educação Profissional Doutor Solon Tavares, inaugurada nesta segunda-feira, 25, em Guaíba (RS) é considerada modelo em tecnologia da informação no Rio Grande do Sul. Com 12 salas de aula, oito laboratórios – robótica, autocad, instrumentação eletrônica, redes de computadores, informática e ciências básicas –, além dos ambientes administrativos, a nova instituição tem capacidade para atender 1.200 alunos interessados em realizar cursos pós-médio de informática, redes de computadores e gestão comercial. Participaram do evento o ministro da Educação Tarso Genro, o secretário estadual de Educação, José Fortunati, e autoridades municipais.

    De acordo com Fortunati, a inauguração da escola de educação profissional é a concretização do sucesso da parceria de quase três anos firmada entre a secretaria estadual e o MEC. "Temos certeza de que esta instituição de ensino marca um novo tempo não só para Guaíba, mas também para o estado do Rio Grande do Sul e para o país. Isso só foi possível com o empenho do município, estado e União", disse.

    O ministro Tarso Genro celebrou a parceria como um exemplo de respeito entre os entes federados a ser seguido em todo o país. O ministro anunciou que no próximo dia 29 assina, em Brasília, quatro convênios do Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep), sendo que dois deles beneficiarão escolas estaduais localizadas em Bagé e Santa Rosa e os outros, escolas comunitárias do Rio Grande do Sul.

    A obra de construção e reforma do antigo pavilhão do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer), que deu origem à nova escola, foi concretizada mediante convênio entre o governo gaúcho e o MEC. Por meio do Proep, o ministério investiu R$ 2 milhões na escola. Desse total, R$ 838 mil foram utilizados na infra-estrutura física e R$ 891 mil, na compra de equipamentos e material de ensino. Os outros R$ 289,8 mil estão sendo gastos em serviços de consultoria. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • Na Escola Municipal Celestino Pimentel, localizada na Zona Oeste de Natal, além dos recursos de acessibilidade física, funciona uma sala de recursos multifuncionais. Com dois computadores, DVDs e material didático-pedagógico, a sala é freqüentada por cerca de 30 alunos com deficiência que estudam em outras cinco escolas da região. A diretora Carolina Cândido Amaral diz que os alunos com deficiência se sentem valorizados com as reformas e recursos que a escola lhes oferece.

    Na Zona Oeste, a Escola Municipal Berilo Wanderley, também beneficiada com adaptações para Em Natal, estudantes com deficiência fazem trabalhos escolares em computador com programa adaptado às suas necessidades. (Foto: Rodrigo Sena)permitir a acessibilidade física dos alunos com deficiência, atende dois alunos com deficiência: um com baixa visão e outro com deficiência auditiva. A diretora Maria Jesus de Lima não esconde a tristeza ao narrar a história do aluno Alef Gregório, que, segundo ela, foi quem mais se beneficiou com as melhorias realizadas na escola. Mas em março deste ano, a família dele se mudou da cidade. “Após as adaptações, Alef criou uma vontade de estudar e viveu aqui um ano de felicidade”, comenta.

    Alef usa cadeira de rodas e foi matriculado na Berilo Wanderley aos cinco anos e ali estudou por quatro anos. Os primeiros três anos da vida escolar dele não foram fáceis. Até para entrar na escola, Alef enfrentou barreiras físicas. “Para entrar, o porteiro o carregava no colo porque a cadeira não passava na porta”, conta Maria Jesus. Com o tempo, o estudante cresceu e ganhou peso e ficou mais difícil ainda carregá-lo de um lado para o outro. A porta do banheiro era tão estreita que Alef nunca podia usá-lo. Por isso, durante três anos, ele foi obrigado a ir para a escola de fralda.

    Maria Jesus trabalha na escola há 18 anos e foi a primeira vez que ela viu o prédio e o entorno da escola serem adaptados para a acessibilidade dos alunos com necessidades educacionais especiais.

    Maria Pereira Filha

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  • A Escola Uapinopona Tuyuka, na região do Alto Rio Tiquié, no Amazonas, iniciou sua primeira turma de ensino médio. A escola pretende fortalecer a atuação dos jovens em suas comunidades por meio de uma formação que valorize a cultura tradicional, o aprendizado pela pesquisa e o preparo para o trabalho dentro da própria terra indígena, como o manejo agroflorestal e artesanato.

    “A experiência é uma das melhores em curso no Brasil. É uma referência obrigatória na construção de currículos, revitalização da língua materna indígena e produção de materiais para uso nas salas de aula”, disse Kleber Gesteira, coordenador da Educação Escolar Indígena, do Ministério da Educação. Segundo ele, a comunidade Tuyuka foi beneficiada com o programa de Formação de Professores desenvolvido pelo MEC. Todo o material didático produzido pelos professores foi financiado pelo ministério.

    Após a formatura de 20 estudantes de ensino fundamental, em maio passado, a escola abriu sua primeira turma de ensino médio. A principal motivação para o início das atividades do ensino médio é completar a formação dos jovens tuyuka, dentro da proposta de ensino-pesquisa e valorização cultural nas comunidades do Alto Tiquié. O início dessa nova etapa faz parte do projeto do povo tuyuka de formar seus jovens para que eles possam permanecer em suas comunidades e, nelas, desenvolver suas atividades.

    Reconhecimento – A nova turma é composta por 23 jovens de seis comunidades tuyuka, quatro no Brasil e duas na Colômbia. A maioria dos alunos foi formada na própria Escola Tuyuka, mas há novos alunos que concluíram seu ensino fundamental no colégio de Pari-Cachoeira, comunidade próxima às tuyuka, na mesma terra indígena Alto Rio Negro.

    O processo de reconhecimento do ensino médio na Escola Tuyuka por parte da Secretaria de Educação do Estado do Amazonas já está em andamento, e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação Diferenciada de São Gabriel da Cachoeira (AM). (com informações da Assessoria de Imprensa do Instituto Sócio- ambiental)

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Secretários municipais de educação das 106 maiores cidades do País estão reunidos nesta sexta-feira, 3, em Brasília, para conhecer experiências bem-sucedidas de educação em tempo integral. O encontro, promovido pelo Ministério da Educação, tem o objetivo de apresentar aos dirigentes a metodologia de ensino em dois turnos, a qual integra as ações previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

    De acordo com o secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do MEC, André Lázaro, o desafio é ampliar o tempo e o espaço educativos para garantir a aprendizagem dos alunos. “Nesse processo, as atividades do contraturno devem dialogar com o projeto pedagógico da escola”, defende. Para ele, a mobilização proposta pelo PDE prevê que a formação do estudante seja feita, além da escola, com a participação da família e da comunidade.

    O secretário-executivo do MEC, Henrique Paim, analisou a amplitude do PDE. Para ele, a proposta abrange desde a educação infantil até a pós-graduação. “O PDE tem cerca de 30 ações, que se subdividem em mais de 72 atividades. É preciso atacar vários problemas para melhorar a qualidade da educação básica”, avalia.

    Segundo a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Maria de Salete Silva, o desafio proposto pelo ministério vai ao encontro de preceitos defendidos pelo Unicef para garantir a educação individualizada a toda criança. “Podemos orientar esse trabalho mostrando as possibilidades de formação dos atores envolvidos no ensino integral, como gestores, empresários e organizações não-governamentais”, diz.

    Estudo — Nesse processo, o Unicef vai iniciar uma pesquisa, em conjunto com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), para conhecer as atividades desenvolvidas em 40 municípios com alto índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb), apesar da elevada vulnerabilidade social.

    Flavia Nery

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  • São Luís — A professora Ilmara Soares põe na mesa da sala de aula algumas frutas típicas da região, como carambola e coco-babaçu. Então, pergunta ao aluno Wesley Sá quanto é oito menos cinco. Depois de pensar um pouco, o garoto começa a mover as frutas enfileiradas, fazendo, na prática, a subtração proposta pela professora.

    É assim, contextualizando o conhecimento com a própria realidade da região, que Wesley e seus colegas da segunda série do ensino fundamental da Escola Municipal Maria Paiva Abreu, em Pinheiro, Maranhão, aprendem matemática e outras disciplinas. Situado na área de campos alagados, na Baixada Maranhense, o município de Pinheiro tem 75 mil habitantes e depende da agricultura, da pesca e do comércio. “Procuramos atrelar o conteúdo das aulas ao que os alunos vivem no cotidiano”, explicou o coordenador pedagógico, Hieráclio Costa.

    Os estudantes da quarta série obtiveram notas superiores à média nacional na Prova Brasil, realizada em 2005. Em matemática, a escola ficou com nota 210,53 e em português, 191,97. As médias nacionais foram de 172,9 em português e de 180 em matemática.

    Com projetos que incentivam a leitura e a produção de textos, como o Ler e Escrever, para a primeira e a segunda séries, e o Ler e Produzir, para a terceira e a quarta, a escola mantém o foco na alfabetização. Os projetos contam com a parceria da secretaria de Educação do município. “De forma geral, as escolas públicas passaram a se preocupar muito com a socialização das crianças que chegam e deixaram um pouco de lado o papel principal, que é o da alfabetização. Agora, estamos resgatando essa função primordial, sem deixar de lado a socialização”, afirmou o secretário municipal de educação, Fernando Mitoso.

    Nas aulas de história, as crianças da terceira série jogam capoeira para aprender sobre a influência da cultura negra e africana no estado e em todo o Brasil. Em geografia, os alunos da quarta série têm aulas sobre pontos cardeais com material preparado por eles mesmos, como a bússola de isopor.

    Gestão democrática — Fundada há 19 anos, a escola, antes estadual, passou a ser municipal em 2004. Hoje, são 180 alunos matriculados no ensino fundamental e 50 na educação de jovens e adultos. Todas as oito professoras são graduadas e recebem, em média, R$ 800,00. “Aqui, trabalhamos com uma gestão democrática. A comunidade tem acesso a todas as informações sobre a escola, inclusive sobre repasses e gastos”, disse a diretora, Joanira Souza. “Queremos que as familias dos alunos também compartilhem e sejam responsáveis e parceiras.”

    Letícia Tancredi

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