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  • Cada município brasileiro terá uma biblioteca pública instalada até o final do ano. A medida, que integra o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), deve impulsionar a hábito de ler no País. A iniciativa foi divulgada pelo secretário executivo do PNLL, José Castilho Marques Neto.

    “Este é um esforço pioneiro entre todos os interessados no desenvolvimento da leitura, com o objetivo de aumentar os índices de leitores por habitante”, disse Carlos Alberto Xavier, da coordenação-executiva do PNLL.

    O brasileiro lê em média dois livros por ano, menos da metade do que se lê na Europa e nos Estados Unidos. Menor até que a média de vizinhos como a Argentina. Lançado em 2006, pelos ministérios da Educação e da Cultura, com apoio de organizações não-governamentais, empresas e sociedade civil, o PNLL procura democratizar o acesso ao livro e despertar o interesse pela leitura por meio de iniciativas como a criação de bibliotecas, financiamento de editoras, distribuição de livros e programas de formação de alunos.

    O foco dos trabalhos concentra-se em eixos temáticos — democratização do acesso, fomento à leitura e à formação de mediadores, valorização da leitura e comunicação e desenvolvimento da economia do livro. No primeiro eixo, o propósito é fortalecer as redes de bibliotecas já existentes e criar outras, com acervos que incluem livros em braile, livros digitais e audiolivros, além de computadores conectados à internet, jornais e revistas. O plano também apóia a abertura de bibliotecas comunitárias em periferias urbanas, hospitais, creches, igrejas e zona rural.

    Qualificação — O segundo eixo usa a educação a distância para qualificar professores que trabalham com fomento à leitura e estudantes que se preparam para o magistério em literatura infanto-juvenil, além de promover concursos que premiam experiências inovadoras na promoção da leitura, como o VivaLeitura, que tem duração prevista até 2016.

    As medidas de valorização da leitura e comunicação integram iniciativas como a realização de campanhas institucionais de valorização do livro, da literatura e das bibliotecas em televisão, rádio, jornal, internet, revistas, outdoors, cinema e outras mídias.
    O último eixo de trabalho abrange medidas de apoio à circulação de escritores por escolas e bibliotecas, a defesa dos direitos do escritor e a publicação de novos autores.

    Maria Clara Machado

  • O Programa Arca das Letras, da Secretaria de Reordenamento Agrário do Ministério de Desenvolvimento Agrário, vai levar, até o fim do mês, 192 bibliotecas rurais aos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Maranhão e Piauí. O objetivo do programa é promover a leitura e levar conhecimento às comunidades rurais. Ele oferece arcas de madeira com aproximadamente 230 títulos de literatura e pesquisa em saúde, educação, meio ambiente, agricultura e conhecimentos de cidadania, entre outros.

    Para sua implementação, o programa tem parceiros importantes como o Banco do Brasil, ministérios da Saúde e Educação, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), entre outros. Desde que foi criado, em 2003, o programa já distribuiu 1,8 mil bibliotecas para comunidades rurais, de 426 municípios de 18 estados. Foram 554 mil exemplares de livros que beneficiaram 183 mil famílias que vivem no campo e têm o acesso à leitura facilitado pelo programa.

    Segundo Cleide Soares, coordenadora do Arca das Letras, “o hábito da leitura é pouco estimulado no país e necessita ser promovido. Em muitas localidades do nosso Brasil, os moradores enfrentam dificuldades de acesso aos livros”. “Com o programa, as comunidades passam a ter um estímulo maior para a leitura e estudo, porque agora possuem uma biblioteca com livros de qualidade pertinho de casa, facilitando a pesquisa escolar e estimulando os processos educacionais no campo”, afirmou.

    De acordo com as diretrizes do programa, é a comunidade quem decide os assuntos que irão compor o acervo e o local onde a biblioteca será instalada. Ela também indica o agente de leitura – voluntário da comunidade que atua no empréstimo dos livros e nas ações de incentivo à leitura.

    Capacitação – Desde 2003, o Arca das Letras já capacitou 3,8 mil agentes de leitura. “Nossas perspectivas estão voltadas para a construção de parcerias que possam contribuir para aumentar o alcance do programa. Não temos dúvidas quanto à validade dos investimentos dirigidos para a promoção da leitura”, concluiu Cleide Soares.

    Interessados em formar parcerias ou obter mais informações sobre o programa devem entrar em contato com o Ministério do Desenvolvimento Agrário pelo telefone 0800-7287000 ou pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Repórter: José Leitão

  • Bibliotecas universitárias e livre acesso à informação científica é o tema do 19º Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (SNBU), que será realizado a partir do próximo domingo, 22, e vai até sexta-feira, 27. O evento teve sua primeira edição em 1978 e ocorre a cada dois anos em um estado brasileiro diferente. Desta vez, foi promovido pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e será sediado em Salvador.

    O seminário tem a mediação do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal da Bahia em parceria com a Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Universidade de Salvador (Unifacs) e a Faculdade 2 de Julho.

    O encontro promove a troca de experiências entre as bibliotecas universitárias. Na discussão sobre o livre acesso à informação científica, o Portal Periódicos surge como elemento central. O presidente da Capes, Jorge Guimarães, e a coordenadora de acesso à informação científica e tecnológica, Elenara Chaves, apresentarão um painel na quarta-feira, 25, sobre o portal.

    O Portal Periódicos é um dos maiores bancos de informações do mundo, com 10.520 títulos acadêmicos de fontes nacionais e internacionais. O acesso é realizado a partir de qualquer terminal ligado à internet, localizado nas instituições autorizadas. Desde 2000, ano em que foi criado, o portal é um instrumento fundamental no combate às desigualdades regionais, pois permite o acesso a informações científicas e tecnológicas produzidas em todo o mundo. A consulta é gratuita e oferecida a cientistas, pesquisadores, professores e estudantes de 183 universidades e institutos de pesquisa com programas de pós-graduação recomendados pelo MEC. Ao todo, o portal contabiliza 90 mil acessos diários.

    Para comemorar os seis anos do portal e os 60 da UFBA será realizada solenidade na terça-feira, 24, com a presença do governador da Bahia, César Borges, do reitor da UFBA, Naomar Monteiro, e do presidente da Capes.

    Outras informações sobre o seminário podem ser obtidas na página eletrônica do SNBU.

    Repórter: Ana Guimarães Rosa

  • Três programas sobre meio ambiente destinados ao ensino fundamental abrem nesta quinta-feira, 25, a programação da TV Escola: às 7h, Se Deixar o Bicho Vive; às 7h15, As Árvores; e, às 8h10, O que Fazer com o Esgoto? Eles mostram, respectivamente, a fauna do Nordeste do Brasil, as diferenças e similaridades entre o ser humano e a árvore e as formas de tratamento do esgoto em vários países. Serão reprisados às 9h, 13h, 17h e 21h.

    No Salto para o Futuro, dois programas da série Novas Formas de Aprender, que aborda as possibilidades das comunidades virtuais de aprendizagem e as ferramentas que a internet oferece para o apoio aos professores. Às 11h, com reapresentação às 15h, será exibido Blog e Flog como Recursos de Aprendizagem. Às 19h é a vez de Ferramentas Disponíveis na Web que Desafiam o Desenvolvimento da Comunicação.

    Na faixa de ensino médio o destaque é O Projeto Político Pedagógico: Conceitos e Significados, apresentado às 12h, com reprise às 16h, 20h e 23h. Da sessão Fazendo Escola, o programa discute a importância da elaboração de um projeto político pedagógico e a compreensão dos conceitos e significados envolvidos a partir da prática exercida em algumas escolas do país.

    A TV Escola pode ser acessada pelos canais 27 (Sky), 237 (Direct TV) e 4 (Tecsat) e também por antena parabólica analógica e digital. As grades de programação estão disponíveis na página da Seed . (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) promoveu, em sua sede em Washington (DC), nos Estados Unidos, nos dias 12 e 13 deste mês, reunião de especialistas em Educação a Distância (EaD) dos países da América Latina e Caribe, para a discussão de referenciais de qualidade para EaD.

    “Por muito tempo discutiu-se qualidade em EaD pelo prisma de projetos pedagógicos e de possibilidades tecnológicas”, avaliou o diretor do Departamento de Políticas de EaD do MEC, Hélio Chaves Filho. “Nosso desafio será ampliar o enfoque para considerarmos, inclusive, as diversidades regionais e nacionais, bases de sustentabilidade financeira e tecnológica de cursos e programas”, comentou.

    Hélio Chaves Filho apresentou a política para o setor, informando sobre regulação, projetos e programas, além da exposição dos referenciais de qualidade para EaD que estão em vigência, como a avaliação de estudantes, níveis e modalidades de oferta para esta forma de ensino e certificação.

    Participaram da reunião representantes da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, México e República Dominicana. Dentre os participantes, o Brasil é o único representante da América Latina que possui uma Secretaria de Educação a Distância no âmbito do Ministério da Educação.

    Nesta sexta-feira, 13, durante a reunião, a diretora do setor de desenvolvimento do BID, Nohra Rey de Marulanda, apresentou a possibilidade de ser criado um fundo específico do banco para o financiamento de projetos internacionais conjuntos para a área de Educação a Distância, da ordem de US$ 1 milhão. Segundo ela, “o propósito de financiamento de programas é utilizar a EaD como forma de democratizar a educação visando à redução de desigualdades sociais. A principal regra para o uso dos recursos diz respeito à cooperação e organização de, pelo menos, três países.” (Assessoria de Imprensa da Seed/MEC)

  • Considerando que o acordo entre o Ministério da Educação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a execução do Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep) termina em novembro de 2006, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), José Henrique Paim Fernandes, determinou que sejam alocados R$ 79 milhões para a conclusão dos convênios vigentes e R$ 12,6 milhões para a reativação de 31 convênios cancelados em 2003. “Com esta medida, nenhum projeto desenvolvido pelo Proep ficará inacabado”, afirma Paim.

    Duas datas foram estipuladas para o encerramento do Proep. Maio de 2006 é o prazo final para comprometer recursos do programa, ou seja, realizar contratos para a aquisição de bens e materiais e serviços para a construção e recuperação de escolas. Em novembro de 2006 deverá ser apresentada a prestação de contas dos recursos aplicados.

    Na última semana, uma missão do BID esteve em Brasília para avaliar, com gerentes e técnicos do FNDE e da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), a execução do programa. A missão ocorre duas vezes ao ano e tem por objetivo fazer um balanço e rever as metas de execução. No encontro, o grupo constatou que 26 dos 269 convênios do Proep apresentam algum tipo de problema ou inadimplência por parte dos executores. Esses convênios serão objeto de avaliação, visando identificar suas inadequações e ineficiências e buscar soluções para os problemas.

    Convênios – O Proep visa diversificar a oferta de cursos no ensino profissionalizante, definir cursos que atendam à demanda da sociedade e às exigências das novas tecnologias e ampliar o número de vagas nesse nível de educação. Participam do programa as instituições federais de educação profissional, os estados, o Distrito Federal, as escolas estaduais e as do segmento comunitário.

    “Atualmente, o programa beneficia 176.282 alunos, por meio de 152 escolas em funcionamento”, afirma Aguinaldo Pacheco, coordenador-geral de Desenvolvimento e Modernização da Setec. “Temos 269 convênios assinados para investimento em projetos escolares, dos quais 57 são com a rede federal, 91 com os estados, 94 com o segmento comunitário e 27 para a execução dos planos estaduais.” (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • A cidade de Olinda (PE) sedia, entre os dias 7 e 16 de outubro, a 5ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que vai homenagear a França e o filósofo francês Jean-Paul Sartre. Para conferir a programação, que vai de Sartre às novas tecnologias na internet, acesse o endereço eletrônico da bienal.

    O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) participa pela primeira vez do evento. Além de um estande com exposição de livros didáticos e de literatura, o FNDE integra a programação cultural, com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).

    O evento será realizado no Centro de Convenções de Pernambuco (Empetur), no Complexo Viário Vice-governador Barreto Guimarães, s/nº, Salgadinho. (Assessoria de Comunicação Social)

  • O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) participará da 20ª Bienal Internacional do Livro, que começa na próxima na quinta-feira, 14, e vai até o dia 24, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. O estande do FNDE terá uma ampla programação, com narração de histórias para crianças, oficinas e encontros com autores. Também serão divulgados os programas do livro e de incentivo à leitura.

    Estão previstos encontros com autores como Ignácio de Loyola Brandão, Daniel Munduruku, Anna Claudia Ramos e Ricardo Azevedo. A programação prevê também oficinas de preservação de livros, ilustração e xilogravura. Na sexta-feira, 15, às 11h, o presidente do FNDE, Daniel Balaban, falará sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e as políticas do livro e de leitura.

    Realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), a 20ª edição da Bienal vai reunir, em 70 mil metros quadrados, 350 expositores nacionais e estrangeiros, que representarão mais de 900 selos editoriais. São esperadas mais de 800 mil pessoas nos 11 dias.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Maior comprador de livros do mundo, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vai aproveitar seu estande na 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começa nesta quinta-feira, 14, para apresentar o trabalho realizado na área de material didático e de incentivo à leitura. O evento vai até 24 de agosto, no Pavilhão de Exposições do Anhembi.

    Além dos programas que fornecem livros didáticos para todos os alunos da educação básica pública (ensinos médio e fundamental), o FNDE vai mostrar como funciona o Programa Nacional Biblioteca da Escola, que encaminha às instituições de ensino acervos com obras de literatura, de pesquisa e de referência. Somente este ano, foram enviados às escolas públicas mais de oito milhões de exemplares, divididos em 282 mil acervos, em benefício de 29 milhões de estudantes da educação básica e infantil. Alguns dos títulos estarão em exposição no estande do fundo.

    Em relação aos livros didáticos, os números são ainda maiores. Nesta semana, o FNDE fechou a compra de 103 milhões de obras, que beneficiarão os cerca de 36 milhões de alunos do ensino fundamental e médio a partir de 2009. No ano passado, foram adquiridos mais de 128 milhões de exemplares. 

    O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e as políticas federais do livro e de incentivo à leitura serão abordados durante palestra do presidente do FNDE, Daniel Balaban, nesta sexta-feira, 15, no Salão de Idéias Volkswagen, durante a bienal. “Todas as ações do PDE são importantes e acabam tendo relação com o tema livro e literatura. A educação é sistêmica. Professores mais bem preparados se interessam mais pela literatura e podem passar esse interesse para seus alunos, formando novos leitores”, afirma Balaban.

    Aspecto lúdico — O estande do FNDE na bienal também pretende envolver crianças e adultos no mundo mágico dos livros, com destaque para as diversas formas de comunicação e linguagem, passeando por obras em braille, na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e em áudio. Haverá encontros com autores renomados, como Ignácio de Loyola Brandão; oficinas de ilustração, confecção e conservação de livros; além da narração de histórias, onde contadores experientes levarão crianças, jovens e adultos a entrar nas histórias fantásticas desse mundo lúdico.

    Realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), a 20ª edição da bienal vai reunir 350 expositores nacionais e estrangeiros em 70 mil metros quadrados do pavilhão do Anhembi, representando mais de 900 selos editoriais. A expectativa é de que mais de 800 mil pessoas visitem os onze dias da feira.

    Confira a programação do estande do FNDE.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • A Fundação Bienal do Mercosul está oferecendo uma boa oportunidade para os universitários: um curso gratuito de formação de mediadores para a 5ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul. Para concorrer às 300 vagas, os estudantes devem estar matriculados no terceiro semestre em diante. Não há restrições para os candidatos, que podem ser de qualquer área.

    O curso será realizado entre os dias 9 de agosto e 1º de setembro, na sede do Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano, em Porto Alegre (RS), e contará com a participação do curador-geral da bienal, Paulo Sergio Duarte, além de professores e críticos de arte, que explicarão a evolução da arte contemporânea e como a bienal funciona. Os alunos serão divididos em duas turmas: manhã (8h30 às 12h) e noite (19h às 22h30).

    As inscrições podem ser feitas na página eletrônica  da bienal e estão abertas até o dia 5 de agosto. Os candidatos devem enviar uma mensagem para o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. com currículo resumido, carta de interesse e a preferência de horário para freqüentar as aulas. Os selecionados receberão uma mensagem eletrônica no dia 8 de agosto. Os 300 estudantes serão avaliados ao longo do curso e 175 serão selecionados para uma segunda etapa, que começa no dia 8 de setembro. Esses jovens serão contratados para atuar como mediadores da bienal e receberão bolsa-auxílio de R$ 400,00. Os demais candidatos poderão ser chamados pela fundação, conforme a necessidade do evento.

    Este ano, a bienal tem como tema Histórias da Arte e do Espaço, e ocorre de 30 de setembro a 4 de dezembro, em Porto Alegre. O escultor mineiro Amílcar de Castro será o homenageado desta edição, que conta com obras de artistas de toda a América Latina e mais as presenças confirmadas dos norte-americanos Ilya Kabakov e Stephen Vitiello, da iugoslava Marina Abramovic e do francês Pierre Coulibeuf.

    Repórter: Raquel Sá

  • Rio de Janeiro — Cabelo raspado quase rente ao couro cabeludo, camiseta da escola agarrada na barriga, olhinhos brilhando, Marcos Vinícius Deveso, sete anos, pediu: “Conta uma história de monstro!”. Mal ouviu o pedido, o escritor e ator José Mauro Brant não se fez de rogado: abriu uma maleta cheia de publicações e de lá tirou o livro Bruxa, vem à minha festa!, de Arden Druce.

    Durante os vinte minutos seguintes, embarcou com o menino e outras 42 crianças na história da bruxa que convidava animais, como a coruja e o gato, e personagens imaginários, como o dragão e o fantasma, para uma muito divertida festa.

    Ao lado dos colegas, todos alunos de primeira série do ensino fundamental do Instituto Educacional Cardoso Ribas e do Centro Cultural Vivenda, no Rio de Janeiro (RJ), Marcos Vinícius passou boa parte da manhã desta sexta-feira, 14, no estande do Ministério da Educação, na 13ª Bienal do Rio de Janeiro, ouvindo histórias e folheando livros. Pouco antes do meio-dia, depois de outras cinco histórias e de 'sapecar' um beijo no ator — que, àquela altura, já tinha virado 'tio' da garotada —, o menino lamentou: “Que pena que acabou...”. Mas logo se conformou, ao entrar na fila para ganhar de presente um dos livros do acervo do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE),  do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC).

    O PNBE é um programa voltado para a aquisição de obras de literatura brasileira e estrangeira, infanto-juvenis, de pesquisa, de referência, além de outros materiais de apoio a professores e alunos — como atlas, globos e mapas — e sua distribuição às bibliotecas das escolas públicas de educação básica.

    Em 2006, o FNDE investiu R$ 46,3 milhões para atender a 46.700 escolas com aproximadamente 14 milhões de alunos matriculados nas séries finais do ensino fundamental. Este ano, serão comprados seis milhões de livros que irão beneficiar 29 milhões de estudantes da educação infantil, das séries iniciais (1ª a 4ª) do ensino fundamental e do ensino médio.

    Fim de semana — Neste final de semana continua a programação do estande do MEC/FNDE na 13ª Bienal do Livro. Sábado, 15, às 10h30, tem oficina de encadernação de livros para leigos, com Lílian Dias e Tony Barreto; à tarde, das 13h às 14h, a escritora Marina Colasanti conversa com estudantes e professores sobre suas obras e o processo de criação; das 15h às 16h, o escritor Bartolomeu Campos de Queirós fala a respeito do livro O olho de vidro do meu avô; e das 17h às 18h, Fátima Café conta histórias para as crianças.

    A programação de domingo, 16, começa às 10h30, com uma oficina de ilustração comandada pela artista Graça Lima, que, das 13h às 14h, fala sobre Viagens na Imagem. O poeta Ferreira Gullar se apresenta no estande das 16h às 17h, para um bate-papo informal com o público e, das 17h30 às 18h30, Fátima Café volta a animar a garotada com divertidas histórias. Mais informações na página eletrônica da bienal.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • A Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho (EAF-Muzambinho), em Minas Gerais, é considerada, hoje, um centro de referência em pesquisas com oleaginosas – matérias-primas para produção de combustível verde, mais conhecido como biodiesel. Resultado da fusão de óleos vegetais com o álcool, o biodiesel é o mais novo combustível de origem renovável. As alternativas de matéria-prima para o fornecimento do óleo vegetal são diversas no Brasil, como é o caso do girassol, pinhão manso, soja, amendoim, algodão, dendê, milho, entre tantas outras que podem ser cultivadas de acordo com a aptidão agrícola e o clima de cada região do País.

    O girassol, o pinhão manso e o nabo forrageiro são as culturas pesquisadas pelos alunos e professores da EAF-Muzambinho. Eles verificam a adaptação dessas culturas ao solo da região, estudam as possíveis pragas e os defensivos agrícolas mais adequados, o melhor adubo e o espaçamento que deve ser utilizado entre as plantas e, ainda, métodos e períodos de plantio e colheita.

    Esses alunos, depois de capacitados pela escola, adquiriram conhecimento no que diz respeito à cultura do girassol, o que possibilitou que eles prestassem assistência técnica, na forma de estágio não remunerado, para a cooperativa de miniusinas de biodiesel, a Biobras. Atualmente, essa cooperativa é formada por nove miniusinas de processamento do combustível verde, abastecidas pela produção de mais de dois mil pequenos produtores rurais.

    Os alunos da escola também estão sendo capacitados para de serem integrados ao mercado de trabalho, uma vez que o município de Muzambinho terá, para o próximo ano, a sua própria miniusina de biodiesel.

    Segundo o professor Alberto Donizete Ales, responsável pelas pesquisas realizadas na EAF-Muzambinho, desenvolver as oleaginosas – matéria-prima do biodiesel –, com sustentabilidade, respeitando o meio ambiente e os conhecimentos tradicionais das populações envolvidas, é preocupação constante dos estudos. “As pesquisas realizadas são fundamentais para que os pequenos produtores rurais sejam direcionados e orientados de forma correta, a fim de tirar o melhor proveito econômico, ambiental e social do combustível verde”, explica.

    O professor conta ainda que no Brasil, mais de 200 mil famílias de pequenos produtores rurais estão envolvidas com as plantações de oleaginosas, o que faz do novo combustível um fator fundamental para a inclusão social.

    Seminário – A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC) estará presente no 7º Seminário Nacional de Energia e Responsabilidade Social Ambiental no Brasil, que acontece nesta terça-feira, 5. Será distribuída a publicação da secretaria, lançada no último mês de agosto, que apresenta desde a história do biodiesel no Brasil até a produção do combustível verde nas escolas da rede federal de educação profissional e tecnológica.

    Sophia Gebrim e Rosilã Pereira

  • Na cidadezinha gaúcha de Nova Bassano, com pouco mais de 8 mil habitantes, alunos de oitava série, nível médio e técnico, estão melhorando seu rendimento e expandindo suas experiências em sala de aula a partir do uso da tecnologia. A utilização de blogs (páginas pessoais na internet que permitem interação através de textos, imagens e comentários) e outras ferramentas educacionais tornou-se recorrente, servindo de exemplo para os demais professores da região. A iniciativa foi da professora Marli Dagnese, coordenadora do laboratório de informática educativa do Colégio Estadual Padre Colbachini, subordinado ao Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) de Bento Gonçalves.

    O desejo de ampliar as possibilidades de abordagens educativas surgiu quando Marli participou de um seminário sobre tecnologias na educação, em que descobriu as potencialidades do blog. “Vi que permitia a interação dos alunos e a publicação de seus textos de maneira fácil”, explica a professora. Em seguida, ela buscou informações e tirou dúvidas em fóruns e blogs educativos, para iniciar a utilização de novas ferramentas.

    A primeira experiência foi o blogVidas Secas – da ficção à realidade, onde são veiculados trabalhos escolares referentes a obras literárias. “Isso estimula a produção, pois eles (alunos) vêem que seu trabalho está sendo valorizado. É a escola saindo de seus muros”, ressalta a professora.

    Para estimular os alunos do ensino técnico, que chegavam cansados às aulas noturnas de redação e expressão, a professora montou o blog Opinião. Nele, os alunos acessam links para textos com posicionamentos diversos e depoimentos a respeito de um determinado tema que deve nortear a produção de artigos. “A utilização de tecnologia facilita, pois o jovem tem atração por novidades. Indo ao encontro dessa expectativa é possível quebrar resistências”, comenta Marli.

    A partir dessa experiência, a professora montou uma oficina em parceria com os professores de educação de jovens e adultos e a coordenação pedagógica de sua escola. Foi construída uma proposta de trabalho que pode ser conferida no blog EJA - Tempo Comunidade. A proposta foi montada a partir da leitura de jornais, em um período extraclasse.

    ProInfo – Experiências como esta são possibilitadas pelo Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), que tem como objetivo universalizar as tecnologias de informação e comunicação nas escolas do ensino básico. O ProInfo já atendeu 5.140 escolas públicas em 1.819 municípios, beneficiando 5,8 milhões de alunos e 218 mil professores com a instalação de 59 mil computadores em NTEs e escolas. O programa já capacitou 300 mil professores e formou 24 mil monitores para dar apoio técnico aos laboratórios das escolas.

    Ferramentas – Além dos blogs, a professora Marli promove webquests com os alunos para dinamizar as pesquisas. O professor monta um site e propõe um desafio. “Por exemplo, uma pesquisa sobre escritores como Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes. Só que, em vez de os alunos simplesmente copiarem e colarem os conteúdos que encontram na internet – o que normalmente ocorre -, eles têm que dramatizar as poesias e apresentar a vida dos autores, o que os força a compreender o assunto”, observa Marli.

    Os chats também são utilizados como ferramenta educacional. A professora já promoveu um bate-papo entre uma especialista em educação e seus alunos. Depois, eles tiveram que fazer dissertações sobre os assuntos discutidos na conversa para serem inseridas no blog e na página do colégio.

    Com o intuito de compartilhar suas experiências com o uso de tecnologias, Marli, junto com duas professoras de Joinville (SC), montou o Trocando Letras. No blog, elas expõem as etapas de seus projetos, o desenrolar, as expectativas, as frustrações e compartilham as alegrias. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Belém (PA) - O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou, durante reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que as universidades federais têm responsabilidade primordial na formação de professores da educação básica. “Infelizmente, os nossos professores não têm acesso a uma formação de qualidade”, afirma.

    Para resolver essa questão, o ministro citou a importância do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) e as novas atribuições da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), que passa a cuidar também da formação dos professores da educação básica. Outro ponto é o reforço às licenciaturas presenciais. “Formamos poucos professores e a maior parte deles fica na própria universidade ou leciona nas escolas privadas.”

    Ensino superior — Ainda na reunião da Andifes, o ministro reforçou a importância do programa de apoio a planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Segundo Haddad, o programa resgata um documento da Andifes, de 1997, que apresenta possibilidades de ampliação do número de vagas nas instituições federais de ensino superior. Do resgate desse documento nasceram propostas de ampliação do número de vagas e redução das taxas de evasão, ocupação de vagas ociosas e aumento de vagas de ingresso, especialmente no período noturno.

    Com o Reuni, a meta do MEC é dobrar, em dez anos, o número de estudantes de graduação a partir do aumento da relação professor/aluno e da contratação de mais docentes. Serão 680 mil alunos a mais nos cursos de graduação.

    Rodrigo Dindo

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  • O Prêmio Inovação em Gestão Educacional 2008 premiará com R$ 100 mil os dez municípios com experiências que alcançaram resultados significativos para a qualidade da educação a partir de mudanças na gestão de suas redes de ensino. O prêmio deverá ser investido no desenvolvimento, ampliação e avaliação dos projetos premiados. Os dirigentes municipais têm prazo até 18 de abril para inscrever suas experiências pela página eletrônica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    Concedido a cada dois anos, o Prêmio Inovação tem como objetivo incentivar os municípios a tornarem públicas suas experiências inovadoras em gestão educacional que contribuam para o alcance das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e do Compromisso Todos pela Educação. As experiências devem pertencer a um dos seguintes grupos temáticos: gestão pedagógica, gestão de pessoas, planejamento e gestão (democrática, infra-estrutura e financeira) e avaliação e resultados educacionais.

    O prêmio, instituído pelo Ministério da Educação e coordenado pelo Inep, está em segunda edição. Em 2006, recebeu 265 inscrições de todas as regiões do Brasil. Este ano, as experiências deverão estar vinculadas ao PDE, identificando-se diretamente com uma ou mais diretrizes estabelecidas pelo plano, com foco no direito de aprender de cada criança, jovem ou adulto.

    O dirigente receberá junto ao Guia do Participante uma carta da comissão organizadora do prêmio informando o código de acesso para o preenchimento do formulário de inscrição pela Internet. Além dos dirigentes municipais de educação, os municípios premiados na edição anterior podem se inscrever, desde que apresentem nova experiência. Mais informações sobre a inscrição estão no Guia do Participante, disponível na página do Inep.

    Além dos experimentos premiados, todas as iniciativas aprovadas farão parte do Banco de Experiências do Laboratório, que serão divulgadas a fim de contribuir com os dirigentes educacionais na elaboração de políticas de gerenciamento de seus sistemas e elevar a qualidade da Educação Básica.

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • Fortaleza (CE) - Em sala de aula, a professora de português pede aos alunos que levem, de casa, rótulos de embalagens que contenham palavras com o dígrafo lh. Cada aluno chega com seu rótulo e o cola no mural. A professora dá explições sobre ortografia. No mesmo quadro e com os mesmos rótulos, a professora de matemática pede aos alunos que pesquisem os preços dos produtos. Em outra aula, elabora uma situação-problema para ser resolvida por eles.

    É assim que funciona o Mercadinho, nome dado ao cartaz de rótulos elaborado pela Escola de Ensino Fundamental Maria Alacoque Bezerra de Figueiredo, no município de Barbalha, Ceará. O mural, que auxilia no aprendizado de português e matemática das crianças da quarta série, foi uma das boas práticas analisadas no estudo Aprova, Brasil, realizado em 2006 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o Ministério da Educação.

    Apesar das dificuldades e da carência do bairro no qual está localizada, a escola foi uma das 33 que obtiveram melhores notas na Prova Brasil, exame nacional que avaliou, em 2005, alunos da quarta e da oitava séries do ensino fundamental de escolas públicas. O desempenho na quarta série da escola cearense foi de 200,15 em português (o máximo é 350) e de 237,98 em matemática (máximo de 375). A média nacional em português foi 172,9 e em matemática, 180.

    As boas notas são atribuídas ao esforço para manter os alunos atentos ao ambiente em que se encontram e para que eles aprendam com as coisas simples do dia-a-dia, como explica a coordenadora pedagógica Danniely Batista. Ela afirma que o desempenho poderia ser ainda melhor se a escola tivesse um espaço mais adequado para o desenvolvimento das atividades. “A infra-estrutura da escola deixa um pouco a desejar”, admitiu. Segundo ela, o prédio foi reformado recentemente, mas ainda há muito a ser feito, como a construção da biblioteca e a ampliação de algumas salas. A parte externa precisa de reparos. As ruas que levam à escola não são asfaltadas, e os alunos vão a pé para as aulas.

    Família — Outro problema são os lares desestruturados. A maior parte dos alunos tem famílias desunidas ou são crianças abandonadas pelos pais. Por isso, sempre que o aluno falta à aula sem aviso dos responsáveis, a coordenação tenta entrar em contato. Se não tiver resposta, uma professora vai à casa da criança. Caso o estudante apresente dificuldades no aprendizado, os coordenadores relatam o caso à Secretaria de Educação, que manda um psicólogo à escola.

    Os pais dos alunos são, em geral, analfabetos ou não conseguiram terminar os estudos. É o caso de Tereza Cristina da Silva, mãe de Patrícia D'Ávila, nove anos, estudante da quarta série. Mãe solteira, Tereza freqüentou a escola só até a oitava série, mas não quer o mesmo futuro para Patrícia e seu outro filho, Davi, de 15 anos, que cursa o ensino médio em outro estabelecimento. “Deus me livre de eles ficarem sem estudar”, disse Tereza. “Em casa, sempre oriento a Patrícia em suas tarefas e fico feliz em ver que a escola incentiva as crianças a ter interesse pelas aulas.”
    Reforço — A escola oferece aulas de reforço, principalmente, em leitura e escrita. Por isso, os alunos de oito anos, com poucas exceções, já sabem ler e escrever. Assim, a idade dos estudantes corresponde à série em que eles efetivamente devem estar. Os alunos da quarta série, por exemplo, têm entre nove e dez anos.

    O colégio tem um projeto cultural, criado e coordenado, há quatro anos, pela professora Maria de Barros Mendonça com a ajuda voluntária da filha, Elaine Mendonça. Juntas, elas formam grupos de alunos para cantar, dançar, recitar poesias e fazer apresentações nas escolas de Barbalha e de outras cidades ao redor do município.

    Depois do Aprova, Brasil, já surgiu uma nova prática na escola, o detalhamento das atividades, que funciona como agenda semanal dos professores. É um subprojeto do programa municipal Barbalha Letrada e Alfabetizada. A cada semana, os professores têm que elaborar em sala de aula uma atividade cultural extra, diferente, relacionada ao ensino da língua portuguesa.

    Letícia Tancredi

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  • Mais de 70 coordenadores de pólos e instituições federais de educação superior estarão reunidos em Boa Vista na quarta-feira, 7, e na quinta, 8, no 1º Encontro Regional de Coordenadores do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). É o primeiro de uma série de cinco encontros programados para este ano a fim de discutir a implantação dos cursos e pólos da UAB, programa do governo federal destinado a expandir e interiorizar a oferta de cursos de educação superior por meio da educação a distância.

    Com mais de 291 pólos em funcionamento, a UAB atende 40 mil alunos em todo o Brasil. Na Região Norte já existem 52 pólos, que oferecem cursos de aproximadamente dez instituições federais de educação superior. “É uma ótima oportunidade para trocarmos experiências, aprofundarmos o planejamento estratégico da UAB e também definirmos rotinas que permitam uma melhor gestão dos pólos de apoio presencial”, diz o diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Celso Costa. Ele ressalta que a idéia é consolidar o planejamento estratégico da UAB de forma coletiva, contando com a colaboração de todos os envolvidos no processo.

    Além dos coordenadores, devem estar presentes o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, o reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Roberto Ramos Santos, e o secretário de Educação do estado, Luciano Fernandes Moreira.

    Destinada principalmente à capacitação de professores da rede pública, a UAB vai atingir a marca de 562 pólos até o fim deste ano. O número representa um aumento de 93% em relação a 2007. Ao atingi-lo, o governo federal terá percorrido mais da metade do caminho (67%) para alcançar a meta de 830 pólos até 2010 e consolidar o programa.

    Renata Chamarelli

  • Professores que conseguiram despertar em seus alunos o gosto pela leitura e pela escrita, o interesse pela ciência, literatura, matemática, geografia, artes agora podem contar aos colegas como planejaram e executaram essa atividade na sala de aula e ainda concorrer a um prêmio de R$ 5 mil.

    O Prêmio Professores do Brasil valoriza esse tipo de experiência desenvolvida por professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental — 1ª a 4ª ou 1ª a 5ª séries. Neste ano, os promotores vão distribuir R$ 100 mil para as 20 melhores experiências. As inscrições podem ser feitas até o dia 30. O objetivo do prêmio é valorizar o professor comprometido com a promoção da aprendizagem e receptivo ao conhecimento nas dimensões física, cognitiva, lingüística, emocional, social e afetiva de seus alunos.

    Referência — Para participar, o professor deve relatar uma experiência desenvolvida com sua turma em 2006 ou que esteja em andamento para conclusão em 2007. Terá peso e relevância a consistência pedagógica do projeto e a possibilidade da iniciativa servir de referência na sua área de trabalho em outras escolas do Brasil. Podem participar professores da rede pública e de instituições privadas sem fins lucrativos. Na educação infantil, aqueles que trabalham em creches e pré-escolas (crianças até seis anos) e no ensino fundamental, os que lecionam nas séries iniciais.

    O prêmio se destina aos dez mais bem classificados no ensino infantil e aos dez primeiros colocados do ensino fundamental. Cada um receberá R$ 5 mil, troféu e diploma e terá a experiência divulgada na rede de ensino. A inscrição deve ser feita nas secretarias de educação estaduais ou municipais ou na secretaria executiva da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) nos estados. Cada estado e o Distrito Federal selecionará as seis melhores experiências e as enviará para a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) para concorrer na etapa nacional. O regulamento do prêmio está na página eletrônica da SEB.

    O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Educação em parceria com as fundações Orsa e Bungue, Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e Undime.

    Ionice Lorenzoni

  •  "Se eu tivesse o privilégio de ser brasileiro, seria totalmente a favor da reforma universitária que está em curso, pois é uma das mais progressistas e equilibradas que eu conheço". A afirmação é do sociólogo português Boaventura de Souza Santos, para quem a reforma universitária proposta pelo Ministério da Educação é progressista, equilibrada e ocorre num momento propício para mudanças. De acordo com ele, o debate colocado pelo governo brasileiro é oportuno porque está em curso no mundo o fenômeno da globalização neoliberal da universidade, que é a criação de um mercado transnacional de bens universitários.

    “É toda aquela idéia de transformar a universidade em um mercado. Não num mercado nacional, como são as universidades privadas aqui, mas num mercado global, em que todas as universidades vendam serviços universitários para todo mundo”, explicou em entrevista ao jornal O Estado de Minas. “Esta reforma, está, no meu entender, a criar um clima bom de pensar o futuro da universidade”, elogiou.

    Boaventura é autor do livro Pelas mãos de Alice, em que discute as três crises vividas pelo sistema universitário: hegemonia, legitimidade e institucional. A primeira se caracteriza pela perda da exclusividade do monopólio do saber; a segunda, pela excessiva especialização que levou a universidade a elitizar o ensino e o acesso; e a terceira se refere à tendência das instituições seguirem padrões para atender as pressões do mercado.

    Para reverter esses problemas, Boaventura aponta cinco frentes de trabalho: acesso, extensão, pesquisa-ação, ecologia do saber e uma interação maior entre universidade e a educação básica.

    O pensador esteve no Brasil pela primeira vez no começo da década de 70, quando pesquisou uma favela do Rio de Janeiro para a sua tese de doutorado. Recentemente, Boaventura voltou ao País para lançar dois livros: A Universidade no século XXI e Fórum Social Mundial: manual de uso.

    Para ele, o sistema de cotas não é a solução definitiva para a inclusão social, mas permite o acesso à educação superior de uma geração inteira de negros. “Cotas não vão resolver o problema da dívida colonial brasileira, mas é um passo importante para saldar uma parte dela. Depois, deve-se alterar o conteúdo das matérias ensinadas na universidade”, diz.

    Mercantilização – Bovaentura não vê com bons olhos a situação atual em que a universidade passou a ser vista como um mercado de serviços universitários, com cursos oferecidos on line e consumo de estudos estrangeiros, como franquias universitárias. Para ele, a universidade deve ser um espaço público para a sociedade pensar, em médio e longo prazos. “As relações mercantis não se estabelecem dessa forma: precisam de retorno, obter lucro no final do ano. Se prevalecer uma lógica mercantil, haverá meia dúzia de universidades dominando o mercado estudantil mundial”, resume.

    (ACS/MEC com informações do O Estado de Minas)

  • O programa Salto para o Futuro, da TV Escola, acaba de obter a inscrição no International Standard Serial Number (ISSN), o número internacional para publicações seriadas. É um identificador reconhecido internacionalmente para individualizar o título de publicações seriadas, como jornais e revistas, tornando-o único e definitivo. No caso, será utilizado para registrar cada edição do boletim que faz parte do programa.

    Segundo Ana Laura, assessora do núcleo de produção da TV Escola, o identificador funciona como um certificado ISO. A International Organization for Standardization (ISO) é uma entidade não-governamental, com sede em Genebra, Suíça, que promove, em todo o mundo, o desenvolvimento da normalização e de atividades relacionadas para facilitar o intercâmbio internacional de bens e serviços. “É como se fosse um certificado de qualidade. Isso é importante para quem participa e escreve artigos e textos publicados no boletim, que agora ganhou status de publicação relevante para o meio acadêmico”, destacou Ana Laura.

    Por ser válida internacionalmente, a publicação deve estar acessível    para consulta a qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. “Quando um estudante de mestrado publicar um texto no Salto para o Futuro, valorizará seu currículo profissional, pois o ISSN garante a qualidade”, explicou Ana Laura.

    Todos os boletins do Salto para o Futuro terão o código a partir da primeira edição deste ano. O profissional que produzir textos para os boletins do programa terá a produção identificada pelo código. Ou seja, as pessoas, em todo o mundo, terão acesso ao texto a partir de uma pesquisa com base na inscrição ISSN. Para obter o registro de publicações seriadas, o interessado  deve procurar pelas instruções de solicitação no Centro Brasileiro do ISSN, na página eletrônica do Instituto Brasileiro de Informação em  Ciência e Tecnologia (Ibict).  (Assessoria de Imprensa Seed)

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