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  • Secretarias estaduais e municipais de educação das cinco regiões do país estimam cadastrar este ano 1,5 milhão de jovens e adultos em cursos de alfabetização. É isso que 25 estados, o Distrito Federal e 956 municípios informaram ao Ministério da Educação, ao concluir nesta semana o processo de adesão ao programa Brasil Alfabetizado. Apenas o estado de São Paulo não aderiu.

    De acordo com Mauro Silva, diretor de políticas de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), a maioria dos parceiros inscritos nesta edição é das regiões Nordeste e Norte, onde os índices ainda são altos. Os passos seguintes à adesão são a formação de turmas, o treinamento final dos alfabetizadores e o início das aulas.

    No programa Brasil Alfabetizado, que neste ano completa dez anos, os cursos de alfabetização têm duração de seis ou oito meses e devem ser ministrados em localidades próximas das moradias dos estudantes e em horários compatíveis com as demais atividades dos matriculados. Para que o aprendizado seja mais efetivo, são obrigatórias, no mínimo, dez horas de aula semanais.

    Mauro Silva recomenda às secretarias de educação que tenham atenção especial na seleção de alfabetizadores, que é um item considerado importante no sucesso da alfabetização. As regras do programa preveem que a seleção seja por chamada pública, com prioridade para professores das redes públicas com, no mínimo, nível médio; estudantes de licenciaturas com experiência em alfabetização; educador popular com formação de nível médio.

    A bolsa mensal para o alfabetizador com uma turma é de R$ 400,00; para atender duas turmas, R$ 600,00; intérprete da língua brasileira de sinais, R$ 600,00; alfabetizador de unidade prisional a bolsa é de R$ 500,00 para uma turma e de R$ 750,00 para duas turmas. Para o coordenador de turma, a bolsa mensal é de R$ 600,00 e a formação mínima exigida é nível superior, além de experiência em educação de jovens e adultos.

    Público– O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, mostra que, da população com 15 anos ou mais, 13,9 milhões são considerados analfabetos. Quando o IBGE mostra a estatística por sexo, os homens aparecem com 9,9% do índice e as mulheres com 9,3%. Na divisão territorial, o instituto aponta que a área rural é responsável por 23,18% da população analfabeta do país; a área urbana, por 7,28%.

    Na divisão por faixa etária, os jovens também estão presentes nos índices: de 25 a 29 anos, eles são 4% e de 15 a 17 anos, 2,2%. Confira a tabela com todas as faixas etárias.

    Idade

    Porcentagem

    60 anos ou mais

    26,5%

    50 a 59 anos

    13,8%

    40 a 49 anos

    9,9%

    30 a 39 anos

    6,6%

    25 a 29 anos

    4,0%

    18 a 24 anos

    2,6%

    15 a 17 anos

    2,2%



    Entre as unidades da Federação, o IBGE registra os maiores índices de analfabetismo na região Nordeste, onde se destacam Alagoas com 24,32%, Piauí (22,93%), Paraíba (21,91%) e Maranhão (20,88%). Os menores índices estão no Distrito Federal (3,47%), Santa Catarina (4,15%), Rio de Janeiro (4,30%) e São Paulo (4,34%).

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o programa Brasil Alfabetizado.
  • Dos 60.010 jovens e adultos do programa Brasil Alfabetizado de 212 municípios do Piauí, que passaram por consulta oftalmológica entre maio e setembro de 2009, 45.895 tiveram indicação de uso de óculos e, destes, a 9.895 foram prescritas cirurgias corretivas. A meta do estado em 2010 é avaliar 106.950 alunos do programa. O Piauí tem 224 municípios, divididos em 21 polos regionais de ensino.

    O direito a consulta e a óculos gratuitos estão previstos no programa Olhar Brasil, que é uma ação conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde, desenvolvida com estados e municípios parceiros do programa Brasil Alfabetizado. A experiência do Piauí, que é pioneiro na execução do Olhar Brasil em turmas de alfabetização de jovens e adultos, será apresentada aos gestores do programa dos demais estados da região Nordeste na próxima quarta-feira, 14, em Fortaleza.

    Para cumprir a meta do Olhar Brasil em 2009, as secretarias de educação e saúde do estado montaram uma estrutura física e levaram médicos oftalmologistas aos 212 municípios com turmas de alfabetização de jovens e adultos, informou Conceição Andrade, diretora da unidade de educação de jovens e adultos da secretaria estadual de educação do Piauí.

    A estrutura, segundo Conceição, foi fundamental para o sucesso do Olha Brasil no estado. O modelo-padrão de atendimento em cada município tinha quatro salas: em uma para fazer o cartão do Serviço Único de Saúde (SUS) daqueles que não possuíam o documento; em outra, as consultas médicas; na terceira, a dilatação de pupilas dos adultos com mais de 35 anos; e na última foi montada uma pequena ótica para a escolha do modelo de óculos.

    Os alunos que tiveram diagnóstico de cirurgia de catarata, glaucoma ou pterígio (pequena membrana avermelhada na superfície do olho), as doenças de visão predominantes nos exames, serão atendidos este ano. Para isso, o governo estadual fez um projeto e destinou recursos para custear os exames pré-operatórios e as cirurgias que serão feitas em clínicas qualificadas, informou a diretora. Esse será o relato que Conceição Andrade fará em Fortaleza no dia 14 próximo aos gestores dos outros oito estados da região Nordeste.

    A coordenadora geral de formação e leitura da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, Carmen Gatto, considera que a avaliação oftamológica é muito importante para o bom desempenho escolar de jovens e adultos do programa Brasil Alfabetizado. Entre os adultos com mais de 40 anos, a indicação de uso de óculos para leitura é muito frequente, lembra ela. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007 sobre o analfabetismo no país mostra que as taxas mais altas estão nas faixas etárias de 45 a 54 anos (11,7% de analfabetos) e de 55 a 64 anos (19,5%), conforme tabela.

    Responsabilidades – Na execução do Olhar Brasil, o Ministério da Saúde repassa recursos para os estados para pagar as consultas e os óculos; o Ministério da Educação transfere verbas para custear o deslocamento dos médicos e para o transporte e alimentação dos alunos nos dias de consulta. Em 2010, o Olhar Brasil é uma ação emergencial do governo federal nas regiões Nordeste e Amazônia Legal (que compreende todos os estados da região Norte mais Mato Grosso).

    A reunião em Fortaleza servirá para que os ministérios da Educação e da Saúde saibam como anda a avaliação oftalmológica dos jovens e adultos matriculados no programa Brasil Alfabetizado e se as metas estão sendo cumpridas, e ainda esclarecer dúvidas.

    Ionice Lorenzoni

  • O analfabetismo de jovens e adultos vem sendo reduzido no Brasil — passou de 11,5% em 2004 para 8,7% em 2012, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). Essa redução é ainda mais intensa no Norte e Nordeste, onde estão localizados os maiores índices de analfabetismo do país. Na faixa de 15 a 19 anos, a Pnad de 2012 registra taxa de analfabetismo de 1,2%, muito inferior à média geral, o que demonstra a efetividade das políticas em curso para a educação básica.

    Ao longo da última década, o Ministério da Educação construiu uma política sistêmica de enfrentamento do analfabetismo. O programa Brasil Alfabetizado é uma ação do governo federal desenvolvida em colaboração com estados, Distrito Federal e municípios. O programa garante recursos suplementares para a formação dos alfabetizadores; aquisição e produção de material pedagógico; alimentação escolar e transporte dos alfabetizandos. Prevê, ainda, bolsas para alfabetizadores e coordenadores voluntários do programa.

    Entre 2008 e 2012, 6,7 milhões de jovens e adultos foram beneficiados pelo Brasil Alfabetizado, o que representou investimento de R$ 1,4 bilhão.

    É importante destacar que, para uma ação efetiva, a alfabetização deve estar integrada a uma política de educação de jovens e adultos, para que os estudantes deem continuidade a seu processo educacional.

    A inclusão da educação de jovens e adultos no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) foi um passo importante nesse sentido. Além disso, foi ampliado o financiamento para abertura de novas turmas de educação de jovens e adultos, com foco nas populações do campo, quilombolas, indígenas, egressos do Brasil Alfabetizado e pessoas em privação de liberdade.

    Variações— Na análise dos dados da Pnad deve-se considerar a dificuldade de identificar variações significativas no intervalo de um ano para outro, consideradas a metodologia usada e a natureza do fenômeno medido. Nesse caso, a análise da série temporal apresenta uma visão mais adequada do fenômeno em questão.

    O Ministério da Educação monitora com atenção os dados de evolução do analfabetismo no país e dará continuidade aos esforços no sentido de romper com o ciclo de produção do analfabetismo.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Entre os estados que têm maior número de municípios prioritários - aqueles que tiveram Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) abaixo da média nacional de 3,8 pontos em 2005 e 4,2 em 2007 -, Piauí, Pernambuco, Ceará e Amazonas se destacam na forma de conduzir o programa Brasil Alfabetizado.

    No Piauí, dos cerca de 100 mil jovens e adultos que ingressaram no programa em 2008 e 2009, aproximadamente 90 mil passaram por consulta oftalmológica e, destes, 60 mil devem receber óculos do projeto Olhar Brasil, em 2010. Mesmo sem um levantamento estatístico nacional, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação considera que os problemas de baixa visão estão entre os entraves da alfabetização de adultos.

    O Olhar Brasil é um projeto emergencial desenvolvido pelos ministérios da Educação e da Saúde de avaliação oftalmológica de alunos do Brasil Alfabetizado das regiões Nordeste e da Amazônia Legal (os sete estados da região Norte e Mato Grosso).

    Em Pernambuco, os destaques são a ampliação do tempo de alfabetização e a iniciação profissional. Mauro Silva explica que a secretaria de educação do estado trabalha na alfabetização durante oito meses e nos dois meses seguintes jovens e adultos recebem iniciação profissional e reforço na escrita e na leitura. Os resultados indicam maior motivação e melhor aprendizado.

    O desenho do Brasil Alfabetizado no Ceará se diferencia pela divisão de tarefas. A secretaria estadual de educação é responsável por alfabetizar jovens e adultos dos movimentos sociais da cidade e do campo e as comunidades pesqueiras distribuídos pelo estado. Cabe aos municípios alfabetizar os demais.

    No Amazonas, a gerência do programa é o ponto importante. Segundo Mauro Silva, a secretaria de educação fez parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) para administrar etapas do Brasil Alfabetizado.  Além de criar o calendário das aulas, segundo as exigências geográficas do estado, também cabe à universidade acompanhar o andamento da alfabetização, a formação continuada dos professores e a avaliação dos adultos. A boa gerência, diz Silva, valeu à secretaria de educação a Medalha Paulo Freire 2009, que reconhece boas práticas de alfabetização.

    Ionice Lorenzoni

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    Brasil Alfabetizado tem 1,3 milhão de alunos cadastrados

  • O  MEC realiza, desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. O programa é uma porta de acesso à cidadania  e o despertar do interesse pela elevação da escolaridade. O Brasil Alfabetizado  é desenvolvido em todo o território nacional, com o atendimento prioritário a 1.928 municípios  que apresentam taxa de analfabetismo igual ou superior a 25%. Desse total,  90%  localizam-se na região Nordeste. Esses municípios recebem apoio técnico na implementação das ações do programa, visando garantir a continuidade dos estudos aos alfabetizandos. Podem aderir ao programa, por meio das resoluções específicas publicadas no Diário Oficial da União, estados, municípios e o Distrito Federal. Saiba mais

     

    Resolução nº 32 de 01 de Julho de 2011

    Procedimentos para adesão ao Brasil Alfabetizado 2011

     

    Orientações sobre o Programa Brasil Alfabetizado


    Sistema Brasil Alfabetizado



    Acesse o MAPA Brasil Alfabetizado


    Metas de alfabetização dos municípios até 2010

     

    Resoluções anteriores

     

    Brasil Alfabetizado – Acesso ao SBA - anos 2003 a 2007

     

    Outras informações pelo telefone 0800616161 ou através do Fale Conosco
  • Para trabalhar com alfabetização, os voluntários precisam ter formação mínima de nível médio e experiência na educação de jovens e adultos (foto: João Bittar)O Ministério da Educação abriu nesta segunda-feira, 4, o prazo para que estados, o Distrito Federal e municípios façam a adesão ao programa Brasil Alfabetizado. Nos próximos 60 dias, além de aderir, as secretarias de educação devem informar ao ministério as metas de alfabetização nas áreas urbanas e rurais.

    Conforme a Resolução nº 32/2011, que trata do programa Brasil Alfabetizado deste ano, a adesão e o preenchimento do Plano Plurianual de Alfabetização (PPAlfa) devem ser feitos em formulários eletrônicos específicos, disponíveis no sítio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Junto com o cadastro de jovens com mais de 15 anos e adultos, candidatos à alfabetização em 2011, as secretarias de educação devem informar uma série de dados: o número de alfabetizadores, de tradutores- intérpretes da língua brasileira de sinais (libras) e de coordenadores de turmas que serão necessários para o desenvolvimento das atividades; como será feita a formação, que é obrigatória, de alfabetizadores, professores de Libras e coordenadores.

    Será com base no Plano Plurianual de Alfabetização de cada estado e município que o MEC vai calcular o repasse de recursos para a execução do programa. O cálculo é feito considerando o número de matrículas na alfabetização e de bolsistas.

    Pela resolução, o pagamento de bolsa será mensal e varia de acordo com a função exercida pelo voluntário: R$ 250 para alfabetizador com uma turma; R$ 275 para alfabetizador com turma no sistema carcerário ou de jovens em cumprimento de medidas sócio-educativas; R$ 250 para tradutor-intérprete de libras, que auxilia o alfabetizador em classe com alunos surdos; R$ 500 para coordenador de turmas; e R$ 500 para alfabetizador e tradutor-intérprete de libras com duas turmas.

    Para trabalhar com alfabetização, os voluntários precisam atender diversos critérios; entre eles, ter formação mínima de nível médio e experiência na área, e para a coordenação de turmas, nível superior em licenciatura e experiência na educação de jovens e adultos.

    São agentes do programa Brasil Alfabetizado o FNDE, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), estados, municípios, Distrito Federal e a Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, que é um órgão de caráter consultivo.

    Ionice Lorenzoni

    Confira os passos, exigências, prazos e os formulários na Resolução nº 32/2011.
  • Um novo ciclo do programa será aberto até novembro próximo para cadastramento de novas turmas e vagas, com funcionamento previsto para 2017 (arte sobre foto: ACS/MEC)Sobre o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), o Ministério da Educação esclarece:

    1. O Brasil Alfabetizado está sendo executado pelo Governo Temer, com atendimento pleno de 167 mil jovens no ciclo 2016.

    2. Os cortes no programa foram feitos pelo governo Dilma Rousseff, que previu 1,5 milhão de alfabetizandos na Lei Orçamentária de 2016 e aprovou orçamento com cortes de R$ 112 milhões para os programas Brasil Alfabetizado, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Pro Jovem, reduzindo o número de alunos atendidos pelo programa para 167 mil.

    3. O atendimento no PBA vem diminuindo nos últimos anos. Em 2013/2014 foram atendidos 1.113.450 alfabetizandos; em 2014/2015 caiu para 718.961 alfabetizandos, e em 2015/2016 despencou para 167 mil alfabetizandos;

    4. O programa encontra-se em execução com 191 entidades em atividade; 17.445 turmas ativadas; 167.971 alfabetizandos; 17.088 alfabetizadores; 2.902 coordenadores, e 105 tradutores/intérpretes de língua brasileira de sinais (libras) contemplados;

    5. Como o programa Brasil Alfabetizado não faz parte da grade curricular do ano letivo, ele funciona por ciclo e não por exercício anual. Por isso, as turmas do programa Brasil Alfabetizado para 2016 foram abertas em outubro de 2015, para execução este ano;

    6. Os programas Brasil Alfabetizado, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) já haviam sofrido corte da ordem de R$ 120 milhões em 2015;

    7. O novo ciclo do programa será aberto até novembro deste ano, para cadastramentos de novas turmas e vagas, para que funcionem em 2017;

    8. A atual gestão encontrou no MEC diversos programas de alfabetização, todos sem planejamento, sem controle e com resultados inaceitáveis para o Brasil, a sexta economia do mundo. O Brasil ainda tem 600 mil crianças fora da pré-escola, só 11% das crianças têm leitura plena; cerca de 1,7 milhão de jovens acima de 15 anos estão fora da escola e 13 milhões de jovens acima de 15 anos são analfabetos plenos.

    9. O Governo Temer considera a alfabetização uma política pública de educação prioritária. Está discutindo o problema com vários segmentos da sociedade – educadores, gestores, sociedade civil – e avaliando os programas de alfabetização existentes, com o objetivo de promover um combate efetivo ao analfabetismo. Essa é uma agenda urgente para o país que está sendo enfrentada pelo Governo Temer.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Processo de alfabetização prossegue com ensino fundamental e profissional (Foto: João Bittar)As secretarias de educação de 23 estados, do Distrito Federal e de 1.444 municípios informaram ao Ministério da Educação que vão matricular este ano 2,2 milhões de jovens e adultos em turmas de alfabetização. Não aderiram ao programa Brasil Alfabetizado as secretarias estaduais de educação de São Paulo, Espírito Santo e do Rio Grande do Sul.

    Para atender a meta de alfabetização programada pelas 1.468 secretarias, o MEC vai investir R$ 530 milhões. Do total de recursos, R$ 290 milhões serão destinados ao pagamento de bolsas para 150 mil alfabetizadores, coordenadores de turmas e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (libras), e R$ 240 milhões serão transferidos a estados e municípios para custeio.

    De acordo com Mauro Silva, coordenador de alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, os dados são muito bons, ainda que estados e municípios não tenham alcançado a meta para este ano – atender 2,5 milhões de jovens e adultos. Com relação a 2009, o programa ampliou o número de adesões de 1.318 parceiros para 1.468. E o cadastro de alunos subiu de 1,96 milhão (2009) para 2,2 milhões.

    O coordenador explica que é difícil ampliar a capacidade instalada de estados e municípios: mais salas de aula, maior número de alfabetizadores e de coordenadores de turmas e até a mobilização de jovens e adultos de distritos e comunidades distantes. A ampliação seria possível, diz, com a adesão de novos municípios e dos estados que estão fora do programa.

    Municípios desistem – Programa do Ministério da Educação desenvolvido em parceria com estados e municípios, o Brasil Alfabetizado recebeu adesões no período de 19 de abril a 9 de julho. Mesmo com prazo de 82 dias, 86 municípios que entraram no sistema e informaram metas de alfabetização não concluíram o processo. No conjunto, esses municípios informaram ao MEC que pretendiam alfabetizar 15.278 alunos, mas não preencheram o Plano Plurianual de Alfabetização (PPAlfa). É esse plano que define o volume de recursos a serem transferidos e o pagamento das bolsas, além de livros didáticos e recursos da merenda e do transportes escolar.

    Entre os 86 municípios que não concluíram o plano estão Osasco e Campos do Jordão, de São Paulo; Santos Dumont, Ponte Nova e Sobrália, de Minas Gerais; Inhambupe e Belo Campo, da Bahia; Monção, Fortuna e São José de Ribamar, do Maranhão. Inhambupe, por exemplo, comunicou ao MEC que sua meta de 2010 era matricular três mil alunos, e São José de Ribamar, 1.615.

    Avaliação – Na avaliação de Mauro Silva, ao chegar ao oitavo ano de funcionamento o Brasil Alfabetizado se consolida como programa. Estabeleceu parcerias com estados e municípios, tem metas anuais de alfabetização e recursos orçamentários assegurados, além de livros didáticos e de literatura específicos para o público jovem e adulto.

    Na metodologia, respeita os projetos de alfabetização de estados e municípios e caminha para tornar efetiva a educação de jovens e adultos pós-alfabetização nas redes municipais da educação básica. Buscamos, explica Mauro Silva, a integração do processo de alfabetização, que vai de seis a oito meses, com a continuidade dos estudos no ensino fundamental e médio e na educação profissional.

    Segundo o coordenador, para que o programa alcance melhores resultados é preciso aumentar o empenho dos gestores. Acompanhar desde a montagem das turmas e a seleção dos alfabetizadores, ir às salas de aula verificar o andamento da aprendizagem, ver se os livros didáticos e de literatura estão sendo usados, acompanhar a matrícula em turmas de educação de jovens e adultos, são algumas dessas responsabilidades.

    Ionice Lorenzoni
  • O Brasil Alfabetizado, programa voltado para a alfabetização de jovens acima de 15 anos, adultos e idosos, será ampliado em 2017, passando de 168 mil para 250 mil alfabetizandos atendidos. Esse aumento, de acordo com o Ministério da Educação, representa 50% a mais de vagas no ciclo 2017. O sistema de adesão para o novo ciclo começa em novembro próximo.

    “Infelizmente o Brasil ainda tem 13,1 milhões de analfabetos, com 15 anos de idade ou mais. É um drama que temos de enfrentar com programas como o Brasil Alfabetizado, que será ampliado, e novas ações, que venham a somar esforços no sentido de reverter esse quadro”, afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho.

     Segundo o ministro, o MEC considera a alfabetização uma política pública de educação prioritária e está trabalhando para sanar dívidas deixadas pela gestão anterior, na ordem de R$ 138 milhões, referentes aos programas Brasil Alfabetizado, Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Lançado em 2003, o Brasil Alfabetizado é um programa de fluxo contínuo, organizado por ciclos e com duração de oito meses. No Plano Plurianual 2016/2019, a meta de alfabetizandos por ciclo era de 1,5 milhão. No entanto, o atendimento no Brasil Alfabetizado vem diminuindo a partir 2013, quando abriu vagas para 1.113.450 alfabetizandos. Em 2014, o número de vagas caiu para 718.961 e em 2015, com execução em 2016, despencou para 168 mil atendidos.

     O ciclo atual em execução foi iniciado no ano passado, e conta com 191 entidades executoras, 17.445 turmas ativadas 167.971 alfabetizandos, 17.088 alfabetizadores, 2.902 coordenadores e 105 tradutores intérpretes de libras. O Brasil Alfabetizado conta com assistência técnica e financeira da União, em caráter suplementar. A verba de custeio é destinada à formação de alfabetizadores e coordenadores de turmas, aquisição de material escolar, aquisição de material de apoio para os alfabetizadores, alimentação escolar e transporte do alfabetizando. Além disso, o programa prevê o pagamento de bolsas aos alfabetizadores e aos alfabetizandos, durante o curso.

     A atual gestão identificou falhas no programas, como uma taxa média de alfabetização de 50%, quando somente 7% dos alfabetizandos continuam na EJA. O MEC vem discutindo as dificuldades do atual modelo com vários segmentos da sociedade – incluindo educadores, gestores, sociedade civil –, no sentido de corrigir as falhas e aprimorar o programa. Ao mesmo tempo, tem discutido, de forma mais ampla, políticas de educação voltadas para a alfabetização, com o objetivo de promover um combate efetivo ao analfabetismo.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O Programa Brasil Alfabetizado conta com 1,3 milhão de alunos cadastrados em 2009, dos quais mais de 590 mil estão em turmas ativas. Dados da coordenação geral de alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) indicam que estados e municípios devem cadastrar mais 737 mil jovens e adultos no programa até fevereiro de 2010. O cadastro é o primeiro passo para o cumprimento integral da meta do programa que é alfabetizar 2,1 milhões de jovens e adultos no próximo ano.

    Os 1.927 municípios prioritários nas ações do MEC, especialmente das regiões Norte e Nordeste do país, que têm dificuldade para cumprir as etapas do programa terão, em 2010, a ajuda técnica de 63 consultores.

    Os consultores vão trabalhar com as secretarias municipais cada ponto da agenda e transferir tecnologias do conhecimento. O objetivo da assessoria é construir a autonomia dos sistemas de ensino, diz Mauro Silva, e abrir caminhos para agilizar o programa nos próximos anos.

    Mobilizar e cadastrar alunos, criar turmas, formar os alfabetizadores são tarefas que exigem empenho dos gestores estaduais e municipais, explica o coordenador de alfabetização da Secad, Mauro Silva. A expectativa, diz, é que meta informada por governadores e prefeitos seja alcançada.

    A falta de qualificação de quadros técnicos das secretarias de educação e o pouco conhecimento da gestão do Brasil Alfabetização são os principais entraves no fluxo do programa. Mauro Silva destaca que o gestor deve ter o domínio de, pelo menos, 11 itens básicos para o bom andamento das atividades: capacidade de mobilizar analfabetos e alfabetizadores, cadastrar alunos e professores, montar as turmas, fazer a formação inicial dos professores, ativar as turmas, aplicar o teste de avaliação inicial dos alunos, dar formação continuada aos alfabetizadores.

    Também é importante responder os questionários de avaliação no sistema Brasil Alfabetizado, assegurar que todos os alunos façam o teste final de avaliação, informar ao programa o desempenho de aluno por aluno, matricular os alfabetizados na educação de jovens e adultos.

    Ionice Lorenzoni

    Republicada com correção de conteúdo.
  • O Brasil segue o caminho para cumprir as metas estabelecidas no Acordo de Dacar. Na Conferência Mundial de Educação de 2000, na capital senegalesa, foi proposta a redução da taxa de analfabetismo para 6,7% em 2015. Se mantiver o ritmo de queda observado nos últimos dois anos, de 0,55 ponto percentual por ano, o país alcançará uma taxa de 5,6% em 2015. Abaixo, portanto, da meta proposta para o período.

    Hoje, a taxa brasileira de analfabetismo está em 10%, de acordo com medição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007. A maior parte dos analfabetos tem mais de 65 anos de idade — 31,1%. Na faixa etária dos 15 aos 17 anos, a taxa de 1,7% indica que o esforço pela melhoria da educação básica tem dado certo e, em breve, vai se refletir nos índices de analfabetismo entre os adultos.

    Para acelerar o ritmo da redução dessa taxa, o programa Brasil Alfabetizado oferece apoio técnico e financeiro a estados e municípios para a criação de turmas de alfabetização. Reformulado em 2007, a partir do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o programa passou a considerar prioritários tanto a região Nordeste, que concentra o mais alto índice de analfabetismo do país (19,9%), quanto os 1.928 municípios com índice igual ou superior a 25%.

    Em todo o país, o número de turmas ativas do Brasil Alfabetizado é de 102 mil e chegará a 123 mil ainda este ano. A meta é alfabetizar 1,5 milhão de pessoas até dezembro, com um orçamento de R$ 300 milhões. Trabalham na alfabetização de jovens e adultos 84 mil professores bolsistas.

    Segundo o secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do Ministério da Educação, André Lázaro, o MEC tem aumentado os esforços para que o país consiga uma taxa ainda menor do que os 5,6% previstos para 2015.

    Letícia Tancredi
  • A Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (Cnaeja) se reuniu na última sexta-feira, 14, em Brasília, para traçar a próxima fase do programa Brasil Alfabetizado. A meta é atingir um maior número de pessoas alfabetizadas com o novo modelo. “Buscamos nesse encontro colher contribuições de modo a aprimorar e abrir um novo ciclo de alfabetização e educação de jovens e adultos no país”, explicou a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, Ivana de Siqueira.

    O ciclo atual do Brasil Alfabetizado, iniciado em 2015, conta com 191 entidades executoras, 17.445 turmas ativadas, 167.971 alfabetizandos, 17.088 alfabetizadores, 2.902 coordenadores e 105 tradutores intérpretes de libras. A meta para o próximo ciclo é ampliar para 250 mil alfabetizandos atendidos. O número representa 50% a mais de vagas no ciclo 2017.

    A reunião da Cnaeja também serviu para discutir propostas de ajustes na Resolução nº 48/2012, que estabelece critérios para transferência de recursos para abertura de novas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), além da possibilidade de ampliação de parcerias. Atualmente, 13,1 milhões de brasileiros com mais de 15 anos ainda não sabem ler nem escrever. “O analfabetismo no Brasil tem um processo histórico relacionado às desigualdades sociais e aos contextos em que ocorrem as violações do direito de acesso à educação no nosso país”, lamenta a secretária.

    A Cnaeja é formada por membros dos governos federal, estaduais e municipais, representantes de instituições de ensino superior e movimentos sociais. O grupo se reúne periodicamente para acompanhar e avaliar as ações de EJA e a execução do programa Brasil Alfabetizado. A Comissão também é responsável por conferir a Medalha Paulo Freire a personalidades e instituições que se destacam nos esforços de universalização da alfabetização no Brasil.

    Acesse a íntegra da Resolução nº 48/2012

    Assessoria de Comunicação Social

  • Criado em 2006, o concurso Literatura para Todos já selecionou 20 títulos nas edições de 2006 (10 obras) e de 2007/2008 (nove) e mais um livro que recebeu menção honrosa. As obras vencedoras em 2006 são: Cobras em compota (conto), de Ana Cristina Araújo Ayer de Oliveira; Entre as junturas dos ossos (poesia), de Vera Lúcia de Oliveira; Família composta (peça de teatro), de Domingos Pellegrini; Léo, o pardo (biografia), de Rinaldo Santos Teixeira; Madalena (novela), de Cristiane Dantas; Tubarão com faca nas costas (crônica), de Cezar Dias; Caravela - redescobrimentos (poesia), de Gabriel Bicalho; Batata cozida, mingau de cará (tradição oral), de Eloí Elizabete Bocheco; Cabelos molhados (conto), de Luis Pimentel; e Abraão e as frutas (poesia), de Luciana de Mendonça.

    Em 2008, a primeira coleção do Literatura para Todos passou a integrar o Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE) do Ministério. Isso, segundo Carmen Gatto, possibilitou a segunda edição das obras que agora estão sendo entregues aos parceiros do programa Brasil Alfabetizado. Os livros são para 1,6 milhão de jovens e adultos que estão em processo de alfabetização neste ano. A segunda edição tem 298.950 coleções.

    Segunda coleção
    - Os livros selecionados no segundo concurso Literatura para Todos, em 2007/2008, estão sendo reproduzidos e o envio às escolas e parceiros do programa está previsto para o segundo semestre deste ano. Foram selecionadas e premiadas essas obras: A fera do canavial (tradição oral), de Antonio Almir Mota; Pela voz do cordel (tradição oral), de Maria Augusta de Medeiros e César Tadeu Obeid; B.Léza?! Um africano que amava o Brasil (biografia), de Gláucia Aparecida Nogueira; Família contadeira de histórias (prosa, conto), de Stela Maris de Rezende; No atrito do corpo com o ar (poesia), de Sandra Jeane de Paula; Pé de alguma coisa pede outra (poesia), de Viviane Veiga Távora; Cobrador (prosa, novela), de Andréa Fátima dos Santos; Tem onça na casa do Zé (prosa, novela), de Isaura Daniel; Os secretos acrobatas (poesia), do escritor africano José Luís Tavares, de Cabo Verde. O livro Via vária (poesia), de Iacyr Anderson Freitas recebeu menção honrosa.

    Ionice Lorenzoni

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    Leitores recém-alfabetizados são público-alvo de prêmio
  • Confira aqui o resultado final do IV Concurso Literatura para Todos.

    A realização do IV Concurso Literatura para Todos é uma das estratégias da Política de Leitura do Ministério da Educação, que procura democratizar o acesso à leitura, constituir um acervo bibliográfico literário específico para jovens, adultos e idosos recém alfabetizados e criar uma comunidade de leitores. Esse novo público é chamado de neoleitores.

    O MEC publica e distribui as obras vencedoras às entidades parceiras do Programa Brasil Alfabetizado, às escolas públicas que oferecem a modalidade EJA, às universidades que compõem a Rede de Formação de Alfabetização de Jovens e Adultos, aos núcleos de EJA das instituições de ensino superior e às unidades prisionais que ofertam essa modalidade de ensino.

    Em 2010, em sua quarta edição, os candidatos concorrem nas categorias Prosa (Conto, novela e crônica), Poesia, Textos da tradição oral (em prosa ou em verso), Perfil Biográfico e Dramaturgia.

    Serão selecionadas duas obras das categorias: prosa, poesia e textos da tradição oral e apenas uma obra das categorias: perfil biográfico e dramaturgia. Também será selecionada uma obra de qualquer uma das modalidades do concurso de autor natural dos países africanos de língua oficial portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Os vencedores recebem prêmios no valor de R$ 10 mil.

    Em 2009, cerca de 300 obras foram inscritas. Desse total, aproximadamente 50 obras foram desclassificadas por não atenderem às exigências do edital. Concorreram ao prêmio, portanto, cerca 250 obras inscritas.

    A inscrição para o concurso este ano será feita por meio do encaminhamento das obras literárias para: IV Concurso Literatura para Todos, Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Sala 211, CEP 70047–900, Brasília /DF. As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de Outubro de 2010. Maiores informações podem ser obtidas por meio do endereço eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

    Os concorrentes naturais e residentes em países africanos de língua oficial portuguesa devem fazer a inscrição mediante o envio das obras literárias para as embaixadas do Brasil nos respectivos países. Embaixadas do Brasil nos países africanos de língua portuguesa.

    Edital - IV Concurso Literatura para Todos

    Perfil dos neoleitores no Brasil

    Confira o vídeo - 3° Concurso Literatura Para Todos - Neoleitores



  • A alfabetização não é apenas o processo de aprendizagem de ler e escrever; está diretamente relacionada ao desenvolvimento de um país. Para fomentar esse conceito ao redor do mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), criou o Dia Mundial da Alfabetização, comemorado, desde 1967, em 8 de setembro.

    Cientes disso, vários países têm assumido, nas últimas décadas, o compromisso de combater o analfabetismo. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12,8 milhões de brasileiros acima dos 15 anos – 8% da população nessa faixa etária – não são alfabetizados.

    O MEC trabalha para mudar essa realidade. Uma das ações é o programa Brasil Alfabetizado, que, voltado à alfabetização de jovens, adultos e idosos, atende às pessoas que se encontram excluídas do processo de educação em razão das desigualdades sociais. Trata-se de uma iniciativa do governo federal para incentivar estados e municípios a abrir os seus próprios ciclos de alfabetização.

    “A alfabetização é uma porta de acesso à cidadania e permite que jovens e adultos participem de oportunidades de aprendizagem ao longo da vida e possam, também, despertar o interesse pela elevação da escolaridade”, explica a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Ivana de Siqueira.

    No ciclo 2016 do Brasil Alfabetizado, desenvolvido ao longo de 2017, 250 mil novas vagas – cerca de 50% a mais que em 2015 – foram ofertadas para alfabetização de jovens e adultos acima de 15 anos. O MEC destinará R$ 132 milhões para custear despesas com material didático e pedagógico, formação dos alfabetizadores, alimentação e transporte dos alfabetizandos.

    Crianças devem ser alfabetizadas até, no máximo, oito anos de idade, conforme orientação da Secretaria de Educação Básica do MEC

    Pnaic – Outro programa que busca diminuir os índices de analfabetismo no país é o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). A ação é um compromisso formal assumido pelos governos federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao fim do terceiro ano do ensino fundamental. Isso implica uma articulação entre todos os secretários estaduais e municipais de educação, com o objetivo de ofertar cursos de formação continuada a professores alfabetizadores, com tutoria permanente e auxílio de orientadores de estudo.

    A coordenadora-geral de ensino fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Aricélia Ribeiro do Nascimento, ressalta, no entanto, que o processo de alfabetização deve ser iniciado ainda no primeiro ano. “É importante demarcar que oito anos de idade é o limite para que a criança esteja alfabetizada”, diz. “Os sistemas, as escolas, as redes e os professores não devem esperar essa idade para assegurar o direito à alfabetização. Com a ampliação do ensino fundamental para nove anos de duração, houve a possibilidade de se organizar um ciclo de alfabetização, que já começa no primeiro ano, aos seis anos de idade. ”

    Segundo a coordenadora, a expectativa é que esse trabalho ganhe reforço desde o primeiro ano e que esteja totalmente consolidado à apropriação do sistema de leitura e escrita ao final do terceiro ano. “A criança só vai consolidar esses conhecimentos do sistema de alfabetização de leitura e de escrita até os oito anos de idade se, efetivamente, ela tiver um bom trabalho desenvolvido no primeiro e no segundo ano”, explica. “Se esse trabalho não for efetivo, a criança chegará ao terceiro ano com uma larga defasagem de conhecimentos. ”

    Desde que foi instituído, em 2013, o Pnaic já formou mais de 58 mil orientadores de estudos e mais de um milhão de professores alfabetizadores, distribuídos pelos 5.570 municípios do país.

    BNCC – A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é outro fator determinante para aumentar os números de alfabetizados no Brasil. Define que a alfabetização das crianças deverá ocorrer até o segundo ano do ensino fundamental, quando o aluno tem oito anos de idade, com o objetivo de garantir o direito de aprender a ler e escrever. Atualmente, as crianças devem ser alfabetizadas até o terceiro ano.

    O documento que vai nortear a educação básica em todo o país foi entregue, em abril, pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, ao Conselho Nacional de Educação (CNE). Por apresentar de maneira objetiva as habilidades que devem ser desenvolvidas no primeiro e no segundo ano, a Base dá condições para que os professores avaliem o nível de desenvolvimento dos alunos e definam estratégias adequadas de ensino.

    A BNCC estabelece conteúdos essenciais e competências que as crianças e adolescentes deverão desenvolver na educação básica. O documento atual trata exclusivamente da educação infantil e do ensino fundamental. As mudanças nas matrizes de referência do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) passam a valer a partir de 2019. Com a entrega da versão final, o CNE deve debater e elaborar parecer e projeto de resolução sobre a Base, que só entrará em vigor depois que a manifestação do conselho for homologada pelo MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Roselita Nunes da Conceição Silva entrou na faculdade depois dos 50 anos, formou-se e hoje faz pós-graduação em gestão escolar (Arte: ACS/MEC)
    Durante o dia, vassoura e rodo nas mãos. À noite, lápis e caderno. Foi com muita dedicação e esforço que Roselita Nunes da Conceição Silva foi aprovada no concurso de faxineira da Secretaria da Educação do Distrito Federal em 1990. Com apenas o ensino fundamental incompleto até então, Roselita prometeu a si mesma que iria concluir os estudos e melhorar sua condição educacional e financeira.

    Mesmo com dificuldade, conseguiu terminar o ensino fundamental e, depois de alguns anos, se matriculou na Escola Centro Educacional 06 de Taguatinga (DF), onde concluiu o ensino médio por meio do programa de educação de jovens e adultos (EJA). “Quanto mais estudava, mais tinha sede em aprender”, conta Roselita.

    Aos 55 anos, conseguiu entrar na faculdade para cursar pedagogia. Três anos depois, graduou-se e começou uma pós-graduação em gestão escolar. Hoje, é readaptada como agente de portaria da Escola Centro de Ensino Especial nº 1 em Taguatinga, onde trabalha há mais de 25 anos.

    Roselita fala com orgulho de ter se graduado aos 58 anos de idade e de não se arrepender por ter passado dias e noites estudando. “Eu vim de uma família humilde e nunca tive o incentivo dos estudos. Essa vontade de melhorar e aprender sempre esteve dentro de mim e, mesmo com a idade já avançada para os estudos, eu nunca vi isso como empecilho. Por isso, venci. Eu acreditei no meu potencial”, enfatiza.

    A educação de jovens e adultos é uma das prioridades do governo federal. E, ao celebrar o Dia Nacional da Alfabetização, nesta terça-feira, 14, o ministro da Educação, Mendonça Filho, ressalta que a alfabetização não se baseia unicamente no ato de aprender a ler e a escrever. “Também se considera a importância do desenvolvimento da capacidade de compreensão, interpretação e produção de conhecimento”, lembra.

    Programa – Em funcionamento desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado, gerido pelo Ministério da Educação, tem o objetivo de alfabetizar jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos. O programa também busca contribuir para a progressiva continuidade dos estudos em níveis mais elevados, promovendo o acesso à educação em qualquer momento da vida, por meio da responsabilidade solidária entre as três esferas de governo. Em 2017, foram apoiadas 200 mil vagas de alfabetização de jovens e adultos em 22 estados e no Distrito Federal, o que totaliza, aproximadamente, 20 mil turmas.

    Para a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Ivana de Siqueira, a alfabetização de jovens, adultos e idosos configura-se como uma ação estratégica da política educacional brasileira e se integra a outras políticas públicas voltadas à inclusão de grupos sociais historicamente excluídos. “O Dia Nacional da Alfabetização é uma boa oportunidade de nos juntarmos todos, gestores públicos e sociedade civil, pelo enfrentamento do analfabetismo e pela criação de mais e melhores oportunidades para prosseguimento dos estudos, assegurando a todos o direito à educação”, destaca.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Colégios públicos de 24 estados recebem nesta quinta-feira, 24, mais de R$ 8,6 milhões referentes ao Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE Escola). Transferidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na última terça, 22, os recursos devem ser usados para melhorar a gestão das unidades de ensino que estejam com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) abaixo da média nacional.

    As redes municipais e estadual de Rondônia ficaram com a maior parte do repasse: R$ 1,9 milhão, a serem utilizados por 95 escolas. Logo depois vêm Goiás, com R$ 1,7 milhão para 93 escolas, e Bahia, com R$ 1,4 milhão para 89 escolas.

    Os recursos do PDE Escola podem ser usados na formação dos profissionais da educação, implantação de laboratórios de informática e reformas que garantam a acessibilidade de estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida às dependências escolares. Só neste ano, o programa já enviou R$ 106,4 milhões, beneficiando mais de 5,8 mil instituições públicas de ensino.

    Brasil Alfabetizado – Também estão disponíveis hoje R$ 3,1 milhões do programa Brasil Alfabetizado, com destaque para o Ceará, que recebeu R$ 1,5 milhão do FNDE. A alfabetização de jovens e adultos é de responsabilidade conjunta do governo federal, de estados, do Distrito Federal e municípios. À União cabe pagar bolsas aos alfabetizadores e destinar recursos para aquisição de óculos de grau, material didático, alimentação e transporte desses alunos.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • ensino_medioO Ministério da Educação decidiu ampliar para fevereiro de 2010 o prazo para que estados e municípios cadastrem jovens com mais de 15 anos e adultos, preparem os alfabetizadores e comecem as aulas do programa Brasil Alfabetizado. O anúncio da nova data será feito nesta terça-feira, 29, em comunicado aos secretários estaduais e municipais de educação.

    De acordo com o coordenador geral de alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Mauro Silva, a prorrogação é necessária para que a meta de alfabetização de 2009, mesmo com atraso, não seja comprometida. O mapa atual do programa, diz Mauro, mostra que estados e municípios não conseguirão cumprir os prazos estabelecidos. Eles cadastraram no Sistema Brasil Alfabetizado apenas 506 mil alunos e, destes, 65.633 já começaram estudar. A meta é colocar nas salas de aula 2,1 milhões de pessoas com mais de 15 anos.

    O atraso no cronograma – que previa o cadastro de todos os alunos até 30 de outubro e o último dia para começar as aulas, 30 de novembro – se deve, segundo Mauro Silva, a uma série de fatores: dificuldades de localizar e mobilizar os analfabetos, problemas com a licitação das agências formadoras de alfabetizadores, municípios com acesso precário à internet.

    Esse conjunto de problemas é comum à expressiva maioria dos 1.927 municípios prioritários do programa Brasil Alfabetizado das regiões Norte e Nordeste. Os municípios, situados em 12 estados, apresentam defasagem entre a meta de alfabetizandos informada, o cadastro e o número de alunos na sala de aula. Prioritários nas ações do Brasil Alfabetizado são municípios que em 2007 registraram Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) abaixo da média nacional, que foi de 4,2 pontos, numa escala até dez.

    A meta da Bahia, por exemplo, é alfabetizar 877 mil jovens e adultos, mas conseguiu cadastrar 274 mil e iniciar a alfabetização de 36 mil. Em Alagoas, a meta é alfabetizar 185 mil, mas seu cadastro registra 9.323 alunos e apenas 236 já começaram a se alfabetizar.

    Mesmo com a ampliação do prazo, o coordenador recomenda que estados e municípios ampliem o esforço do cadastro de jovens e adultos e que comecem as aulas. O objetivo, segundo Mauro Silva, é cumprir as metas de alfabetização e não atrasar o calendário de 2010.

    Ionice Lorenzoni
  • Participar e mobilizar. É esse o pedido que o Ministério da Educação fez em carta dirigida a mais de 5 mil gestores do Programa Brasil Alfabetizado de estados e municípios em atenção à Semana de Ação Mundial de Educação para Todos, promovida pela Unesco em todo o mundo. A semana de mobilização acontece de 20 a 26 de abril. Os focos de 2009 são a alfabetização de jovens e adultos e o aprendizado ao longo da vida.

    Dados divulgados no portal da Unesco na internet informam que o mundo tem cerca de 776 milhões de adultos analfabetos, que 75 milhões de crianças estão fora da escola e outros tantos milhões delas abandonam a escola sem se alfabetizar e sem adquirir noções básicas de matemática.

    No Brasil, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007 revela que o país tinha naquele ano 14 milhões de analfabetos jovens ou adultos e que aproximadamente 70% deles informaram que, em algum momento da vida, estiveram na escola.

    Na carta que enviou aos gestores de estados e municípios, Mauro Silva, coordenador geral de alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), pede que eles aproveitem essa semana para mobilizar jovens e adultos e cadastrá-los nas ações de alfabetização patrocinadas com recursos do Ministério.

    A solicitação da Secad faz sentido. Afinal, a meta das secretarias estaduais, municipais e distrital de educação informada ao MEC é colocar nas salas de alfabetização este ano 2,1 milhões de jovens e adultos. O prazo de adesão ao programa Brasil Alfabetizado começou no dia 7 deste mês e vai até o começo de julho.

    Na Semana de Ação Mundial de Educação para Todos 2009, a Unesco pede que as nações assumam mais compromisso político, efetivem mais programas de alfabetização e façam maiores investimentos. O objetivo é garantir a alfabetização como um direito fundamental. “Saber ler e escrever é uma condição básica para fazer parte das sociedades do conhecimento”, diz o texto da Unesco. A instituição internacional também explica que “a alfabetização é uma das chaves para reduzir a pobreza, aumentar as oportunidades econômicas, melhorar a saúde infantil e materna, prevenir o HIV e a Aids e para encorajar a participação política”.

    Ionice Lorenzoni
  • Cerca de 500 gestores do programa Brasil Alfabetizado dos estados da região Nordeste e dirigentes da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) discutem na próxima semana, em Fortaleza, as novas funções e responsabilidades dos coordenadores de turmas que atuam no programa. Formação de educadores, atualização de dados e relatos de boas práticas de alfabetização também estão na agenda dos eventos.

    Nos dias 12e 13, a Secad reúne-se com os gestores estaduais e municipais de Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Sergipe; e nos dias 15e 16, com os gestores do Ceará, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. De acordo com o coordenador de alfabetização da Secad, Mauro Silva, a partir de agora os coordenadores de turmas em todo o país, cerca de 9 mil profissionais da educação, assumem uma série de tarefas.

    Para participar ativamente das ações do Brasil Alfabetizado, cada coordenador receberá uma senha de acesso ao programa, onde deve inserir e atualizar dados, funções até agora exercidas apenas pelos gestores municipais e estaduais. A visão que os coordenadores de turmas têm do processo de alfabetização de adultos interessa ao ministério, diz Mauro Silva.

    Responsáveis pela vida escolar dos jovens e adultos matriculados no programa, os coordenadores devem relatar ao Ministério da Educação o desempenho de cada aluno: se frequentou as aulas, se foi alfabetizado ou não, se depois de alfabetizado foi incorporado a uma turma de educação de jovens e adultos. Em 2010, segundo Mauro Silva, os coordenadores terão que inserir no sistema os dados de 2008 e 2009.

    Será também responsabilidade deles informar o MEC sobre o andamento da formação inicial e continuada dos alfabetizadores, se os livros didáticos e de literatura chegaram às salas de aula, se a merenda está sendo servida diariamente.

    Mapa– Estão hoje nas salas de alfabetização em todo Brasil 1,6 milhão de jovens e adultos, mas o cadastro geral do programa Brasil Alfabetizado registra 1,9 milhão de inscritos. Os estados e municípios podem continuar o cadastro e a abertura de turmas até a publicação do edital de 2010, diz o coordenador da Secad. A meta de 2009, que ainda pode ser atingida, é alfabetizar 2,1 milhões de jovens e adultos.

    Calendário– Gestores municipais e estaduais de todo o país participarão este ano de encontros regionais com a mesma pauta que será cumprida em Fortaleza. A Secad está preparando a agenda.

    Ionice Lorenzoni
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