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  • Iniciativa é voltada para professores e gestores das redes públicas de ensino

    Tatiana Sócrates e Dyelle Menezes, do Portal MEC

    Ensinar gerações de cidadãos a ler e a escrever. Esse é o papel dos professores da educação básica que ensinam os estudantes no início do ciclo escolar, durante o processo de alfabetização. Para cumprir esse objetivo, o Ministério da Educação (MEC) lançou nesta terça-feira, 18 de fevereiro, o programa Tempo de Aprender, voltado para o aperfeiçoamento, o apoio e a valorização a professores e gestores escolares do último ano da pré-escola e do 1º e 2º ano do ensino fundamental.

    Idealizado pela Secretaria de Alfabetização (Sealf) do MEC, o Tempo de Aprender tem orçamento de mais de R$ 220 milhões. O programa foi construído com base em um diagnóstico realizado pelo MEC, no qual foram detectadas as áreas da alfabetização que necessitam de mais investimentos. São elas:

    • formação pedagógica e gerencial de docentes e gestores;
    • materiais e recursos para alunos e professores;
    • acompanhamento da evolução dos alunos.

    Com base na Política Nacional de Alfabetização (PNA) e direcionado para a aplicação de práticas baseadas em evidências científicas nacionais e internacionais que deram certo, o novo programa do MEC traça um plano estratégico para corrigir a rota das políticas públicas de alfabetização no país. O programa será implementado por meio da adesão de estados, municípios e Distrito Federal, que já podem manifestar interesse no site alfabetizacao.mec.gov.br.

    Atualização:A portaria que institui o programa foi publicada na edição desta sexta-feira, 21 de fevereiro, doDiário Oficial da União (DOU).

    Eixos e ações – O Tempo de Aprender conta com quatro eixos e 10 ações efetivas que visam dar aos alunos, já nos primeiros anos de estudo, a formação básica de qualidade necessária para que exerçam a cidadania e alcancem o sucesso profissional. Conheça cada eixo:

    - Formação continuada de profissionais da alfabetização: para capacitar e aperfeiçoar o conhecimento de professores, os mais importantes parceiros do MEC nos esforços de melhorar o desempenho dos alunos brasileiros no processo de alfabetização, o eixo conta com três ações e orçamento de R$ 10,6 milhões.

    Será oferecido um curso, com versões on-line e presencial, para proporcionar aos docentes a aquisição de conhecimentos, habilidades e estratégias que os auxiliem a lidar com os desafios postos pelo ciclo de alfabetização. O conteúdo pedagógico foi validado por uma equipe de mais de vinte especialistas. A arte, diagramação, edição e manutenção da plataforma on-line estão sob o encargo do Laboratório de Tecnologia da Informação e Mídias Educacionais (Labtime), da Universidade Federal de Goiás (UFG). A previsão é que o início da formação on-line aconteça ainda no primeiro semestre de 2020 e que a presencial ocorra no segundo semestre. 

    Com a colaboração da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia, o MEC ofertará um curso para auxiliar gestores educacionais, como diretores e coordenadores pedagógicos, a dar o suporte necessário à alfabetização em suas escolas e redes educacionais. É prevista uma vertente on-line, com previsão de início no segundo semestre deste ano, e uma presencial a ser operacionalizada por meio de um modelo de multiplicadores.

    Além disso, para iniciar entre profissionais da alfabetização o processo de internacionalização e difusão de boas práticas, o programa Tempo de Aprender enviará profissionais do magistério para o curso Alfabetização Baseada na Ciência (ABC), promovido pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e pelo Instituto Politécnico do Porto, em Portugal.

    O curso concilia conhecimento científico sobre literacia e práticas pedagógicas. Os selecionados deverão atender a quadros efetivos das escolas públicas de educação básica ou das secretarias de Educação e a critérios de experiência profissional e acadêmica que serão definidos em edital. A medida será implementada em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    - Apoio pedagógico para a alfabetização: para dar suporte a professores da rede pública em todo o país, o MEC vai lançar o Sistema On-line de Recursos para Alfabetização (Sora). A ferramenta foi desenvolvida pelo Labtime, da UFG, e permitirá o acesso a recursos pedagógicos, como estratégias de ensino, atividades e avaliações formativas, com respaldo em práticas exitosas de alfabetização. Com custo de R$ 300 mil, o sistema começará a funcionar ainda no primeiro semestre de 2020 e poderá atender mais de 300 mil professores.

    Outra ação do eixo é o fornecimento de apoio financeiro para despesas de custeio de escolas para atuação de assistentes de alfabetização, profissionais que auxiliam os professores no manejo da sala. Por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o MEC vai destinar R$ 183 milhões para a iniciativa. Os repasses ocorrerão de acordo com o calendário oficial e deverão atender prioritariamente escolas em situação de vulnerabilidade.

    Esse eixo ainda prevê a reformulação do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para a educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, de forma a adequá-lo a evidências científicas. A reformulação será realizada em parceria entre a Sealf, a Secretaria de Educação Básica (SEB) e o FNDE.

    - Aprimoramento das avaliações da alfabetização: entre as ações do eixo, está a implementação do Estudo Nacional de Fluência, que irá fornecer às redes de ensino uma ferramenta de diagnóstico de fluência em leitura oral para alunos do 2º ano do ensino fundamental. O estudo será aplicado no fim de 2020 para todas as redes que aderirem ao programa Tempo de Aprender. O orçamento da iniciativa é de R$ 20 milhões e pode atingir cerca de 2 milhões de alunos.

    O MEC também prevê, por meio do novo programa, realizar a reformulação das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) voltadas à alfabetização. O intuito é adequar as avaliações do Saeb aos componentes essenciais para a alfabetização e avaliar adequadamente o desempenho dos alunos em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    Nesse eixo, ainda está prevista a avaliação de impacto das ações do programa, um monitoramento que será realizado pelo MEC para a realização do aprimoramento contínuo do programa, bem como promoção do bom uso do dinheiro público.

    - Valorização dos profissionais de alfabetização: o MEC vai valorizar os professores que conquistarem bons resultados. O Tempo de Aprender vai premiar o desempenho de professores, diretores e coordenadores pedagógicos do 1º e 2º ano do ensino fundamental com boas práticas e atividades na área. A medida será realizada, de forma experimental, em 2020, e será expandida em 2021.

    18/02/2020 - Lançamento do Programa Tempo de Aprender

  • Secretarias estaduais e municipais de educação das cinco regiões do país estimam cadastrar este ano 1,5 milhão de jovens e adultos em cursos de alfabetização. É isso que 25 estados, o Distrito Federal e 956 municípios informaram ao Ministério da Educação, ao concluir nesta semana o processo de adesão ao programa Brasil Alfabetizado. Apenas o estado de São Paulo não aderiu.

    De acordo com Mauro Silva, diretor de políticas de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), a maioria dos parceiros inscritos nesta edição é das regiões Nordeste e Norte, onde os índices ainda são altos. Os passos seguintes à adesão são a formação de turmas, o treinamento final dos alfabetizadores e o início das aulas.

    No programa Brasil Alfabetizado, que neste ano completa dez anos, os cursos de alfabetização têm duração de seis ou oito meses e devem ser ministrados em localidades próximas das moradias dos estudantes e em horários compatíveis com as demais atividades dos matriculados. Para que o aprendizado seja mais efetivo, são obrigatórias, no mínimo, dez horas de aula semanais.

    Mauro Silva recomenda às secretarias de educação que tenham atenção especial na seleção de alfabetizadores, que é um item considerado importante no sucesso da alfabetização. As regras do programa preveem que a seleção seja por chamada pública, com prioridade para professores das redes públicas com, no mínimo, nível médio; estudantes de licenciaturas com experiência em alfabetização; educador popular com formação de nível médio.

    A bolsa mensal para o alfabetizador com uma turma é de R$ 400,00; para atender duas turmas, R$ 600,00; intérprete da língua brasileira de sinais, R$ 600,00; alfabetizador de unidade prisional a bolsa é de R$ 500,00 para uma turma e de R$ 750,00 para duas turmas. Para o coordenador de turma, a bolsa mensal é de R$ 600,00 e a formação mínima exigida é nível superior, além de experiência em educação de jovens e adultos.

    Público– O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, mostra que, da população com 15 anos ou mais, 13,9 milhões são considerados analfabetos. Quando o IBGE mostra a estatística por sexo, os homens aparecem com 9,9% do índice e as mulheres com 9,3%. Na divisão territorial, o instituto aponta que a área rural é responsável por 23,18% da população analfabeta do país; a área urbana, por 7,28%.

    Na divisão por faixa etária, os jovens também estão presentes nos índices: de 25 a 29 anos, eles são 4% e de 15 a 17 anos, 2,2%. Confira a tabela com todas as faixas etárias.

    Idade

    Porcentagem

    60 anos ou mais

    26,5%

    50 a 59 anos

    13,8%

    40 a 49 anos

    9,9%

    30 a 39 anos

    6,6%

    25 a 29 anos

    4,0%

    18 a 24 anos

    2,6%

    15 a 17 anos

    2,2%



    Entre as unidades da Federação, o IBGE registra os maiores índices de analfabetismo na região Nordeste, onde se destacam Alagoas com 24,32%, Piauí (22,93%), Paraíba (21,91%) e Maranhão (20,88%). Os menores índices estão no Distrito Federal (3,47%), Santa Catarina (4,15%), Rio de Janeiro (4,30%) e São Paulo (4,34%).

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o programa Brasil Alfabetizado.


  • Estados e municípios têm até o dia 2 de fevereiro para aderir ao aderir ao Programa Mais Alfabetização, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec) do Ministério da Educação. Criado pelo MEC com o objetivo de apoiar escolas no processo de alfabetização dos estudantes de todas as turmas do primeiro e do segundo anos do ensino fundamental, o programa vai investir R$ 200 milhões para o pagamento de um assistente pedagógico que vai auxiliar os professores em sala de aula.

    A adesão, explica o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, se dá em duas etapas. “Primeiro, é importante que o município diga se quer participar do programa; na sequência, será aberta a inscrição para as escolas municiais, até o dia 9 de fevereiro”, destaca. “Na discussão da BNCC [Base Nacional Comum Curricular], o Brasil viu que tem que acelerar o processo de alfabetização e concluí-lo até o segundo ano – e o Mais Alfabetização nasce para apoiar isso. ”

     A expectativa é atender a 4,2 milhões de alunos em aproximadamente 200 mil turmas espalhadas pelo Brasil. O repasse será via Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e os auxiliares receberão R$ 150 por mês para cada turma em que atuarem, podendo acumular até oito turmas. Não há vínculo empregatício. Os candidatos a assistente devem, obrigatoriamente, passar por um processo de seleção elaborado pelos municípios.

    Investimento total – O programa Mais Alfabetização faz parte da Política Nacional de Alfabetização, lançada pelo MEC em 2017 para combater a estagnação dos baixos índices registrados pela Avaliação Nacional de Alfabetização. O conjunto de iniciativas terá investimento total de R$ 523 milhões.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O professor Renato Soares de Moraes participou da implantação da sala multifuncional do Centro de Ensino Médio Setor Leste e comemora: “Os alunos chegam até a universidade” (Foto: Luís Fortes/MEC)O Dia Nacional da Inclusão Social, celebrado em 10 de dezembro, foi criado na mesma data em que a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para garantir que um dos principais direitos, a educação, chegue a quem mais precisa, o MEC coloca em prática programas e ações que têm como foco o ensino aos jovens e adultos que ficaram fora da escola, indígenas, quilombolas e populações rurais de todo o país. Assegurar a matrícula é apenas o primeiro passo para manter essas pessoas na escola.

     

    “A inclusão social começa pela educação. A criança incluída desde a educação infantil vai ter muito mais condições de seguir na escola e manter sua trajetória”, observa a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Ivana de Siqueira.

    Por isso, os programas e ações desenvolvidos pela Secadi vão além da formação continuada de professores: passam pela distribuição de materiais didáticos específicos para os diferentes públicos e elaboram adaptações físicas nas instituições.

    Analfabetismo– O Programa Brasil Alfabetizado, por exemplo, promove a superação do analfabetismo entre jovens a partir de 15 anos, adultos e idosos. Desde a sua criação, já atingiu mais de 4 mil municípios e 16 milhões de matrículas. O MEC presta assistência técnica e financeira aos estados e municípios que aderiram ao programa.

    Os recursos podem ser aplicados na ampliação de turmas de alfabetização, ações de formação e pagamento de bolsas para professores, aquisição de material escolar e alimentos. Também podem ser pagas despesas com transporte dos estudantes e material escolar, entre outros.

    Sempre respeitando as diversidades de cada região, o programa permite a adequação das propostas pedagógicas sem perder de vista as ações já existentes, com a adequação às diferenças étnicas, regionais, culturais e de gênero. O material didático é especialmente produzido para atender ao perfil desses jovens.

    Jovens – O Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), por sua vez, foca nas pessoas entre 18 e 29 anos que sabem ler e escrever, mas não concluíram o ensino fundamental. Para eles, a formação por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é integrada à qualificação profissional.  O programa possui duas vertentes: urbano e campo. Este último é destinado a atender jovens agricultores e familiares.

    O Projovem Urbano já contou mais de 300 mil jovens matriculados. O Projovem Campo, que teve sua primeira edição em 2014, conta com mais de 41 mil jovens matriculados.

    Diferenças– Comunidades indígenas, quilombolas e populações rurais recebem atenção especial das políticas de educação. De acordo com a Ivana Siqueira, esse públicos devem ser atendidos nos locais onde vivem, por professores preparados para lidar com as suas realidades.

    A Educação Escolar Quilombola é dirigida às comunidades de forma a privilegiar os valores étnico-raciais na escola. O ensino segue as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Quilombola, que observa os valores históricos e culturais dos alunos e professores das comunidades remanescentes de quilombos. O MEC já apoiou a formação continuada de 855 professores, beneficiando aproximadamente 1.800 alunos quilombolas. 

    Prolind – Já o Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais Indígenas (Prolind) é destinado a apoiar a realização de cursos específicos para a formação de professores indígenas, com respeito ao ensino da língua materna, bem como gestão e sustentabilidade das terras e culturas indígenas.  Um dos principais objetivos é fazer com que toda a educação básica seja ampliada nas próprias aldeias, evitando que essas populações necessitem sair de suas comunidades para estudar. O Prolind já formou 1.961 professores.

    Os cursos são divididos em aulas nas instituições de ensino superior (Tempo Universidade) e atividades de formação nos territórios indígenas (Tempo Comunidade).

    “Temos que fortalecer esses laços para que a nossa sociedade seja realmente democrática, considere e enxergue essas pessoas”, resume Ivana.

    Acessível – Para que as escolas estejam preparadas para receber todos os alunos, o Programa Escola Acessível promove a acessibilidade ao ambiente escolar, por meio de salas com recursos multifuncionais e adequação do espaço físico, por exemplo, para atender estudantes com deficiência. Mais de 48 mil escolas foram beneficiadas com recursos do programa.

    Professor há 20 anos, Renato Soares de Moraes conta que a vida dos professores e, principalmente, dos estudantes mudou muito após a implantação da sala multifuncional. Formado em geografia e especialista em deficiência visual, ele dá aulas no Centro de Ensino Médio Setor Leste, em Brasília. Lá, por ser uma escola que tradicionalmente acolhe alunos com deficiência, a sala multifuncional foi transformada em duas para melhor atender os estudantes.

    Dos 1.800 alunos, 11 têm deficiência visual e cerca de 25 têm outras deficiências ou transtornos. Quem tem deficiência visual conta com apoio especial para imprimir materiais em braile e tirar dúvidas sobre o conteúdo das aulas no contraturno escolar. Na outra sala, estudantes com outros tipos de deficiência – auditiva, física e ou transtorno de espectro autista – também são assistidos.

    “Quando eu entrei na Secretaria de Educação do DF, há 20 anos, o aluno não chegava ao ensino médio porque não havia condição de preparar o material. Hoje, eles fazem o ensino fundamental, o ensino médio e muitos estão na faculdade, inclusive na UnB”, conta. “No ano passado, formamos seis deficientes visuais. Desses, cinco entraram na faculdade e dois na UnB. É um ganho enorme para todos. Eu sinto como se fosse o pai que conseguiu colocar um filho na faculdade.”

    Além das salas, o Setor Leste, como a escola é conhecida em Brasília, é todo acessível. O chão é coberto por piso tátil, as placas contam com escrita em braile, e os banheiros são adaptados, entre outros recursos. 

    Bolsa Família –Outro grupo vulnerável que recebe atenção especial do MEC são os estudantes beneficiários do Bolsa Família. A frequência escolar é umas das condicionalidades para que as famílias de 16,2 milhões de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos tenham direito a receber o benefício. As matrículas desses estudantes representam mais de 40% de todas as matrículas na educação básica nessa faixa etária.

    O MEC também faz o acompanhamento da trajetória escolar desses estudantes. Os dados são informados ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) para liberação do Bolsa Família e também auxiliam na formulação de ações educacionais para esse público.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação (MEC) realiza nesta terça-feira, 22 de outubro, a 1ª Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília.

    A Conabe contará com simpósios e palestras de especialistas na área. Abrem o evento nesta manhã o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim. 

    Também compõem a mesa de abertura o presidente da Capes, Anderson Correia, o presidente científico da Conabe, Renan Sargiani, e o deputado federal Gastão Vieira (Pros-MA).

    Acompanhe ao vivo:

  • Estados e municípios têm prazo até 4 de julho para aderir ao Programa Brasil Alfabetizado e informar ao Ministério da Educação as metas de alfabetização de jovens e adultos em 2010. A expectativa do MEC é alcançar 1.450 parceiros e matricular 2,2 milhões de adultos e jovens com mais de 15 anos.

    De acordo com Mauro Silva, coordenador de alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, até esta sexta-feira, 25, foram registradas 1.392 adesões — 23 estados, o Distrito Federal e 1.368 municípios. Nos planos plurianuais de alfabetização (PPAlfa), estados e Distrito Federal informaram que a meta é matricular 1,4 milhão de pessoas e os municípios, 700 mil. Ainda não aderiram ao programa os estados de São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

    O mapa das adesões, explica Mauro Silva, traz duas situações que preocupam. Em 266 municípios, o cadastro foi iniciado, mas ainda não foram preenchidas as informações sobre número de alfabetizadores, coordenadores de turmas e de alunos a serem matriculados em 2010. Esses gestores, diz Silva, precisam apressar a inclusão de dados e completá-los até 4 de julho.

    A outra situação diz respeito a municípios prioritários do programa Brasil Alfabetizado que ainda não manifestaram interesse em participar dessa edição — municípios prioritários são aqueles que, no censo demográfico de 2000, registram taxa de analfabetismo superior a 25% da população jovem e adulta. Dos 1.928 prioritários, 86% estão na região Nordeste e 14% pertencem a Acre, Tocantins e Pará.

    Ionice Lorenzoni
  • A alfabetização de jovens e adultos é uma tarefa de toda a administração dos municípios, não apenas de educadores e gestores da educação. Esse consenso foi apresentado nesta quinta-feira, 23, pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), entidade que reúne as capitais e as 200 maiores cidades, durante encontro com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Justina Iva.

    Segundo Haddad, o compromisso de mobilizar, trazer para as salas de aula e manter jovens e adultos em classes de alfabetização são desafios que precisam ir além dos espaços da educação. Compreender as dificuldades que tem o adulto analfabeto que trabalha para sobreviver, que no fim do dia tem pouca energia para o estudo, são tarefas que envolvem também outras áreas, entre elas, a saúde e o trabalho.

    Na opinião de Justina Iva, para aumentar os índices de alfabetização também é preciso ter o compromisso das secretarias de saúde, porque grande parte da evasão dos adultos em processo de alfabetização é a falta de óculos. Um adulto com baixa visão, explica, tem muitas razões para deixar a sala de aula.

    O presidente da FNP, João Carlos Coser, disse que além de convencer os adultos da importância da alfabetização, é preciso convencer os prefeitos a investir. Para Coser, é comum o prefeito se preocupar com a oferta do ensino fundamental, que é obrigatório, e agora com o ensino de nove anos, em incluir as crianças de seis anos. “O adulto não está entre as prioridades. Ele fica no cantinho.” Para ele, é preciso assegurar ao adulto o direito de estudar.

    O encontro reuniu em Brasília cerca de 150 gestores das secretarias de educação dos municípios da Frente Nacional de Prefeitos. Durante o dia, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade apresentou um diagnóstico da alfabetização de jovens e adultos. Os gestores também ouviram palestras sobre estratégia para a gestão municipal na alfabetização de adultos, a efetividade dos programas de alfabetização e a continuidade da escolarização em classes de educação de jovens e adultos das redes públicas.

    No final do evento, a FNP e a Undime propuseram a realização de um encontro ampliado com gestores e prefeitos no segundo semestre. O objetivo é aumentar a sensibilização para a temática da alfabetização de jovens e adultos.

    Ionice Lorenzoni
  • A alfabetização é tema de debate no programa Salto para o Futuro, que vai a ar nesta sexta-feira, 14, às 19 horas. Veiculado pela TV Escola, canal do Ministério da Educação, o programa discute o processo de alfabetização, que normalmente se dá dos seis aos oito anos de idade.

    Estar alfabetizada significa, ao final do terceiro ano do ensino fundamental, que a criança deve ser capaz de compreender textos escritos em diferentes situações, dominar o sistema alfabético de escrita, ler e escrever com autonomia textos que tratem de assuntos familiares ao seu universo. O ciclo de alfabetização deve ainda garantir a inserção do aluno na cultura escolar e a ampliação das referências culturais, nas diferentes áreas do conhecimento.

    Participam da discussão as professoras Telma Ferraz Leal, coordenadora do Centro de Estudos em Educação e Linguagem (Ceel), da Universidade Federal de Pernambuco; Francisca Izabel Pereira Maciel, que coordena o grupo de pesquisa Alfabetização no Brasil: o Estado do Conhecimento, na Universidade Federal de Minas Gerais, e Severina Erika Guerra, professora da rede pública municipal de Recife. Ela já atuou na alfabetização de jovens e adultos e trabalha na alfabetização de crianças do primeiro ao terceiro ano.

    Uma das marcas do Salto para o Futuro é a interatividade. Durante o especial, os telespectadores poderão enviar perguntas sobre o tema, por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. eletrônica ou pelo telefone 0800-282-6757 (ligação gratuita de qualquer lugar do país).

    O programa também mantém um canal aberto para a participação nas redes sociais. É possível o contato via twitter (@TVEscola) ou facebook. Os participantes também podem gravar um vídeo com perguntas ou comentários, postá-lo no youtube e enviar o link para o Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. do programa.

    A TV Escola pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o país. O sinal está disponível também nas tevês por assinatura Claro (canal 123), Sky (canal 112) e Telefônica (canal 694).

    Assessoria de Comunicação Social

    Assista a chamada do programa
  • Terminam na sexta-feira, 25, as provas da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) para 2.707.348 alunos de escolas públicas do país. O exame avalia o nível da alfabetização em português e dos conhecimentos em matemática de estudantes do terceiro ano (oito anos de idade) do ensino fundamental.

    Elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão vinculado ao MEC, a ANA, que faz parte do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), contém um questionário voltado a professores e gestores das escolas e o teste para os estudantes. As provas começaram a ser aplicadas no dia 14 último, em 48.860 escolas de 5.545 municípios.

    Nesta edição, estão previstos 92.450 atendimentos especializados, o que representa 3,4% do total de 2,7 milhões de crianças avaliadas. Foram solicitados 326 atendimentos especializados para cegueira, 26 para surdocegueira, 1.080 para surdez, 4.562 para baixa visão e 86.456 para outras deficiências e transtornos.

    Compreender a alfabetização no Brasil passa pelo conhecimento da realidade dessas crianças, que estão sendo atendidas em salas especiais, com provas superampliadas e em braile. Há também provas traduzidas para videolibras, recurso inédito, que o Inep pode adotar também nas próximas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As crianças têm ainda acesso a profissionais especializados, como ledores, transcritores e guia-intérprete, de acordo com a deficiência.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prepara a divulgação dos resultados preliminares da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) 2016 para a segunda quinzena de maio. Quinze dias depois dessa divulgação começa o período para a interposição de recursos. A divulgação dos resultados finais será em agosto.

    Terão os resultados divulgados todas as escolas com no mínimo 10 estudantes matriculados no momento da avaliação e que tiveram taxa de participação de 80% dos estudantes matriculados no terceiro ano, de acordo com os dados do Censo Escolar 2016. As escolas devem manter seus cadastros atualizados para receber os resultados.

    A ANA, um dos instrumentos do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), avalia os níveis de alfabetização e letramento em língua portuguesa, a alfabetização em matemática e as condições de oferta do ciclo de alfabetização das redes públicas. Passam pela avaliação todos os estudantes do terceiro ano do ensino fundamental matriculados nas escolas públicas no ano da aplicação da avaliação. Em 2016, os testes da ANA foram aplicados para 2,5 milhões de estudantes, de 50 mil escolas e 100 mil turmas.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep 


  • Os resultados preliminares da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) 2016 serão divulgados para as escolas na próxima segunda-feira, 22. Terão acesso aos resultados apenas as instituições de ensino com, no mínimo, dez estudantes matriculados no momento da avaliação e que tiveram taxa de participação de 80% dos estudantes matriculados no terceiro ano, de acordo com os dados do Censo Escolar 2016. Para receber os resultados, as escolas devem manter seus cadastros atualizados junto ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    Entre 22 de maio e 5 de junho, estará aberto o período para a interposição de recursos. A divulgação dos resultados finais será em agosto. Só nesse momento, a imprensa, os gestores públicos e demais interessados terão acesso aos dados da avaliação.

    Finalidade – A ANA é um dos instrumentos do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e tem foco nos níveis de alfabetização e letramento em língua portuguesa, alfabetização em matemática e as condições de oferta do ciclo de alfabetização das redes públicas.

    Passam por esse sistema todos os estudantes do terceiro ano do ensino fundamental matriculados nas escolas públicas no ano da aplicação da avaliação. Em 2016, os testes foram aplicados para 2,5 milhões de estudantes, de 50 mil escolas e 100 mil turmas.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep. 


  • As provas da ANA serão aplicadas até o dia 25 a 2.707.348 alunos do terceiro ano do ensino fundamental de 5.545 municípios, 48.860 escolas e 106.575 turmas (foto: Isabelle Araújo/MEC)Têm início nesta segunda-feira, e vão até o dia 25 próximo, em todo o Brasil, as provas para 2.707.348 alunos do terceiro ano do ensino fundamental das escolas públicas que passam pela Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). O exame, uma das principais iniciativas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), visa a aferir os níveis de alfabetização e letramento em língua portuguesa e em matemática e também as condições de oferta do ciclo de alfabetização das redes públicas.

    A terceira edição da ANA é aplicada em 5.545 municípios, 48.860 escolas e 106.575 turmas. Por ser uma avaliação censitária e direcionada a crianças, as provas são divididas em dois dias e sempre começam pela de língua portuguesa. São 20 questões de língua portuguesa e 20 de matemática.

    Segundo Luana Bergmann, da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb) do Inep, os últimos resultados da ANA, referentes a 2014, apontam o desafio brasileiro para elevar a qualidade da educação ofertada desde os primeiros anos de escolarização, uma vez que a alfabetização é um dos pilares fundamentais para que as crianças possam dar continuidade plena às aprendizagens nas etapas seguintes da vida.

    Inclusão — Este ano, a ANA inova no acesso a instrumentos de inclusão. Segundo o Censo da Educação Básica, cerca de seis mil alunos têm necessidades especiais, que são atendidas em ambientes apropriados, contam com provas superampliadas e em braile, além de provas traduzidas para videolibras, novo recurso adotado pelo Inep. As crianças terão ainda acesso a profissionais especializados, como ledores, transcritores e guia-intérprete, de acordo com a deficiência.

    Esta edição do exame conta com 326 atendimentos especializados para cegueira, 26 para surdocegueira, 1.080 para surdez, 4.562 para baixa visão, 86.456 para outras deficiências e transtornos.

    Para a diretora de gestão e planejamento, Eunice Santos, esse esforço de inclusão é fundamental para garantir o diagnóstico da alfabetização brasileira. “A ANA é um dos mais importantes instrumentos para a gestão das políticas de educação no Brasil”, diz. “Precisamos garantir que nossas crianças aprendam a ler e a escrever na idade adequada.”

    Aplicação — Mais de 44 mil pessoas estão envolvidas na aplicação do exame, que ocorre nas próprias escolas. Todos os envolvidos passaram por capacitação e curso de alinhamento em plataforma de ensino a distância para garantir a coleta de dados de modo padronizado. O consórcio aplicador da edição de 2016 é composto pela Cesgranrio, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Centro de Apoio à Educação à Distância (Caed).

    Assessoria de Comunicação Social do Inep

  • Em Theoboma, Roraima, um público interessado assiste, numa escola, um vídeo sobre a Base Nacional (Foto: Divulgação)A consulta pública da proposta de Base Nacional Comum Curricular, realizada pelo Ministério da Educação, já recebeu mais de 6 milhões de contribuições até esta quinta-feira, 10. Escolas públicas e privadas, professores, organizações da sociedade civil e cidadãos têm prazo até 15 de março para enviar suas contribuições.

    A Base Nacional Comum Curricular é uma das estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para melhorar a educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o médio. Em setembro, o Ministério da Educação apresentou a proposta preliminar que vem sendo discutida por meio de sistema virtual, permitindo a participação da comunidade escolar e da sociedade civil, que podem dar contribuições ao texto.

    O portal é uma ferramenta para a construção democrática da Base Nacional Comum Curricular, com ampla consulta à sociedade. As contribuições podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino ou de movimentos e organizações da sociedade civil. Também podem ter caráter geral ou tratar pontualmente de cada tema.

    Até esta quinta-feira, 10, mais de 29.000 escolas e 170 mil indivíduos, dos quais 148 mil são professores, já se cadastraram para colaborar. O Ministério da Educação vai começar a análise das colaborações na próxima terça-feira, 15.

    A segunda versão da proposta de Base Nacional Comum Curricular, a ser apresentada em abril, será avaliada por um grupo de leitores críticos de diversas áreas do conhecimento e também será discutida em seminários realizados pelas secretarias estaduais de educação e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

    Dia da Base – No dia 2 de dezembro, o Ministério da Educação realizou, em todo o país, o Dia Nacional da Base, para incentivar o debate sobre a Base Comum. Na última semana, mais de 10 mil unidades de ensino se cadastraram no Portal da Base. Escolas públicas e privadas são convidadas a discutir a proposta e enviar suas colaborações.

    Equidade– A Base Nacional Comum Curricular tem como objetivo estabelecer os conhecimentos e habilidades essenciais que todos os estudantes brasileiros devem aprender em sua trajetória na educação básica, desde a educação infantil até o ensino médio.

    A Base busca promover equidade na formação dos alunos e servirá de norte para os professores em sala de aula.
    Para participar da apresentação de propostas, basta fazer um cadastramento simples no portal. Para cadastros individuais, professores e estudantes devem preencher dados como nome, CPF, cidade e estado. Para os de redes de ensino e organizações da sociedade, além dos dados das instituições, é necessário indicar um responsável.

    Conheça o portal da Base Nacional Comum Curricular

    Assessoria de Comunicação Social

    Veja o passo a passo de como contribuir aqui:

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  • A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define que a alfabetização das crianças deverá ocorrer até o segundo ano do ensino fundamental, com o objetivo de garantir o direito fundamental de aprender a ler e escrever. O documento que vai nortear a educação básica em todo o país foi entregue pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, ao Conselho Nacional de Educação (CNE), nesta quinta-feira, 6, em Brasília.

    "A gente está gerando mais equidade, mais oportunidades às crianças mais pobres do Brasil. A classe média, por exemplo, consegue ter a criança alfabetizada numa idade anterior à média das escolas públicas”, ressaltou o ministro. “À medida que geramos essas diretrizes pela fixação desse comando na BNCC, estamos assegurando o mesmo direito a todas as crianças. A boa alfabetização é a chave do sucesso para toda a vida educacional de crianças e jovens."

    A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães Castro, reforça que a Base não define novos conteúdos e, sim, as habilidades a serem desenvolvidas no processo de aprendizagem. “Pela BNCC, espera-se que o aluno aprenda nesses dois anos iniciais com quantas e quais letras se escreve uma palavra”, afirmou.

    Atualmente, as crianças devem ser alfabetizadas até o terceiro ano do ensino fundamental. “Esse é o processo mais complexo: efetivamente passar a compreender que a escrita representa a fala”, explica a professora Zuleika de Felice Murrie, redatora de linguagens da BNCC. Segundo ela, a conclusão da alfabetização apenas no terceiro ano não tem dado certo e muitos estudantes chegam ao quarto ano sem o conhecimento necessário para seguir os estudos.

    Habilidades – Por apresentar de maneira objetiva as habilidades que devem ser desenvolvidas no primeiro e no segundo ano, a BNCC dá condições para que os professores avaliem o nível de desenvolvimento dos alunos e definam estratégias adequadas de ensino.

    Conforme o texto apresentado ao CNE, o aprendizado da escrita requer habilidades cognitivas e motoras, o que necessita prática, independente do meio utilizado – lápis, borracha e papel ou teclado do computador. Pelo documento, é considerado fundamental que o aluno faça diferenciação entre a escrita e outras formas gráficas de expressão, assim como é necessário o entendimento de que o princípio que regula a escrita é a correspondência entre letra e som.

    “Nesses dois primeiros anos, a ideia é que se faça a consolidação [do conhecimento], porque hoje tem a pré-escola obrigatória e essas questões da escrita já começam a ser desenvolvidas na educação infantil. A criança já virá com uma bagagem maior do que vem hoje para o ensino fundamental”, observa Zuleika.

    Competências - A BNCC estabelece conteúdos essenciais e competências que as crianças e adolescentes deverão desenvolver na educação básica. O documento atual trata exclusivamente da educação infantil e do ensino fundamental. As mudanças nas matrizes de referência do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) passam a valer a partir de 2019. Com a entrega da versão final, o CNE deve debater e elaborar parecer e projeto de resolução sobre a Base, que só entrará em vigor depois que a manifestação do conselho for homologada pelo Ministério da Educação.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Com o pacto, as unidades da Federação e municípios assumem o compromisso de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade (foto: João Bittar/MEC –13/3/07)O Ministério da Educação fixou nesta quinta-feira, 7, por meio de portaria, o valor máximo das bolsas dos professores participantes dos cursos de formação continuada do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Como anunciado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, a bolsa mensal para os 360 mil professores alfabetizadores será de R$ 200. Os 18 mil professores orientadores de estudo receberão R$ 765. O mesmo valor será pago aos coordenadores das ações do pacto nos estados, Distrito Federal e municípios.

    As universidades federais vão ajudar na formulação de material para os cursos de formação continuada. Nesse caso, os formadores das instituições de educação superior receberão R$ 1,1 mil. O supervisor em cada instituição, R$ 1,2 mil. O orçamento também prevê o pagamento mensal de R$ 1,4 mil para o coordenador-adjunto da instituição e de R$ 2 mil para o coordenador-geral.

    O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, lançado em novembro do ano passado, é um compromisso formal assumido pela União, Distrito Federal, estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao fim do terceiro ano do ensino fundamental.

    Ao aderir ao pacto, os entes governamentais comprometem-se a:

    • Alfabetizar todas as crianças em língua portuguesa e em matemática
    • Realizar avaliações anuais universais, aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) com os concluintes do terceiro ano do ensino fundamental
    • No caso dos estados, apoiar os municípios que tenham aderido às ações do pacto para sua efetiva implementação

    A Portaria nº 90, de 6 de fevereiro de 2013, que fixa os valores das bolsas, foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 7, seção 1, página 6. As regras do pacto foram estabelecidas pela Portaria nº 867, de 4 de julho de 2012, publicada no Diário Oficialda União de 5 de julho de 2012, seção 1, páginas 22 e 23.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Alunos do 4º ano vão passar a ter a capacidade de leitura e compreensão de textos avaliadas por um estudo internacional, o PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study). O exame é realizado por amostragem em larga escala em escolas públicas e privadas.

    A primeira aplicação do exame no Brasil será realizada em 2020 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), que assinou termo de adesão ao estudo.

    De acordo com o secretário de Alfabetização da Pasta, Carlos Nadalim, o PIRLS é o principal exame do mundo focado especificamente em leitura, uma das prioridades do governo federal. “A adesão do Brasil ao PIRLS fortalece o desenvolvimento de políticas baseadas em evidências para melhorar a educação”, afirmou.

    Nadalim também ressaltou que os resultados permitirão uma comparação com outros 50 países que aplicam o exame, como Inglaterra, França, Estados Unidos, Suécia e Portugal, entre outros: “Os estudos comparativos de sistemas educacionais em todo o mundo permitem uma melhor compreensão das políticas e práticas que promovem o progresso educacional e desempenham um papel crítico para ajudar as nações a construir seu próprio conhecimento e capacidade de pesquisa”.

    PIRLS – O PIRLS é realizado a cada cinco anos pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement), cooperativa internacional de instituições nacionais de pesquisa, acadêmicos e analistas que trabalham para avaliar, entender e melhorar a educação em todo o mundo. O Brasil faz parte da IEA, mas não estava entre os países que aplicam o PIRLS.

    A inclusão do Brasil entre os países que aplicam a avaliação segue as diretrizes da Política Nacional de Alfabetização (PNA), lançada em 11 de abril. A PNA inseriu o Brasil no rol de países que fundamentaram suas políticas educacionais de alfabetização nas mais atuais evidências científicas.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • O Brasil Alfabetizado, programa voltado para a alfabetização de jovens acima de 15 anos, adultos e idosos, será ampliado em 2017, passando de 168 mil para 250 mil alfabetizandos atendidos. Esse aumento, de acordo com o Ministério da Educação, representa 50% a mais de vagas no ciclo 2017. O sistema de adesão para o novo ciclo começa em novembro próximo.

    “Infelizmente o Brasil ainda tem 13,1 milhões de analfabetos, com 15 anos de idade ou mais. É um drama que temos de enfrentar com programas como o Brasil Alfabetizado, que será ampliado, e novas ações, que venham a somar esforços no sentido de reverter esse quadro”, afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho.

     Segundo o ministro, o MEC considera a alfabetização uma política pública de educação prioritária e está trabalhando para sanar dívidas deixadas pela gestão anterior, na ordem de R$ 138 milhões, referentes aos programas Brasil Alfabetizado, Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Lançado em 2003, o Brasil Alfabetizado é um programa de fluxo contínuo, organizado por ciclos e com duração de oito meses. No Plano Plurianual 2016/2019, a meta de alfabetizandos por ciclo era de 1,5 milhão. No entanto, o atendimento no Brasil Alfabetizado vem diminuindo a partir 2013, quando abriu vagas para 1.113.450 alfabetizandos. Em 2014, o número de vagas caiu para 718.961 e em 2015, com execução em 2016, despencou para 168 mil atendidos.

     O ciclo atual em execução foi iniciado no ano passado, e conta com 191 entidades executoras, 17.445 turmas ativadas 167.971 alfabetizandos, 17.088 alfabetizadores, 2.902 coordenadores e 105 tradutores intérpretes de libras. O Brasil Alfabetizado conta com assistência técnica e financeira da União, em caráter suplementar. A verba de custeio é destinada à formação de alfabetizadores e coordenadores de turmas, aquisição de material escolar, aquisição de material de apoio para os alfabetizadores, alimentação escolar e transporte do alfabetizando. Além disso, o programa prevê o pagamento de bolsas aos alfabetizadores e aos alfabetizandos, durante o curso.

     A atual gestão identificou falhas no programas, como uma taxa média de alfabetização de 50%, quando somente 7% dos alfabetizandos continuam na EJA. O MEC vem discutindo as dificuldades do atual modelo com vários segmentos da sociedade – incluindo educadores, gestores, sociedade civil –, no sentido de corrigir as falhas e aprimorar o programa. Ao mesmo tempo, tem discutido, de forma mais ampla, políticas de educação voltadas para a alfabetização, com o objetivo de promover um combate efetivo ao analfabetismo.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O Brasil segue o caminho para cumprir as metas estabelecidas no Acordo de Dacar. Na Conferência Mundial de Educação de 2000, na capital senegalesa, foi proposta a redução da taxa de analfabetismo para 6,7% em 2015. Se mantiver o ritmo de queda observado nos últimos dois anos, de 0,55 ponto percentual por ano, o país alcançará uma taxa de 5,6% em 2015. Abaixo, portanto, da meta proposta para o período.

    Hoje, a taxa brasileira de analfabetismo está em 10%, de acordo com medição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007. A maior parte dos analfabetos tem mais de 65 anos de idade — 31,1%. Na faixa etária dos 15 aos 17 anos, a taxa de 1,7% indica que o esforço pela melhoria da educação básica tem dado certo e, em breve, vai se refletir nos índices de analfabetismo entre os adultos.

    Para acelerar o ritmo da redução dessa taxa, o programa Brasil Alfabetizado oferece apoio técnico e financeiro a estados e municípios para a criação de turmas de alfabetização. Reformulado em 2007, a partir do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o programa passou a considerar prioritários tanto a região Nordeste, que concentra o mais alto índice de analfabetismo do país (19,9%), quanto os 1.928 municípios com índice igual ou superior a 25%.

    Em todo o país, o número de turmas ativas do Brasil Alfabetizado é de 102 mil e chegará a 123 mil ainda este ano. A meta é alfabetizar 1,5 milhão de pessoas até dezembro, com um orçamento de R$ 300 milhões. Trabalham na alfabetização de jovens e adultos 84 mil professores bolsistas.

    Segundo o secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do Ministério da Educação, André Lázaro, o MEC tem aumentado os esforços para que o país consiga uma taxa ainda menor do que os 5,6% previstos para 2015.

    Letícia Tancredi
  • Do grupo de nove países em desenvolvimento mais populosos do mundo (E-9), o Brasil alcançou o melhor índice de alfabetização de mulheres em relação ao de homens. Segundo dados de 2008 da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o país alfabetizou 90,22% das pessoas do sexo feminino matriculadas em alguma instituição de ensino, desde a educação infantil até a faixa de adultos que não passaram pelo ensino regular. O total de homens nessa situação ficou em 89,9%.

    O total de brasileiros alfabetizados nesse período atingiu 90,04%. Em patamar próximo estão a China, com 93,23% (95,98% dos homens e 88,48% das mulheres) e México, com 91,6% (93,2% dos homens e 90,2% das mulheres). Em outras nações do E-9, os índices de alfabetização de mulheres são muito baixos. Exemplos dessa situação são a Índia, com 66% da população alfabetizada (76,7% dos homens e 54,9% das mulheres) e o Paquistão, com 56% (78% dos homens e 44% das mulheres).

    Os dados da Unesco foram apresentados no oitavo encontro do E-9, em Abuja, Nigéria, em junho. Segundo o diretor de políticas de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Jorge Teles, representante do Ministério da Educação no evento, o encontro em Abuja avaliou o andamento do Pacto pela Aceleração da Alfabetização, firmado em 2000 pelos nove países — Bangladesh, Brasil, China, Egito, Índia, Indonésia, México, Nigéria e Paquistão. O acordo propõe reduzir em 50%, até 2015, a taxa de analfabetismo de jovens e adultos.

    Teles prevê que a meta será alcançada pelo Brasil. Em 2000, o país tinha 14% de analfabetos com idade acima de 15 anos. Em 2010, esse índice está em 9,9%. Em 2015, deve cair para 7%, o que significa redução de 50%, conforme pactuado.

    Os resultados obtidos pelo país, de acordo com Teles, devem-se à criação, em 2003, do Programa Brasil Alfabetizado, hoje política de Estado. Financiamento da educação de jovens e adultos, criação e distribuição de livros didáticos e de literatura apropriados para as faixas etárias, oferta de merenda e de transporte escolar são iniciativas dessa política nacional.

    Complementa o modelo a criação de um sistema de parceria com estados, Distrito Federal e municípios, que recebem recursos e apoio técnico da União para o trabalho de alfabetização. Tanto o programa quanto a aprendizagem dos alunos estão sujeitos a avaliação. O programa de alfabetização oferece ainda incentivos financeiros para a matrícula de jovens e adultos nas redes de ensino, de forma a permitir que completem a educação básica.

    Teles salienta que o Brasil, ao abandonar o sistema de campanhas e adotar a política de Estado, alcançou índices de alfabetização que hoje permitem assegurar a possibilidade de cumprimento da meta do E-9. O país também se destaca por levar a educação de jovens e adultos ao meio rural, problema comum às nações do E-9. Desde 2005, estados e municípios que comprovem matrícula de jovens e adultos residentes no campo recebem mais recursos para a alfabetização.

    Experiências — Além de apresentar dados no encontro de Abuja, o representante brasileiro conheceu experiências desenvolvidas em outros países. De Bangladesh, o Brasil tem interesse na alfabetização a distância com inclusão digital; da Indonésia, na alfabetização bilíngue, que pode ser usada com povos indígenas; da Índia, no trabalho de alfabetização de mulheres com base em direitos humanos.

    Dados da Unesco relativos a 2007 apresentados no encontro de Abuja mostram que o México é o país do grupo que apresenta o menor número absoluto de analfabetos (5,3 milhões), seguido da Indonésia (13,2 milhões) e do Brasil (13,8 milhões). Na sequência vêm Egito (16,8 milhões); Nigéria (23,2 milhões); Paquistão (47 milhões); Bangladesh (48,5 milhões); China (70,5 milhões) e Índia (269,8 milhões).

    Ionice Lorenzoni
  • A proporção dos chamados analfabetos absolutos – aqueles que não sabem ler nem escrever nada, inclusive o próprio nome – entre 15 e 64 anos caiu de 9% para 7% entre 2007 e 2009 no Brasil. Em 2002, esse percentual estava em 12%. Os dados são da pesquisa Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), realizada pelo Instituto Paulo Montenegro, em parceria com a ONG Ação Educativa.

    Apurado desde 2001, o indicador mede os níveis de alfabetismo funcional da população brasileira entre 15 e 64 anos de idade, residente em zonas urbanas e rurais de todas as regiões do país. Dividido em quatro níveis, o Inaf classifica a população brasileira de acordo com suas habilidades em leitura e escrita e em matemática.

    O indicador mostra uma queda expressiva no percentual de alfabetismo rudimentar (capacidade de localizar informação em textos curtos e familiares, ler e escrever números usuais e realizar operações simples, como contar dinheiro), de 27% para 21% entre 2002 e 2009. Isso amplia consideravelmente a proporção de brasileiros adultos classificados como funcionalmente alfabetizados.

    A pesquisa deste ano também aponta que cerca de um terço dos brasileiros de 15 a 34 anos alcançaram o nível pleno de alfabetismo – em que não há mais restrições para compreender e interpretar elementos usuais da linguagem, nem a resolver problemas matemáticos com maior grau de dificuldade. Entre as gerações mais velhas, no entanto, só se enquadram neste nível 23% dos brasileiros entre 35 e 49 anos e 10% dos que têm entre 50 e 64 anos.

    Assessoria de Comunicação Social

    Veja a pesquisa completa.
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