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  • A professora Josefinha com alunos do Centro de Ensino Salomão Cury-Rad: “Cobro o uso das novas regras em todas as atividades propostas” Foto: Divulgação SeedNo município de Senador La Rocque, no oeste do Maranhão, a 463 quilômetros de São Luís, professores do Centro de Ensino Salomão Cury-Rad elaboraram um projeto para o ensino das regras do novo acordo ortográfico. Criada em 1993, a instituição estadual atende 1,1 mil alunos de ensino médio, nos turnos vespertino e noturno.

    Após pesquisas em revistas especializadas e na internet, o coordenador pedagógico da escola, Antônio José Oliveira Barros, montou o projeto com o conteúdo a ser apresentado aos estudantes. A metodologia de abordagem desse conteúdo foi discutida com os professores de língua portuguesa, que acrescentaram sugestões.

    “O projeto com as novas regras foi elaborado em forma de cartilha e apresentado, inicialmente, com o auxílio de datashow (projetor multimídia). As regras do novo acordo foram confrontadas com as antigas”, explica o coordenador, que tem licenciatura plena em letras, habilitação em português-inglês e experiência de 12 anos no magistério.

    Para que as regras fossem fixadas com mais facilidade, o material recebeu ilustrações. Barros destaca que o projeto foi salvo nos computadores da escola para ser usado também sem o projetor multimídia. “Hoje, as novas regras são observadas na produção textual dos alunos e eles já as incorporaram em sala de aula”, ressalta Barros.

    De acordo com a professora Josefinha Ferreira Lima, as novas regras ortográficas foram ensinadas em sala de aula no primeiro semestre letivo. “Trabalhamos os conteúdos de forma gradual e contínua e os dividimos por bimestre, tendo cuidado com as regras que mais se identificam”, destaca. Em algumas aulas, era utilizado o projetor. Em outras, o computador. “Depois de apresentadas todas as regras, partimos para a produção textual.”

    Josefinha, que tem licenciatura plena em letras, habilitação português-inglês e 28 anos de magistério, diz que as mudanças foram enfrentadas com tranquilidade pelos alunos. “É natural que, de vez em quando, eles utilizem as regras antigas, com as quais já estavam acostumados. Porém, cobro o uso das novas regras em todas as atividades propostas”, salienta.

    As novas regras ortográficas estão entre os temas a serem apresentados à comunidade escolar no fim deste segundo semestre letivo, durante a 2ª Feira de Cultura, Ciência e Arte (Feculart). Alunos de três turmas, uma de cada ano do ensino médio, vão tratar do novo acordo ortográfico. Entre as atividades previstas está a de reescrever, com as novas normas, textos de autores consagrados.

    Fátima Schenini

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  • As normalistas do Instituto Cristóvão de Mendoza aplicam o que aprenderam ao dar aulas, no outro turno, a alunos do ensino fundamental da mesma escola. (Foto: Divulgação)A reforma ortográfica foi o tema escolhido por três alunas do curso normal do Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, para desenvolvimento de um projeto de aprendizagem em ambiente virtual. Bruna Baggio, Jéssica Karine Bischoff e Priscila Machado Pires criaram uma página na internet, no primeiro semestre deste ano, com conteúdos relativos à nova ortografia. Agora, aplicam o que aprenderam ao dar aulas, no outro turno, a alunos do ensino fundamental da mesma instituição.


    Nas aulas, ministradas no laboratório de informática educativa, as estudantes utilizam a página eletrônica que criaram e uma apresentação em powerpoint (software de projeção de slides). As atividades são desenvolvidas sempre pelo computador, com aplicativos, ferramentas e recursos on-line. “Há atividades referentes aos países que fazem parte do acordo ortográfico (Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste), hífen, acentos agudo e circunflexo, trema e letras adicionadas ao alfabeto”, explicam. Elas ressaltam que o trabalho de criação da página foi diferente do que é realizado habitualmente em sala de aula. “A internet é muito utilizada hoje em dia e é também um ótimo recurso. Com ela, fica mais fácil nos dirigirmos às crianças com a visualização do que está sendo explicado”, afirmam.


    As normalistas são alunas da professora Teresinha Bernadete Motter, que tem 32 anos de magistério e leciona, desde 2007, a disciplina metodologia aplicada a ciências exatas e humanas, da área de práticas de ensino. Um dos objetivos da disciplina é possibilitar aos alunos vivenciar a metodologia de trabalho por projetos de aprendizagem em publicação virtual, numa prática que privilegia a construção do conhecimento.


    Projetos — “No início do ano, as alunas formam grupos por afinidade e escolhem um tema para aprender. Dentro dessa atividade, criam um espaço virtual para a publicação da aprendizagem”, conta Bernadete, que tem licenciatura plena em matemática e especialização em tecnologias da informação e da comunicação (TICs) na promoção da aprendizagem. Este ano, foram desenvolvidos 33 projetos no primeiro semestre — um deles é o da reforma ortográfica.


    No segundo semestre, os grupos aplicarão o conhecimento construído. “Tanto no que se refere ao assunto quanto ao uso das tecnologias digitais e TICs com as crianças que estudam no turno da tarde, na mesma escola”, explica a professora. O relato dessa prática de ensino possibilitou duas premiações a Bernadete — o Prêmio Professores do Brasil, no ano passado, e o Educadores Inovadores, da Microsoft, este ano.

    Fátima Schenini

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