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  • No Dia Nacional dos Ciganos, o secretário de Educação Continuada do MEC, Paulo Gabriel Soledade Nacif apresentou o documento que orientará os sistemas de ensino (Foto: João Neto/MEC) Os sistemas de ensino brasileiros receberão orientações para o atendimento às populações ciganas, entre as quais a de assegurar a matrícula em qualquer época do ano. O instrumento Ciganos – Documento Orientador para os Sistemas de Ensino, elaborado em atenção à Resolução CNE/CEB nº 3/2012, que institui as diretrizes para o atendimento de educação escolar às populações em situação de itinerância, foi lançado nesta sexta-feira, 29, em Brasília, como parte da celebração do Dia Nacional dos Ciganos.

    O documento foi elaborado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação. Na abertura do dia comemorativo, o Secretário Paulo Gabriel Soledade Nacif apresentou o documento, fruto do trabalho do GT-Ciganos, grupo formado para acompanhar a implantação da resolução.

    A intenção é dar unidade aos procedimentos dos sistemas de ensino brasileiros especificamente em relação ao atendimento escolar às populações ciganas. A garantia de escolarização para crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos ciganos nos municípios do Brasil, bem como as condições de sua permanência na escola, é tarefa de que os órgãos públicos de ensino não podem abrir mão, afirma o texto de apresentação do documento.

    “É um desafio, existe grande número de analfabetos entre as populações ciganas. Eles não têm obrigação de estudar, mas o Estado tem obrigação de oferecer educação para todos”, afirmou Maria Auxiliadora Lopes, coordenadora-geral de relações étnico-raciais da Secadi.

    O grupo de trabalho que elaborou as orientações foi composto por representantes da Associação Internacional Maylê Sara Kalí (AMSK/Brasil), União Cigana do Brasil no Estado de São Paulo, Associação de Preservação da Cultura Cigana no Paraná (Apreci/PR) e das etnias lovaro, calon, rom boyasha e matchwaia. Dos órgãos do Poder Executivo, participaram a Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SNDH), Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e Ministério da Cultura (MinC).

    Além da entrega do documento, a celebração do Dia Nacional dos Ciganos teve uma extensa programação, que incluiu a palestra Desafios e acompanhamento da implementação do documento, proferida por Lucimara Cavalcante, membro do GT-Cigano, debates e uma apresentação das boas práticas de educação para a população cigana.

    Ana Cláudia Salomão

  • A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) promove nesta quarta e quinta-feira, 24 e 25, em Brasília, reunião técnica com os gestores municipais de educação para tratar do Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo). O evento reúne gestores e secretários de educação de vários pontos do Brasil com escolas no campo.

    O objetivo do encontro é apresentar ações e programas do MEC voltados para as escolas do campo e estimular e fomentar a formação de um espaço para o diálogo entre os gestores que administram redes com essas características. No Brasil, 63 municípios têm mais de cem escolas do campo; destes, apenas Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, não está nas regiões Norte e Nordeste.

    De acordo com a secretária da Secadi, Macaé Evaristo, o Ministério da Educação deve garantir que o direito à educação seja universal, no meio urbano e no campo. “Precisamos garantir o direito à educação aos estudantes do campo, pensando na formação de professores, no diálogo com os saberes do campo, dos indígenas e dos quilombolas e na riqueza do saber dos mais velhos”, disse. A secretária defendeu a parceria do ministério com os atores que trabalham com essa modalidade educacional. “É impossível para o MEC pensar sozinho nas melhores soluções para educação no campo”, concluiu.

    Para o secretário de Educação Básica do MEC, Romeu Caputo, a educação no campo foi deixada por muito tempo em segundo plano e o Pronacampo cumpre o papel de garantir o direito de todos os brasileiros à educação. “O MEC entende que o campo e a cidade não são tão dicotômicos e a educação, para todos, deve ser universal e de qualidade”, afirmou.

    O Pronacampo foi lançado em 2011 e tem modificado a realidade das regiões rurais. Hoje, o Brasil tem 73.483 instituições de ensino municipais e estaduais no campo, das quais 1.856 quilombolas e 2.823 indígenas. As demais 68.804 são escolas rurais ou unidades em assentamentos para reforma agrária.

    Educação indígena – O desafio da educação indígena brasileira é um dos temas em discussão entre os participantes da reunião. Trazendo na cabeça penas coloridas e colares pendendo ao redor do pescoço, o indígena José Carlos Batista representa a comunidade indígena Tupinambá Olivença, do sul da Bahia. Ele está em Brasília há pouco mais de um mês como consultor no Ministério da Educação para colaborar com a nova divisão territorial educacional para as nações indígenas.

    Até então, ele era professor na Escola Estadual Indígena Tupinambá de Olivença, que fica numa aldeia indígena em área rural a 20 km de Ilhéus. José Carlos é um entusiasta dessa política que divide o Brasil em territórios etnoeducacionais. Segundo ele, essa nova divisão territorial facilitará ações de educação escolar específicas para os diferentes povos.

    Na escola Olivença, por exemplo, a língua, a cultura, o sagrado e o artesanato do povo tupinambá são integrados ao currículo convencional. “Os tupinambás têm o português como língua materna porque o tupi não é falado mais. Desde 2000, há um trabalho de revitalização da língua tupi, que é uma disciplina na nossa escola”, explica.

    Assessoria de Comunicação Social


    Ouça a secretária Macaé Evaristo, na reunião técnica do Pronacampo


  • Um dos melhores índices de acompanhamento da frequência escolar de crianças e adolescentes cadastradas no Bolsa Família, na faixa de 6 a 17 anos, foi registrado pelo Ministério da Educação entre junho e julho deste ano. O Sistema de Acompanhamento da Frequência Escolar do Bolsa Família (Sistema Presença), que acompanha mais de 15,2 milhões de estudantes em todo o país, registrou a frequência escolar de 87,47% dos estudantes beneficiários do programa. É o segundo maior percentual, referente ao período abordado, desde que a frequência escolar começou a ser acompanhada, em 2007. Apenas no mesmo bimestre de 2014 esse índice foi maior, chegando a 88,61%.

    Alguns estados apresentaram índices maiores do que a média nacional, como Espírito Santo, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Tocantins, Santa Catarina e Rondônia, com mais de 90% de registro da frequência dos alunos. Entre as capitas, Porto Alegre, Teresina, Palmas e São Paulo apresentaram melhor média de informação da frequência escolar, acima de 97%. O MEC vai repassar todas essas informações ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), gestor do Programa Bolsa Família.

    Aproximação – Segundo o diretor de políticas de educação em direitos humanos e cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Daniel Ximenes, o percentual de quase 90% de frequência escolar entre os estudantes acompanhados é resultado do trabalho de aproximação da pasta em relação aos gestores e profissionais da educação.

    “Quando assumimos [o MEC], o resultado estava em torno de 84%”, relata. “Nós estamos tendo um trabalho de recuperação da rede, o contato com os coordenadores estaduais em todo o Brasil, orientações e atividades de formação. Nossa diretoria vem fazendo um trabalho de muita aproximação para que consigamos o resultado na ordem de quase 90%. O resultado fortalece o acompanhamento de rede.”

    O acompanhamento é realizado em cinco períodos bimestrais ao longo do ano. À frente desse trabalho, o MEC atua em parceria com cerca de 50 mil coordenadores municipais e estaduais, além de auxiliares da área educacional. Esses agentes recolhem as informações sobre a frequência escolar e registram no Sistema Presença.

    Condicionalidades – As famílias cadastradas no Bolsa Família cumprem as chamadas condicionalidades do programa. Uma delas é manter o percentual mínimo de 85% de frequência escolar para crianças e adolescentes com idades de 6 a 15 anos e de 75% para jovens de 16 e 17 anos. A meta é apoiar esses grupos.

    ”Grande parte dessas famílias é de pais analfabetos ou semianalfabetos”, explica Ximenes. “Então, não se pode ter em hipótese alguma uma característica punitiva. São famílias que precisam do apoio do Estado para que as próximas gerações tenham melhores condições de escolarização. Muitas vezes as crianças dessas famílias repetem ou abandonam, desistem da escola. Todos têm que ter uma trajetória escolar regular e essa iniciativa apoia, nesse sentido, visando ao acesso e à permanência na escola”.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A frequência escolar dos alunos beneficiados pelo Programa Bolsa Família (PBF) teve o melhor resultado da série histórica. Dos 12,6 milhões de estudantes beneficiários acompanhados neste terceiro período de coleta de 2018 – o registro é feito bimestralmente –, 12 milhões (94,86%) cumpriram o percentual mínimo de frequência escolar exigido pelo PBF. Outros 650.868 (5,14%) descumpriram com a frequência escolar mínima, ou seja, com a condicionalidade da educação.

    Neste terceiro período de coleta de dados de 2018, referente aos meses de junho e julho, o público total para acompanhamento da frequência escolar foi de 14,2 milhões de estudantes de 6 a 17 anos beneficiários do Bolsa Família. Foram acompanhados aproximadamente 12,6 milhões de alunos, o que representa um percentual de 89,08%. Nenhum município ficou sem informação da frequência escolar dos beneficiários e apenas quatro municípios registraram um resultado abaixo de 30%.

    Para o levantamento dos dados, o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), em parceria com as secretarias municipais e estaduais de Educação e do Distrito Federal, mobiliza uma rede de, aproximadamente, 50 mil profissionais da educação, responsáveis pela coleta e registro da frequência escolar dos beneficiários. O processo é feito por meio do Sistema de Acompanhamento da Frequência Escolar do Bolsa Família (Sistema Presença).

    Segundo Daniel Ximenes, diretor de políticas de educação em direitos humanos e cidadania da Secadi, o acompanhamento da frequência escolar do programa se coloca como estratégia estruturante para esse desafio, contribuindo para chamar a atenção em relação à importância do tema da trajetória escolar de estudantes em situações diversas de vulnerabilidade. 

    “É fundamental sensibilizar professores, coordenadores pedagógicos, gestores escolares e outros para a necessidade de romper com práticas escolares que reforçam a condição de pobreza e reproduzem as desigualdades sociais no contexto escolar”, destaca. “Historicamente, no Brasil, crianças e adolescentes em situação de pobreza sempre tiveram muitas dificuldades de entrar e permanecer na escola. O acompanhamento da frequência escolar desses beneficiários nos coloca atentos para a questão da trajetória escolar dessas crianças.”

    Resultados – Em relação ao total de alunos acompanhados, a região Sul apresentou o melhor resultado (93, 37%). Em relação aos estados, observa-se que Espírito Santo, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Ceará, Sergipe, Roraima e Distrito Federal atingiram os melhores índices, sendo os destaques deste período, acima de 90%.  Quanto às capitais, Porto Alegre, Boa Vista e Teresina alcançaram percentuais acima de 98%.

    Assessoria de Comunicação Social



  • O Ministério da Educação acaba de publicar a terceira edição da Grafia Química Braille para Uso no Brasil. Esse material é um importante referencial para alunos, professores, transcritores e revisores do Sistema Braille no país, que também vai subsidiar estudos e elaboração de grafias químicas de países de língua portuguesa e espanhola.

    Segundo Patricia Raposo, diretora de políticas de educação especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, serão distribuídos inicialmente 200 exemplares da Grafia em Braille para os 54 centros de atendimento pedagógico para pessoas com deficiência visual (CAP) e outras entidades em todo o país. Segundo dados do censo da educação básica de 2016, do total de 971.372 alunos da educação especial matriculadas em escolas especializadas e regulares, 76.470 são cegos, surdocegos ou têm baixa visão.

    Uma versão em braille negro – forma de representar o Braille em tinta ­– também está disponível no portal do MEC. Os materiais vão atender alunos e profissionais com visão normal, com baixa visão e cegos. A grafia foi criada em 2002 e é um instrumento muito importante para o aprendizado de química e o acompanhamento da evolução da ciência por pessoas com deficiência visual.

    Para a produção desta nova versão o MEC contou com a colaboração de especialistas em Braille e em química, além da participação da Comissão Brasileira do Braille (CBB), que acompanhou todo o processo de elaboração, e do Instituto Benjamin Constant, instituição vinculada ao MEC e sediada no Rio de Janeiro.

     “A Grafia Química Braille vai atender a educação básica e superior, além de criar a possibilidade de acesso à informação e à construção do conhecimento científico para um número importante de pessoas com deficiência visual no Brasil. Atualmente, a perspectiva do ensino de química é dar às pessoas não somente conhecimentos científicos dos conteúdos, mas formar cidadãos críticos e conscientes”, destaca a diretora.

    Atualização – Em março, a CBB, presidida pelo MEC, se reuniu em Brasília para trabalhar na padronização do sistema braille em todo o país. O objetivo é propor regras que unifiquem o sistema e permitam o uso e entendimento em todas as áreas da educação. 

    A comissão é formada por representantes do Instituto Benjamin Constant (IBC), da Organização Nacional dos Cegos do Brasil (ONCB) e dos Centros de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) de cada região brasileira.  

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O novo titular da Secadi, Júlio de Freitas (esquerda), é professor da rede estadual do Amazonas (Mariana Leal/MEC) A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação, tem novo titular. Em cerimônia realizada na sede do MEC nesta terça-feira, 18, o ministro da Educação, Rossieli Soares, deu posse a Júlio César Meireles de Freitas como chefe da área. Ele é pedagogo e professor da rede estadual do Amazonas, possui mestrado em gestão e avaliação da educação pública e especializações em gestão escolar, supervisão escolar e psicopedagogia.

    “A SEB [Secretaria de Educação Básica] e a Secadi têm desenvolvido uma agenda muito próxima e com foco em temas importantes, como a educação indígena e a educação especial”, destacou Rossieli, durante a solenidade. “Cada vez mais precisamos trazer agendas como essas para o centro do debate da educação básica, e Júlio chega para dar continuidade a essas políticas. Com a visão de rede que ele tem, ele chega para ajudar.”

    Em seu pronunciamento, o novo secretário ressaltou o compromisso com o olhar sobre questões mais delicadas que envolvam o direito de minorias à educação. “Sou ribeirinho, do interior do Pará, e fiz até a segunda série estudando com luz de lamparina”, relatou. “Entendo que precisamos tratar os diferentes de maneira diferente, com atenção especial. Estou aqui para aprender, contribuir e dar continuidade ao trabalho que tem sido desenvolvido”, numa referência às administrações anteriores.

    A Secadi desenvolve um trabalho transversal, dentro do MEC, no sentido de promover a articulação e convergência das agendas para garantir o direito de todos à educação. No contexto da promoção da equidade, valorização da diversidade e inclusão, a secretaria atua nas áreas da educação especial, de jovens e adultos, do campo, escolar indígena, escolar quilombola, relações étnico-raciais e em direitos humanos.

    Trajetória – Mestre em gestão e avaliação da educação pública pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Júlio César Meireles de Freitas é pós-graduado em psicopedagogia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em supervisão escolar (Universidade Cândido Mendes) e em gestão escolar pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). É graduado em pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

    Desde 2000 Júlio César Meireles de Freitas é servidor público da Secretaria de Educação do Estado do Amazonas e Avaliador Educacional do Ministério da Educação. Na Secretaria de Educação daquele estado, atuou como coordenador distrital na área de expansão do município de Manaus, quando, apesar da diversidade geográfica, contribuiu para a certificação da Coordenadoria Distrital de Educação 7 na Norma ABNT NBR ISO 9001:2008, tornando-a o primeiro sistema intermediário educacional público certificado na gestão da qualidade de seus processos. A certificação contribuiu para a melhoria significativa dos indicadores de qualidade da gestão escolar e desempenho das escolas dessa área do Amazonas em 2015. Ultimamente, Júlio César Meireles de Freitas era diretor do Departamento de Gestão Escolar (Degesc), da Secretaria de Educação (Seduc/AM), departamento responsável pelo suporte à gestão escolar.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • NOTA TÉCNICA

    Nota Técnica nº 04 - Orientação quanto a documentos comprobatórios de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação no Censo Escolar.

    Nota Técnica nº 24 - Orientação aos Sistemas de Ensino para a implementação da Lei nº 12.764-2012.

    Nota Técnica nº 28 - Uso do Sistema de FM na Escolarização de Estudantes com Deficiência Auditiva.

    Nota Técnica nº 29 - Termo de Referência para aquisição de brinquedos e mobiliários acessíveis.

    Nota Técnica nº 35 / 2016 / DPEE / SECADI / MEC - Recomenda a adoção imediata dos critérios para o funcionamento, avaliação e supervisão das instituições públicas e privadas comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos especializadas em educação especial.


    LEIS

    Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

    Lei nº 10.098/94 - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

    Lei nº 10.436/02 - Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.


    DECRETOS

    Decreto Nº 186/08 - Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007.

    Decreto nº 6.949/09 - Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.

    Decreto Nº 6.214/07 - Regulamenta o benefício de prestação continuada da assistência social devido à pessoa com deficiência.

    Decreto Nº 6.571/08 - Dispõe sobre o atendimento educacional especializado - AEE.

    Decreto nº 5.626/05 - Regulamenta a Lei 10.436 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.

    Decreto nº 5.296/04 - Regulamenta as Leis n° 10.048 e 10.098 com ênfase na Promoção de Acessibilidade.

    Decreto nº 3.956/01 – (Convenção da Guatemala) Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.


    PORTARIAS

    Portaria nº 243, de 15 de abril de 2016 - Estabelece os critérios para o funcionamento, a avaliação e a supervisão de instituições públicas e privadas que prestam  atendimento educacional a alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

    Portaria nº 976/06 – Critérios de acessibilidade aos eventos do MEC - txt | pdf

    Portaria nº 3.284/03 - Dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições - txt | pdf


    RESOLUÇÕES

    Resolução nº4 CNE/CEB - pdf


    DOCUMENTOS INTERNACIONAIS

    Convenção ONU Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência 2007.

    Carta para o Terceiro Milênio- txt | pdf

    Declaração de Salamanca- txt | pdf

    Convenção da Guatemala- txt | pdf

    Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes- txt | pdf

    Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão- txt | pdf

  • O Brasil possui atualmente 2.819 escolas indígenas, que atendem cerca de 195 mil estudantes, distribuídos da educação infantil até o ensino médio. Mas ainda há uma concentração de 54,4% das matrículas nos anos iniciais do ensino fundamental. No entanto, o Ministério da Educação tem trabalhado para ampliar cada vez mais o atendimento desse público.

    Segundo a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Macaé Evaristo, só no ano passado foi aprovada a construção de 70 novas escolas indígenas. “O Ministério da Educação tem feito um esforço para apoiar estados e municípios para que a gente possa melhorar a infraestrutura dessa rede”, salientou.

    Recursos para a construção de novas escolas e o atendimento a outras necessidades podem ser solicitados por meio da reestruturação dos planos de ação articulada (PAR), planos de metas que norteiam transferências e assistências técnicas do MEC aos estados e municípios. Os gestores podem fazê-lo pelo Sistema de Monitoramento e Controle do MEC.

    Apesar das escolas indígenas estarem espalhadas por todo o território nacional, a grande maioria está localizada no Norte do país, principalmente na região amazônica. Com isso, o MEC tem investido em diferentes mecanismos para garantir o atendimento à população indígena. “No último ano, o MEC comprou barcos, por meio do programa Caminho da Escola. Para esse ano, vamos fazer um novo pregão de lanchas”, explicou Macaé.

    Formação de docentes – Este ano, o MEC vai publicar um novo edital do Programa de Formação Superior e Licenciatura Indígenas (Prolind), que apoia a formação superior de professores que atuam em escolas indígenas de educação básica. O edital é destinado às instituições públicas de educação superior.

    “Nossa meta é alcançar com este edital a formação de cerca de 4 mil novos professores indígenas no país. Essa é uma demanda importante para garantir que cada vez mais as populações indígenas tenham atendimento de todo o ensino fundamental e médio nas suas comunidades”, pontuou a secretária da Secadi.

    A legislação estabelece que nas escolas indígenas o exercício da docência deve ser preferencialmente realizado por professores indígenas. “Isso já é uma realidade no nosso país. Hoje, 96% das escolas indígenas têm em seus quadros a totalidade de professores indígenas. Foi um avanço nos últimos anos. Isso mudou não só as escolas, mas tem mudado a composição das secretarias municipais, estaduais, e do próprio MEC, que tem uma coordenação indígena. Isso é muito positivo para o Estado brasileiro”, completou Macaé.

    Paula Filizola

    Ouça a secretária Macaé Evaristo, da Secadi


  • Os ministros Paim e Luiza Barros, a secretária Macaé Evaristo e diretora da Ipeafro, Elisa Larkin Nascimento, durante o lançamento da chamada pública (Foto: João Neto/MEC) A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação lançou, nesta terça-feira, 27, uma chamada pública e dois editais do Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento. A iniciativa, voltada às instituições públicas de educação superior, federais e estaduais, além de instituições comunitárias, tem por objetivo apoiar até 20 propostas para a criação de cursos de formação de candidatos para processos seletivos de pós-graduação.

    A cerimônia teve a participação dos ministros da Educação, Henrique Paim, e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, além da presidenta do Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro), Elisa Larkin Nascimento.

    De acordo com a titular da Secadi, Macaé Evaristo, o objetivo é propiciar que os novos estudantes do ensino superior se preparem para o ingresso na pós-graduação, em cursos de mestrado e doutorado. As universidades interessadas devem apresentar propostas de cursos de no mínimo 180 horas, em pelo menos duas turmas e duração de até dois anos.

    Os editais de seleção para projetos conjuntos de pesquisa entre instituições brasileiras e estrangeiras com modalidades de graduação sanduíche e doutorando sanduíche e de seleção para projetos de cooperação internacional para capacitação de docentes da educação básica apoiarão, ao todo, até 50 projetos de pesquisa. A intenção é propiciar a estudantes selecionados formação em universidades, institutos de educação profissional e centros de pesquisa no Brasil e no exterior. Os editais foram produzidos em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    De acordo com o ministro da Educação, Henrique Paim, o brasileiro está mudando na forma de pensar a educação. “As pessoas estão despertando para reconhecer que a educação é a forma de se ascender socialmente”, afirmou.

    Paim destacou que a chamada pública e os editais são ações concretas na redução das desigualdades na educação. “O despertar da sociedade brasileira para a educação tem que ser um despertar acompanhado de inclusão. De nada adianta aumentar as oportunidades se nós não tivermos políticas afirmativas que garantam a todos o acesso à educação”, concluiu.

    O Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, criado em novembro de 2013, tem o objetivo de apoiar estudantes e pesquisadores negros, indígenas e pessoas com deficiência com a concessão de bolsas de estudos, além de prestar auxílio na mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores e criar canais de cooperação entre grupos de pesquisa brasileiros e estrangeiros.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Pela primeira vez, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação organizou um seminário sobre o papel da educação no sistema socioeducativo. O evento, realizado na semana passada, contou com a participação de entidades especializadas no assunto, como o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Conselho Nacional de Educação (CNE), bem como representantes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

    A temática passou a ser debatida de forma mais concreta após a instituição do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), por meio da Lei nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012, regulamentando a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescentes que pratiquem ato infracional. A lei estabelece o prazo de um ano para que os órgãos responsáveis pela educação e as entidades de atendimento garantam a inserção na rede pública dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. A inserção deve contemplar as diversas faixas etárias e níveis de instrução, em qualquer fase do período letivo.

    Por se tratar de uma temática ainda recente, o encontro tinha como objetivo discutir e propor parâmetros e estratégias para a escolarização e educação profissional no âmbito do Sinase. Uma das propostas apresentadas pelo CNE, que ainda será amplamente debatida em outros encontros, é a formulação de diretrizes nacionais especificas para o tema.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Os estados do Acre, Amazonas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Piauí receberão do Ministério da Educação R$ 26 milhões em recursos suplementares para serem utilizados na criação de novas turmas de Educação para Jovens e Adultos (EJA). As unidades federativas contempladas aderiram ao Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle deste Ministério (Simec) entre 22 de maio e 3 de junho.

    Como as novas turmas não podem receber recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb), elas funcionarão, neste primeiro ano, com recursos do MEC. A quantia repassada pode ser usada para remuneração e capacitação de professores, aquisição de material escolar, de alimentos e de transporte escolar.

    A diretora de Políticas para a Juventude, Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Maria das Graças da Silva, diz que esses recursos deverão ser usados prioritariamente para o atendimento de egressos do Programa Brasil Alfabetizado, populações do campo, comunidades quilombolas, povos indígenas e pessoas que cumprem pena em unidades prisionais. “Alfabetizar pessoas que não puderam realizar ou concluir seus estudos está entre as nossas prioridades”, destaca. “Esse é um importante auxílio financeiro que estamos dando para os estados.”.

    Os beneficiários da ação Novas Turmas de EJA são pessoas com 15 anos de idade ou mais, que não completaram o ensino fundamental, e com 18 anos ou mais, que não finalizaram o ensino médio. O novo aluno de EJA não pode ser custeado com recursos do Fundeb no ano de sua matrícula inicial, mas no ano seguinte. A coordenação da EJA nos estados deve informar essa matrícula no censo escolar (Educacenso), na data de cadastramento imediatamente posterior ao início das aulas, para que o aluno possa fazer jus aos recursos do Fundeb nos anos subsequentes. 

    Veja  aqui a portaria que divulga a relação dos estados contemplados.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação promoverá, no dia 30 de março, a 2ª Web Conferência de Educação Escolar Quilombola. O objetivo é dialogar com os sistemas de ensino, instituições de educação superior e movimentos sociais a criação de mecanismos para implementar a educação escolar quilombola, respeitando as diretrizes curriculares nacionais para essas comunidades.

    As diretrizes curriculares para a educação quilombola foram elaboradas em 2011, com ampla participação das comunidades remanescentes de quilombos. As normas revisam a perspectiva ideológica da formulação de currículos e respeitam os valores históricos e culturais de alunos e professores.

    A meta é buscar o entendimento junto aos gestores estaduais e municipais para viabilizar a efetivação da educação quilombola no dia a dia da escola. O debate terá como foco a participação das lideranças quilombolas na elaboração, análise e monitoramento da implementação das políticas públicas para essas comunidades; a formação continuada de professores; e o fechamento de escolas do campo, quilombolas, e indígenas.

    A coordenadora-geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais do MEC, Raquel Nascimento Dias, explica que a educação quilombola não pode ser pensada somente levando-se em conta os aspectos normativos, burocráticos e institucionais que acompanham a configuração das políticas educacionais. “A sua implementação deverá ser sempre acompanhada de consulta prévia às comunidades quilombolas e suas organizações”, diz, ao lembrar o que está previsto no parecer CNE nº16/2012.

    “A educação escolar quilombola requer pedagogia própria, respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade, formação específica de seu quadro docente, materiais didáticos e paradidáticos específicos”, esclarece. “Também é preciso observar os princípios constitucionais, a base nacional comum e as normas que orientam a educação básica brasileira”, reforça Raquel.

    A conferência está prevista para ocorrer de 15h às 18h, no auditório do anexo II do MEC, e terá transmissão ao vivo pelo portal do órgão, em página eletrônica específica. A realização do encontro é uma das estratégias para o alcance dos objetivos do Programa Brasil Quilombola, coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), que envolve diversos órgãos federais.

    A iniciativa será desenvolvida em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Congresso Nacional do Conhecimento (Conac), Fundação Cultural Palmares (FCP) e a Seppir.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação retomou a discussão sobre o atendimento pedagógico em ambiente hospitalar e domiciliar. O ministro Mendonça Filho determinou que as diretrizes desse tipo de atendimento sejam definidas e enviadas ao Conselho Nacional de Educação (CNE) para apreciação. Ele também orientou que seja criado um programa de formação de professores para atuarem nos ambientes hospitalares e domiciliares com crianças, adolescentes e jovens que se encontram impossibilitados de frequentar as escolas por motivo de tratamento de saúde.

    A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) e a Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC serão responsáveis por elaborar a proposta de orientações normativas a serem enviadas ao Conselho Nacional de Educação para apreciação e regulamentação. Ivana de Siqueira, titular da Secadi, explica que é necessária a normatização do MEC para garantir que esse atendimento chegue aos estudantes que dele necessita.

    “Precisamos de uma orientação para que os estados possam se organizar”, observa a secretária. “Houve também a proposta de fazermos a formação de professores para a oferta desse atendimento. Nossa ideia é começar já neste semestre”, detalha.

    Reunião – Mendonça Filho recebeu na terça-feira, 15, profissionais representantes do Grupo de Apoio à Crianças com Câncer (GAC) de Pernambuco, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e do Ministério da Saúde para discutir a questão.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A iniciativa do MEC dá continuidade ao Pacto da Educação Brasileira contra o Zika, firmado por representantes do governo federal, estados e municípios, instituições e organizações públicas e particulares (foto: Isabelle Araújo/MEC)Com o objetivo de mobilizar famílias e comunidades escolares a partir das escolas brasileiras, o Ministério da Educação promove, até o dia 9 próximo, a Semana da Família na Escola. A ação, realizada por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), envolve todo o sistema educacional brasileiro no âmbito do Pacto da Educação Brasileira contra o Zika, com ênfase nos 223 municípios considerados prioritários para o combate ao Aedes aegypti.

    Com o tema conhecer e pesquisar para combater, o projeto de mobilização pretende envolver estudantes, profissionais da educação, familiares e a comunidade para desenvolver atividades relacionadas ao combate do mosquito Aedes aegypti e suas consequências, principalmente a Zika. Serão oferecidas oficinas e exposições de projetos de alunos, voltados para o combate ao mosquito, além de temas de saúde ambiental e cuidados preventivos com relação ao meio ambiente.

    Para o secretário de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Paulo Gabriel Nacif, neste momento o combate ao mosquito é a única alternativa eficaz contra doenças como dengue e zika. “O combate está na nossa capacidade ou incapacidade de reprimir os seus focos. Trata-se de um desafio de mudança cultural, todo processo educacional que vise mudança de hábitos no sentido de combater os focos do mosquito cria um processo sustentável de eliminação dos focos”, afirma. “Nada melhor que trabalhar com os estudantes, somos 60 milhões de pessoas envolvidas e nenhuma outra mobilização pode ser tão sustentável quanto a educação nesse processo”, concluiu.

    Para integrar as famílias e a comunidade, serão apresentados projetos culturais de música e teatro abordando o tema, além de palestras e seminários abertos à comunidade, com a participação de pais e familiares dos alunos, para tratar de cuidados individuais e coletivos preventivos e de transformação. Também serão distribuídos materiais informativos e didáticos.

    A mobilização também será dedicada ao combate direto ao mosquito Aedes aegypti, com o mapeamento dos locais com acúmulo de lixo e água; limpeza e descarte correto de lixo e oficinas com práticas preventivas para eliminar os nascedouros do mosquito em parceria com os agentes de saúde pública.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Objetivo: Identificar, reconhecer e estimular as experiências educacionais que promovam políticas, programas e projetos cujas contribuições sejam relevantes para a educação de jovens e adultos no Brasil, por meio de premiação a ser conferida a personalidades e instituições que se destacarem nos esforços da universalização da alfabetização e educação de jovens e adultos no Brasil.

    Ações:

    • Identificação, análise e seleção das experiências de alfabetização e EJA;
    • Concessão das Medalhas às experiências selecionadas.
    • Divulgação das experiências selecionadas


    Como Acessar:As inscrições das experiências são feitas no endereço eletrônico observando os critérios definidos em Editais publicados anualmente.

    Documentos:


  • O encantamento com a natureza e a vontade de adquirir mais conhecimento fizeram com que Nívia Apoema Tupinambá entrasse no curso de biologia no Instituto Federal de Brasília (IFB). A estudante indígena enfrentou dificuldades para alcançar esse objetivo – desde percorrer quilômetros em um veículo pau de arara todos os dias para chegar à escola até o nivelamento de seu aprendizado com os colegas não indígenas. Por esses motivos, a estudante considera que tem muito a comemorar neste 19 de abril, quando é celebrado o Dia do Índio.

    “Eu ainda penso em fazer um mestrado na UnB [Universidade de Brasília]; gostaria muito e vou me esforçar bastante para isso. Se conseguir, com certeza, vai ser na área de educação indígena, que gosto muito. Quando acabar essa fase acadêmica, quero voltar para minha aldeia para dar minha contribuição a eles”, planeja Nívia.

     

    A estudante nasceu na aldeia Tupinambá de Olivença, na Comunidade de Santaninha, que fica a cerca de dez quilômetros de Ilhéus, no sul da Bahia. Apesar de todas as dificuldades e também do preconceito que viveu, embutido em frases como “o seu cabelo nem é tão liso” ou “sua pele não é vermelha”, como ela mesma conta, Nívia afirma que com esforço “não é impossível conseguir.”

     

    O Ministério da Educação investe na educação escolar específica para os povos indígenas. São programas e ações que visam garantir o acesso aos conhecimentos universais e também aos conhecimentos particulares relacionados às culturas e línguas indígenas. Segundo dados do censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 896 mil indígenas, distribuídos em 305 etnias, e 274 línguas indígenas faladas. O Censo da Educação Superior de 2015, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostra que mais de 32 mil estão matriculados na educação superior em todo o país.

    Diretrizes – Todas as ações e políticas do MEC são norteadas pelo Decreto nº 6.861, de 2009, que trata sobre a educação escolar indígena e define sua organização em territórios etnoeducacionais. Entre as principais definições do documento estão a garantia da participação dos indígenas na organização escolar; as normas próprias e diretrizes curriculares específicas, voltadas ao ensino intercultural e bilíngue ou multilíngue; a produção de material didático e paradidático específico para as escolas indígenas; e o respeito à alimentação, levando em consideração os hábitos alimentares das comunidades.

    O documento estabelece que a organização territorial da educação escolar indígena deve ser promovida a partir da definição de territórios etnoeducacionais. Cada território compreende, independentemente da divisão político-administrativa do país, as terras indígenas, mesmo que descontínuas, ocupadas por povos que mantêm relações intersocietárias caracterizadas por raízes sociais e históricas, relações políticas e econômicas, filiações linguísticas, valores e práticas culturais compartilhados.

    De acordo com a diretora de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as Relações Étnico-raciais do MEC, Rita Potiaguara, “a política dos territórios, do ponto de vista de sua concepção e implementação, é um avanço, A estudante indígena Nívia Apoema Tupinambá, do curso de biologia no Instituto Federal de Brasília (IFB), quer fazer mestrado na área de educação indígena e dar contribuição à sua comunidade (Frame: TV MEC)porque coloca estados, municípios e populações indígenas para pensarem juntos as ações voltadas à educação escolar para esse público.” A diretora também ressalta a importância da 2ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (Coneei), que será realizada em Brasília em dezembro deste ano.

    “Evidentemente, dentro de uma política em que os povos indígenas ficaram sem atendimento adequado por parte do Estado brasileiro, a gente enfrenta algumas dificuldades, por exemplo, a infraestrutura física de muitas escolas indígenas. O censo educacional do Inep aponta que um terço dessas escolas, cerca de 900, não possui sede própria”, observa Rita. No ano passado, mais de 233 mil estudantes estavam matriculados em escolas indígenas. Do total, 1.448 cursavam a educação profissional.

    Rita conta que o MEC está desenvolvendo projeto piloto para a construção de 50 escolas no território etnoeducacional do Rio Negro, no estado do Amazonas. “O projeto está sendo concebido juntamente com os povos indígenas da região e a execução das obras começarão ainda neste ano”, afirma.

    Programas – Em 2005, foi criado o Programa de Apoio à Formação Superior e às Licenciaturas Interculturais (Prolind), com o objetivo de apoiar a oferta de cursos de formação inicial de professores indígenas em instituições públicas de educação superior. Atualmente, 17 instituições ofertam os cursos. O programa é a primeira iniciativa de inclusão coletiva de indígenas na educação superior.

    Já o programa Bolsa Permanência, lançado em 2013, é uma concessão de auxílio financeiro a estudantes indígenas, quilombolas e em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições federais de educação superior. A ação contribui com as ações de permanência desses estudantes ao definir um valor diferenciado equivalente a, pelo menos, o dobro do valor concedido aos demais estudantes. Em 2016, foram contemplados 5.835 estudantes indígenas. 

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Romeu Caputo e Paulo Speller (direita) ocupam as pastas de educação básica e superior. Macaé (esquerda) ocupa a Secadi. Na mesa, o secretário-executivo Henrique Paim, o ministro Mercadante e o governador do Ceará, Cid Gomes (Foto: Letícia Verdi/MEC)As secretarias de Educação Básica (SEB), de Educação Superior (Sesu) e de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação contam, a partir desta terça-feira, 9, com novos titulares. Romeu Caputo (SEB), Paulo Speller (Superior) e Macaé Evaristo (Secadi) foram apresentados pelo ministro Aloizio Mercadante.

    “Nós temos uma pauta imensa: a política de creches, alfabetização na idade certa, drogas, violência, diversidade e pluralidade, a questão indígena, a carreira nas universidades, consolidação da expansão”, lembrou o ministro, destacando a experiência dos novos integrantes do MEC tanto nos temas pertinentes às pastas que assumem quanto na administração pública.

    Romeu Caputo é administrador pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e atua desde 1998 na gestão pública de políticas educacionais. Atuou na prefeitura de Belo Horizonte nas áreas de planejamento e gestão administrativa e financeira. No MEC desde 2007, participou de conselhos e grupos de trabalho responsáveis pelas políticas nacionais para a educação básica. Caputo reafirmou o compromisso da SEB com os valores democráticos e republicanos: “Um compromisso transformador de ter uma escola pública e uma educação pública de maior qualidade”, disse.

    Paulo Speller iniciou seus estudos na Universidade de Brasília (UnB), mas se exilou no México durante o regime militar, onde fez psicologia na Universidade de Veracruz. Em 1980, após a anistia, retornou ao Brasil e se tornou professor visitante na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

    Integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), onde presidiu a Câmara de Educação Superior entre 2010 e 2012, Speller foi presidente da Comissão de Implantação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Ele destacou a importância da formulação da política nacional de educação superior. “Esta política traz como prioridades a internacionalização das universidades e a inovação tecnológica”, concluiu.

    O ministro e os três novos secretários: Caputo, Speller e Macaé (Foto: Letícia Verdi/MEC)Macaé Evaristo é mestre em educação pela UFMG e graduada em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Professora efetiva da rede municipal de educação de Belo Horizonte desde 1984, atuou também como professora formadora e coordenadora do programa de implantação de escolas indígenas de Minas Gerais.

    Para Macaé, assumir a Secadi traz uma grande responsabilidade. “Fiz uma opção por ser educadora e trabalhar pela causa dos meus iguais e das pessoas que historicamente ficaram excluídas do direito à educação”, afirmou.

    Diego Rocha
  • Movimento teve audiência com o ministro na tarde desta quinta-feira (Foto: Isabelle Araújo/MEC) Manter e ampliar a política de cotas nas universidades e fortalecer a lei nº 10.639, que promove o ensino da história e cultura afro-brasileira na educação básica. Foram essas as duas principais pautas do encontro entre o ministro da educação, Mendonça Filho, e representantes do movimento negro de cinco partidos da base aliada do governo interino. A reunião aconteceu na noite desta quinta-feira, 2, na sede do Ministério da Educação (MEC).

    Com a presença da nova gestora da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Ivana de Siqueira, os integrantes da chamada Coalizão Racial manifestaram apoio ao ministro e apresentaram uma extensa pauta visando à melhoria das públicas de promoção da igualdade racial na área da educação.

    Formada por representantes do movimento negro dos partidos Democratas, PPS, PP, PSB e PSDB, a Coalizão pediu, entre outras coisas, a manutenção do Programa Universidade para Todos (ProUni), lembrando que grande parte dos beneficiados é negra. Outro ponto abordado com Mendonça Filho tratou da ampliação das cotas universitárias para as pós-graduações. Mas a real aplicação da lei 10.639, importante instrumento de promoção da igualdade racial no País, foi a principal reivindicação dos representantes.

    “Nós acreditamos que venceremos o racismo através da educação, por isso nós precisamos que esses canais sejam fortalecidos e ampliados. Especialmente a lei 10.639 que é realmente onde a gente consegue mudar a mente que ainda é racista”, disse Juvenal Araújo, presidente nacional do “Tucanafro Brasil”. “É na escola que a gente acredita que, contando a real história do negro no Brasil, a gente pode diminuir e quem sabe acabar com o racismo no Brasil”, reforçou.

    O ministro da educação, Mendonça Filho, reafirmou o compromisso com a promoção da igualdade racial e lembrou que o canal de diálogo com o movimento negro será sempre “aberto, democrático e plural”. “A educação é o caminho correto para que a gente possa possibilitar a equidade social, quando também se gera oportunidade pra todos. E os negros têm de ter oportunidade, através da educação, de crescer na vida, de chegar a uma universidade e de ter igualdade de oportunidades dentro da realidade brasileira”, afirmou Mendonça.

    Secretária - Com passagem pela Secretaria de Educação Especial do próprio MEC e com a experiência de vice-presidente em dois mandatos do Conselho dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Ivana de Siqueira é a escolhida para estar à frente da Secadi. Segundo ela, que ainda será nomeada oficialmente mas já está acompanhando os trabalhos no ministério, “o nosso país já tem um arcabouço legal bem amplo” para a garantia de direitos.

    “O que nós precisamos é, como foi posto na pauta de hoje, colocar em prática todos esses direitos, toda essa legislação que existe e, muito mais do que isso, fazer com que as pessoas entendam que a nossa sociedade é plural e que essas pessoas fazem parte dessa sociedade”, sublinhou Ivana.

    As demandas apresentadas pela Coalizão Racial serão analisadas pela nova secretária da Secadi para posterior apreciação junto ao ministro Mendonça Filho.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O ministro Mendonça Filho, ao empossar Ivana de Siqueira, destacou seu compromisso com as causas sociais (Foto: Isabelle Araújo/MEC)“Indiscutivelmente uma pessoa engajada historicamente com as causas das políticas sociais”, afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho, ao referir-se a Ivana de Siqueira, que a partir desta quarta-feira, 8, passa formalmente a comandar a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

    Ao assinar o termo de posse, Mendonça ressaltou o comprometimento da nova secretária com as causas da educação e dos direitos humanos. “A doutora Ivana de Siqueira, com a equipe que está montando, terá uma responsabilidade muito grande no cumprimento da sua missão grandiosa de nos ajudar, aqui no MEC, em políticas públicas extremamente relevantes, promovendo a diversidade”, afirmou o ministro.

    Ivana de Siqueira é graduada em psicologia, com especialização em educação e desenvolvimento e mestrado em educação. Ela retorna ao Ministério da Educação, onde já atuou na educação especial entre 1994 a 2003, quando foi cedida para a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

    Além de ter sido atuante em conselhos e organizações civis, a nova secretária participou das discussões e mobilizações para a elaboração do Plano Nacional de Educação 2014-2024. Antes de seu retorno ao MEC, foi diretora de Logística do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

    Em seu discurso de posse, a nova secretária ressaltou os desafios e principais pautas da Secadi. “A minha história profissional sempre foi em defesa dos direitos humanos e inclusão. A agenda da Secadi é uma das mais importantes e extensas desta pasta, pois dá visibilidade aos sujeitos, aos contextos, aos temas e às questões que foram negligenciadas por muitos anos no nosso país, principalmente no campo da educação”, disse.

    Durante a cerimônia também foram apresentados novos membros da equipe da Secadi. Rivaldo Alves Casado Filho assume a diretoria de políticas de educação para a juventude; Patrícia Neves Raposo, a diretoria de políticas de educação especial; Bruno Alves de Jesus,  a coordenadoria geral de acompanhamento e avaliação das políticas de inclusão educacional para a juventude da Diretoria de Políticas de Educação para a Juventude, e Raquel Nascimento Dias a coordenadoria geral de educação para as relações étnico-raciais da Diretoria de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as Relações Étnico-Raciais.

    A Secadi é responsável por implementar políticas educacionais nas áreas de alfabetização e educação de jovens e adultos, educação ambiental, educação em direitos humanos, educação especial, do campo, escolar indígena, quilombola e educação para as relações étnico-raciais.

    Leia também: Nova secretária quer direitos da sociedade postos em prática

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O Ministério da Educação, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), realizou nesta segunda-feira, 27, a primeira Webconferência do Programa Bolsa Família na Educação de 2017. O evento teve o objetivo de apresentar o programa para os novos coordenadores municipais que tomaram posse entre os meses de janeiro e março, após as eleições do ano passado.

    A webconferência, que ocorre a cada dois meses, tem o objetivo de articular e capacitar a rede de parceiros nos municípios, estados e Distrito Federal que realiza o acompanhamento da frequência escolar de cerca de 16 milhões de crianças e adolescentes, na faixa etária de 6 a 17 anos, beneficiários do Programa Bolsa Família.

    Transmitida integralmente pela internet, a conferência foi voltada para os coordenadores, auxiliares e operadores escolares do programa de todas as unidades da federação. Todos os 27 coordenadores estaduais e suas equipes técnicas acompanharam online o evento, em mais de 2,3 mil pontos de acesso por todo o Brasil. Entre os assuntos apresentados, estevam as condicionalidades do Programa Bolsa Família, os resultados do acompanhamento da frequência escolar no ano de 2016 e os encaminhamentos para o exercício de 2017.

    O encontro teve a participação do diretor de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Daniel Ximenes, e do diretor de Condicionalidades do MDSA, Eduardo Pereira, que ressaltaram a importância do trabalho do acompanhamento da frequência escolar e deram as boas-vindas às novas equipes envolvidas. “A permanência na escola e a conclusão das etapas escolares são os efeitos mais imediatos deste trabalho de dimensões grandiosas realizados por municípios, estados, Distrito Federal, envolvendo cerca de 50 mil pessoas em todo o país”, afirmou Daniel Ximenes.

    Durante a conferência, foi apresentada a agenda de atividades relativas ao calendário 2017 do Bolsa Família na Educação, com destaque para 31 de março a 28 de abril, prazo do registro da frequência escolar referente ao período de fevereiro e março de 2017.

    A webconferência estará disponível, em breve, no portal do MEC. Caso tenham dúvidas, os gestores podem enviá-las para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou entrar em contato pelo telefone (61) 2022-9171. Também podem acessar o tutorial multimídia do Sistema Presença.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Secadi

     

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