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  • Entre dezembro deste ano e janeiro de 2007 entram no mercado de trabalho 1.500 professores capacitados para lecionar em classes do ensino médio integrado à educação profissional para jovens e adultos (EJA). Esses professores, que são da rede federal de educação profissional, estão terminando o curso de especialização em EJA oferecido por 14 centros federais de educação tecnológica (Cefets) e pela Universidade Tecnológica do Paraná e o Colégio Agrícola Vidal de Negreiros, da Paraíba.

    Com a qualificação, explica a coordenadora-geral de Políticas da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Caetana Rezende Silva, a rede federal de 22 estados está em condições de dobrar a oferta do ensino médio integrado, conforme prevê o Decreto nº 5.478, de 24 de junho de 2005, que criou o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

    O público principal do ensino médio integrado são os jovens e adultos que concluíram o ensino fundamental, mas que estão fora da escola. O curso para os alunos tem carga horária de 2.400 horas, das quais 1.200 horas destinadas à formação geral. Além desta modalidade de ensino, os professores com especialização em EJA também vão trabalhar em cursos de formação inicial e continuada para jovens e adultos. Os cursos de curta duração têm carga horária máxima de 1.600 horas, sendo, no mínimo, 1.200 horas para formação geral e 200 horas para formação profissional.

    Ampliação — Ao concluir a primeira turma de especialização em EJA, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica e os Cefets estão criando novas turmas que farão curso intensivo de janeiro a março de 2007. Caetana Rezende Silva diz que a expansão permite abrir mais 1.265 vagas para professores. As novas turmas serão oferecidas em seis cidades: o Cefet do Pará vai abrir uma turma em Palmas (TO) para professores da rede federal dos estados de Tocantins e Maranhão e do sistema estadual de ensino de Tocantins; o Cefet Mato Grosso abre uma turma em Cuiabá, que vai reunir professores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia; o Cefet São Paulo abre duas turmas em São Paulo e uma em Sertãozinho; o Cefet de Minas Gerais abre uma turma em Goiânia (GO) e outra em Contagem (MG). Em Contagem, o Cefet fez convênio com a prefeitura para oferecer especialização aos professores da rede municipal.

    A especialização em EJA forma dois tipos de profissionais: o professor para trabalhar na sala de aula ou na capacitação de outros colegas; e o gestor que vai propor projetos, tendo em conta a realidade social, cultural e econômica da região onde a escola atua. A especialização tem duração de 360 horas presenciais, ministradas nas sedes dos Cefets e dos pólos ou fora destes de forma intensiva. Os cursos, que encerram em dezembro deste ano ou janeiro de 2007, têm 1.500 vagas. Participam os Cefets de Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Santa Catarina; Universidade Tecnológica do Paraná; e os consórcios dos Cefets do Rio (Rio de Janeiro, Campos e Química), do Sul (Pelotas, Bento Gonçalves e Universidade Federal do Rio Grande do Sul); e o Colégio Agrícola Vidal de Negreiros (PB).

    Ionice Lorenzoni

  • A troca de saberes na escola e a interação entre professores e alunos são pontos em destaque da coleção Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos que o MEC começa a distribuir na próxima semana. Escolas das redes públicas estaduais e municipais receberão um conjunto de cinco cadernos, elaborado pela educadora, escritora e especialista em educação de jovens e adultos Vera Barreto, a pedido da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

    Os materiais, diz a coordenadora-geral de educação de jovens e adultos da Secad, Cláudia Veloso, servirão de apoio a professores no desenvolvimento de tarefas na sala de aula. Para Cláudia, os cadernos abrem aos educadores uma série de possibilidades, entre elas, de subsídio para discussões e estudos individuais e coletivos e estímulo à troca de saberes na escola. Ela lembra que jovens e adultos trazem consigo experiências que devem ser consideradas no desenvolvimento do aprendizado, o que pode gerar rica convivência escolar. Apesar da educação de jovens e adultos ser atividade especializada e com características próprias, diz Cláudia Veloso, no Brasil são raros os cursos de formação de professores, daí a importância do material chegar às escolas.

    O MEC vai distribuir 240 mil volumes em 48 mil kits. O conteúdo dos cadernos está em 6.100 CD-Rom, que o ministério enviará aos 27 coordenadores estaduais de educação de jovens e adultos (EJA), aos 3.513 secretários municipais de educação que têm oferta de educação de jovens e adultos em suas redes e aos 2.051 municípios que não têm EJA. Os 3.513 municípios com EJA, além do CD-Rom, recebem uma coleção dos cadernos, e os fóruns estaduais e regionais de EJA, a coleção impressa e um CD-Rom. Os cadernos, explica Cláudia Veloso, são para os professores e os CD-Rom, para as secretarias multiplicarem o material e oferecê-lo às suas escolas.

    Conteúdos — Alunas e Alunos da EJA é o título do primeiro caderno. Traz informações, estratégias e procedimentos que ajudam o educador a conhecer seus alunos. Aborda itens como o perfil deste público, porque procuram os cursos, o que querem saber, o que já sabem e o que não sabem, relações com o mundo do trabalho e na sociedade em que vivem. O segundo volume – A Sala de Aula como um Grupo de Vivência e Aprendizagem – apresenta estratégias capazes de gerar, desenvolver e manter a sala de aula como um grupo de aprendizagem com interação professor/aluno e os alunos entre si. Os cadernos 3 e 4 – Observação e Registro, Avaliação e Planejamento – cuidam da prática pedagógica. No último volume, Processo de Aprendizagem dos Alunos e Professores, estão orientações e discussões relativas à teoria do conhecimento: como os alunos aprendem e como os professores aprendem ensinando.

    Ionice Lorenzoni

    Republicada com correção de informações

  • Iniciativa inédita do Ministério da Educação (MEC) pretende auxiliar professores da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Serão distribuídos 240 mil kits (com cinco livros cada) neste ano para as escolas que promovem a EJA no nível fundamental. O objetivo é melhorar a formação docente.

    “É uma ação importantíssima que vai subsidiar os professores em sala de aula com assuntos que estão presentes no dia-a-dia”, afirma Cláudia Veloso Guimarães, coordenadora-geral da Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

    O pacote de livros é composto por cinco cadernos temáticos: Alunas e Alunos de EJA, que mostra o perfil dos estudantes; Sala de Aula como Grupo de Vivência e Aprendizagem, que ensina estratégias para fortalecer vínculos entre educandos e educador; Observação e Registro e Avaliação e Planejamento, dois livros que servem de instrumento para a prática pedagógica; e O Processo de Aprendizagem dos Alunos e Professores, que ensina como aplicar a teoria do conhecimento na prática.

    A meta do ministério é atender aos 112 mil professores da EJA que atuam de 1ª a 8ª série, em modo presencial ou semipresencial, e de forma indireta beneficiar também aos 3,3 milhões de alunos matriculados nessas séries.

    Jovens e adultos são atendidos pelo MEC através de dois programas:  o Brasil Alfabetizado, que ensina pessoas acima de 15 anos a ler e escrever e já atendeu cinco milhões de pessoas nos últimos três anos, e o Fazendo Escola, que apóia técnica e financeiramente estados e municípios. O kit enviado pelo MEC reforça a ação do Fazendo Escola.

    Raquel Maranhão Sá

  • O Censo Bibliográfico da Educação, realizado pelo Ministério da Educação entre 23 de janeiro e 23 de abril deste ano, registrou a participação de professores de 56 das 59 instituições federais de ensino superior, em todo o país.

    Os 5.418 professores que atenderam ao pedido do MEC lecionam em 166 cursos de graduação. Eles indicaram 58.295 bibliografias, entre livros e periódicos que utilizam na atividade docente ou que gostariam de ter acesso em bibliotecas físicas ou virtuais das instituições onde trabalham. Além dos professores, acervos atualizados e de qualidade também estarão disponíveis aos estudantes das instituições federais de ensino superior e à comunidade que tem acesso às bibliotecas das instituições.

    Objetivos – O censo tem entre seus objetivos mapear a bibliografia utilizada nos cursos de graduação e, a partir dele, deflagrar duas ações: a criação de um portal, a exemplo do Portal de Periódicos da Capes, que é uma biblioteca virtual, e iniciar um programa de recuperação e qualificação das bibliotecas das Ifes, com a aquisição de obras.

    Em janeiro, no lançamento do censo, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que o governo federal vai investir R$ 20 milhões para reequipar as bibliotecas das instituições federais de ensino superior e que as indicações dos professores seriam a base na hora de decidir a qualidade e a quantidade do acervo.

    Ionice Lorenzoni

  • Foto: Wanderley PessoaO Censo Bibliográfico da Educação, realizado pelo Ministério da Educação entre 23 de janeiro e 23 de abril deste ano, registrou a participação de professores de 56 das 59 instituições federais de ensino superior, em todo o país.

    Os 5.418 professores que atenderam ao pedido do MEC lecionam em 166 cursos de graduação. Eles indicaram 58.295 bibliografias, entre livros e periódicos que utilizam na atividade docente ou que gostariam de ter acesso em bibliotecas físicas ou virtuais das instituições onde trabalham. Além dos professores, acervos atualizados e de qualidade também estarão disponíveis aos estudantes das instituições federais de ensino superior e à comunidade que tem acesso às bibliotecas das instituições.

    Objetivos – O censo tem entre seus objetivos mapear a bibliografia utilizada nos cursos de graduação e, a partir dele, deflagrar duas ações: a criação de um portal, a exemplo do Portal de Periódicos da Capes, que é uma biblioteca virtual, e iniciar um programa de recuperação e qualificação das bibliotecas das Ifes, com a aquisição de obras.

    Em janeiro, no lançamento do censo, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que o governo federal vai investir R$ 20 milhões para reequipar as bibliotecas das instituições federais de ensino superior e que as indicações dos professores seriam a base na hora de decidir a qualidade e a quantidade do acervo.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Alta formação para professores brasileiros (Divulgação Setec)Três professores da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica foram selecionados para participar de um curso de formação em Montevidéu. O curso, que começa nesta segunda-feira, dia 23, faz parte do programa Alta Formação de Quadros Dirigentes dos Países do Mercosul, uma iniciativa de cooperação entre o governo da Itália e o bloco sul-americano.

    O programa tem como propósito formar especialistas selecionados do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Eles contribuirão para a integração regional de um mercado comum e de uma macrorregião geográfica por meio de um processo gradual de formação da cultura comunitária. Pretende-se, assim, formar uma mentalidade comunitária para a criação de uma rede de pessoas capaz de enfrentar, com uma nova ótica de integração continental, as temáticas que hoje são de competência nacional.

    O curso estrutura-se nas áreas temáticas de desenvolvimento dos transportes regionais integrados; de cooperação no campo energético-ambiental; de integração do setor agroalimentar e de colaboração em ciência e tecnologia. De cada área temática será apresentada a experiência da unidade de ensino, as normas, os pontos fortes e os frágeis.

    Depois da fase de Montevidéu, o curso terá uma segunda etapa a distância e a terceira e última, novamente na capital uruguaia. Foram selecionados 16 especialistas de cada um dos quatro países. Segundo Márcia Moreschi, especialista de planejamento e gestão da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), a participação de professores da rede  vai ser fundamental para o aprimoramento dos conhecimentos profissionais. “Isso terá reflexos imediatos na melhoria do ensino nas escolas. Os alunos serão os grandes beneficiados pelo projeto”, afirmou.

    Sophia Gebrim

  • Foto: Wanderley PessoaOs professores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) decidiram na terça-feira, dia 6, suspender a greve, que durou 56 dias. Com a decisão, são quatro instituições que retomam as aulas. As universidades federais do Ceará (UFC), de São Carlos (UFSCar) e o campus da Universidade Federal de Goiás em Catalão já encerraram a paralisação.

    Para a reposição das aulas, os professores da Unifesp propõem pelo menos um mês de férias. De acordo com o presidente da associação dos docentes da instituição, Francisco Antônio Lacaz, o novo calendário precisa ser aprovado pelo conselho de estudantes. “Não teremos problema de entrar 2006 em aula”, disse.

    Lacaz afirma que os professores se reunirão em nova assembléia, no próximo dia 15, para avaliar a tramitação do projeto de lei apresentado pelo Ministério da Educação, que já foi encaminhado ao Congresso Nacional. O PL trata do reajuste salarial dos professores universitários. A proposta do governo tramitará em regime de urgência.

    De acordo com o projeto, o MEC investirá R$ 650 milhões em 2006. O ministro Fernando Haddad salienta que todos os professores terão os salários reajustados acima da inflação, com média de 9,25%. E já a partir de janeiro.

    Pelo projeto, os professores com mestrado, doutorado ou especialização receberão aumento de 50% no valor pago por sua titulação. Haverá, também, uma nova categoria, a de professor associado, e a continuidade no processo de equiparação da Gratificação de Estímulo à Docência (GED) para ativos e aposentados. A previsão do ministro é equiparar a gratificação em 2006. “Aumentamos de 65 para 91 pontos em 2004, para 115 em 2005 e vamos trabalhar para equiparar em 140 no ano que vem”, disse.

    A greve ainda causa transtorno a universitários de 34 das 61 instituições federais de ensino superior prejudica cerca de 200 mil alunos da graduação em todo o país.

    Repórter: Flavia Nery

  • Pela primeira vez, professores e diretores de escolas de assentamentos da reforma agrária de nove estados do Norte e Nordeste (Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Piauí e Pará) concluirão, em julho de 2006, o curso de graduação em pedagogia da terra oferecido pelo Departamento de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

    O curso, com 54 alunos, é uma parceria da UFRN com o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os estudantes são indicados pelos movimentos sociais e assumem o compromisso de continuar na comunidade. Construído na pedagogia da alternância, que permite ao aluno estudar e permanecer na atividade rural, o curso tem atividades na universidade durante 45 dias por semestre, em regime de internato. Depois, o aluno volta para a comunidade onde vai trabalhar e pesquisar sob a orientação de um monitor.

    Para a coordenadora do curso da UFRN, Marta Pernambuco, a formação é importante porque na maioria dos assentamentos da reforma agrária não há escola. Em outros, a escola é precária, os professores não têm formação e o analfabetismo é alto. Com a qualificação dos professores, os assentamentos passam a ter quadros para coordenar projetos exercendo poder multiplicador das ações locais. Marta Pernambuco informa que outra carência dos assentamentos é a oferta de educação média. Quando a UFRN fez a chamada para o curso nos 260 assentamentos do Rio Grande do Norte, encontrou dez candidatos com ensino médio completo.

    Resultados - O Pronera tem parcerias com 30 universidades públicas, federais e estaduais, que executam 50 convênios. As ações envolvem a alfabetização de jovens e adultos, cursos de nível médio e técnico-profissionalizante e cursos superiores em áreas como pedagogia da terra, agronomia, ciências agrárias. Desde 1998, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) coordena a execução do programa, que envolve articulação interinstitucional de estados, universidades e movimentos sociais para fortalecer a educação nos assentamentos.

    Os objetivos são reduzir o índice de analfabetismo entre trabalhadores rurais jovens e adultos residentes nos acampamentos e assentamentos, elevar a escolarização formal e ampliar o acesso à educação básica, com prioridade à oferta de formação técnico-profissional.

    Repórter: Ionice Lorenzoni


  • Cada vez mais escolas públicas se preocupam em preparar o estudante para o mercado de trabalho. É justamente este o objetivo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): avaliar o aprendizado universal do aluno e sua capacidade de interpretação e reflexão. É importante, para isso, que o aluno conheça suas habilidades à medida que o mundo exige novas formas de pensar e agir. A iniciativa tem o objetivo de superar as avaliações tradicionais que, em boa parte, não refletem o processo desenvolvido na sala de aula.

    É o caso do Centro Educacional 07 de Ceilândia, cidade do Distrito Federal. O professor Juscelino de Freitas Oliveira diz que a matriz pedagógica do Enem é utilizada em todas as matérias, principalmente nas disciplinas de geografia e história. Os professores desenvolvem, nestas disciplinas, um trabalho com base nas questões do Exame Nacional do Ensino Médio.

    "Ensinamos aos alunos a importância do raciocínio e tentamos evitar que eles apenas decorem os ensinamentos", explica o professor. Ele destaca a procura dos alunos para se inscreverem no exame, que será realizado em 727 municípios de todo o país, no dia 28 de agosto. "A possibilidade de conseguir uma boa pontuação e ingressar no ensino superior por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) vem estimulando os alunos a prestarem a prova do Enem", acredita Juscelino.

    Avaliação - O professor do Centro Educacional 07 de Ceilândia observa que o estilo de avaliação interdisciplinar já é realizado na instituição e que são abordados temas que possam ser utilizados no cotidiano dos 1.100 alunos que cursam o ensino médio na escola 07 de Ceilândia.

    A professora da pós-graduação em psicologia cognitiva, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e idealizadora da prova do Enem, Maria da Graça Bompastor Borges Dias, salienta a necessidade de interpretação para o aprendizado. "A compreensão de textos é uma atividade indispensável para a aprendizagem dos diversos conteúdos escolares", explica.

    Repórter: Sandro Santos

  • Os professores de espanhol que trabalham em escolas públicas do ensino médio receberão do MEC, a partir de 2006, um livro, uma gramática e dois dicionários em língua espanhola. Os materiais didáticos serão distribuídos primeiro para as escolas que já oferecem o espanhol e a seguir para aquelas que incluírem a disciplina na grade curricular no próximo ano. A decisão está na Portaria nº 3.771, publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira, 27.

    A portaria, assinada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, distribui as responsabilidades pela aquisição e distribuição das obras didáticas entre a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Caberá à SEB fazer a triagem, seleção e avaliação pedagógica do livro do professor, da gramática, de um dicionário bilíngüe espanhol/português e português/espanhol e de um dicionário monolíngüe espanhol/espanhol; a inscrição das obras, triagem, aquisição e distribuição ficarão a cargo do FNDE.

    A execução do programa deverá seguir seis etapas que serão objeto de editais específicos. Uma das exigências diz que a inscrição das obras será feita pelos titulares dos direitos autorais e a compra por negociação direta do FNDE com os titulares dos direitos autorais. A decisão do MEC de oferecer os materiais didáticos em língua espanhola cumpre dispositivos da Lei nº 11.161/2005, que instituiu o ensino de espanhol na educação básica e deu prazo de cinco anos para sua implantação.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Professores de Goiânia fazem até amanhã, 10, curso de capacitação em Tecnologia Assistiva com ênfase na comunicação alternativa. O objetivo é capacitar educadores a utilizar e desenvolver ferramentas que possibilitem a interação e o aprendizado do aluno com necessidades educacionais especiais. A cidade fecha o ciclo de capitais beneficiadas pela iniciativa da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), em parceria com a Associação dos Familiares e Amigos do Down do Rio Grande do Sul. Também foram atendidos os estados de Santa Catarina, Bahia, Rio Grande do Sul, Amazonas e Alagoas.

    A carga horária é de 40 horas, sendo 30 horas presenciais, dez horas a distância e cada turma é formada por 25 educadores. A Seesp está elaborando o cronograma para estender o atendimento a outros estados no segundo semestre.

    Segundo a coordenadora-geral de Desenvolvimento da Educação Especial, Kátia Barbosa, o enfoque é nas tecnologias e ajudas técnicas que o professor pode utilizar em sala de aula para ajudar o aluno a vencer suas limitações. “As chamadas ajudas técnicas vão de softwares sofisticados até a ferramentas simples como, por exemplo, acrescentar uma mola na tesoura para facilitar a utilização do objeto por um aluno com dificuldades motoras. Até sucata pode ser utilizada para fazer uma adaptação”, explica.

    Kátia Barbosa conta que a capacitação faz com que o professor se sinta habilitado a desenvolver seu trabalho e a inclusão dos estudantes com necessidades educacionais especiais com os demais estudantes realmente se efetive.

    Dentre os pontos abordados no curso estão: educação inclusiva; atendimento educacional especializado; conceito de tecnologia assistiva na perspectiva da inclusão; a comunicação aumentativa e alternativa e sua utilização na educação inclusiva; prática e confecção de pranchas de comunicação com software; adaptação de livros de estórias, com utilização de software; utilização das ferramentas de apoio às várias atividades da rotina escolar e informática acessível.

    Repórter: Juliana Meneses

  • Professores que lecionam a língua inglesa em escolas públicas brasileiras de educação básica terão, no segundo semestre, a oportunidade de participar de seleção para mil vagas de um curso de atualização a distância, com certificado da Open University, da Inglaterra. O acordo, em fase de finalização, faz parte do memorando de entendimento celebrado na semana passada, em Londres, pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Educação e Treinamento da Inglaterra, Ruth Kelly, que visa aprofundar a cooperação bilateral.

    A atualização dos professores, explica o secretário de Educação a Distância, Ronaldo Mota, terá duração de 120 horas, sendo 60 horas no segundo semestre deste ano e outras 60 horas no primeiro semestre de 2007. O curso será a distância, oferecido pela Open University em convênio com a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e a avaliação será presencial, no Brasil, com professores da instituição inglesa.

    Para concorrer ao curso os professores terão que atender a uma série de critérios, entre eles: ser efetivo da rede pública estadual ou municipal; estar no efetivo exercício do magistério, em sala de aula no ensino fundamental ou médio; e ter graduação em inglês.

    Critérios – Assim que o acordo for finalizado, o MEC vai divulgar os critérios de seleção e a data para o inicio das aulas. Neste momento, explica Ronaldo Mota, a Open University está preparando os conteúdos do curso que serão específicos para professores brasileiros que ensinam a língua inglesa.

    A Seed estima que as redes municipal e estadual têm cerca de 70 mil professores de inglês. Mota anunciou que o Ministério da Educação também estuda a celebração de acordo semelhante com a Universidade Aberta da Espanha para a atualização de professores brasileiros que ensinam a língua espanhola nas redes públicas da educação básica.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • No dia 4 de novembro, o Núcleo Tecnológico de Educação (NTDE) de Boa Vista (RR) irá promover o Primeiro Encontro de Educação e Tecnologia com o objetivo de capacitar professores e gestores para o uso da tecnologia em favor da educação.

    O curso contará com palestras de professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

    Os laboratórios serão coordenados pelo NTDE através das diretrizes do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação (Seed/MEC), que provê informações para professores, alunos, técnicos e gestores através da tecnologia.

    O ProInfo é um incentivo ao uso de tecnologias. Por esse motivo, o MEC já instalou 59 mil computadores em escolas públicas e núcleos tecnológicos de educação. O ProInfo já beneficiou 5,8 milhões de alunos e 218 mil professores em 5.140 escolas públicas de 1.819 municípios do país. O ProInfo também apóia as escolas no desenvolvimento de projetos comunitários, facilitando o acesso aos laboratórios de informática para pais de alunos e outros membros da comunidade em torno da escola que, dessa forma, constitui-se em espaço de inclusão digital. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Foto: Tereza SobreiraMais de 50% dos professores de quatro universidades públicas aprovam o sistema de cotas raciais e sociais para ingresso de alunos nas instituições. Entre aqueles que já deram aula para cotistas, o índice sobe para 66%. Os dados são da pesquisa Três Anos de Cotas realizada pelo Programa Políticas da Cor, do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), entre outubro de 2005 e fevereiro de 2006.

    A pesquisa envolveu 558 professores dos cursos de direito, engenharia civil, medicina, história e pedagogia das universidades federais de Alagoas (Ufal) e de Brasília (UnB), além das estaduais da Bahia (Uneb) e do Rio de Janeiro (Uerj). Os professores responderam questionários sobre nove pontos, desde a avaliação do sistema de cotas, convívio inter-racial na universidade, posição quanto às cotas raciais e sociais até o desempenho dos alunos. As instituições que participaram da pesquisa têm o sistema de cotas há três anos. Dados da Secretaria de Educação Superior do MEC (SESu), relativos a abril deste ano, indicam que 22 universidades federais e estaduais trabalham com percentuais de cotas em seus vestibulares.

    Mais da metade dos entrevistados, 52%, se declarou a favor das cotas, mas os índices são diferentes entre os professores das instituições. Na Uneb, 73% são favoráveis e na Ufal apenas 35%. Entre os professores que já deram aula para cotistas – 45% dos entrevistados –, o percentual a favor aumenta para 66%. Em relação à pergunta sobre racismo na universidade, 46% dizem que existe. O percentual sobe para 53% na UnB e cai a 35% na Uerj.

    Para o secretário de Educação Superior e ministro da Educação interino, Nelson Maculan Filho, ao dar pontos à reserva de vagas nas universidades públicas e ao avaliar positivamente o desempenho dos alunos, os professores confirmam que o governo federal agiu corretamente ao abrir a discussão sobre a política de cotas raciais e sociais. A divulgação da pesquisa, diz, recoloca o debate nas ruas sobre a importância da aprovação do projeto de lei das cotas (PL 73/99) que tramita no Congresso Nacional.

    Desempenho – Os melhores índices da pesquisa nas quatro universidades estão no desempenho dos cotistas. Dos 251 professores da mostra que já deram aula para cotistas, 74% disseram que o desempenho dos alunos é bom ou muito bom. Mas a pesquisa constatou variações destes conceitos: na UnB e Uneb é de 75%; na Uerj, 65%; e na Ufal, 50%. O desempenho ruim obteve 6% e o regular, 19%. Quando a pergunta dizia respeito à cor dos estudantes, 87% dos professores disseram que o aproveitamento bom ou muito bom é comum a alunos negros e brancos.

    Na avaliação do sistema de cotas, 80% dos professores responderam que o nível acadêmico da instituição continuou igual, 10% disseram que melhorou e os outros 10%, que piorou. Em relação à possibilidade de adoção, pelas universidades, de um sistema de cotas raciais e sociais na graduação nos próximos anos, 37% dos professores se manifestaram favoráveis a que todas devem adotá-lo; 27% que apenas as instituições que desejarem; e menos de 37% se opuseram. Já as cotas na pós-graduação têm menos apoio: 28% são favoráveis, 56% são contra e 16% não têm posição. Neste quesito, o maior percentual de apoio vem dos professores da Uneb (42%).

    Dos professores que participaram da pesquisa, 57% são homens e 47% mulheres, 71% são brancos, 20% pardos, 6% pretos e apenas oito indígenas e quatro da raça amarela. Quanto à titulação, 47% são doutores, 9% estão em cursos de doutorado, 26% são mestres, 8% cursam mestrado e 10% não têm e não cursam mestrado. Na distribuição dos cursos, 109 lecionam na área de direito, 92 engenharia civil, 104 história, 98 medicina e 155 pedagogia.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Os professores não devem deixar que os apelos na mídia interfiram na escolha do livro didático. “Eles precisam ficar atentos aos apelos mercadológicos feitos pelas editoras de diferentes formas, entre elas, propagandas e programas de televisão e mídia impressa”, observa Jane Cristina da Silva, coordenadora geral de Estudos e Avaliação de Materiais Didáticos da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    Segundo Jane Cristina, existe um código de conduta do MEC que proíbe as editoras de mandarem seus representantes às escolas para divulgar os livros que produzem. As normas desse código estão na Portaria 2.963, de 29 de agosto de 2005, assinada pelo ministro Fernando Haddad. “O processo de escolha dos livros didáticos deve ser realizado de forma a garantir transparência e confiabilidade dos programas, assegurando ao aluno o acesso a um material didático de qualidade, que contribua para o seu pleno desenvolvimento e para o exercício da cidadania”, diz o texto.

    Em seu artigo 2o, a Portaria 2.963, proíbe os titulares de direitos autorais ou seus representantes de realizar a divulgação dos materiais diretamente nas escolas, exceto o envio de livros e catálogos, se houver, por remessa postal. Veja a íntegra da portaria.

    Prazo - O Guia do Livro Didático, que indica várias opções de livros que podem ser adotados em 2007, chega até o dia 15 deste mês em 131 mil escolas públicas de 1a a 4a série da educação fundamental. Os professores precisam escolher os livros até dia 30 deste mês.

    “A escolha deve ser feita a partir da experiência dos professores e da leitura do guia”, comenta Jane Cristina. Ela acrescenta que as escolas têm o direito de escolher os livros, sem interferências. A escolha dos livros é por escola e não por município. Uma cidade com cinco escolas pode ter obras diferentes em cada uma.

    Novos -  É obrigação das escolas entregar livros novos aos alunos. “Mesmo que sejam parecidos, não são os mesmos de anos anteriores, pois estão atualizados”, diz Jane Cristina. Os livros didáticos são utilizados por três anos. Depois, precisam ser devolvidos à escola para que ela faça doações ou os coloque em sua biblioteca.

    Dentre os 95 livros e 145 coleções indicados pelo MEC, este ano, cada escola terá de optar por sete obras: um livro de alfabetização, um de geografia regional e um de história regional; e coleções de ciências, geografia, história, língua portuguesa e matemática, uma de cada área. Essa decisão encontra parâmetros e orientações nos sete volumes do Guia do Livro Didático, elaborado pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e que vale para a adoção de livros e coleções, entre 2007 a 2009.

    A coleção do guia foi encaminhada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), que mandou confeccionar 155 mil exemplares de cada obra. As escolas que não receberem os volumes do guia poderão procurar as secretarias estaduais de educação, que têm reserva técnica, ou a Central de Atendimento do FNDE, pelo telefone 0800-616161. A escolha dos livros e coleções a serem adotados por cada escola deve ser indicada em um formulário anexo dos volumes do guia, já com selo pago para ser remetido ao MEC, até dia 30 de junho. O prazo é importante para que o professor que vai escolher os livros permita ao FNDE passar às etapas seguintes, como aquisição e distribuição dos livros.

    Modernos – Desta vez, os volumes do Guia de Livros Didáticos têm na capa um mosaico com bolas coloridas e crianças sorrindo. Guia de alfabetização (laranja); ciências (lilás); geografia (verde); história (marrom); língua portuguesa (vermelho); e matemática (azul). De linguagem objetiva, o material tem boas ilustrações e uma diagramação suave.

    Os volumes do guia trazem resenhas dos livros didáticos selecionados para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). “Mostram conteúdos, análise, sugestões para uso em sala e diferenças entre as coleções”, diz Jane Cristina. Ela explica que, com base no guia, os professores devem perceber os aspectos de cada obra que melhor se aplicam à realidade local e à sala de aula. “Deve ser um processo coletivo da escola”, ensina.

    Critérios – A avaliação das obras foi feita por universidades públicas. Foram aprovados 47 livros de alfabetização e 27 de história regional, além de 12 coleções de ciências, 31 de geografia, 30 de história, 37 de história regional e 35 de matemática. O processo de avaliação pedagógica das obras didáticas, iniciado em 1996, vem sendo aprimorado para auxiliar o professor na escolha. Os critérios durante o processo de avaliação são divididos em eliminatórios e classificatórios. Correção dos conceitos e informações básicas, correção e pertinência metodológicas e contribuição para a construção da cidadania são critérios eliminatórios. Os aspectos gráficos e editorais são classificatórios.

    Súsan Faria

  • Os interessados em concorrer ao Prêmio Professores do Brasil têm até o final da próxima semana para se dirigir às secretarias estaduais de educação, onde as inscrições estão sendo feitas até 2 de setembro. O prêmio tem o objetivo de reconhecer o trabalho dos professores da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental da rede pública. Os 20 melhores projetos pedagógicos vão receber R$ 5 mil cada, além de troféu, certificado e viagem a Brasília para participar de um seminário e da solenidade de premiação, em novembro.

    O Professores do Brasil unificou os prêmios Incentivo à Educação Fundamental e Qualidade na Educação Infantil. Segundo Jeanete Beauchamp, diretora de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), a avaliação em conjunto dos trabalhos nas creches e pré-escolas e nas turmas de 1ª a 4ª série é a mais correta. “É importante esse trabalho integrado entre educação infantil e as séries iniciais do ensino fundamental, porque estamos trabalhando com a infância, que não termina aos seis anos”, afirma.

    O prêmio é uma parceria do Ministério da Educação com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Fundação Bunge e a Fundação Orsa. Os projetos são selecionados em cada estado por uma comissão formada por especialistas em educação indicados por estas entidades. São premiados os dez melhores trabalhos da educação infantil e os dez melhores do ensino fundamental.

    Apresentação – “O prêmio permite que o conjunto do professorado nacional conheça trabalhos exitosos que estejam sendo realizados nos municípios brasileiros”, ressalta Jeanete Beauchamp. Após a apresentação dos trabalhos no seminário em Brasília, no dia 22 de novembro, eles serão publicados em revistas para serem distribuídos em escolas da rede pública municipal e estadual.

    Mais informações sobre o concurso no telefone 0800 616161 ou no portal do Ministério da Educação.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Os 20 educadores vencedores do 2° Prêmio Professores do Brasil serão homenageados na segunda-feira, 15, Dia do Professor. A secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, vai entregar o prêmio de R$ 5 mil a cada educador, às 10h, no auditório do MEC.

    O concurso tem como objetivo valorizar o trabalho dos bons professores e divulgar suas práticas como exemplo para outras escolas públicas de educação infantil e ensino fundamental. Este ano, foram inscritas 1.564 experiências. O Prêmio Professores do Brasil é uma parceria do MEC com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Fundação Bunge e Fundação Orsa.

    No dia seguinte ao da premiação, será realizado o Seminário Prêmio Professores do Brasil, no Hotel Nacional, também em Brasília, às 8h30. Os 20 professores selecionados apresentarão trabalhos e iniciativas que tornaram a sala de aula um ambiente agradável e as aulas mais produtivas.

    Para participar do encontro, é necessário preencher a ficha de inscrição e enviá-la pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo fax (61) 2104-9274.

    A lista das experiências premiadas está na página eletrônica da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    Flavia Nery

  • A partir desta terça-feira, 26, escolas e professores da rede pública de ensino médio de todo o país podem escolher os livros didáticos de língua portuguesa e matemática que serão utilizados em sala de aula em 2006. A escolha será feita com base no Guia do Livro Didático, que será encaminhado às escolas e está disponível na página eletrônica do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). A opção pode ocorrer via internet ou formulário, enviado com o Guia. Pela internet, a escolha deve ser feita até o dia 2 de julho. Quem preferir usar o formulário impresso deve postar a remessa até 24 de julho.

    A Coordenação-Geral de Produção e Distribuição do FNDE expede, esta semana, carta-circular a todas as escolas públicas do ensino médio do Brasil com as orientações para a escolha. Com o documento, a coordenação está encaminhando o login (nome de acesso) e a senha para a escolha das obras, de uso exclusivo da direção da escola.

    A carta-circular alerta escolas e professores para a necessidade de conservação dos livros, que devem ter vida útil de três anos, e a obrigatoriedade de os alunos devolverem as obras no fim do ano letivo - os exemplares serão reutilizados no ano seguinte por outros estudantes. No caso de insuficiência de livros, a coordenação orienta as escolas a utilizar o Sistema de Controle de Remanejamento e Distribuição da Reserva Técnica (Siscort), também encontrado na página eletrônica do FNDE. O sistema facilita, registra e controla o remanejamento de livros entre escolas e secretarias de Educação.

    Disciplinas - O Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio (Pnlem) foi criado em 2004 e começou com um projeto-piloto destinado aos alunos da primeira série das regiões Norte e Nordeste. Foram distribuídos 2,7 milhões de livros de língua portuguesa e de matemática para 1,3 milhão de alunos de 5.392 escolas públicas. O investimento foi de R$ 25 milhões.

    Em 2006, o benefício será estendido a todo o País e contemplará as três séries do ensino médio com obras didáticas das duas disciplinas. Serão beneficiados 8,1 milhões de alunos de 16.148 escolas. O FNDE espera cobrir a grade curricular a partir de 2007 com a aquisição de livros de todas as disciplinas.

    Repórter: Lucy Cardoso

  • Os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal, estão oferecendo ou vão oferecer formação continuada a professores do ensino médio. Os docentes poderão fazer cursos de especialização e pós-graduação em biologia, física, química e matemática em instituições de ensino superior (Ifes) selecionadas pelo Ministério da Educação. Os recursos, de R$ 5,7 milhões, provêm do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino Médio (Promed), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

    O MEC selecionou 76 projetos de especialização e de pós-graduação de 56 Ifes. A seleção foi feita por meio do Programa Nacional de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio (Pro-Ifem), da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC). Com a iniciativa, o MEC dá ao professor a chance de se atualizar e de aprofundar conhecimentos.

    Os cursos de aperfeiçoamento ligados ao Pro-Ifem têm, no mínimo, 180 horas de aula. Os de especialização, 360. “O Pro-Ifem dá chance aos professores de retornar à universidade”, observou Francisco Potiguara, coordenador-geral de políticas do ensino médio. Segundo ele, os estados optaram pelo Pro-Ifem por reconhecer a importância da qualificação dos professores.

    “Até meados de 2006, os professores dos sete estados e do Distrito Federal envolvidos no processo de capacitação terão voltado à universidade”, previu Potiguara. Segundo ele, as secretarias que optaram pelo Pro-Ifem têm independência para montar seu projeto de formação.

    Plataforma— O superintendente do ensino médio da Secretaria de Educação de Goiás, Paulo Sérgio Pantaleão, avalia que o Pro-Ifem repercute na melhoria da educação. “O professor, além do ganho intelectual, tem conquistas no plano de carreira”, disse.

    Paulo Sérgio salientou que o MEC ofereceu à Secretaria de Educação de Goiás a plataforma e-Proinfo (Programa Nacional de Informática na Educação), da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), ambiente digital de aprendizagem a distância. Com ele, os professores estudam on-line, recebem material impresso e trocam experiências com tutores.Mais informações pelos telefones 2104-8813 e 2104-8010.

    Repórter: Susan Faria

     

  • Foto: Júlio César PaesOs professores brasileiros e argentinos, que lecionam nas dez escolas públicas do projeto Escolas Bilíngües de Fronteira, participam nos próximos dias 11 e 25 da segunda das quatro etapas de formação previstas para este ano. O que é o bilingüismo, onde ele se diferencia do estudo da segunda língua e como esta temática se insere do projeto pedagógico das escolas são os conteúdos desta fase da formação.

    No dia 11, em Uruguaiana (RS), a formação será para professores de São Borja, Uruguaiana e Itaqui (no Rio Grande do Sul), e das escolas parceiras do projeto em Paso de Los Libres, São Tomé e La Cruz (na Argentina); no dia 25, em Foz do Iguaçu (PR), reúnem-se os professores das escolas de Dionísio Cerqueira (SC) e de Foz do Iguaçu e suas parceiras Bernardo Irigoyen e Puerto Iguazu, na Argentina. Desde a criação, há um ano e meio, o intercâmbio lingüístico ocorre nas 1ª e 2ª séries do ensino fundamental em dez escolas, uma de cada município. O modelo permite que professores brasileiros ensinem a língua portuguesa nas escolas argentinas e os professores argentinos ensinem o espanhol nas escolas daqui.

    Segundo a coordenadora-geral de Políticas de Formação da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Roberta de Oliveira, a experiência mostra que mais importante que o aprendizado das línguas é a troca cultural que as escolas promovem entre os estudantes dos dois países. Este ano, os professores brasileiros levaram a tradição da festa junina às escolas argentinas e no campo da literatura infantil trabalharam com os personagens do Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato. Em 9 de julho, data comemorativa da independência da Argentina, alunos brasileiros participaram das atividades cívicas das escolas do país vizinho e, em 7 de setembro, alunos argentinos vão atravessar a fronteira para participar dos desfiles em escolas daqui.

    Futuro – Em dezembro deste ano, os técnicos dos ministérios da Educação dos dois países reúnem-se em Buenos Aires para planejar as atividades e a expansão do projeto. Há interesse das escolas em manter a oferta do bilingüismo nas 1ª e 2ª séries e expandir para a 3ª série do ensino fundamental, além de iniciar a preparação dos professores das séries finais do ensino fundamental. O interesse das escolas corresponde à iniciativa dos países do bloco (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) e os associados de Bolívia, Chile e Venezuela, de incluir o projeto Escolas Bilíngües de Fronteira no plano de ação do Mercosul 2006/2010.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

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