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  • Consultores do Ministério da Educação vão percorrer uma série de municípios, até 20 de fevereiro, para tirar dúvidas sobre o programa Mais Educação e ajudar os gestores locais a inserir dados dos estudantes que devem ingressar na educação integral este ano. Seis mil novas escolas foram pré-selecionadas para o programa. A adesão vai até 28 de fevereiro.

    Número de alunos por escola, escolha dos tipos de atividades que serão oferecidas, quantos monitores serão necessários, quem vai coordenar a educação integral no município e na escola são dados que devem ser registrados no Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec).

    De acordo com Leandro Fialho, coordenador de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), o preenchimento de dados é necessário para que a escola seja aceita no programa e receba recursos do MEC. Em média, cada escola recebe R$ 37 mil para custear as atividades durante o ano letivo.

    Cadastro e pedido de senha foram dificuldades iniciais constatadas pela consultora Lucenir de Andrade Pinheiro, nos encontros que teve com as secretarias municipais de educação e diretores de escolas em reuniões em Fortaleza e nos municípios pernambucanos Paulista (região metropolitana) e Caruaru (agreste).

    Em Fortaleza, por exemplo, a consultora fez esclarecimentos a gestores e técnicos de 45 secretarias municipais de educação. Lucenir explicou que, nas reuniões, ela abre o Simec o e faz um passo a passo. Tira dúvidas e preenche dados ao mesmo tempo. Mesmo com algumas dificuldades para operar o sistema, ela avalia que o programa desperta muito interesse nas redes de educação básica públicas.

    Pelo cronograma da Secad, municípios do Rio Grande do Sul já foram atendidos; estão agendados encontros com técnicos de secretarias estaduais e municipais de educação da Bahia, do Pará e de São Paulo.

    Trajetória– Criado em 2007, o programa Mais Educação começou efetivamente em 2008. No período 2008-2010, passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes. Em 2011 deve alcançar 15 mil escolas e cerca de 3 milhões de alunos.

    Ionice Lorenzoni
  • Cinco novas escolas de educação infantil e de educação fundamental foram inauguradas nesta terça-feira, 13, no Rio Grande do Sul, nos municípios de Novo Hamburgo e Canoas. O ministro da Educação, Henrique Paim, participou das cerimônias nas duas cidades.

    O ministro observou que Novo Hamburgo, onde foram inauguradas três creches, é uma comunidade mobilizada pela qualidade da educação, com grande esforço de professores e gestores. “O município de Novo Hamburgo tem parcerias com o governo do Estado e com o MEC para a formação de alfabetizadores, para a implantação de creches, na formação em tempo integral e no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)”, afirmou Paim. A meta do Ministério da Educação é contratar 6 mil creches em todo Brasil até o final de 2014.

    Em Canoas, Paim participou da inauguração de uma creche e da Escola Municipal Leonel de Moura Brizola. “Essa escola foi construída pensando na educação em tempo integral. Temos que ampliar a jornada escolar, e esse tipo de infraestrutura é fundamental”, disse o ministro, acrescentando que entre 2010 e 2013 as matrículas em escolas de educação em tempo integral cresceram 140% no país.

    O ensino em tempo integral está no âmbito do programa Mais Educação, criado em 2007, com a proposta inicial de atender 1.380 escolas. As escolas das redes públicas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal fazem a adesão e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver atividades nos macrocampos do programa. Atualmente, a rede pública brasileira já conta com a adesão de mais de 49 mil escolas participantes do programa. A meta do governo federal é chegar a 60 mil escolas em 2014.

    Superior – O Ministério da Educação e o governo do Rio Grande do Sul firmaram na manhã desta terça-feira, 13, acordo de cooperação técnica entre o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Programa Universidade para Todos no Rio Grande do Sul (ProUni-RS). O ProUni-RS foi criado em 2012 com o objetivo de promover a formação de recursos humanos em cursos superiores de base tecnológica em áreas estratégicas para o desenvolvimento do estado.

    O acordo, com validade de 12 meses, visa contribuir para a permanência e sucesso dos estudantes beneficiários do ProUni matriculados em instituições de educação superior, sediadas no Rio Grande do Sul. A cooperação não envolve transferência de recursos.


    Assessoria de Comunicação Social

  • Das 16 mil escolas da educação básica pré-selecionadas pelo Ministério da Educação para participar do programa Mais Educação neste ano, 12.451 já aderiram e apresentaram planos de trabalho. A meta é atender 15 mil escolas e oferecer educação integral a cerca de 3 milhões de alunos, especialmente do ensino fundamental. O prazo de adesão vai até 28 de fevereiro.

    Pelo Mais Educação, que é um programa de educação integral público, as escolas recebem recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE-Escola) para desenvolver atividades com os estudantes. O dinheiro é depositado na conta da escola, em cota única, para aquisição de materiais, custeio de atividades e pagamento de transporte e alimentação dos monitores.

    Em média, cada escola recebe R$ 37 mil, para aplicar nos dez meses letivos. O cadastro dos alunos é que determina o valor do repasse. A inclusão de dados é feita no Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec), acesso que a escola tem com uso de senha. O Simec está aberto para receber as informações.

    Dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, que coordena o programa, indicam que o investimento no Mais Educação deve alcançar R$ 600 milhões neste ano.

    Trajetória– Criado em 2007, o programa Mais Educação começou efetivamente em 2008. No período 2008-2010, passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes, número que o MEC pretende ampliar para 3 milhões este ano.

    Ionice Lorenzoni

    Confira a relação dos municípios e escolas que podem incluir estudantes no programa.
  • Com a dança, os jovens encontram uma forma de comprovar que são bons em determinada atividade, socializam emoções e atitudes e ganham disciplina (foto: arquivo de EM Silene de Andrade)Desde que passou a oferecer ensino em período integral, em 2006, a Escola Municipal Professora Silene de Andrade, em Goiânia, passou também a oferecer aulas de dança. Embora a novidade tenha encontrado resistência, no início, entre o público masculino, acabou por conquistar a maioria dos estudantes. O projeto é vinculado ao programa Mais Educação, do Ministério da Educação, de ensino em tempo integral.

    “As alunas logo se adaptaram às aulas, já com o grupo masculino o processo foi um pouco mais lento”, diz o professor e coreógrafo Eurim Pablo, que participa do projeto desde o início. Ele explica que depois da adesão de alguns alunos, outros foram conquistados. Logo, um grande número de estudantes começou a dançar, o que provocou uma imediata transformação no grupo. “Alunos que não estavam bem nas demais disciplinas e eram considerados problemáticos logo viram a dança como uma forma de comprovar que eram bons em alguma coisa”, avalia. “Com a autoestima elevada, o senso de responsabilidade trabalhado, um professor que lhes dava voz, pois o corpo fala, eles se tornaram referência na escola”, destaca o professor, que também é aluno de mestrado em performances culturais na Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás.

     

    Para a diretora da instituição, Marlúcia Rodrigues Coutinho, as aulas de dança ajudam a resgatar a autoestima dos jovens, principalmente daqueles à margem da sociedade, em estado de risco. “Em consequência, eles passam a se cuidar, cuidar do outro, socializar emoções e atitudes, discipliná-las e viver tranquilos, embora com suas realidades”, analisa.

     

    De acordo com Marlúcia, os estudantes sentem-se verdadeiros dançarinos. Muitos têm feito matrículas em cursos de dança oferecidos por instituições estaduais de artes, em busca da especialização na modalidade. “Alguns até já trabalham na área”, revela a diretora, que está há 26 anos no magistério e há oito na direção. Com licenciatura em educação artística e bacharelado em artes visuais, Marlúcia é professora de artes em todos os níveis.

     

    Embora as aulas de dança sejam oferecidas aos 150 alunos que participam da jornada integral, eles não são obrigados a participar da parte prática da aula. Eles só dançam, efetivamente, quando sentem vontade, mas ninguém fica sem fazer nenhuma atividade. Quem não quer dançar pode participar de outras atividades propostas.

    Ensaios — Os ensaios das coreografias com os alunos que participam de apresentações são realizados uma vez por semana, em aula específica. “Nesses ensaios, o grupo é observado para definir quem vai representar a escola em determinado evento”, explica Eurim Pablo. “De modo geral, todos entendem que não se trata de julgamento, pois várias são as questões levadas em conta no momento”, esclarece o professor. Isso engloba pontos como o tipo de evento, participação do aluno nas demais atividades propostas pela escola, dedicação às aulas e responsabilidade ao sair da escola.

     

    Os grupos que ocasionalmente ficam fora de uma de uma apresentação sabem que terão uma próxima oportunidade. Há sempre o cuidado em explicar bem aos estudantes os porquês da não participação naquele determinado momento. Entretanto, quando a apresentação ocorre na própria escola, que dispõe de grande espaço, existe apenas uma regra: “Querer dançar”. Assim, não há um grupo de dança permanente. Os componentes variam de acordo com o local e o espaço onde ocorrerá a apresentação — na própria escola ou em mostras pedagógicas ou culturais. Também ocorrem convites de outras escolas ou de entidades particulares.

     

    Religião — Há casos de pais que não permitem a participação dos filhos por entenderem que é algo não aceito pela religião que professam. “Esses pais são convidados a assistir a uma aula para perceber, na prática, que a ideia que fazem da dança é equivocada”, salienta Eurim Pablo.

     

    Apesar de a estratégia obter sucesso em muitos casos, há pais que não autorizam os filhos a dançar. Esses alunos participam apenas da parte teórica da aula.

     

    Fátima Schenini

     

    Saiba mais no Jornal do Professor

     

     

     

  • O programa de ensino integral Mais Educação, realidade em 32 mil escolas públicas de todo o país, foi o tema do programa de rádio Café com a Presidenta desta segunda-feira, 20. Metade das escolas atendidas pelo programa, nas quais a maioria dos alunos recebe o benefício da Bolsa-Família, está situada em regiões pobres, com baixos resultados no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb).

    “Todo país que se desenvolveu, que saiu da condição de país pobre e que se mantém na condição de país desenvolvido apostou na educação em tempo integral para todas as crianças”, disse a presidenta da República, Dilma Rousseff. “Nosso objetivo é ampliar o tempo de estudo da criança e do jovem na escola, com maior acompanhamento dos professores.”

    O programa Mais Educação, lançado em 2007 pelo Ministério da Educação, amplia a jornada escolar diária para o mínimo de sete horas, com prioridade para atividades culturais, esportivas e de acompanhamento pedagógico, principalmente em matemática e língua portuguesa. “O Ideb mostra que o aprendizado melhorou muito nas escolas com tempo integral”, salientou Dilma. “Por isso, a educação em tempo integral é tão importante, principalmente quando, junto com ela, vem a melhora dos currículos que nós estamos promovendo no ensino médio.”

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça o programa Café com a Presidenta desta segunda-feira, 20
  • Os diretores, vice-diretores e coordenadores das 49,4 mil escolas públicas que participam do programa Mais Educação já podem consultar, ler e imprimir o Manual Operacional da Educação Integral. O documento foi elaborado pela diretoria de currículos da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC para orientar os gestores das escolas sobre o funcionamento do programa.

     

    O manual, que tem 77 páginas, aborda em detalhes todos os pontos do Mais Educação – da legislação aos recursos destinados às escolas, da relação da escola com a comunidade à descrição da importância da música, da leitura, do esporte na formação humana. Relaciona o conjunto das atividades que a escola pode escolher de acordo com sua realidade, número de estudantes ou localização – na área urbana ou no campo. E orienta sobre a exigência do acompanhamento pedagógico que se tornou obrigatório em 2013.

     

    O acompanhamento pedagógico, segundo o coordenador de ações educacionais complementares da SEB, Leandro Fialho, tem peso importante no aprendizado, especialmente em língua portuguesa e matemática. O acompanhamento é o que já se chamou de reforço escolar e de dever de casa, explica Fialho.

     

    Da página 45 à 76, o manual trata da composição dos kits que apoiam as atividades da jornada ampliada ou da educação integral e os recursos que a escola vai receber. No macrocampo denominado comunicação, uso de mídias e cultura digital, a escola tem oito opções. Se escolher, por exemplo, trabalhar com vídeo, o kit deste item é composto por câmera filmadora, estabilizador, ilha de edição, software da área e tripé. O recurso de capital para aquisição dos equipamentos é de R$ 8 mil.

     

    O manual também detalha a forma de adesão ao programa, as etapas de habilitação, a divisão de responsabilidades e tarefas das secretarias de educação de estados e municípios e das escolas, o número mínimo de horas diárias da jornada escolar e da jornada semanal.

     

    Ionice Lorenzoni

     

    Acesse o Manual Operacional da Educação Integral

  • A educação de tempo integral nas escolas públicas foi tema de seminário esta semana em Brasília. Especialistas no assunto, do Brasil e de outros países, apresentaram seus pontos de vista em relação ao Programa Mais Educação do Ministério da Educação, que amplia para o mínimo de sete horas a jornada diária escolar. Atualmente, 33 mil escolas da educação básica, de todas os estados, participam do Mais Educação.

    O secretário de educação básica do MEC, César Callegari, afirmou, na abertura do IV Seminário Nacional de Educação Integral, que a educação de qualidade requer um projeto político pedagógico de cada escola em que haja compromisso de professores e educadores com resultados. “É preciso planejamento, ações racionais e metas objetivas a serem cumpridas, de comum acordo dentro de um processo democrático e participativo em que toda a escola participe, assim como os dirigentes da rede de ensino”, destacou.

    Segundo Callegari, a ampliação do período das crianças e adolescentes na escola precisa significar articulação das diferentes dimensões educacionais contemporâneas. “É preciso um projeto político pedagógico capaz de embarcar questões ambientais e de valores humanos, práticas esportivas e culturais, o mundo do trabalho”, exemplificou.

    A meta no Plano Nacional de Educação, em tramitação no Congresso Nacional, é estender o programa a 50% das escolas públicas em uma década. As diretrizes nacionais curriculares e operacionais para a educação integral no país estão sendo elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

    O educador Miguel Arroyo esteve presente no seminário e defendeu o Mais Educação. “A educação integral precisa ser valorizada e apoiada pela riqueza que essa proposta carrega. O Programa Mais Educação retoma a educação como centro do sistema educacional do MEC e como direito à educação”, disse.  

    Segundo ele, o Mais Educação não é uma educação integral para fazer deveres de casa na escola, acrescentar mais conteúdo curricular, diminuir a evasão ou a repetência, mas para trazer para o tempo de escola dimensões da formação humana que não estão presentes no turno normal. “É para trazer para a escola o que estava oculto, o que nunca era valorizado, o direito à cultura, à arte, à memória, à identidade, à formação plena do ser humano”, disse.

    Rovênia Amorim

    Ouça trecho do discurso do secretário de educação básica, César Callegari

  • A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação promoveu, de terça-feira, 16, a quinta, 18, em Brasília, reunião técnica com universidades parceiras para debater o papel da universidade no desenvolvimento da educação integral. O encontro, sob o tema Programa Mais Educação: Construindo a Política da Educação Integral no Brasil, contou com a presença de 30 instituições federais de educação superior.

    Desde 2008, representantes das universidades parceiras encontram-se semestralmente para debater os programas e as ações que as instituições vêm realizando no campo da educação integral. As propostas em destaque apresentam novos conceitos para formação de professores nos cursos de pedagogia e licenciatura e defendem a produção de conhecimento com base na pesquisa de pós-graduação.

     

    Para a diretora de Currículos e Educação Integral da SEB, Jaqueline Moll, as federais devem participar da construção da política educacional brasileira. “As universidades têm um papel importante na construção dessa política e no diálogo com as escolas, para construir outros conceitos de educação integral”, disse.

     

    A professora Ana Emília Gonçalves de Castro, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que desenvolve projetos de extensão voltados para a educação em tempo integral, defende que o papel dessas instituições vai além da formação de profissionais que atuam na educação. “Estamos construindo algo novo em um processo que já está acontecendo, por isso precisamos de pesquisa e extensão no campo da educação integral. A universidade pública tem uma responsabilidade com a sociedade”, afirmou.

     

    O programa Mais Educação foi criado em 2007 para atender, inicialmente, 1.380 escolas que apresentavam os piores resultados no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). De acordo com a proposta do programa, no turno oposto ao das aulas, os alunos têm acompanhamento pedagógico obrigatório. Contam ainda, com café da manhã, almoço e lanche. Os professores ajudam nas tarefas, tiram dúvidas e dão aulas de reforço, principalmente de português e matemática. Em 2012, o programa chegou a 32 mil escolas.


    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Um curso de pós-graduação em educação integral reúne um grupo de 50 acadêmicos da região Sul graduados em 18 tipos de cursos – de letras a enfermagem, de pedagogia a serviço social, de matemática a design gráfico. Esses profissionais estudam na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). O currículo aborda temas como conceito, experiências e possíveis impactos no universo do ensino básico.

    A formação presencial é oferecida em Chapecó, a 555 quilômetros de Florianópolis, na sede da UFFS, uma instituição multicampi, criada há 23 meses e que está presente nos três estados da região Sul.

    Junto com a UFFS, nove universidades federais das regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul foram selecionadas pelo Ministério da Educação, em 2010, para abrir cursos de pós-graduação em educação integral. Outras instituições vão receber recursos do MEC para cursos de extensão nessa área.

    De acordo com o coordenador do curso na UFFS, Élsio Corá, a turma tem alunos originários de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, selecionados entre 140 candidatos. “Boa parte dos acadêmicos são gestores de escolas municipais e estaduais, servidores de instituições federais de ensino, importantes multiplicadores da educação integral”, diz Corá.

    A múltipla procedência dos alunos é ainda mais ampla no caso dos professores. Segundo o coordenador, os educadores que lecionam na especialização vêm de Santa Catarina, Tocantins, Distrito Federal, Paraná, Rio de Janeiro, Ceará e Goiás, o que enriquece a formação e o intercâmbio. “Desde o início, tanto os acadêmicos quanto os professores estão empenhados em tornar o curso uma experiência modelo para o Brasil”, explica.

    A pós-graduação começou em janeiro deste ano, com término previsto para julho de 2012. Serão 368 horas de aula onde os profissionais vão estudar as bases teóricas e históricas da educação em tempo integral, a legislação e as políticas, currículos e métodos, espaço e tempo na escola, a docência, a gestão.

    O curso também terá um seminário para a troca de experiências e apresentação dos trabalhos finais. Em junho passado, a turma da especialização visitou a cidade de Apucarana, no Paraná, para conhecer a experiência de educação integral, implantada em 2001 em todas as escolas urbanas e rurais da rede com turmas dos anos iniciais do ensino fundamental. Pela Lei nº 090, de 21 de dezembro de 2001, Apucarana instituiu a educação integral no município.

    Formação– Na Universidade Federal da Fronteira Sul, a especialização tem uma série de objetivos, entre eles, complementar a formação de gestores e professores da educação básica, desencadear o diálogo e a troca de experiências regionais, nacionais e internacionais, consolidar iniciativas, estimular a produção de uma base de dados a partir das monografias.

    Na avaliação do pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UFFS, Joviles Trevisol, o curso evidencia e fortalece o compromisso da universidade com a melhoria da educação básica e com a formação de professores. “Temos plena certeza da importância dessa iniciativa, sobretudo porque atende a uma necessidade concreta e está em consonância com as metas do Plano Nacional de Educação”, observa ele.

    O professor Joviles Trevisol se refere à meta número seis do Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020). Nesta meta, 50% das escolas da educação básica pública devem oferecer educação em tempo integral até 2020. O governo federal enviou o PNE ao Congresso Nacional em dezembro de 2010.

    Trajetória– Em 2007, o Ministério da Educação criou o programa Mais Educação para atender, com transferência de recursos, escolas públicas municipais e estaduais. O repasse, de R$ 37 mil, em média, depende do número de estudantes atendidos na educação integral de cada escola. O dinheiro vai direto para a caixa escolar, em cota única.

    A experiência do Mais Educação começou em 2008 em 55 municípios das 27 unidades da Federação, com 1.380 escolas e 386 mil alunos; em 2009 foi ampliado – participaram 126 municípios, 5 mil escolas e 1,5 milhão de estudantes; em 2010 foram 389 municípios, dez mil escolas, 2,3 milhões de alunos. Em 2011, o programa trabalha com 15 mil escolas e 3 milhões de alunos.

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o programa Mais Educação.


    Leia também: Ministro defende reforço da parceria entre MEC e municípios
  • Educadores, gestores governamentais e de universidades públicas brasileiras vão trocar experiências sobre educação integral com representantes dos governos da Coréia do Sul, Espanha, França, Inglaterra e Finlândia. A partir de quarta-feira, 24, até sexta, 26, na Academia de Tênis, em Brasília, eles participarão do seminário internacional Educação Integral em Jornada Ampliada, promovido pelo Ministério da Educação.

    Da parte brasileira, participam do evento os coordenadores estaduais e das capitais do programa Mais Educação, representantes das secretarias estaduais de educação e das 45 universidades públicas que trabalham na formação de professores, gestores e monitores do programa nas 27 unidades da Federação. Jaqueline Moll, diretora de educação integral da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, explica que haverá discussões e reflexões sobre as experiências de educação integral no âmbito das políticas públicas. Segundo a diretora, os debates serão concentrados em temas como organização curricular, financiamento, formação de professores e de profissionais de apoio, alimentação e espaços escolares.

    Outro ponto do seminário de interesse dos gestores públicos é o conhecimento das experiências com educação integral desenvolvidas por esse grupo de nações européias e do leste da Ásia. Argentina, Chile, Cuba, Canadá e Nova Zelândia também foram convidados, mas seus representantes ainda não confirmaram presença.

    Desafio— Não copiar modelos, mas ouvir, perguntar e dialogar com as nações é o caminho do Brasil, segundo a diretora. Ela salienta que o país tem o desafio de oferecer escola em tempo integral a 53 milhões de crianças e jovens da educação básica, conforme dados do censo escolar de 2009.

    No país, a educação integral nas redes públicas estaduais e municipais da educação básica é recente. As primeiras escolas começaram oferecer educação integral em jornada ampliada em 2008. Em 2010, dez mil unidades de ensino receberam recursos do MEC para atender 2,2 milhões de estudantes em jornada ampliada.

    Confira a programação do seminário

    Ionice Lorenzoni
  • O esporte é uma das atividades previstas no programa Mais Educação. (Foto: Arquivo/MEC)Com 2,1 milhões de estudantes em escolas públicas de educação integral, nos 26 estados e no Distrito Federal, o Ministério da Educação realiza este mês o 1º Seminário Nacional de Educação Integral. O evento acontece de 18a 21, na Academia de Tênis, em Brasília. Aprofundar e fortalecer a política pública de educação integral está entre os objetivos do encontro.

    Participam do seminário os 405 coordenadores municipais e os 27 coordenadores estaduais do programa Mais Educação, as universidades públicas parceiras do programa, o comitê nacional do Mais Educação, centros de formação de professores, representantes do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), comissões de educação da Câmara dos Deputados e do Senado.

    A agenda do seminário consta de mesas de debates que abordarão temas como o currículo da educação integral, a formação dos educadores, gestão e financiamento; colóquios que vão tratar do programa em relação a educação no campo, aos direitos humanos, às pessoas com deficiência; grupos de trabalho e plenárias.

    Experiências desenvolvidas nas escolas estarão presentes. Será exibido um documentário de 26 minutos sobre atividades em tempo integral de escolas de Belo Horizonte, Recife, Ananindeua (PA) e Diadema (SP). Alunos, professores, pais, monitores, agentes culturais contam como participam, o que fazem e o que isso representa na vida de suas escolas e comunidades.

    Haverá uma exposição de 55 cartazes que mostram um pouco das experiências, selecionados entre as escolas do programa, e lançamentos de cadernos pedagógicos e de Direitos Humanos. Os participantes vão conhecer ainda o Jornal Escolar, que reúne uma mostra de jornais produzidos pelos estudantes do Mais Educação.

    Programa– O Mais Educação existe desde 2008 como política de educação integral pública. O programa é desenvolvido em áreas de risco social e regiões metropolitanas, e a cada ano agrega mais alunos e mais escolas. Em 2010, o Mais Educação habilitou 10.042 escolas, sendo 9.907 do ensino fundamental e 135 do ensino médio. Esse conjunto de escolas deve atender 2,1 milhões de alunos. O investimento do governo federal será de R$ 382 milhões.

    Ionice Lorenzoni
  • Com recursos transferidos pelo programa Mais Educação, alunos do primeiro ao quarto ano do ensino fundamental puderam ter aulas de natação na escola de Moji das Cruzes (arquivo da escola)Com apenas dois anos letivos de educação em tempo integral, 150 estudantes da Escola Municipal Professora Etelvina Cáfaro Salustiano, de Moji das Cruzes (SP), conseguiram melhorar o índice da educação básica (Ideb) daquela unidade de ensino. O indicador subiu de três pontos em 2007 — o pior do município — para 4,3 em 2009. A escala do Ideb vai até 10 pontos.

    Situada em um bairro de aproximadamente mil habitantes, que reúne 200 famílias oriundas de três favelas, a escola implantou a educação integral no início de 2009, com recursos da prefeitura e em parceria com entidades e igrejas. Em 2010, foi aceita no programa Mais Educação.

    Com recursos transferidos pelo programa, desenvolvido pelo Ministério da Educação, 121 alunos do primeiro ao quarto ano do ensino fundamental puderam ter aulas de natação este ano. De acordo com o diretor da escola, Kennedy José de Paula, a verba, recebida em julho, foi usada na compra de maiôs, toucas, óculos, bóias e espaguetes de isopor. Com o dinheiro, a escola também paga auxílio mensal ao professor de natação, um estudante de educação física, com oito anos de experiência. Ele atua como voluntário.

    Os alunos frequentam as aulas de natação no Centro Esportivo Municipal do Socorro, a sete quilômetros da escola. A prefeitura oferece o ônibus para o transporte das crianças, divididas em quatro turmas, com aulas uma vez por semana, das 10h30 às 11h30.

    Na avaliação do diretor, a educação integral é importante para as crianças daquela comunidade, mas a maioria das famílias vive situações críticas. Sem qualificação profissional, os moradores têm dificuldades para conseguir trabalho, o auxílio do programa Bolsa-Família e anticoncepcionais.

    Kennedy de Paula, 39 anos, é licenciado em matemática e pedagogia e pretende fazer mestrado na Universidade de São Paulo (USP) em educação e desigualdade social. Quando fala em dificuldades, ele observa que coisas básicas faltam à comunidade, como informações sobre programas sociais do governo federal e documentos, como CPF e identidade, para o cadastro na Bolsa-Família. Na comunidade, há mulheres de 30 anos de idade com oito filhos na escola, mas sem o benefício da bolsa. São comuns os casos de alcoolismo.

    Atividades — Graças à interlocução com a prefeitura e entidades, a escola oferece aos alunos cinco refeições por dia — café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar. Algumas turmas entram às 7h e saem às 16h; outras, chegam às 8h30 e vão até 17h30.

    Como a escola é pequena — quatro salas de aula, laboratório de informática, biblioteca e refeitório —, os estudantes fazem a maioria das atividades da jornada ampliada no centro comunitário do bairro, a cem metros de distância. Além da natação, a escola, parceiros e voluntários oferecem aos alunos formação nas áreas intelectual, com reforço escolar, informática, leitura, inglês, xadrez e educação ambiental; cultural, com dança, música, teatro, artes visuais; esportiva, com caratê, judô, taekwondo, basquete, futebol, handebol, atletismo e recreação.

    Criado em 2007, o programa Mais Educação começou a funcionar efetivamente em 2008. Desde então, passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes beneficiados. Em 2011, será ampliado para atender 15 mil escolas e três milhões de alunos.

    Para receber os recursos no próximo ano, as escolas cadastradas e aquelas selecionadas para ingresso precisam informar o número de estudantes a serem atendidos. Os dados devem ser incluídos no Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec) — o acesso ocorre por meio de senha informada à escola. O Simec já está aberto para receber os dados.

    Ionice Lorenzoni

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou na noite de terça-feira, 18, que o modelo de educação integral proposto pelo programa Mais Educação pode vir a ser elemento fundamental na transformação do ensino no Brasil. “Com a ampliação das oportunidades educacionais, a escola passa a formar cidadãos críticos e criativos”, disse.

    Haddad participou da abertura do 3º Encontro Nacional dos Coordenadores do Programa Mais Educação, que vai até sexta-feira, 21 na Academia de Tênis, em Brasília. O objetivo das reuniões é avançar na formulação de políticas públicas na área. Hoje, 2,1 milhões de estudantes estão matriculados em escolas públicas de educação integral, nos 26 estados e no Distrito Federal.

    De acordo com o ministro, o sucesso do programa parte de dois pressupostos: o da autonomia da escola, já que os recursos federais são depositados diretamente na conta da instituição de ensino, e do associativismo, pois as escolas buscam aliados na própria cidade, como clubes e teatros.

    Haddad também lembrou que o Mais Educação teve como precedente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Isso porque o fundo diferencia o valor repassado para matrículas em escolas regulares daquele destinado às unidades de educação integral — estas recebem 25% a mais. “Se não fosse o mecanismo do Fundeb, os entes federados talvez não conseguissem sustentar a educação em dois turnos”, ressaltou.

    Com o seminário, o Ministério da Educação pretende fortalecer a gestão das ações já em andamento na área; incentivar a união dos campos da cultura, esporte, lazer, políticas sociais, saúde e educação e debater temas como reorganização do currículo, tempo escolar e formação dos profissionais da educação.

    Participam do encontro 405 coordenadores municipais e 27 estaduais do Mais Educação, representantes de universidades públicas parceiras do programa, de centros de formação de professores, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e das comissões de educação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

    Para o presidente da Undime, Carlos Eduardo Sanches, o seminário vai permitir avanços na consolidação da política de educação integral, especialmente pela discussão sobre financiamento e ampliação das vagas. Yvelise Arco-Verde, presidente do Consed, acredita que, a partir da troca de experiências entre os participantes, será possível avaliar os motivos do crescimento da educação integral em todo o país e do interesse dos gestores pelo modelo.

    Até sexta-feira, 21, serão expostas experiências do programa realizadas em diferentes municípios. Além disso, grupos de trabalho abordarão diversos temas, da estrutura física das escolas à transferência de matrículas de educação integral.

    O programa Mais Educação existe desde 2008 como política de educação integral pública. É desenvolvido em áreas de risco social e em regiões metropolitanas. Este ano, já foram habilitadas 9.907 escolas do ensino fundamental e 135 do médio. Elas devem atender 2,1 milhões de alunos. O investimento do governo federal será de R$ 382 milhões.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estudantes da escola gaúcha produziram painéis na técnica de patchwork sobre temas como comunidade, valores humanos, bairro, escola e meio ambiente (foto: Letícia Verdi/MEC – 17/5/2013)Com índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) de 4,7 pontos, meta prevista para 2015, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Josué Bardin, de Nova Prata (RS), melhorou o rendimento dos alunos e reduziu o abandono escolar desde que entrou no programa Mais Educação, em 2011. Hoje, quase 40% dos estudantes estão na educação integral.

     

    A diretora, Marinês Petnjkowski da Silva, ao falar sobre o desempenho dos estudantes, revela como a instituição trabalha para que o rendimento escolar aconteça. “Se o aluno falta, e a família não avisa o motivo, a direção telefona para o pai, fala com a mãe. Se isso não resolve, vai até a casa do estudante”, afirma. “É um trabalho de formiguinha que aqui dá resultado.”

     

    Das 460 matrículas, a escola Josué Bardin inscreveu, este ano, 180 estudantes no turno integral. Como a unidade de ensino dispõe de pouco espaço e não consegue oferecer o tempo integral a todos, a direção usou como critérios de seleção atender alunos com dificuldade em matemática, alfabetização e leitura e aqueles com pouco acompanhamento nas tarefas escolares em casa, com a família. Além do ensino fundamental, a escola oferece educação infantil e de jovens e adultos.

     

    Com o suporte diário no aprendizado de matemática e língua portuguesa, crianças e adolescentes do ensino fundamental também participam de atividades de artes, esportes e lazer, educação econômica e empreendedorismo. Com a professora de artes Marisa Helena Caltro, cedida pela secretaria municipal de Educação de Nova Prata, e um monitor, os estudantes soltaram a criatividade, destaca Marinês. Em 2012, eles produziram oito painéis na técnica de patchwork (trabalho com retalhos) sobre temas como comunidade, valores humanos, bairro, escola e meio ambiente. São temas do cotidiano e do conteúdo abordados também no espaço da arte. “Medir, desenhar formas e recortar exigem cálculo, e isso é matemática praticada na arte”, segundo a diretora.

     

    Sete painéis em patchwork foram distribuídos nas salas para enfeitar a escola e um, enviado ao Ministério da Educação, mostra uma cidade arborizada, casas coloridas, crianças brincando. Nas bordas, retalhos de tecidos verdes lembram folhas de parreira — uma das atividades econômicas do município é a vinicultura. A obra, com 3,2 metros de comprimento por 92 centímetros de altura, está exposta no MEC.

     

    Artesanato com tecidos em capas de cadernos, criação de chaveiros, restauração de móveis da escola, trabalhos em pátina e pintura também são atividades às quais estudantes e professores da escola dedicam tempo e aprendizado no turno integral. De acordo com Marinês, a produção de artesanato fez tanto sucesso que instituições de ensino vizinhas escolheram temas e encomendaram painéis de patchwork aos estudantes da escola Bardin.

     

    Localizada no bairro São João Bosco, na periferia de Nova Prata, cidade com 22,8 mil habitantes, segundo o censo de 2010, a escola tem 460 alunos matriculados, 14 salas de aula, biblioteca, salas de vídeo e de planejamento para professores e monitores, além de laboratório de informática do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) do MEC.


    Adesão — O processo de adesão de escolas ao programa Mais Educação está aberto até sexta-feira, 31. Podem aderir ao programa 45 mil escolas públicas — 32 mil já participaram em 2012 e outras 13 mil foram selecionadas pelo MEC para o primeiro ingresso. A adesão anual, feita on-line no Sistema Integrado de Monitoramento e Controle (Simec) do MEC, é necessária para que a escola continue ou tenha acesso ao programa e receba os recursos do governo federal.

     

    Ionice Lorenzoni

  • Escolas públicas urbanas e do campo pré-selecionadas pelo Ministério da Educação para oferecer ensino integral este ano têm prazo até 15 de fevereiro para aderir ao programa Mais Educação. As unidades de ensino que já estavam no programa em 2011 devem informar o número de alunos a serem atendidos e escolher as atividades a serem desenvolvidas.

    A expectativa do MEC é oferecer educação integral em 30 mil estabelecimentos — 5 mil do campo — e atender 5 milhões de estudantes em 2012. Esse número compreende cerca de 3,1 milhões de alunos que já estão no programa e os que vão ingressar agora.

    Como a adesão ao Mais Educação é opcional, o MEC pré-selecionou 14,2 mil escolas urbanas e 14,5 mil do campo, explica Leandro Fialho, coordenador de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Básica (SEB). Dados da secretaria mostram que 3,1 mil novas escolas buscaram acesso ao Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec) para fazer o cadastro. Esse procedimento é necessário para a unidade aderir ao programa e receber recursos do governo federal.

    Os dirigentes escolares que tiverem dúvidas ou dificuldades para preencher as informações no Simec podem pedir esclarecimentos pelos telefones (61) 2022-9175, 2022-9176, 2022-9174, 2022-9184, 2022-9211, 2022-9212 e 2022-9181.

    Adesão— Para as escolas pré-selecionadas, o acesso ao Simec ocorre por meio de senha, fornecida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ao aderir, além de informar quantos estudantes serão atendidos, o gestor escolar pode relacionar até seis atividades, escolhidas em uma lista disponível na página eletrônica do programa.

    Ionice Lorenzoni

    Confira a relação de escolas urbanas pré-selecionadas

    Confira a tabela das escolas do campo pré-selecionadas.
  • São Paulo — O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu, na manhã desta segunda-feira, na capital paulista, a escolha de boas práticas para mobilizar a população pela causa educacional. “Temos de defender a ideia de que toda escola pública pode ser boa e motivar os professores e os alunos para a busca de melhores resultados”, afirmou.

    Mercadante fez apresentação na série de diálogos O Futuro se Aprende, que reúne formadores de opinião e entidades ligadas à educação. Ao comentar o fato de a maior parte da população considerar a educação brasileira satisfatória, o ministro disse que é natural que seja assim. “A maior parte dos pais dos estudantes não teve sequer acesso [à escola]”, lembrou. “Quando ele vê o filho com o direito assegurado à escola, com busca de qualidade, ele naturalmente acha que houve evolução. E houve.”

    O ministro defendeu ainda a escola em tempo integral, nos moldes do programa Mais Educação, como forma de assegurar a qualidade do ensino e a formação da cidadania entre os jovens. “Mais de 32 mil escolas já aderiram, mas deve ser uma adesão que premie os alunos da rede pública, sem exame de seleção”, disse.

    Quanto à questão do analfabetismo, Mercadante explicou que a prioridade do governo federal é impedir o surgimento de novos analfabetos, com o atendimento às crianças até os 8 anos de idade. “É importante a alfabetização na idade certa; é preciso trabalhar a questão do direito da criança à alfabetização, à educação.”

    Assessoria de Comunicação Social


    Confira a apresentação do ministro Aloizio Mercadante
  • As redes de ensino público das 27 capitais e suas regiões metropolitanas e das cidades com mais de 163 mil habitantes têm prazo até a próxima quarta-feira, 13, para inscrever cerca de mil escolas do ensino fundamental no programa Mais Educação, de educação integral. As inscrições devem ser feitas pelo Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (Simec).

    Este ano, dez mil escolas devem participar. Entre elas, as 5.005 que estiveram no programa em 2009. Registros da Coordenação-Geral de Ações Educacionais Complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) indicam que aproximadamente quatro mil novas escolas aderiram ao Mais Educação.

    Depois de registradas no Simec, as instituições de ensino têm prazo entre 15 de janeiro e 10 de fevereiro para informar, por meio do sistema, os planos de trabalho, o número de alunos que participarão da escola integral e as atividades a serem desenvolvidas no turno oposto ao das aulas regulares. De acordo com o coordenador-geral de ações educacionais complementares da Secad, Leandro Fialho, além de duplicar o número de escolas urbanas com oferta de educação integral este ano, o programa inicia um projeto-piloto com 110 escolas rurais do ensino fundamental.

    Ionice Lorenzoni
  • Educação integral: Escola usa jogo de xadrez para melhorar ensino da matemáticaUm tabuleiro de xadrez com 13,7 metros quadrados, de rocha basáltica, colado no piso do pátio da Escola Estadual de Ensino Fundamental Bairro Carvalho, na cidade de Cachoeira do Sul (RS), foi a forma que a direção escolheu para receber os estudantes no início do ano letivo. Ao invés de madeira, as peças do jogo – rei, dama, bispo, torre, cavalo e peão – foram confeccionadas em papel e coladas em garrafas plásticas.

    Poder jogar xadrez no recreio, antes do início das aulas e também nas atividades de educação física é o que encanta os estudantes, segundo a diretora da escola, Paula Cristina Langbecker. Foi para incentivar o gosto pelo xadrez que a diretora e a professora de educação física Nereida Fagundes Domingues criaram e instalaram o super tabuleiro durante as férias.

    Nessa escola, 100 dos 293 alunos estão na educação integral e 85% deles são residentes no bairro Cristo Rei, cortado por rios e frequentemente castigado por enchentes. Segundo a diretora, dada a carência da população desse bairro, a maioria recebe recursos do programa Bolsa Família e são prioritários na definição dos atendidos pelo programa Mais Educação.

    Escolha– O alto índice de reprovação em matemática foi o fator determinante para que o jogo de xadrez entrasse na escola. Foi nas aulas de educação física da professora Nereida Domingues que a experiência começou. Segundo Paula Langbecker, a partir da iniciativa de Nereida e dos resultados obtidos, a escola desenvolveu uma metodologia para uso do xadrez na alfabetização matemática e no letramento, que está sendo aplicada desde 2009. Hoje, o jogo está no currículo da escola.

    Para atender os 293 alunos, a Bairro Carvalho tem 20 tabuleiros de tamanho oficial, nas salas de aula, além do jogo digital nos computadores da escola. Os ganhos foram observados na melhora do raciocínio, da concentração e da atenção dos estudantes em todas as disciplinas, diz a diretora.

    Além do xadrez, os alunos da educação integral terão neste ano aulas de letramento e matemática e oficinas de jornal, horta e futsal. A escola também precisa contratar um monitor para ampliar a oferta do xadrez. O início das atividades da educação integral, porém, depende da chegada de uma merendeira, prometida pela secretaria estadual de Educação. A escola tem duas merendeiras que atendem os 293 alunos nos dois turnos, mas para a educação integral precisa de mais uma, explica a diretora.

    Paula Langbecker tem licenciatura em educação artística, trabalha na Escola Bairro Carvalho há 11,5 anos, sendo quatro anos na direção. Todos os professores dos anos finais do ensino fundamental têm licenciatura, e dos anos iniciais, magistério de nível médio.

    Adesão– Neste ano, a educação integral será oferecida a estudantes de 30 mil escolas públicas do ensino fundamental urbanas e do campo, das 27 unidades da Federação. Para alcançar essa cifra, o Ministério da Educação conta com as 14,9 mil unidades que já estavam no programa em 2011 e com a adesão de 15 mil novas escolas.

    De acordo com a diretora de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica do MEC, Jaqueline Moll, como a adesão das escolas ao programa é voluntária, o ministério pré-selecionou 28,4 mil unidades e espera ter a adesão de, pelo menos, 10 mil escolas urbanas e 5 mil do campo. O objetivo é ter no Mais Educação 30 mil escolas e subir dos 2,8 milhões de estudantes para 5 milhões. O investimento do governo federal nesse conjunto de escolas será de R$ 1,4 bilhão em 2012.

    Dados da diretoria de currículos e educação integral coletados até está quarta-feira, 21, mostram que ainda estão disponíveis 4,2 mil vagas para escolas urbanas e do campo. O prazo de adesão foi ampliado para até 15 de abril. As escolas pré-selecionadas devem informar o número de alunos a serem atendidos, as atividades que vão desenvolver, o número de monitores que serão necessários, entre outros dados.

    Serviço- Os diretores e coordenadores que tiverem dúvidas ou dificuldades para preencher as informações no Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec) podem pedir esclarecimentos pelos telefones (61) 2022-9175, 2022-9176, 2022-9174, 2022-9184, 2022-9211, 2022-9212 e 2022-9181, ou por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. eletrônico.

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o Programa Mais Educação

    Confira a relação de escolas urbanas pré-selecionadas para 2012

    Confira a tabela das escolas do campo pré-selecionadas para 2012
  • O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) investiu R$ 67,5 milhões, nos dois primeiros dias da semana, 30 e 31 de julho, no financiamento da educação integral em escolas públicas do ensino básico. Repassado por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), esse valor vai contemplar unidades executoras (como conselhos escolares e associações de pais e mestres) de escolas das cinco regiões brasileiras.

    O PDDE atende escolas participantes do Programa Mais Educação que adotam o ensino integral, com oferta de pelo menos sete horas diárias de aula e reforço de atividades de aprendizagem, lazer, artísticas e culturais, entre outras. Os recursos servem para transporte e alimentação dos monitores, compra de material e contratação de serviços necessários para o desenvolvimento das ações. Atualmente, 33 mil escolas da educação básica, de todos os estados, participam do Mais Educação.

    O recurso encaminhado a cada unidade de ensino pode ser acompanhado pela internet, no portal eletrônico do FNDE, em liberação de recursos.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • O modelo de educação integral do município mineiro de Governador Valadares começou a ser executado em 2010, em 100% das redes urbana e rural de ensino. De acordo com a secretária municipal de educação, Sames Assunção Madureira, o sistema reúne hoje 23 mil estudantes do ensino fundamental — dois mil deles matriculados em escolas do campo. Mesmo nas unidades de ensino pequenas e com poucos estudantes, a prefeitura decidiu manter os alunos na comunidade.

    A jornada escolar vai das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira. Além das atividades intercaladas, mas sintonizadas, que contemplam o conteúdo do currículo com atividades culturais, artísticas, esportivas e de lazer, os estudantes têm café da manhã, lanche, almoço e uma refeição no fim do expediente.

    A avaliação do primeiro ano de atividades das escolas em tempo integral surpreendeu pais e professores. A evasão escolar, que em 2009 chegou a 5,1%, caiu para 1,8% no fim do ano letivo de 2010. Além de bem alimentados e bem cuidados, os estudantes participaram de projetos de saúde bucal e oftalmológico. “Caiu o número de alunos doentes, as escolas registraram aumento da frequência escolar e a violência foi reduzida”, garante a secretária.

    A 320 quilômetros de Belo Horizonte, o município, criado há 73 anos, reúne população de 263,5 mil habitantes, segundo o censo de 2010.

    Palmas— Surgida há 22 anos, a capital do Tocantins oferece educação integral a 1.073 estudantes de cinco escolas da área rural, situadas a distâncias de nove a 80 quilômetros do perímetro urbano. As aulas normais são intercaladas com atividades previamente escolhidas pelos estudantes. Depois de uma aula de geografia, por exemplo, segue-se uma oficina sobre meio ambiente e sustentabilidade; após uma oficina de leitura, vem uma aula de língua portuguesa.

    A experiência, implantada em 2008, indica a permanência dos alunos na unidade de ensino por oito horas e meia, de segunda a quinta-feira. Na sexta-feira, eles cumprem as tarefas escolares em casa. Educar e ao mesmo tempo fortalecer os laços dos estudantes com a família e com o meio onde vivem são objetivos do programa, explica a coordenadora da educação integral de Palmas, Cristina Pellegrino.

    Enquanto os estudantes fazem as tarefas em casa, a escola dedica a sexta-feira à formação continuada dos professores e à realização do planejamento coletivo das atividades.

    As cinco escolas rurais atendem alunos do primeiro ao nono ano do ensino fundamental, com idades que vão dos seis aos 18 anos — no campo, muitos jovens trabalham com a família e nem sempre conseguem concluir o ensino fundamental aos 14 ou 15 anos.

    Em Palmas, a educação integral começou a ser implantada pelas escolas urbanas em 2005 e foi efetivada em 2007. No ano seguinte, o projeto foi expandido para o campo. Segundo Cristina, o município fechou o primeiro semestre letivo de 2011 com 13 escolas em tempo integral, custeadas com recursos do município e do programa Mais Educação.

    Das 13 escolas, três seguem modelo padronizado, criado no município — prédios com quadra de esportes coberta, auditório, laboratórios, piscina, cozinha e refeitório, além das salas de aula. As unidades reúnem 3.577 alunos do ensino fundamental, com jornada diária de nove horas e meia, de segunda a sexta-feira.

    Outras cinco escolas urbanas foram adaptadas para a educação integral. Nelas estudam 3.026 alunos do ensino fundamental. Também foram adequadas para aulas em tempo integral cinco escolas rurais.

    Neste início de agosto, mais 25 escolas municipais de ensino fundamental de Palmas terão parte dos estudantes encaminhados para a educação integral. Todas receberam recursos do Mais Educação para oferecer atividades culturais, esportivas e de lazer, além de reforço escolar.

    Em julho, segundo Cristina, a prefeitura de Palmas assinou convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a construção de três escolas-padrão em tempo integral. Quando prontas, elas atenderão cerca de quatro mil alunos. O objetivo da prefeitura é universalizar a educação integral no município. (Ionice Lorenzoni)

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